sexta-feira, 25 de agosto de 2017

PMDB ameaça expulsar Requião e campo progressista reage com manifesto


Um duro manifesto assinado por uma dezena de movimentos sociais e mais de cem políticos (nenhum do PMDB), intelectuais, jornalistas, cientistas, religiosos e diplomatas protesta contra o partido de Michel Temer pela ameaça de expulsão do senador Roberto Requião.
Manifesto em Solidariedade ao Senador Requião
O pedido de expulsão do senador Requião do PMDB – anunciado pela revista Veja – concretizou-se. Trata-se de um acinte, de um escárnio, de uma inominável agressão. Não ao senador Requião apenas, à sua história de homem público reto, probo, determinado, corajoso, cuja biografia é um testemunho de amor pelo Brasil e pelo nosso povo. É uma agressão à Nação e à política como ferramenta e arte de viabilizar a convivência pacífica na sociedade e de realizar o bem comum.
O pedido de expulsão de Requião é, mais que tudo, um sintoma da degenerescência do PMDB e de sua captura pelo capital financeiro globalizado, que através do governo de Michel Temer busca impor ao Brasil uma inaceitável e humilhante servidão, com a destruição do Estado Social, que a Constituição Cidadã alberga e institui, e a consequente degradação das condições de vida do nosso povo, com a entrega das nossas riquezas, do nosso petróleo, das nossas terras para a livre exploração estrangeira, com o enfraquecimento das nossas Forças Armada e o empobrecimento de milhões de famílias brasileiras.
Requião é hoje um herói da resistência, um dos últimos representantes de uma estirpe de políticos decentes que existiam no PMDB, uma das poucas esperanças de recuperação do sentimento de orgulho nacional, através de um governo nacionalista, democrático e popular, um governo que coloque o país nos trilhos do desenvolvimento da indústria, do comércio, do emprego, da inclusão social e da inserção soberana na economia mundial e no concerto das Nações.
Com a palavra, o senador Roberto Requião:
“Eu sou fundador do PMDB, sou o filiado número 1 no Paraná, e atualmente sou presidente do Diretório Estadual. Sou do velho MDB de Guerra. Sou do PMDB do Ulisses Guimarães que tinha como princípio não roubar, não deixar roubar, pôr na cadeia quem rouba. Eu sou do PMDB nacionalista e desenvolvimentista, do PMDB do documento ‘Esperança e Mudança’. Eu sou PMDB com projeto nacional, do PMDB da seriedade. É evidente que eu não sou do PMDB da “Ponte para o futuro”, documento redigido por funcionários de bancos, por pessoas totalmente desligadas do Partido. E eu não sou desse grupo que, eventualmente no comando do meu Partido, está viabilizando a sua desmoralização total no Brasil. Pesquisas de opinião mostram que o PMDB hoje tem 1% de apoio popular. E eu estou tentando, num esforço enorme, ressuscitar o velho MDB de Guerra. Se caráter custa caro, pago o preço! É o momento do PMDB dizer a mim, aos velhos peemedebistas, aos desenvolvimentistas, aos nacionalistas, se a base existe ou se o Partido se transformou numa confederação de políticos ou presos ou com tornozeleiras!”
Requião, não somos do PMDB, mas a agressão a você não é assunto interno do Partido, é assunto de interesse público, o que legitima este Manifesto. Receba a nossa solidariedade, o nosso apoio, a nossa admiração. Você não está sozinho. Fique firme, como sempre esteve, ao lado do povo brasileiro. Você é maior do que os que te atacam. Neste mar tormentoso, nesta gigantesca crise que ameaça avassalar a Nação, nesta triste quadra histórica em que entreguistas e pusilânimes tomaram de assalto o nosso governo, o Brasil, mais do que nunca, precisa de você!
Brasil, agosto de 2017
NOME
REFERÊNCIA
Aldimar de Assis
Presidente do Sindicato dos Advogados de SP
Aldo Arantes
ex-Presidente da UNE, ex-Deputado Federal (PC do B)
Alessandro Molon
Deputado Federal (Rede/RJ)
Altamiro Borges
Jornalista
Adaeson Costa
Secretário Geral da FNP – Federação Nacional dos Petroleiros
André Figueiredo
Deputado federal PDT/CE, ex-ministro das Comunicações
Antonio Carlos Valadares
Senador
Antonio Lassance
Cientista Político
Aparecido Araújo Lima
Jornalista
Artur Scavone
Jornalista
Assis do Couto
Deputado Federal (PDT/PR)
Benedita da Silva
Deputada Federal (PT/RJ), ex-Governadora do Rio de Janeiro
Beto Almeida
Jornalista TeleSur
Bresser Pereira
Economista, ex-Ministro da Fazenda
Carlos Lessa
Economista, ex-reitor da UFRJ
Carlos Lupi
Presidente Nacional do PDT / ex-Ministro do Trabalho
Carlos Zaratini
Deputado Federal (PT/SP)
Carolina Maria Ruy
Geógrafa
Celso Amorim
Diplomata, ex-Chanceler, ex-Ministro da Defesa
Ciro Gomes
Ex-Governador do Ceará, ex-Ministro de Estado
Clemente Ganz Lucio
DIEESE
Conceição Lemes
Jornalista
Daisy Barretta
Filósofa
Danilo Conforti Tardini
Analista do TRT
Darc Costa
Ex-vice-presidente do BNDES e ex-coordenador da ESG
Dionilso Marcon
Deputado Federal (PT/RS)
Eduardo Fagnani
Economista
Erminia Maricato
Professora FAU-USP
Eduardo Ramos
Jornalista
Eugenio Aragão
Ex-ministro e procurador
Fabio Konder Comparato
Jurista
Fabrício Neves
UNB
Fátima Bezerra
Senadora
Fernando Morais
Escritor/Jornalista
Flavio Lyra
Economista (IPEA)
Florisvaldo Fier (Dr. Rosinha)
ex-Deputado Federal, ex-Alto Representante do Mercosul
Francisco Fonseca
Professor FGV USP
Geniberto Paiva Campos
Médico
Gilberto Carvalho
Ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência de República
Glauber Braga
Deputado Federal (PSOL/RJ)
Gleisi Hoffmann
Senadora e Presidente Nacional do PT
Guilherme Boulos
Dirigente do MTST – Movimento dos Trabalhadores sem Teto
Guilherme Estrella
Geólogo, ex-Diretor de Exploração e Produção da Petrobras
Guilherme Mello
Economista
Hildegard Angel
Jornalista
Humberto Costa
Senador (PT/PE)
Ildo Sauer
Engenheiro, ex-Diretor de Gás e Energia da Petrobras, Professor da USP
Janine Rodrigues
Advogada, servidora pública
Jessé de Souza
Sociólogo, ex-Presidente do IPEA
João Capiberibe
Senador (PSB/AP)
Joao Carlos Gonçalves (Juruna)
Secretário Geral da Força Sindical
João Daniel
Deputado Federal (PT/SE)
João Pedro Stedile
Presidente MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
João Vicente Goulart
Escritor, empresário
José Maria Rangel
Presidente da FUP – Federação Única dos Petroleiros
Laurindo Lalo Leal Filho
Jornalista
Leda Paulani
Economista
Lídice da Mata
Senadora (PSB/BA)
Lindbergh Farias
Senador (PT/RJ0
Luciana Santos
Presidente Nacional do PC do B / Deputada Federal (PC do B/PE)
Luiza Erundina de Sousa
Deputada Federal (PSOL/SP)
Luiz Alberto dos Santos
Advogado, