quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Cardozo: Mídia escondeu que golpe foi comprado por Eduardo Cunha


Ex-ministro da Justiça e advogado da presidente deposta Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo criticou o comportamento da mídia brasileira, que tem ignorado o depoimento em que o doleiro Lúcio Funaro como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha comprou votos de deputados no impeachment de Dilma; "É como se quisessem esconder essa podridão debaixo do tapete, vamos só registrar que ela existe. Estamos diante de um impeachment presidencial em que alguém disse que houve compra de votos. Isso era para manchetes principais dos telejornais", disse; Cardozo confirmou a juntada da delação de Funaro aos autos do mandado de segurança que será julgado pelo STF, pedindo a anulação do impeachment
Rede Brasil Atual - O ex-ministro da Justiça e advogado da ex-presidenta Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, confirmou a juntada da delação do doleiro Lúcio Funaro aos autos do mandado de segurança que será julgado pelo STF, pedindo a anulação do impeachment.
"Se nós tivermos um julgamento justo, dentro daquilo que manda a Constituição, dentro daquilo que mandam as nossas leis, não tenho a mínima dúvida de que esse processo de impeachment é nulo, absolutamente nulo", disse Cardozo, em entrevista a Marilu Cabañas e Glauco Faria na Rádio Brasil Atual. "Agora tudo se comprova mais ainda com essa delação do doleiro Lúcio Funaro de que Eduardo Cunha, um dos grandes – senão o grande – mentores do processo de impeachment, comprou votos. É a comprovação do desvio de poder, daquilo que nós falamos desde o início da defesa de Dilma Rousseff e depois levamos ao noticiário."
O ex-ministro criticou o comportamento da mídia em geral, que tem ignorado o depoimento do doleiro em relação à denúncia de compra de votos para se aprovar o impedimento da ex-presidenta. "Dá impressão que alguns jornais só publicaram para dizer que publicaram. Estamos diante de um impeachment presidencial em que alguém disse que houve compra de votos. Isso era para manchetes principais dos telejornais."
Cardozo também comentou o fato de ter feito a defesa de Dilma Rousseff no Senado, no final de agosto de 2016, quando na prática os parlamentares já tinham se decidido a derrubar a presidenta, a despeito de argumentações técnico-jurídicas. "Quando o juiz não está disposto a ouvir as razões do advogado, quando está surdo, fale mais alto para que seus gritos sejam ouvidos fora da sala de audiência e aqueles que estão lá fora percebam o que está acontecendo, percebam a injustiça. No fundo, foi essa linha que nós seguimos."
Confira abaixo os principais trechos da entrevista.
Anulação do impeachment de Dilma
Se nós tivermos um julgamento justo, dentro daquilo que manda a Constituição, dentro daquilo que mandam as nossas leis, não tenho a mínima dúvida de que esse processo de impeachment é nulo, absolutamente nulo. As provas são evidentes, não havia crime de responsabilidade cometido por Dilma Rousseff, foram pretextos utilizados para que ela fosse substituída do cargo.
Há um claro vício que costumamos chamar no Direito de desvio de poder, que é quando você utiliza uma competência que a Constituição e a lei lhe dão para atingir uma finalidade que não é aquela que a lei determina. Isso aconteceu com o Parlamento brasileiro, ou seja, promoveram um processo de impeachment não para punir uma presidenta da República porque tinha praticado crime de responsabilidade, mas para afastá-la do cargo porque ela incomodava setores da elite brasileira, incomodava setores da classe política brasileira.
Agora tudo se comprova mais ainda com essa delação do doleiro Lúcio Funaro de que Eduardo Cunha, um dos grandes – senão o grande – mentores do processo de impeachment, comprou votos. É a comprovação do desvio de poder, daquilo que nós falamos desde o início da defesa de Dilma Rousseff e depois levamos ao noticiário. Estamos juntando isso e se alguém duvidava que a situação era desgarrada da moralidade, da democracia, do estado de Direito, agora se comprova e se espera que o Judiciário decida a respeito.
As provas da nulidade do impeachment
Em condições normais, com as provas que juntamos era para anular o processo de impeachment, não tenho dúvidas disso. Quando falo em condições normais, digo que, para haver uma decisão judicial, é preciso ter prova. E prova tem. A nulidade do impeachment é escancarada.
Os governos anteriores, Lula, Fernando Henrique Cardoso, tinham praticado os mesmos atos e nem o Tribunal de Contas nem ninguém disse que havia alguma ilegalidade, não havia nenhum jurista que dissesse que aquilo era ilegal. De repente se criou uma tese de que era ilegal e Dilma disse: "tá bom, já que a tese é essa que o Tribunal está decidindo, então vamos manter". Mudou e "não, não, (Dilma) vai ser punida pelo passado". Uma vergonha.
O desvio de poder ficou escancarado, notório, Eduardo Cunha disse que se o PT não desse os votos para tirá-lo da Comissão de Ética da Câmara iniciaria o impeachment, e quando o PT disse "não vamos apoiar Eduardo Cunha, vamos abrir o processo de cassação", uma hora depois ele deu uma coletiva dizendo que estava aberto o processo. E não escondeu de ninguém, estou abrindo o processo em represália mesmo, porque Dilma Rousseff não conseguiu os votos do PT pra me ajudar.
