quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Golpe vence mais uma e Temer escapa da denúncia


Rejeitado por mais de 90% dos brasileiros, Michel Temer conseguiu na noite desta quarta-feira, 25, escapar mais uma vez da Justiça depois de gastar R$ 32 bilhões na compra de deputados; peemedebista conseguiu 251 votos favoráveis ao parecer do deputado Bonifácio de Andrada, que rejeitava a denúncia de obstrução de Justiça e organização criminosa; 233 deputados votaram a favor das investigações e houve duas abstenções; ao todo, foram 486 votantes e 25 ausentes
Agência Brasil - Pouco mais de um mês após chegar à Câmara, os deputados rejeitaram na noite de hoje (25) o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar o presidente da República, Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral). Foram 251 votos contrários à autorização para investigação, 233 votos favoráveis e duas abstenções. Com isso, caberá ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, comunicar agora à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmén Lúcia, a decisão da Casa. Foram 486 votantes e 25 ausentes.
O parecer votado hoje foi apresentado pelo deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomendou a inadmissibilidade da autorização da Câmara para que STF iniciasse as investigações contra o presidente e os ministros. O parecer já tinha sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por 39 votos a 26, além de uma abstenção.
Disputa pelo quórum
Durante os últimos dias, a oposição, ciente que não teria os 342 votos necessários para autorizar as investigações, trabalhou intensamente para impedir que os deputados comparecessem à sessão. Isso porque o regimento interno da Casa estabelece que a votação só poderia ser iniciada com a presença mínima de dois terços dos deputados em plenário. Com isso, os oposicionistas pretendiam adiar a votação e, assim, prolongar o desgaste do governo. Os partidos de oposição chegaram a fechar acordo para que poucos deputados usassem a palavra e com isso não se alcançasse o quórum necessário para iniciar a sessão.
Reagindo à tática da oposição, a base aliada e o próprio presidente da República passaram a acionar deputados da base, mesmo os que votariam contra o governo, para marcarem presença na sessão. Os governistas estavam confiantes de que alcançariam o número mínimo de presentes e também os 172 votos necessários para impedir o início da investigação.
Início da sessão
A sessão destinada à apreciação do parecer de Andrada teve início por volta das 9h, quando falaram o relator e os advogados de defesa dos três acusados. Em seguida, menos de 20 oposicionistas fizeram o uso da palavra defendendo a rejeição do relatório e, com isso, o debate foi dominado pelos aliados do governo.
Na primeira sessão do dia da Câmara, apenas 332 deputados marcaram presença, número insuficiente para iniciar a votação. A oposição comemorou o feito no Salão Verde, estampando faixas e cartazes pedindo a saída de Temer. O líder da minoria, deputado Jose Guimarães (PT-CE), parabenizou os colegas da oposição que não registraram presença no plenário.
"Nós tivemos uma vitória espetacular. O PT, PDT, Psol, PCdoB, Rede, Avante, PHS, PPS, Rede, vários partidos que mesmo com uma ou outra divergência nós conquistamos uma vitória extraordinária contra o governo. Nós seguramos, tiramos leite de pedra. Foram 191 deputados que não marcaram presença", disse.
Enquanto a oposição comemorava, chegou ao plenário a notícia da internação do presidente Michel Temer. Com isso, os opositores ao governo insistiram, sem sucesso, no cancelamento da sessão. Apesar dos apelos, a sessão prosseguiu após as 14h, com o quórum aumentando lentamente.
Mesmo sob tensão, as lideranças do governo tentavam amenizar o clima e acalmar os aliados mostrando que o presidente passava bem e que era apenas uma pequena complicação urológica. O deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos principais articuladores do governo, reiterou que a situação estava sob controle e que a votação seria tranquila com vitória folgada do Planalto.
No meio da segunda sessão, Rodrigo Maia (DEM-RJ) ameaçou encerrar os trabalhos com o argumento de que não haveria deputados suficientes na Casa para iniciar a votação hoje. "Esse debate só desgasta a Casa. Eu vou esperar mais um tempo e vou encerrar. Estou aqui desde 9h colaborando para que essa votação ocorra hoje", afirmou. Poucos minutos depois, deputados de partidos da base aliada do governo que ainda não haviam registrado presença compareceram ao plenário e o quórum de 342 deputados foi alcançado.
"Atrasar essa votação é atrasar o Brasil", disse o líder do governo, Agnaldo Ribeiro (PP-PB), ao apelar para que o quórum fosse atingido. Logo que chegou-se ao mínimo de 342 deputados, os oposicionistas marcaram presença e fizeram uso da palavra para pedir o afastamento do presidente Michel Temer. Compareceram à Câmara nesta quarta-feira 487 dos 513 deputados.
A denúncia
No dia 14 de setembro, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot apresentou ao STF a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Em junho, Janot já havia denunciado o presidente pelo crime de corrupção passiva. Desta vez, Temer foi acusado de liderar uma organização criminosa desde maio de 2016 até 2017. De acordo com a denúncia, o presidente e outros membros do PMDB teriam praticado ações ilícitas em troca de propina, por meio da utilização de diversos órgãos públicos. Além de Temer, foram acusados de participar da organização os integrantes do chamado "PMDB da Câmara": Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Eliseu Padilha e Moreira Franco. Todos os denunciados negam as acusações.
Com o resultado de hoje, o processo fica parado enquanto Michel Temer estiver no exercício do mandato de presidente da República, ou seja, até 31 de dezembro de 2018.


