Os sucessivos aumentos de preço do gás de botijão promovidos
pelo governo já corroem a renda das família mais pobres; o gás de botijão foi o
que mais aumentou desde o início do governo de Michel Temer, quando a Petrobras
passou a acompanhar mais de perto as cotações internacionais do óleo; preço do
produto nas refinarias já subiu 66,1% desde que o peemedebista chegou ao poder;
"O gás de botijão é o principal combustível das famílias de baixa renda,
que já vêm sofrendo também com o preço da energia", diz André Braz,
economista da FGV; aumento do preço do gás também é fruto da
política de cortar subsídios concedidos na gestões petistas; o preço do produto
ficou congelado durante 13 anos, entre 2002 e 2015
247 - A disparada
do preço do gás de botijão nos últimos meses já corrói a renda das famílias
mais pobres. Há preocupação agora com relação aos repasses às bombas dos preços
da gasolina e do diesel, que vêm experimentando sequência de forte alta nas
últimas semanas.
O gás
de botijão foi o que mais aumentou desde o início do governo de Michel Temer,
quando a Petrobras passou a acompanhar mais de perto as cotações internacionais
do óleo.
De
acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis),
o preço do produto nas refinarias subiu 56% desde a semana anterior à posse de
Temer. O dado, porém, não considera o último reajuste anunciado pela empresa na
sexta (3), de 6,5%, o que elevaria a alta para 66,1%.
Ao lado
da conta de luz, o gás de botijão tem sido um dos maiores fatores de pressão no
IPC-C1, índice da FGV que mede a inflação das famílias que ganham entre R$ 937
a R$ 2.342.
"O
gás de botijão é o principal combustível das famílias de baixa renda, que já
vêm sofrendo também com o preço da energia", diz André Braz, economista da
FGV. A conta de luz, por sua vez, subiu 4,16% em outubro, pressionada pelo uso
de térmicas.
Gás e
energia consomem 6,5% no orçamento das famílias de baixa renda. Neste ano,
segundo a FGV, os reajustes elevaram em quase 11% os gastos delas com os dois
produtos.
O
aumento é fruto também da política de cortar subsídios concedidos nas gestões
petistas. O preço do produto ficou congelado durante 13 anos, entre 2002 e
2015.
A alta,
porém, representa quase o dobro da verificada no preço do gás destinado a
clientes comerciais e industriais, que subiu 29% desde a mudança de governo.
As
informações são de reportagem de Nicola Pamplona na Folha de S.Paulo.