Depois disso, tiveram vários episódios, como o áudio do senador Romero Jucá dizendo que era preciso tirar Dilma e fazer um pacto para acabar com a sangria da classe política brasileira. E agora se afirma textualmente que houve pagamento – boato que existia há muito tempo – no depoimento do Funaro. É um conjunto de provas evidente, aberto, de que o impeachment foi nulo. E se estamos em um Estado de Direito, tem que voltar.
Mídia minimiza compra de votos
Se você observar, o espaço dado pelos jornais a esse fato é mínimo. Dá impressão que alguns jornais só publicaram para dizer que publicaram. Estamos diante de um impeachment presidencial em que alguém disse que houve compra de votos. Isso era para ser manchete dos principais telejornais.
Chega a ser assustador o que acontece no Brasil. Parece que para alguns fatos se faz um registro apenas para constar, "olha, publiquei". Em relação a outros, quando atinge certas pessoas, inclusive em situações muito menos graves, às vezes construídas, acaba tendo grande repercussão. É como se houvesse fatos que não interessam e outros que interessam muito, mesmo que não existam.
Nos jornais, essa declaração do Funaro foi minimizada ao máximo, era uma notinha no jornal, uma tripinha. É como se quisessem esconder essa podridão debaixo do tapete, vamos só registrar que ela existe. Muito triste.
Estado de exceção
O que é um Estado de exceção? É a negação do Estado de direito, que é aquele que tem certas regras e se cumprem as regras, as pessoas são governadas pelas leis. Hoje não temos isso, a lei diz uma coisa e o Estado faz outra; a lei diz uma coisa e tem abuso, desrespeito a prerrogativas.
Efetivamente estamos vivendo dias de Estado de exceção, e o que mais me preocupa é que tem gente que aplaude isso e não percebe que quando a exceção está na sala de estar do vizinho, amanhã ou depois vai chegar na sua cozinha, no seu dormitório. Quando você abre mão de regra, direito, princípio, garantia, você está abrindo mão para o outro e também no futuro para você. Se você não tem a dimensão humana da solidariedade, pelo menos seja pragmático, perceba que a exceção vai te aniquilar.
A defesa no Senado e a certeza da derrota
Tínhamos muito claro naquele momento (época da apresentação da defesa da presidenta no Senado, em 30 de agosto de 2016) que o processo de impeachment estava consumado. Não tinha nenhuma dúvida sobre isso. Eu pessoalmente não tinha nenhuma dúvida, desde que a coisa chegou no plenário da Câmara era muito claro. E ali havia duas alternativas para a defesa de Dilma Rousseff. Ou se partia para a situação dizendo "vou me ausentar, não vou fazer a defesa, vou denunciar que isso é uma farsa e vou embora", nomeando um advogado dativo e o impeachment sendo consumado, ou se aproveitava o processo para desmascará-lo, para desnudá-lo aos olhos do povo e mostrar que aquilo era uma farsa.
Naquele momento, me lembrei muito de uma situação que vivi na ditadura militar. Era estudante à época, peguei o finalzinho da ditadura e me lembro de uma palestra em que um professor foi arguido sobre como se sentiam os advogados na ditadura sabendo que as cartas eram marcadas e que a condenação era inexorável, não adiantava fazer nada porque a condenação era irremediável. Como se sentia o advogado naquele momento?
E veio uma resposta que me marcou e esteve presenta na minha cabeça durante o impeachment de Dilma. Quando o juiz não está disposto a ouvir as razões do advogado, quando está surdo, fale mais alto para que seus gritos sejam ouvidos fora da sala de audiência e aqueles que estão lá fora percebam o que está acontecendo, percebam a injustiça. No fundo, foi essa linha que nós seguimos.
A vida e a história
Há momentos que a gente fala para a vida, e há momento que a gente fala para a história. A gente fala para a vida quando acha que pode reverter os fatos daquele momento, e para a história quando acha que não pode reverter, vai ser engolido pela vida, mas precisa deixar marcado o que aconteceu, até como exemplo para que no futuro não ocorra mais.
A defesa foi muito isso, inclusive para mim era uma defesa em que tinha que me controlar muito emocionalmente, foi muito difícil. Eu tinha que ter a serenidade para dar o argumento técnico e mostrar que aquilo era uma verdadeira palhaçada, ao mesmo tempo que não podia usar a palavra "palhaçada" e passar do tom. Mas foi realmente um exercício de contenção interna para que pudesse cumprir meu papel.
A determinação de Dilma
Claro que sou amigo de Dilma, mas tenho uma admiração profunda pela força que essa mulher tem. E naquele dia (30 de agosto de 2016, em sua defesa no Senado) que ela ficou horas no depoimento, estava em um nível de exaustão que era impressionante, e em alguns momentos percebi ela exausta e falava: a senhora quer que peça que pare? O próprio presidente Ricardo Levandowski consultava: "tá tudo bem, continuamos?". E ela dizia: "eu vou até o fim". Uma determinação, uma força interior para vencer adversidades que fica como exemplo para a história da combatividade de uma mulher que foi atingida, discriminada, injustiçada, e que perdeu seu cargo de pé, lutando até o final.