Ex-vereadores de Marilândia do Sul devem restituir diárias irregulares

O ex-presidente Anderson Luiz Bueno - o Sabão recebeu
10 multas que totalizam R$ 7.885,49
Em processo de tomada de contas extraordinária, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) determinou a devolução de R$ 7.125,12 e aplicou 13 multas, que totalizam R$ 9.259,61, a quatro vereadores de Marilândia do Sul no ano de 2009. Os motivos das sanções foi o recebimento indevido de diárias pelos parlamentares desse município da região central do Paraná naquele exercício.
O então presidente da câmara municipal, vereador Anderson Luiz Bueno, foi responsabilizado pela devolução integral dos R$ 7.125,12. Os outros três parlamentares foram responsabilizados pelo ressarcimento solidário, junto com o então presidente, dos valores indevidos que cada um recebeu: Jucelino Geraldo Villaça (R$ 1.272,35), José Arnaldo Diniz (R$ 1.272,35) e Nelson Aparecido Luiz (R$ 2.035,75).
O TCE-PR comprovou o excesso em despesas com diárias pagas a vereadores e servidores para a participação em eventos em que não ficou comprovado o interesse público. Nos casos em que foi imposta a devolução de valores, os beneficiados sequer conseguiram comprovar com documentos a efetiva participação nos eventos para os quais receberam diárias.
Irregularidades
A tomada de contas foi instaurada pelo TCE-PR para apurar responsabilidades por irregularidades constatadas em inspeção realizada pela Coordenadoria de Fiscalização Municipal (Cofim) na Câmara de Marilândia do Sul. Além das despesas irregulares com diárias, o trabalho apontou atrasos nas remessas eletrônicas dos dados bimestrais ao Sistema de Informações Municipais-Acompanhamento Mensal (SIM-AM), criação ilegal de cargos, irregularidades no quadro de pessoal e pagamento indevido de funções gratificadas para ocupantes de cargos em comissão.
A inspeção também apontou a contratação de parentes do então presidente da Câmara, caracterizando a prática de nepotismo. Outra irregularidade foi a desproporção entre o número de ocupantes de cargos efetivos e comissionados. Nenhum dos cinco cargos efetivos criados pela Resolução nº 001/2007 estava preenchido e, dos quatro cargos em comissão criados pela mesma normativa, três estavam ocupados.
Multas
No total, Anderson Bueno, então presidente da câmara, recebeu dez multas, que somam R$ 7.885,49. Os três outros vereadores receberam multa de 30% sobre o valor que deverão ressarcir. Jucelino Geraldo Villaça e José Arnaldo Diniz devem pagar multas individuais de R$ 381,70. Para Nelson Aparecido Luiz, a multa é de R$ 610,72. As 13 multas aplicadas estão previstas nos artigos 87 e 89 da Lei Orgânica do TCE-PR (Lei Complementar Estadual nº 113/2005).
Os conselheiros aprovaram, por unanimidade, o voto do relator na sessão da Segunda Câmara de 9 de agosto. Não houve recursos contra a decisão contida no Acórdão nº 3555/17 - Segunda Câmara, veiculada em 22 de agosto, na edição nº 1661 do Diário Eletrônico do TCE-PR. O processo transitou em julgado no dia 18 de setembro.
O prazo de pagamento das 17 instruções de cobrança emitidas contra os quatro responsabilizados é o dia 1º de novembro. Caso isso não ocorra, os nomes de Anderson Luiz Bueno, José Arnaldo Diniz, Jucelino Geraldo Villaça e Nelson Aparecido Luiz serão inscritos no Cadastro de Inadimplentes (Cadin) do TCE-PR e contra eles serão emitidas certidões de débito, para inscrição em dívida ativa e execução judicial.
Fonte: TCE-PR


terça-feira, 24 de outubro de 2017

Major Saqueta recebe o Título de Cidadão Honorário de Apucarana

A honraria proposta pelo ex-vereador José Eduardo Antoniassi, foi entregue na última sexta-feira (20), durante sessão solene realizada na Associação dos Militares Estaduais do Vale do Ivaí (AMEVI)
Em sessão solene realizada na última sexta-feira (20), na Associação dos Militares Estaduais do Vale do Ivaí (AMEVI), a Câmara Municipal entregou ao Major Hemerson Saqueta Barbosa o Título de Cidadão Honorário de Apucarana. A honraria foi proposta pelo ex-vereador José Eduardo Antoniassi e pelo vereador José Airton Deco de Araújo.
Participaram da solenidade os vereadores Mauro Bertoli,  Franciley Preto Godoy – o Poim, Márcia Regina da Silva de Souza, Antônio Carlos Sidrin, Edson da Costa Freitas e Gentil Pereira de Souza, além de autoridades civis, militares, judiciárias, empresários, convidados, familiares do Major Saqueta e membros do Projeto Bombeiro Mirim.
Saqueta agradeceu o Título a cidade de Apucarana. “É um privilégio. Não é uma conquista só minha. Esse título mostra o prestígio que o Corpo de Bombeiros – Polícia Militar tem aqui no Vale do Ivaí. Uma honraria dessa é muito pelo reconhecimento da comunidade por todos os profissionais que labutam no dia a dia em prol da comunidade”.
Foram mais de 11 anos de trabalho em Apucarana e Saqueta revela que deixou amigos, que tudo o que fez na cidade e em todo o Vale não foi sozinho. “Sempre tive muitas pessoas ao meu lado trabalhando comigo, me ajudando. Deus sempre me abençoou e colocou ao meu lado pessoas boas e essas pessoas me ajudaram a cumprir missões e são responsáveis também por esse título”, justifica.
Bertoli, que representou o co-autor do Título, vereador José Airton Deco de Araújo, que não pode comparecer a solenidade em virtude de compromissos já agendados anteriormente em Brasília,  explica que o Título de Cidadania Honorária é o reconhecimento do povo de Apucarana, neste ato representando pelo Legislativo, à pessoas que reconhecidamente prestaram serviços e ajudaram no desenvolvimento social em especial na defesa da vida e na segurança do bem estar do cidadão apucaranense e da região. “Quando votei no projeto, votei pela pessoa que sei que o Saqueta é e pelos trabalhos desenvolvidos frente à guarnição do corpo de bombeiros. Além da especial atenção que dava ao cidadão, demonstrando total isonomia, independente da pessoa ou do cargo que exercia, sempre foi um verdadeiro servidor para o povo”, destaca Bertoli. “Votei com a certeza que estava fazendo justiça e reconhecendo um verdadeiro cidadão honrado”, completa o presidente.
O prefeito Beto Preto reforçou que o Major Saqueta merece todo o aplauso dos moradores de Apucarana. “Foi um excelente comandante, elevou o nome do Corpo de Bombeiros da nossa cidade e vai ser sempre lembrando com muito carinho. Como tenho a certeza que vai fazer um excelente trabalho em Ponta Grossa. Mas, hoje o Título de Cidadão Honorário é merecido. Apucarana abraça o Hemerson Saqueta Barbosa, ilustre filho da nossa cidade”.
O autor da proposição, o ex-vereador Antoniassi, explica que conviveu com o Major Saqueta por muitos anos e que o mesmo realizou grandes feitos no município. “Além disso, o Major Saqueta esteve presente em todos os compromissos, vivendo Apucarana. Realizou grandes projetos em nossa cidade: Bombeiro Mirim, Amigos da Criança, entre outros. Com ele Apucarana deixou de ser simplesmente um grupo de Corpo de Bombeiros e passou a ser uma Sessão Independente do Corpo de Bombeiros: 4º SGBI, hoje somos livres. Major Saqueta se dedica a salvar vidas, vai para as ocorrências, participa junto, presta serviços. Por isso dedicamos a ele a maior honraria da nossa cidade: o Título de Cidadão Honorário. Ganhamos um filho honrado”, detalha Antoniassi.
Representando o Poder judiciário, o Juiz Osvaldo Soares Neto, diretor do Fórum Desembargador Clotário Portugal, destacou o merecimento da homenagem ao Major Saqueta. “Homenagem importante e mais que merecida ao Major Saqueta que comandou o Corpo de Bombeiros por mais de 10 anos e realmente passou por nossa cidade para fazer história, não se limitou a ser um comandante de dentro do quartel. Ele se integrou a sociedade, ele levou o bombeiro para perto da sociedade. Fez grandes transformações e projetos e eu cito um em parceria com o Judiciário que é o Bombeiro Mirim. Rendemos esta bela homenagem tornando-o Cidadão Honorário de Apucarana”, finaliza o Juiz.


