Nova rodada da pesquisa CUT-Vox Populi, realizada entre os
dias 27 e 31 de outubro, revela que 85% dos brasileiros discordam da reforma da
Previdência do governo Temer e 71% acham que não conseguirão se aposentar se a
mudança das regras for aprovada; no Sudeste, onde estão os maiores colégios
eleitorais do País – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – foram
registrados os maiores percentuais de rejeição à reforma e apoiada por
parlamentares do PSDB, DEM, PP, PSD, PRB e PP; o Nordeste vem em segundo lugar,
seguido do Centro-Oeste e, por último, o Sul; embora esteja empacada no
Congresso, reforma deve servir de alerta para parlamentares que querem se
reeleger em 2014
247 - Nova rodada da pesquisa CUT-Vox Populi, realizada entre
os dias 27 e 31 de outubro, revela que 85% dos brasileiros discordam da reforma
da Previdência do governo Temer e 71% acham que não conseguirão se aposentar se
a mudança das regras for aprovada.
No Sudeste, onde
estão os maiores colégios eleitorais do País – São Paulo, Minas Gerais e Rio de
Janeiro – foram registrados os maiores percentuais de rejeição à reforma e
apoiada por parlamentares do PSDB, DEM, PP, PSD, PRB e PP. Nesta região, 91%
dos entrevistados são contra e 78% acham que se a reforma for aprovada, nunca
se aposentarão.
O
Nordeste vem em segundo lugar, com 85% da população contrária à reforma – 74%
acham que não vão se aposentar se a reforma for aprovada. Em seguida, vem o
Centro-Oeste/Norte, onde 82% são contra e 69% temem não se aposentar. E por
último, vem o Sul, com 70% contra a reforma e 49% que acham que não vão se
aposentar.
Para
Vagner Freitas, presidente da CUT, Temer não escuta o clamor do povo.
"Ouve apenas os empresários, como o Nizan Guanaes que o aconselhou a
aproveitar a rejeição para fazer as reformas Trabalhista e Previdenciária,
mesmo que seja contra o povo". A reforma trabalhista já foi sancionada e
está em vigor desde o último dia 11. Já a reforma da previdência empacou no
Congresso Nacional.
"Até
agora, o medo das urnas vem falando mais alto", analisa Vagner. Para o
presidente da CUT, ao contrário de Temer, deputados e senadores temem a
resposta que o povo vai dar nas eleições do ano que vem a quem aprovar a
reforma da Previdência que penaliza principalmente os/as trabalhadores/as com
vínculos mais precários e desconsidera a realidade do mercado de trabalho
brasileiro.
"Os
brasileiros já entenderam que milhões perderão o direito de se aposentar se for
aprovado o desmonte da Previdência e já sabem o que têm de fazer em 2018",
avalia.
A
rejeição à mudança das regras da aposentadoria aumenta à medida em que a
proposta se torna mais conhecida e, além de todas as regiões do país, atinge
todas as classes sociais, gêneros e faixas etárias. Mais uma notícia péssima
para os parlamentares.
Segundo
a pesquisa CUT-Vox, são contra a reforma 89% dos entrevistados que ganham mais
de 2 até 5 salários mínimos. Entre os que ganham até 2 SM e mais de 5 SM, o
percentual de rejeição foi o mesmo: 82%.
Entre
as mulheres a rejeição é de 86% contra 84% entre os homens. Já por faixa
etária, 87% dos adultos, 84% dos jovens e 80% dos maduros discordam da reforma
proposta por Temer. Os altos percentuais de discordância se repetem quanto a
escolaridade: 88% dos que completaram o ensino médio; 86% ensino superior; e
82% ensino fundamental.
A nova
rodada da pesquisa CUT-VOX foi realizada em 118 municípios. Foram entrevistados
2.000 brasileiros com mais de 16 anos de idade, residentes em áreas urbanas e
rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões
metropolitanas e no interior, em todos os segmentos sociais e econômicos. A
margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%