Convivi com Dilma desde 2010, participei da coordenação da sua campanha e minha função era acompanhar as viagens, cuidar da agenda e do jurídico. Nunca vi nada que a desabonasse. E quando ela percebia que tinha alguma coisa errada, ela ia violentamente para cima disso. Não foram poucas as vezes em que ela me chamou como ministro da Justiça e dizia: "Veja o que está acontecendo lá e tome as medidas necessárias". Não importava se fosse companheiro, amigo, inimigo. Ela é intransigente nessa questão ética. Tenho absoluta convicção de que quem falar alguma coisa está inventando, nunca vi absolutamente nada que pudesse desabonar Dilma Rousseff nesse aspecto.

Mauro Bertoli presta contas no plenário, mas não revela gastos com publicidade

O blog fez uma busca no Portal de Transparência da Câmara e encontrou lançamentos de pagamentos à imprensa local superior R$ 33 mil reais durante o mês de setembro. Embora a despesa com publicidade seja constitucional, não se conhece o motivo do receio do presidente em mostrar os números no plenário da casa.


O presidente da Câmara Municipal de Apucarana Mauro Bertoli (DEM) fez no Plenário da casa, durante a sessão ordinária realizada na tarde desta segunda-feira (16), a prestação de contas referente movimentação financeira verificada no mês de setembro/2017. A medida deveria atender ao disposto na Lei Municipal 263/12, mas o demonstrativo que deveria ser esclarecedor, se transformou num emaranhado de dúvidas.  Dois quadros das despesas com números diferentes foram apresentados, um lançado a título de despesa geral (R$ 536.370,28) e outro a título de despesas pagas (R$ 646.975,16).  A medida adotada dificulta a leitura e a identificação dos pagamentos realizados para os veículos de comunicação social (imprensa), relativo aos gastos com publicidade.
É fato que o presidente, durante as prestações de contas em Plenário, não gosta de mostrar os valores pagos à imprensa local.  Em nenhum ato de prestação de contas em plenário, desde que assumiu a presidência em janeiro, foi feito referência aos valores destinados aos veículos. A despesa com publicidade é constitucional e não se conhece o motivo do receio do presidente na revelação dos números.
De acordo com o art. 1º da Lei 263/12, a prestação de contas deve ser realizada de forma detalhada e o não cumprimento pode acarretar sanções previstas no Decreto Lei 201/67, que trata da responsabilidade de prefeitos e vereadores. Segundo o dicionário da língua portuguesa, DETALHAR, significa: Descrever com todos os detalhes, minuciar ou pormenorizar, mas os responsáveis pela elaboração do demonstrativo para apresentação no Plenário, parece que faz questão de ignorar o sentido da palavra.
Segundo o relatório apresentado, o saldo disponível em 31/08 era de R$ 1.661.865,20. O duodécimo transferido pela Prefeitura foi de R$ 828.692,57 e a renda com aplicação financeira R$ 4.339,49. O demonstrativo mostrou ainda, o montante de despesas geral no total de R$ 536.370,28 e o total de despesas pagas no valor de R$ 646.975,16. Conforme anunciado pelo presidente, o saldo disponível em conta corrente no dia 30/09 é de R$ 1.847.922,10.
O blog fez uma busca no Portal de Transparência e encontrou os seguintes lançamentos de valores pagos à imprensa:
DOC
VEÍCULO
MÊS/REF
VL BRUTO
03
Tribuna do Norte
08/2017
12.500,00
04
AN Notícias
06/2017
1.875,00
07
TV Tibagi
07/2017
5.138,25
08
TV Mais
07/2017
2.645,00
09
Rádio Nova AM
07/2017
7.834,32
15
AN Notícias
07/2017
1.875,00
16
Idem
08/2017
1.875,00