Prefeitura e Acia tratam da decoração Natalina

Na reunião que contou com a presença de representantes da prefeitura e da Acia, o Idepplan apresentou um projeto de ornamentação da cidade. A proposta prevê a instalação de uma árvore de natal de 6 metros de altura entre os espelhos d’água da Praça Rui Barbosa, além de enfeites luminosos por toda extensão da praça
(Foto: Edson Denobi)
Representantes da Prefeitura e da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (ACIA), estiveram reunidos nesta segunda-feira (23) para discutir a decoração natalina de 2017. Na oportunidade, o Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan) apresentou um projeto de ornamentação da cidade. A proposta prevê a decoração das principais ruas do centro da cidade, como a Avenida Curitiba, Rua Ponta Grossa, Osvaldo Cruz e Rio Branco. Outra novidade é que este ano está previsto a instalação de uma árvore de natal de 6 metros de altura entre os espelhos d’água da Praça Rui Barbosa, além da concentração de enfeites luminosos por toda a extensão da praça.
O encontro foi coordenado pelo diretor presidente do Idepplan, Lafayete Luz, e contou com a presença de Jayme Leonel, presidente da ACIA, além da gerente da entidade, Simone Fidelis e de representantes de outras secretarias da Prefeitura.
“É importante esse diálogo e há um esforço da Prefeitura para articular as ações. Estamos somando em busca do resultado positivo, que possibilite termos um ambiente natalino adequado. Isso eleva a autoestima das pessoas e toda a cidade ganha”, avalia Leonel.
“A prefeitura utilizará de recursos próprios para desenvolver o projeto natalino proposto, levando em conta a crise econômica em que passa o país, por isso que contamos com a parceria da Acia”, explica Luz
Conforme projeto apresentado por Carolina Zanchin arquiteta do Idepplan, a decoração natalina prevê a instalação de figuras luminosas fixadas em postes do sistema de iluminação pública, além de alguns itens tradicionais que serão mantidos, como o trenzinho, a bota gigante, e a Vila do Papai Noel.
Outro aspecto discutido durante o encontro foi no tocante aos atrativos culturais e gastronômicos. A Promatur está finalizando a programação das apresentações artísticas, enquanto a Secretaria de Indústria e Comércio, informou que a Feira do Entardecer e a Feira de Artesanatos estarão sendo realizadas, todos os dias em que o comércio estiver atendendo em horário especial.

Oblatos de São José planejam comemoração do centenário

Desde o ano passado, os Oblatos de todo o Brasil realizam uma série de eventos para marcar a data, que representa o período 1919 – 2019
(Foto: Profeta)
O Santuário de São José, em Apucarana, já trabalha nos preparativos do centenário da Congregação dos Oblatos de São José no Brasil (1919 – 2019). Uma ação comemorativa está sendo preparada para o final de abril do próximo ano e foi pauta de uma visita dos padres josefinos José Antônio Bertolini e Antônio Luiz de Oliveira, realizada nesta segunda-feira (23) ao prefeito Beto Preto. “Há anos os josefinos têm presença forte e exercem até hoje grande representatividade em Apucarana e toda a região”, pontuou o prefeito Beto Preto.
Através do Santuário São José, paróquias josefinas em Apucarana atendem comunidades como Distrito de Vila Reis, Jardim Curitiba, Barreiro, Santa Luzia, KM 11,5, Vila Rural Manoel Piassa Sobrinho e Núcleo Adriano Correia. “Em Apucarana temos uma atuação histórica desde o ano de 1948”, confirmou padre José Bertolini.
Além do santuário, o Oblato de São José está presente na cidade com o Centro de Espiritualidade Josefino de Apucarana, que conta com a Exposição Iconográfica de Nossa Senhora e São José, mãe e pai de Jesus, considerada o maior acervo do gênero do mundo, com seis mil imagens.
Desde o ano passado, os Oblatos de todo o Brasil realizam uma série de eventos para marcar a data. O período é chamado “Triênio do Centenário” (2016, 2017 e 2018) e prevê período de retiros, atividades litúrgicas, concursos, congressos, encontros de formação, festival de música, romarias, mostra de fotos e outras atividades. “Nesta agenda pudemos iniciar, em conjunto, o desenvolvimento de ideias para a atividade prevista para o próximo ano no Santuário São José”, resumiu o prefeito Beto Preto.
Na agenda, os padres estiveram acompanhados do professor de Ensino Religioso do Colégio São José de Apucarana, Nilceu Nascimento.