Soma
33.742,57
02
Rádio Cultura (*)
08/12
3.850,00
  (*) Serviço de transmissão das sessões                    

Confira a relação das despesas apresentadas no Plenário
01
Folha de Pagamento

425.743,55
02
Material de consumo

19.163,06
03
Serviços Terceiros (PJ)

16.560,00
04
Diárias

940,24
05
Indenizações trabalhistas

2.264,86
06
Encargos Sociais (INSS/FGTS)

90.909,31
07
Material permanente

45,00


Soma
536.370,28


CCJ encerra discussão e pode votar denúncia contra Temer ainda hoje

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após cinco horas de debates, a CCJ da Câmara encerrou a discussão da denúncia do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot contra  Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral); discursaram 48 deputados favoráveis à continuação da denúncia, e 13 contrários. O parecer do relator, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), apresentado no último dia 10, é pela não autorização para abertura de processo contra Temer e os dois ministros; os três são acusados pelo Ministério Público Federal pelos crimes de organização criminosa e obstrução da Justiça; votação na CCJ ainda poderá ocorrer hoje, após a fala do relator e dos advogados dos três acusados.
Agência Câmara - Após cinco horas de debates, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) encerrou a discussão da denúncia do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot contra o presidente da República, Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).
Discursaram 48 deputados favoráveis à continuação da denúncia, e 13 contrários. O parecer do relator, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), apresentado no último dia 10, é pela não autorização para abertura de processo contra Temer e os dois ministros. Os três são acusados pelo Ministério Público Federal pelos crimes de organização criminosa e obstrução da Justiça.
A votação na CCJ ainda poderá ocorrer hoje, após a fala do relator e dos advogados dos três acusados.
A reunião foi suspensa e será retomada às 16 horas.
Leia reportagem anterior, da Reuters, sobre o assunto:
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), reabriu nesta quarta-feira pela manhã a sessão de discussão sobre a tramitação da denúncia contra o presidente Michel Temer, que poderá ser votada ainda nesta tarde pelo colegiado.
Até a noite anterior, constavam ainda nove deputados inscritos para se pronunciarem na CCJ sobre a acusação criminal contra o presidente e também os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria do Governo.
Na manhã de quarta-feira, novas inscrições foram feitas: ao menos quatro de deputados contrários a Temer e de um favorável, a do deputado Carlos Marun (PMDB-MS).
Desde a véspera, a estratégia de deputados governistas é acelerar os trabalhos com a dispensa de fazer discursos.
A ordem é tentar votar o parecer do deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG) contra o prosseguimento da denúncia até a quinta-feira na CCJ e, na próxima semana, no plenário da Câmara.


Moro diz que sua foto com Aécio não significa nada

Brazil Photo Press/Folhapress
Em entrevista à Globo, o juiz da Lava Jato disse que a foto em que ele aparece aos sorrisos com Aécio Neves (PSDB-MG) foi tirada em um evento público e que não significa qualquer aprovação ao senador; "A foto sugere mais do que de fato significa", afirmou
Paraná 247 - O juiz federal Sergio Moro, que julga os processos da Lava Jato, em primeira instância, disse que sua foto sorrindo ao lado do senador Aécio Neves (PSDB-MG) não significa nada.
A declaração foi feita em entrevista ao jornalista Gerson Camarotti, da GloboNews, e exibida na noite desta terça-feria 17. Segundo ele, a foto foi tirada em um evento público e não significa qualquer aprovação ao senador.
"Não tem nenhum processo dele comigo. A foto sugere mais do que de fato significa. Na verdade não significa nada", disse.
Aécio foi flagrado em um áudio pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da JBS, e ameaçando de morte o primo, 'Fred', que receberia o dinheiro diretamente. Ele foi afastado do mandato pelo Supremo e obrigado a se recolher noturnamente, mas salvo pelo Senado, após compra de votos de senadores, na noite de ontem.


Parecer diz que Lula pode concorrer em 2018 mesmo se condenado

De acordo com informações divulgadas pela coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, um parecer jurídico do professor Luiz Fernando Casagrande Pereira, do Paraná, garante que Luiz Inácio Lula da Silva poderá concorrer às eleições presidenciais em 2018, mesmo que seja condenado em segunda instância, e ainda que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o STF (Supremo Tribunal Federal) não concedam liminar para suspender a inelegibilidade que viria com essa sentença. O parecer foi entregue ao ex-presidente pelo senador Lindbergh Faria (PT-RJ).
De acordo com Pereira, mesmo nessa situação limite, o PT poderá registrar a candidatura de Lula no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em agosto. Só então ela seria objeto de impugnação. “Ocorre que entre a impugnação e o afastamento de Lula da campanha há uma enorme distância”, afirma o professor. Se todos os prazos para o julgamento forem cumpridos no TSE, o eventual afastamento só ocorreria em 12 de setembro. Neste intervalo de um mês, Lula já estaria em plena campanha.

*Com informações da coluna da Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo

Requião retoma marcha rumo ao governo

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) confirmou nesta quarta-feira (18) que retomará no fim do mês, desde Jacarezinho, Norte Pioneiro, a marcha pela volta ao governo do Paraná.
No próximo dia 27, às 19h, o peemedebista será recebido por professores O objetivo é discutir a formação das chapas ao Palácio Iguaçu, liderada por ele, e para deputado estadual, federal e senador nas eleições de 2018.
No sábado (28), em Santa Mariana, na mesma região Norte Pioneiro, o pré-candidato ao governo do estado se reunirá com educadores, lideranças políticas e empresariais.

A tendência é que Requião puxe no ano que vem uma coalizão de centro-esquerda no Paraná formada pelo PMDB, PDT, PCdoB e PT. A candidatura majoritária é fundamental para esses partidos elejam boas bancadas na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.
Blog do Esmael

Requião Filho protocola ‘CPI da Carne Fraca’ no Paraná

Bastou o deputado Ratinho Junior (PSD) ameaçar abrir uma CPI para investigar a família Requião para que o próprio clã tomasse a iniciativa pedindo uma devassa a si mesmo e aos adversários no Paraná. Pelas maõs do deputado Requião Filho, o PMDB vai protocolar a ‘CPI da Carne Fraca’ na Assembleia Legislativa.
Em março deste ano deste ano, a Operação Carne Fraca da Polícia Federal detonou um esquema corrupção no Ministério da Agricultura com a participação da cúpula nacional do PMDB. Dentre os suspeitos estava o então ministro da Justiça e deputado licenciado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Serraglio fora flagrado em gravação cobrando de um dos chefes do esquema e principal alvo da investigação Daniel Gonçalves Filho sobre a fiscalização em um dos frigoríficos envolvidos.
“Nas três vezes que fui governador, ao menor indício de corrupção, eu mesmo tomava a iniciativa para que as comissões de investigação fossem abertas na Assembleia”, disse ao Blog do Esmael o senador Roberto Requião (PMDB), pai do proponente da CPI.
Segundo Requião, a CPI da Carne Fraca atingirá os adversários do PMDB no Paraná, haja vista que o partido no estado é diferente da cúpula nacional.
Pré-candidato ao governo do Paraná, o senador Requião acredita que a ameaça de Ratinho tem a ver com a proximidade das eleições de 2018. “O nervosismo é antevéspera da derrota”.
“O PMDB vai propor a CPI, no entanto, sugerirá que a presidência da comissão seja exercida pelo Ratinho e a relatoria fique com o líder do governo Luiz Claudio Romanelli (PSB), antecipou o peemedebista.
Fonte: Blog do Esmael