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

PT fará vaquinhas virtuais para pagar caravanas de Lula

Ricardo Stuckert

O Partidos dos Trabalhadores lançará uma campanha para arrecadar doações para bancar as caravanas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; esforço é parte de uma mudança na estratégia do partido, que decidiu rever a forma de buscar recursos; passará a fazer pedidos focados em grandes temas
247 - O PT lançará uma campanha para arrecadar doações para as caravanas do ex-presidente Lula. O esforço é parte de uma mudança na estratégia do partido, que decidiu rever a forma de buscar recursos. Passará a fazer pedidos focados em grandes temas.
A vaquinha será lançada nesta sexta-feira (20), na reunião da Executiva da sigla. Haverá mobilização nas redes a partir da próxima semana, com imagens da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, de líderes petistas e das viagens de Lula.

A informação é da coluna Painel da Folha de S.Paulo.

Jantar especial homenageia profissionais da educação em Arapongas

Em continuidade ao cronograma de atividades em homenagem ao Dia dos Professores, comemorado no último dia 15 de outubro, a Prefeitura Municipal de Arapongas, através da Secretaria de Educação, realizou na noite da quarta-feira (18), um jantar especial para todos os servidores da Rede Municipal de Ensino, no espaço Golden Hall.
O evento contou com a presença de 1.100 pessoas, entre elas, o Prefeito de Arapongas, Sergio Onofre, vice-prefeito, Jair Milani, do Secretário de Educação, Paulo Valério, demais secretários e também vereadores.
Na oportunidade, o prefeito Sergio Onofre, aproveitou novamente parabenizar todo o grupo que trabalha diariamente em prol da educação. ” A educação se faz indispensável na formação do cidadão. Todos esses guerreiros e guerreiras, que dedicam boa parte de suas vidas para levar educação de qualidade aos alunos, merecem todo nosso respeito e reconhecimento. ”, afirmou.
O Secretário de Educação, Paulo Valério, enalteceu a importância dos servidores da educação, para o município. “Diariamente enfrentamos desafios, mas também aprendemos muito, partilhando o que sabemos aos nossos alunos. Todos os dias, nós professores, e demais funcionários da educação merecemos ser reconhecidos. E é isso que tem acontecido nesta gestão. ”, disse.
As atividades que celebra o Dia dos Professores, serão realizadas até o próximo dia 26.
Cronograma de atividades

Sábado (21): Saúde do Professor aferição de pressão arterial, coleta de preventivo e teste rápido e agendamento de exames. — Carteirinha do Professor. Local: Escola Municipal Antônica. Horário: 9:00 às 16:00 horas
Terça-feira (24): Palestras com Guilherme Antonangelo (endocrinologista), Karoline Scarpin (fisioterapeuta) e Fabiula Oliveira (nutricionista). Local: Anfiteatro Vianinha: Horário: 19:00 às 21:00 horas.

Quinta-feira (26): Caminhada (Academia Atlética). Local: Praça da Saudade: Horário: 18:30 às 19:30 horas.

Todas as atividades contarão com Banco de Horas para certificação.

Aserfa fixa prazo para reforma e limpeza de túmulos

Serviços de construção, reforma ou pintura serão permitidos até a próxima sexta-feira (27). Limpeza por meio de lavagem pode ser executada até o dia 31. Cerca de 20 mil visitantes são esperados nos três cemitérios municipais, Cristo Rei, Saudade e Pirapó, no Dia de Finados.
(Foto: Edson Denobi)
A Autarquia dos Serviços Funerários de Apucarana (Aserfa) alerta as famílias com entes sepultados nos cemitérios municipais da cidade – Saudade, Cristo Rei e do Distrito de Pirapó – e que planejam alguma melhoria nos túmulos, que serviços de construção, reforma ou pintura visando o Dia de Finados só serão permitidos até o dia 27 de outubro. No entanto, decreto assinado pelo prefeito Beto Preto permite que apenas a limpeza através de lavagem pode ser executada até o dia 31. “A intenção é evitarmos transtornos aos visitantes, que a partir do dia primeiro já estão em grande número”, explica Marcos Bueno, diretor-presidente da Aserfa.
A partir do fim do prazo, não serão permitidas atividades por parte de particulares e as equipes da prefeitura irão proceder recolhimento de entulhos e outros materiais que por ventura serão deixados em função de alguma reforma e limpeza nos jazigos. “As irregularidades serão penalizadas com multa prevista em lei”, alerta Bueno.
Após o dia 31, intervenções referentes à melhoria nos túmulos só poderão ser iniciadas ou retomadas a partir do dia 6 de novembro. Os cemitérios de Apucarana possuem licenciamento de operação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e por isto a prefeitura segue uma série de normas. “Damos destinação ambiental a todos os resíduos gerados nestes locais”, revela.
Outra orientação da Aserfa com relação ao Dia de Finados é com relação ao combate do mosquito transmissor da dengue. “Solicitamos que as pessoas tenham especial atenção com as flores, sejam em forma de ramalhete ou em vasos. Devem ser tomadas as precauções para que as plantas sejam acomodadas de forma a não acumular água, para que não se tornem um futuro foco para proliferação do mosquito. O ideal é de que os plásticos do ramalhete sejam removidos e que os vasos, mesmo que as plantas sejam artificiais, tenham furos no fundo, para escoamento da água da chuva”, pede o diretor-presidente da Aserfa.
Os cerca de 20 mil visitantes, esperados para os três cemitérios municipais: Saudade, Cristo Rei e Pirapó, somente no Dia de Finados, vão encontrar os locais com a manutenção em dia. “Realizamos um trabalho constante de conservação destes espaços e já estamos com tudo preparado para este feriado, que por ser prolongado sabemos que vamos ter muito movimento do dia primeiro ao dia cinco. Além da manutenção geral, já providenciamos banheiros químicos e tendas para proteção do sol ou da chuva para as pessoas poderem acompanhar de forma confortável as celebrações de missas”, citou Marcos Bueno. Também estão no planejamento melhorias na iluminação interna dos cemitérios da Saudade e Cristo Rei. “O comércio ambulante nas imediações também será regulado pela prefeitura, fiscalizando sobretudo o alvará de licença”, concluiu Marcos Bueno, diretor-presidente da Aserfa.