“Providência” empossa direção clínica e técnica

Solenidade, realizada na sala de reuniões do hospital, também marcou o Dia do Médico 
(Foto: Edson Denobi)
Em solenidade que marcou também o Dia do Médico, o Hospital da Providência e Materno Infantil deu posse nesta quarta-feira (18) à diretoria clínica e técnica, além da coordenação da Comissão de Residência Médica (COREME). A solenidade aconteceu na sala de reuniões do hospital e contou com a presença do vice-prefeito, Sebastião Ferreira Martins Junior (Junior da Femac), que no ato representou o prefeito Beto Preto.
O médico Sérgio Seidi Ushida foi reeleito e será novamente o diretor clínico do hospital pelos próximos dois anos, enquanto o médico Leonardo Marchi foi eleito para coordenar o COREME, função que desempenhará por três anos. Já a nova diretora técnica é a médica Vera Lorenzon, nome que foi definido pela direção do hospital.
O responsável pela direção técnica era o médico Eudilson Mendonça, que permaneceu no cargo por três anos e recebeu uma placa em homenagem pelos serviços prestados. Durante a solenidade, também foi feita a leitura de uma mensagem dedicada aos médicos e da oração de São Lucas, padroeiro da categoria profissional.
A irmã Geovana Aparecida Ramos, diretora geral do hospital, destacou a importância da categoria profissional. “O médico é a essência dos hospitais e o atendimento acontece seja em dias normais ou em domingos e feriados. O médico deixa muitas vezes de participar de atividades com a família, colocando-se à disposição para estar junto do paciente”, ressalta a irmã Geovana.
O vice-prefeito Junior da Femac salientou a residência médica conquistada por Apucarana e implantada a partir de 2014. “É um dia muito especial, pois o médico tem a missão de trabalhar com o ser humano. E a residência médica significa que existe um centro formador de médicos dentro do próprio hospital, sendo de suma importância para Apucarana e toda a região”, frisa.
O Hospital da Providência já conta com as residências em pediatria, clínica médica e cirurgia geral. Em 2018, deverá ser implantada a residência UTI adulto e a direção do hospital já está buscando o credenciamento para a residência multiprofissional, que será desenvolvida em parceria com a Autarquia Municipal de Saúde.


terça-feira, 17 de outubro de 2017

‘Malhação’ irá promover a Ideologia de Gênero, expondo garotos usando saia

A agenda da rede Globo para promover a ideologia de 
gênero parece se intensificar cada vez mais, enquanto a novela Malhação se prepara para expor seus jovens atores – que interpretam estudantes de uma escola de zona nobre de São Paulo – vestindo saias como parte do uniforme.
Já não é a primeira vez que a novela adota esta estratégia para promover o que chama de “debate sobre questões de gênero”. Na temporada de 2013, outros atores também gravaram cenas vestindo saias para a Malhação.
A abordagem atual foi divulgada pelo ator Marcello Antony – que interpreta o dono da escola particular na trama. No dia 11 de outubro publicou uma foto com os atores desta temporada vestindo saias.
Sem muitos detalhes, o ator descreveu a foto como sendo uma novidade da novela, que irá aparecer nos próximos capítulos. “Minha escola???? Aguardem….. #malhacao2017 #Amomeutrabalho”, escreveu Antony como legenda para a publicação em seu perfil oficial do Instagram.
A publicação gerou muitas críticas nos próprios comentários do post. Um usuário da rede social acusou a emissora de querer disseminar uma doutrinação.
“A eterna vontade da GloboLixo doutrinar as crianças e adolescente desse país. Não quero e não vou entrar nessa ‘luta’ hétero x homo, mas vou dizer que não concordo com essa nova onda de tentar ‘doutrinar’ a todos a serem homossexuais. Está havendo uma forçação de barra. E a senhora Globo faz isso”, disse.
O novo roteiro de Malhação parece retratar uma polêmica que ganhou manchetes de diversos jornais no ano passado: a autorização para que garotos usassem saias como parte do uniforme no tradicional Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.
Beijo gay e lésbico
A promoção da ideologia de gênero pela Malhação não apenas se soma a tantos outros programas da rede Globo que se empenham em cumprir tal agenda, mas também segue uma sequência polêmica, que tem sido amplamente criticada pelas famílias. No dia 05 de outubro, a novela exibiu cenas nas quais atores e atrizes realizaram um ‘beijaço gay e lésbico’.
Nesta semana se espalhou pelas mídias sociais, uma proposta de “boicote” à rede Globo, aproveitando o dia das crianças. O objetivo era protestar contra a emissora por ela já ter promovido a ideologia de gênero entre as crianças em ocasiões anteriores e também ter defendido eventos “artísticos” que tinham relação com a pedofilia – como a exposição Queermuseu e o 35º Panorama da Arte Brasileira – 2017, no Museu de Arte Moderna (MAM), em que uma criança foi estimulada a tocar um homem nu.
População insatisfeita

Mesmo com a tentativa da emissora de “maquiar” este contexto de protesto de grande parte da sociedade contra suas ideologias, certas “surpresas” têm colocado alguns programas em situações difíceis de contornar, como foi o caso de Dona Regina, uma senhora idosa que contrariou os convidados do programa ‘Encontro’, durante um “debate” sobre a exposição do MAM.
No programa ‘Altas Horas’, o canto Luiz Carlos do grupo Raça Negra também surpreendeu ao contrariar convidados do programa que se mostravam a favor da mesma exposição.

Fonte: http://www.icatolica.com

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

“Formação de Quadrilha, corrupção ativa”, indica placa em frente ao Congresso

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Início da semana na qual será votado o relatório do relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) pedindo o arquivamento da segunda denúncia, por obstrução da Justiça e organização criminosa - contra Michel Temer um adesivo foi colocado na placa que indica o acesso ao Congresso nacional com os dizeres "Formação de quadrilha, corrupção ativa – O grande acordo nacional"; padrão utilizado nas placas é o mesmo empregado pelo governo do Distrito Federal nas placas indicativas oficiais
247 - O início da semana na qual será votado o relatório do relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) pedindo o arquivamento da segunda denúncia, por obstrução da Justiça e organização criminosa - contra Michel Temer um adesivo foi colocado na placa que indica o acesso ao Congresso nacional com os dizeres "Formação de quadrilha, corrupção ativa – O grande acordo nacional".
O padrão utilizado nas placas é o mesmo empregado pelo governo do Distrito Federal nas placas indicativas oficiais. O autor da colagem ainda não foi identificado. Em seu relatório, Andrada se manifestou de forma contrária a aceitação da denúncia contra Temer e, também, contra os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco.


MST ocupa fazenda no Mato Grosso

Divulgação

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou nesta segunda-feira, 16, uma fazenda no estado do Mato Grosso numa ação no Dia da Soberania Alimentar; segundo informações do MST, cerca de 200 famílias participam da ação no latifúndio denominado "Rancho Verde". "Essa propriedade que já foi vistoriada e considerada improdutiva tem processo na justiça federal a mais de 10 anos, enquanto isso as famílias permanecem em baixo de barracos de lona em situação de vulnerabilidade absoluta", diz o MST
247 - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou nesta segunda-feira, 16, uma fazenda no estado do Mato Grosso numa ação no Dia da Soberania Alimentar. 
Segundo informações do MST, cerca de 200 famílias participam da ação no latifúndio denominado "Rancho Verde". "Essa propriedade que já foi vistoriada e considerada improdutiva tem processo na justiça federal a mais de 10 anos, enquanto isso as famílias permanecem em baixo de barracos de lona em situação de vulnerabilidade absoluta", diz o MST. 
"Com essa jornada estamos pautando o assentamento imediato de todas as famílias acampadas no estado de Mato Grosso, a resolução dos conflitos que mantém centenas de pessoas sobre risco permanente de morte. E também dizemos não a PEC Estadual do Teto e a Contra reforma da Previdência", acrescentou o MST. 
Já no Distrito Federal, trabalhadores do MST ocupou a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). O grupo reivindica a efetivação do assentamento Roseli Nunes e do assentamento 8 de março, além da imediata perícia da área e a implementação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável e a portaria de assentamento dos dois acampamentos e o acertamento fundiário e o cancelamento do plano de utilização da terra do Acampamento 27 de setembro.