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Paraná inaugura maior abatedouro de peixes do Brasil

(Foto:Divulgação)
A C.Vale inaugura, nesta sexta-feira (20), em Palotina, o maior abatedouro de peixes do Brasil. O novo empreendimento deve fortalecer a piscicultura de água doce no estado. A nova unidade tem como meta abater 75 mil tilápias por dia até o final de 2018.
Em processo de expansão, a piscicultura tem sido uma aposta de empresários do agronegócio no Paraná. A pioneira no ramo foi a cooperativa Copacol, que, em 2008, investiu em um dos maiores complexos integrados de peixes do país, instalado no Município de Nova Aurora.
Segundo o presidente da C. Vale, Alfredo Lang, com o novo abatedouro, a região Oeste do Paraná deve se tornar a maior unidade de processamento do país, chegando à capacidade total, que será de 600 mil peixes por dia.
“Nós estabelecemos uma meta de 75 mil e devemos concluir isso no ano que vem. Na sequência, queremos ir para 150 mil e de 150 mil para 300 mil e de 300 mil para 600 mil. Este que estamos fazendo hoje é o maior e mais moderno abatedouro de peixes do país, com esse volume que estamos começando”.
A estrutura física que está sendo construída, de 10.012 metros quadrados, foi construída com tecnologia suíça, norte-americana e brasileira, e terá capacidade de produção de 200 toneladas por dia. Ela foi construída para permitir a triplicação da produção apenas com a instalação de novas máquinas.
A C.Vale ainda não tem previsão de quando o abatedouro vai alcançar a capacidade máxima de processamento.

Oportunidade

A decisão sobre a construção do abatedouro se deve à oportunidade vista, pela cooperativa, na cadeia de distribuição interna e de exportação de frango. Segundo o presidente Alfredo Lang, os mesmos clientes já manifestam interesse no mercado de peixes. “Vamos seguir o exemplo do frango. Vamos fazer o filé, ter outros produtos, fazer produtos cozidos também. Vamos caminhar através de nossos clientes de frango, que serão nossos compradores do peixe, estão aguardando. Tanto no mercado interno quanto externo”, explica.
“É uma questão de tempo. O caminho já abrimos, que era o mais difícil: abrir o caminho para os clientes. E já temos mais pedidos do que estávamos planejando produzir inicialmente”, comemora Alfredo. Inicialmente, a venda deve ficar restrita ao mercado interno.
A produção vai começar com a integração de 70 cooperados. A C.Vale investiu R$ 110 milhões no abatedouro, que deve gerar 450 empregos. O abatedouro começou a ser construído em dezembro de 2016. A fábrica de rações que vai fornecer o alimento aos peixes entrou em operação em agosto.

Inauguração

A solenidade de inauguração terá seis mil convidados nesta sexta-feira. Associados, clientes e fornecedores da cooperativa no Brasil e no exterior foram chamados para o evento, que começa às 14h. A cerimônia acontecerá em tenda climatizada, no parque industrial, em Palotina.
A cerimônia também vai marcar os 20 anos do frigorífico de frangos que, atualmente, processa 540 mil aves/dia.
Para ter acesso ao local da inauguração, os convidados deverão apresentar credencial personalizada.

Fonte: agronegocio.paranáportal.uol

Arapongas: Prefeito reúne secretariado municipal

O prefeito Sergio Onofre, conduziu na manhã desta quinta-feira, mais uma reunião de trabalho com seu secretariado, com o objetivo de discutir assuntos referentes à avaliação e planejamento das ações de cada Secretaria Municipal.

Conforme o prefeito, estas reuniões são periódicas e fazem parte de medida adotada pela Administração desde o início do ano e tem propósito organizacional e de evolução constantemente das metas e planejamentos de cada Secretaria, conforme as prerrogativas de cada uma delas.

“Estas reuniões são muito importantes, pois além de mostrarem o trabalho que cada Secretaria vem desenvolvendo, também oportunizam uma união e uma maior integração entre os setores, com o objetivo de atender a nossa população com eficiência e bons índices de resolutividade”, comentou o prefeito. 

Durante a reunião, cada secretário teve a oportunidade de expor os projetos desenvolvidos em suas respectivas Pastas e demais ações inerentes ao bom andamento dos serviços públicos.

Nota Oficial da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana

Direção da AMS publica informações oficiais sobre acidente entre ambulância e um caminhão na tarde de ontem, na BR 376
(Foto: Edson Denobi)
A Autarquia Municipal de Saúde, através do seu diretor presidente Roberto Kaneta, emite nota oficial a respeito do acidente ocorrido ontem à tarde, no km 391 da BR-376, em Imbaú, nos Campos Gerais, envolvendo uma ambulância da saúde pública do município.
O veículo era ocupado por quatro pessoas. A motorista da ambulância, uma criança que era transportada de volta a Apucarana após um atendimento médico especializado no Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba, e seus pais.
A direção da AMS comunica com pesar que a criança, P.R.S.S, de um ano e seis meses, veio a óbito às 4h45 de hoje, no Hospital Doutor Feitosa, em Telêmaco Borba, para onde foi levada pelos socorristas da Concessionária RodoNorte. A AMS está aguardando a liberação do corpo para ser transladado para Apucarana no veículo da Autarquia Municipal de Serviços Funerários (Aserfa).
A mãe da criança, Cláudia Franciele de Medeiros, está internada no Hospital Bom Jesus de Ponta Grossa, consciente e seu estado é estável. O pai da criança, Vanderlei Silva dos Santos, também está internado no Hospital Bom Jesus de Ponta Grossa, em estado estável. A direção da AMS está tentando sua transferência para o Hospital da Providência de Apucarana.
A motorista da ambulância, a servidora Rosilda de Fátima Ferreira, está bem e já está em Apucarana. Segundo Rosilda, o acidente teria sido provocado pela queda da carga (placas de celulose) do caminhão sobre a ambulância, após o motorista perder o controle do veículo. A Polícia Rodoviária está apurando maiores detalhes sobre a circunstância do acidente.
O acidente entre a ambulância e o caminhão ocorreu por volta de 17 horas de ontem. A Autarquia Municipal de Saúde disponibilizou dois veículos para levar familiares das vítimas do acidente para Telêmaco Borba e Ponta Grossa na noite de ontem. O prefeito Beto Preto está acompanhando o caso e determinou atenção especial para as vítimas e familiares.