Maia já discute cargos com aliados em seu governo e cenário pós-Temer

(Foto: Lula Marques/Agência PT)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está cada vez mais ligado a nomes que fazem oposição a Michel Temer, inclusive dentro do próprio PMDB; em um jantar na companhia dos senadores Renan Calheiros e Kátia Abreu, os maiores críticos de Temer no PMDB, Maia falou abertamente da chance de Temer não sobreviver à segunda denúncia e já discutiu cargos num eventual governo comandado por ele; deputados pró-Maia também participaram do jantar que ocorreu semanas atrás; combinaram que numa gestão do demista, Moreira Franco seria mantido, mas fora do Planalto
247 - O pé atrás do Planalto com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, aumentou depois de relatos de que o demista participou de jantar na companhia dos senadores Renan Calheiros e Kátia Abreu, os maiores críticos de Temer no PMDB.
No cardápio, regado a vinho, falaram da chance de Temer não sobreviver à segunda denúncia e trataram de cargos num eventual governo Maia. O presidente da Câmara confirma ter participado do jantar na casa da senadora, mas nega que o assunto tenha sido o pós-Temer. “Recomposição [do governo] não tratamos”. Falaram sobre o que? “Jogo do Botafogo”.
Deputados pró-Maia também participaram do jantar que ocorreu semanas atrás. Combinaram que numa gestão do demista, Moreira Franco seria mantido, mas fora do Planalto.
As informações são da Coluna do Estadão.


Eleições na Venezuela: Governistas vencem oposição em 17 estados

Reuters

Embora seja chamado de "ditador" pela imprensa nacional, que apoiou um golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff e contra a democracia brasileira, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, obteve uma importante vitória eleitoral neste fim de semana; candidatos que apoiam o chavismo venceram em 17 dos 22 estados da Venezuela nas eleições regionais deste domingo, de acordo com os dados preliminares divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral; "Estes resultados tem um caráter irreversível após a contagem de 95,8% dos votos", informou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena
247 – Embora seja chamado de "ditador" pela imprensa nacional, que apoiou um golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff e contra a democracia brasileira, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, obteve uma importante vitória eleitoral neste fim de semana.
Abaixo, reportagem da Sputnik Brasil:
Os candidatos governistas do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) venceram na maioria dos estados nas eleições regionais do país.
De acordo com os dados preliminares divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral, os candidatos governistas venceram em 17 dos 22 estados.
"Estes resultados tem um caráter irreversível após a contagem de 95,8% dos votos", informou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena.
Ela declarou também que a participação da população nas eleições regionais teve um número histórico, contando com uma "inesperada participação" de 61,14% de eleitores.
Logo após a divulgação dos primeiros resultados das eleições, a oposição da Mesa de Unidade Democrática (MUD) declarou que considerava as eleições fraudulentas.
A oposição havia manifestado anteriormente que esperava vencer em pelo menos 14 estados do país. A expectativa é de que a MUD inicie já nesta segunda-feira uma campanha para denunciar a suposta ilegalidade dos resultados apresentados pelo governo.


Com 50 mil engenheiros desempregados, Brasil vai apressar entrada de estrangeiros

Agência Petrobrás

Apesar das mais de 5 mil obras paradas e dos 50 mil engenheiros desempregados, o Brasil vai facilitar a entrada de formados em engenharia no exterior; órgãos competentes terão de emitir o registro para profissionais estrangeiros atuarem no Brasil em, no máximo, três meses; hoje, para trabalharem no país, eles precisam ter registro emitido pelo Crea, o Conselho Regional de Engenharia; essa foi a principal reclamação de grupos franceses, canadenses e americanos que procuraram o governo com interesse em entrar no país
247 - O governo deve enviar ao Congresso um projeto de lei para destravar o mercado de construção civil —imobiliário e de infraestrutura— para estrangeiros. A proposta será enviada nas próximas semanas para Michel Temer antes de seguir para o Congresso e vai modificar a regulação do setor.
Órgãos competentes terão de emitir o registro para profissionais estrangeiros atuarem no Brasil em, no máximo, três meses. Hoje, para trabalharem no país, eles precisam ter registro emitido pelo Crea, o Conselho Regional de Engenharia.
Esse processo costuma levar um ano, mas pode durar até mais, a ponto de inviabilizar a atividade no país.
A nova legislação determinará a emissão automática do registro caso o prazo não seja cumprido quando as empreiteiras vencerem licitações públicas, por exemplo.
Essa foi a principal reclamação de grupos franceses, canadenses e americanos que procuraram o governo com interesse em entrar no país.
Pessoas que participaram da elaboração do projeto afirmam que a medida foi negociada com o Confea, conselho federal com representantes de engenheiros e agrônomos de todo o país. Mesmo assim, preveem resistências.
As informações são de reportagem de Julio Wiziack na Folha de S.Paulo.