Temer foi salvo na CCJ com voto de três deputados do Paraná.

Rubens Bueno (PPS) votou contra Michel Temer
Dos quatro deputados federais do Paraná que integram a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, três votaram com o relatório que recomendou o arquivamento da segunda denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer (PMDB) por obstrução da justiça e organização criminosa. A lista dos que votaram para livrar Temer da investigação no Supremo Tribunal Federal inclui o ex-ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB), Evandro Roman (PSD) e Edmar Arruda (PSD). Apenas Rubens Bueno (PPS) votou pelo prosseguimento da denúncia. O parecer teve 39 votos favoráveis, 26 contrários e 1 abstenção.
A questão agora deve ser votada pelo plenário da Câmara na próxima quarta-feira. Para ter prosseguimento e seguir para o STF, a denúncia precisa receber o apoio de, pelo menos, 342 deputados, o equivalente a dois terços do total de 513 parlamentares da Casa. Havendo autorização da Câmara para prosseguimento da denúncia, os ministros da Corte decidirão se o presidente Michel Temer vira réu. Nesse caso, ele será afastado do cargo por até 180 dias.
A acusação contra Temer de obstrução da Justiça refere-se ao suposto aval dado pelo presidente para que a JBS comprasse o silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ) e do operador financeiro Lúcio Funaro, ambos presos.
Joesley Batista, da JBS, gravou uma conversa com Temer na noite de 7 de março na garagem do Palácio do Jaburu. No entendimento de Janot, o presidente concordou quando Joesley contou que estava pagando a Cunha e Funaro para que eles não contassem o que sabem sobre os esquemas ilícitos.
A acusação de envolvimento em organização criminosa resulta de uma investigação sobre o suposto “quadrilhão do PMDB da Câmara”. Relatório da Polícia Federal indicou que Temer tinha poder de comando nesse grupo e utilizava terceiros para executar tarefas sob seu controle.


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

“Nenhum crime pode ficar impune”, disse Aécio, o culpado, quando condenou Dilma, a inocente


Quando votou pelo golpe que derrubou Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que depois foi flagrado em grampo da JBS pedindo R$ 2 milhões em propina e chegou a ser afastado do mandato pelo Supremo, disse com toda a sua hipocrisia: "Ninguém pode cometer crime impunemente"; relembre o vídeo
Minas 247 - Quando votou pelo golpe que derrubou Dilma Rousseff, em 2016, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse com toda a sua hipocrisia: "Ninguém pode cometer crime impunemente".
Muitos fatos aconteceram depois dessa votação que confirmaram que o golpe foi comprado e que Dilma, que foi deposta da presidência, era inocente, enquanto todos os políticos que articularam sua queda, eram corruptos.
Aécio, por exemplo, foi flagrado em um grampo da JBS pedindo R$ 2 milhões em propina ao empresário Joesley Batista e ameaçou de morte seu primo 'Fred', que pegaria o dinheiro pessoalmente, em malas.
O tucano chegou a ser afastado do mandato pelo Supremo Tribunal Federal e obrigado a se recolher noturnamente, mas foi salvo pelo Senado na noite desta terça, numa votação comprada.


Engenheiros se levantam com destruição promovida por Temer

Agência Brasil/Divulgação

Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros reage contra um projeto de lei anunciado pelo governo federal que visa flexibilizar a regulamentação profissional de engenheiros estrangeiros; "Isso significa que, mesmo diante de um trágico cenário de desemprego na engenharia brasileira, o governo irá privilegiar profissionais de outros países. Esta é uma medida entreguista que aprofunda a desnacionalização da economia e o desmonte da engenharia e da soberania", protesta a entidade; segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) há hoje ao menos 8.239 obras paralisadas em todo o País, num total de investimentos de cerca de R$ 32 bilhões; em entrevista à TV 247 no final de agosto, o presidente licenciado da Federação Nacional dos Engenheiros, Murilo Pinheiro, estimou que o Brasil tem hoje 50 mil engenheiros desempregados
247- Os engenheiros se levantaram nesta terça-feira 17 contra um projeto de lei anunciado pelo governo de Michel Temer que deverá ser anunciado ao Congresso com o objetivo de flexibilizar a regulamentação profissional de engenheiros estrangeiros (leia mais).
Em nota, a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros afirmou que a proposta "significa que, mesmo diante de um trágico cenário de desemprego na engenharia brasileira, o governo irá privilegiar profissionais de outros países". "Esta é uma medida entreguista que aprofunda a desnacionalização da economia e o desmonte da engenharia e da soberania", protesta ainda a entidade.
De acordo com um levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), atualmente há pelo menos 8.239 obras paralisadas em todo o Brasil, num total de investimentos de cerca de R$ 32 bilhões. "Esse cenário significa milhares de engenheiros desempregados no Brasil sem reposição dos postos de trabalho", continua a Fisenge, lembrando que "este processo foi iniciado pela Operação Lava Jato, que priorizou a penalização das empresas, no lugar das pessoas".
Em entrevista concedida à TV 247 no final de agosto, o presidente licenciado da Federação Nacional dos Engenheiros, Murilo Pinheiro, estimou que o Brasil tem hoje 50 mil engenheiros desempregados. Assista abaixo à íntegra da entrevista e leia a seguir a nota da Federação dos Engenheiros:
Fisenge repudia projeto que flexibiliza entrada de engenheiros estrangeiros no país
O governo federal anunciou o envio de um projeto de lei, ao Congresso Nacional, com o objetivo de flexibilizar a regulamentação profissional de engenheiros estrangeiros. Isso significa que, mesmo diante de um trágico cenário de desemprego na engenharia brasileira, o governo irá privilegiar profissionais de outros países. Esta é uma medida entreguista que aprofunda a desnacionalização da economia e o desmonte da engenharia e da soberania. Atualmente, de acordo com um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) há, pelo menos, 8.239 obras paralisadas em todo o país, num total de investimentos de cerca de R$ 32 bilhões. Esse cenário significa milhares de engenheiros desempregados no Brasil sem reposição dos postos de trabalho. Este processo foi iniciado pela Operação Lava Jato, que priorizou a penalização das empresas, no lugar das pessoas. Repudiamos a corrupção e reivindicamos a punição de responsáveis, mas não podemos permitir esse método, que desmonta a engenharia brasileira e criminaliza as empresas.
Com o aquecimento da economia, entre os anos de 2002 e 2014, o país viveu um período de pleno emprego da engenharia. A preservação das empresas nacionais, o investimento público em infraestrutura e a valorização dos engenheiros brasileiros representam saídas para a crise econômica, uma vez que o mercado de trabalho da engenharia tem relação direta com o crescimento do país. O Brasil possui uma geração de engenheiros e de engenheiras altamente competentes com excelência tecnológica que, inclusive, foi responsável por uma das mais notáveis descobertas mundiais: a prospecção de petróleo em águas profundas, técnica que possibilitou a descoberta do pré-sal.
A justificativa do governo federal para "destravar o mercado da construção civil – imobiliário e de infraestrutura – para estrangeiros" é falaciosa e tem a finalidade de entregar o Brasil e os empregos a estrangeiros. Há que se destacar que não existe reciprocidade em outros países para a entrada e a admissão de engenheiros brasileiros.
Repudiamos, veementemente, esta medida e convocamos todos os profissionais, estudantes e entidades representativas dos profissionais e empresas de engenharia do Brasil para se mobilizar contra esta medida que acaba com o mercado para os profissionais e empresas brasileiras.
Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2017.
Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros


Cardozo: Mídia escondeu que golpe foi comprado por Eduardo Cunha


Ex-ministro da Justiça e advogado da presidente deposta Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo criticou o comportamento da mídia brasileira, que tem ignorado o depoimento em que o doleiro Lúcio Funaro como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha comprou votos de deputados no impeachment de Dilma; "É como se quisessem esconder essa podridão debaixo do tapete, vamos só registrar que ela existe. Estamos diante de um impeachment presidencial em que alguém disse que houve compra de votos. Isso era para manchetes principais dos telejornais", disse; Cardozo confirmou a juntada da delação de Funaro aos autos do mandado de segurança que será julgado pelo STF, pedindo a anulação do impeachment
Rede Brasil Atual - O ex-ministro da Justiça e advogado da ex-presidenta Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, confirmou a juntada da delação do doleiro Lúcio Funaro aos autos do mandado de segurança que será julgado pelo STF, pedindo a anulação do impeachment.
"Se nós tivermos um julgamento justo, dentro daquilo que manda a Constituição, dentro daquilo que mandam as nossas leis, não tenho a mínima dúvida de que esse processo de impeachment é nulo, absolutamente nulo", disse Cardozo, em entrevista a Marilu Cabañas e Glauco Faria na Rádio Brasil Atual. "Agora tudo se comprova mais ainda com essa delação do doleiro Lúcio Funaro de que Eduardo Cunha, um dos grandes – senão o grande – mentores do processo de impeachment, comprou votos. É a comprovação do desvio de poder, daquilo que nós falamos desde o início da defesa de Dilma Rousseff e depois levamos ao noticiário."
O ex-ministro criticou o comportamento da mídia em geral, que tem ignorado o depoimento do doleiro em relação à denúncia de compra de votos para se aprovar o impedimento da ex-presidenta. "Dá impressão que alguns jornais só publicaram para dizer que publicaram. Estamos diante de um impeachment presidencial em que alguém disse que houve compra de votos. Isso era para manchetes principais dos telejornais."
Cardozo também comentou o fato de ter feito a defesa de Dilma Rousseff no Senado, no final de agosto de 2016, quando na prática os parlamentares já tinham se decidido a derrubar a presidenta, a despeito de argumentações técnico-jurídicas. "Quando o juiz não está disposto a ouvir as razões do advogado, quando está surdo, fale mais alto para que seus gritos sejam ouvidos fora da sala de audiência e aqueles que estão lá fora percebam o que está acontecendo, percebam a injustiça. No fundo, foi essa linha que nós seguimos."
Confira abaixo os principais trechos da entrevista.
Anulação do impeachment de Dilma
Se nós tivermos um julgamento justo, dentro daquilo que manda a Constituição, dentro daquilo que mandam as nossas leis, não tenho a mínima dúvida de que esse processo de impeachment é nulo, absolutamente nulo. As provas são evidentes, não havia crime de responsabilidade cometido por Dilma Rousseff, foram pretextos utilizados para que ela fosse substituída do cargo.
Há um claro vício que costumamos chamar no Direito de desvio de poder, que é quando você utiliza uma competência que a Constituição e a lei lhe dão para atingir uma finalidade que não é aquela que a lei determina. Isso aconteceu com o Parlamento brasileiro, ou seja, promoveram um processo de impeachment não para punir uma presidenta da República porque tinha praticado crime de responsabilidade, mas para afastá-la do cargo porque ela incomodava setores da elite brasileira, incomodava setores da classe política brasileira.
Agora tudo se comprova mais ainda com essa delação do doleiro Lúcio Funaro de que Eduardo Cunha, um dos grandes – senão o grande – mentores do processo de impeachment, comprou votos. É a comprovação do desvio de poder, daquilo que nós falamos desde o início da defesa de Dilma Rousseff e depois levamos ao noticiário. Estamos juntando isso e se alguém duvidava que a situação era desgarrada da moralidade, da democracia, do estado de Direito, agora se comprova e se espera que o Judiciário decida a respeito.
As provas da nulidade do impeachment
Em condições normais, com as provas que juntamos era para anular o processo de impeachment, não tenho dúvidas disso. Quando falo em condições normais, digo que, para haver uma decisão judicial, é preciso ter prova. E prova tem. A nulidade do impeachment é escancarada.
Os governos anteriores, Lula, Fernando Henrique Cardoso, tinham praticado os mesmos atos e nem o Tribunal de Contas nem ninguém disse que havia alguma ilegalidade, não havia nenhum jurista que dissesse que aquilo era ilegal. De repente se criou uma tese de que era ilegal e Dilma disse: "tá bom, já que a tese é essa que o Tribunal está decidindo, então vamos manter". Mudou e "não, não, (Dilma) vai ser punida pelo passado". Uma vergonha.
O desvio de poder ficou escancarado, notório, Eduardo Cunha disse que se o PT não desse os votos para tirá-lo da Comissão de Ética da Câmara iniciaria o impeachment, e quando o PT disse "não vamos apoiar Eduardo Cunha, vamos abrir o processo de cassação", uma hora depois ele deu uma coletiva dizendo que estava aberto o processo. E não escondeu de ninguém, estou abrindo o processo em represália mesmo, porque Dilma Rousseff não conseguiu os votos do PT pra me ajudar.
Depois disso, tiveram vários episódios, como o áudio do senador Romero Jucá dizendo que era preciso tirar Dilma e fazer um pacto para acabar com a sangria da classe política brasileira. E agora se afirma textualmente que houve pagamento – boato que existia há muito tempo – no depoimento do Funaro. É um conjunto de provas evidente, aberto, de que o impeachment foi nulo. E se estamos em um Estado de Direito, tem que voltar.
Mídia minimiza compra de votos
Se você observar, o espaço dado pelos jornais a esse fato é mínimo. Dá impressão que alguns jornais só publicaram para dizer que publicaram. Estamos diante de um impeachment presidencial em que alguém disse que houve compra de votos. Isso era para ser manchete dos principais telejornais.
Chega a ser assustador o que acontece no Brasil. Parece que para alguns fatos se faz um registro apenas para constar, "olha, publiquei". Em relação a outros, quando atinge certas pessoas, inclusive em situações muito menos graves, às vezes construídas, acaba tendo grande repercussão. É como se houvesse fatos que não interessam e outros que interessam muito, mesmo que não existam.
Nos jornais, essa declaração do Funaro foi minimizada ao máximo, era uma notinha no jornal, uma tripinha. É como se quisessem esconder essa podridão debaixo do tapete, vamos só registrar que ela existe. Muito triste.
Estado de exceção
O que é um Estado de exceção? É a negação do Estado de direito, que é aquele que tem certas regras e se cumprem as regras, as pessoas são governadas pelas leis. Hoje não temos isso, a lei diz uma coisa e o Estado faz outra; a lei diz uma coisa e tem abuso, desrespeito a prerrogativas.
Efetivamente estamos vivendo dias de Estado de exceção, e o que mais me preocupa é que tem gente que aplaude isso e não percebe que quando a exceção está na sala de estar do vizinho, amanhã ou depois vai chegar na sua cozinha, no seu dormitório. Quando você abre mão de regra, direito, princípio, garantia, você está abrindo mão para o outro e também no futuro para você. Se você não tem a dimensão humana da solidariedade, pelo menos seja pragmático, perceba que a exceção vai te aniquilar.
A defesa no Senado e a certeza da derrota
Tínhamos muito claro naquele momento (época da apresentação da defesa da presidenta no Senado, em 30 de agosto de 2016) que o processo de impeachment estava consumado. Não tinha nenhuma dúvida sobre isso. Eu pessoalmente não tinha nenhuma dúvida, desde que a coisa chegou no plenário da Câmara era muito claro. E ali havia duas alternativas para a defesa de Dilma Rousseff. Ou se partia para a situação dizendo "vou me ausentar, não vou fazer a defesa, vou denunciar que isso é uma farsa e vou embora", nomeando um advogado dativo e o impeachment sendo consumado, ou se aproveitava o processo para desmascará-lo, para desnudá-lo aos olhos do povo e mostrar que aquilo era uma farsa.
Naquele momento, me lembrei muito de uma situação que vivi na ditadura militar. Era estudante à época, peguei o finalzinho da ditadura e me lembro de uma palestra em que um professor foi arguido sobre como se sentiam os advogados na ditadura sabendo que as cartas eram marcadas e que a condenação era inexorável, não adiantava fazer nada porque a condenação era irremediável. Como se sentia o advogado naquele momento?
E veio uma resposta que me marcou e esteve presenta na minha cabeça durante o impeachment de Dilma. Quando o juiz não está disposto a ouvir as razões do advogado, quando está surdo, fale mais alto para que seus gritos sejam ouvidos fora da sala de audiência e aqueles que estão lá fora percebam o que está acontecendo, percebam a injustiça. No fundo, foi essa linha que nós seguimos.
A vida e a história
Há momentos que a gente fala para a vida, e há momento que a gente fala para a história. A gente fala para a vida quando acha que pode reverter os fatos daquele momento, e para a história quando acha que não pode reverter, vai ser engolido pela vida, mas precisa deixar marcado o que aconteceu, até como exemplo para que no futuro não ocorra mais.
A defesa foi muito isso, inclusive para mim era uma defesa em que tinha que me controlar muito emocionalmente, foi muito difícil. Eu tinha que ter a serenidade para dar o argumento técnico e mostrar que aquilo era uma verdadeira palhaçada, ao mesmo tempo que não podia usar a palavra "palhaçada" e passar do tom. Mas foi realmente um exercício de contenção interna para que pudesse cumprir meu papel.
A determinação de Dilma
Claro que sou amigo de Dilma, mas tenho uma admiração profunda pela força que essa mulher tem. E naquele dia (30 de agosto de 2016, em sua defesa no Senado) que ela ficou horas no depoimento, estava em um nível de exaustão que era impressionante, e em alguns momentos percebi ela exausta e falava: a senhora quer que peça que pare? O próprio presidente Ricardo Levandowski consultava: "tá tudo bem, continuamos?". E ela dizia: "eu vou até o fim". Uma determinação, uma força interior para vencer adversidades que fica como exemplo para a história da combatividade de uma mulher que foi atingida, discriminada, injustiçada, e que perdeu seu cargo de pé, lutando até o final.

Convivi com Dilma desde 2010, participei da coordenação da sua campanha e minha função era acompanhar as viagens, cuidar da agenda e do jurídico. Nunca vi nada que a desabonasse. E quando ela percebia que tinha alguma coisa errada, ela ia violentamente para cima disso. Não foram poucas as vezes em que ela me chamou como ministro da Justiça e dizia: "Veja o que está acontecendo lá e tome as medidas necessárias". Não importava se fosse companheiro, amigo, inimigo. Ela é intransigente nessa questão ética. Tenho absoluta convicção de que quem falar alguma coisa está inventando, nunca vi absolutamente nada que pudesse desabonar Dilma Rousseff nesse aspecto.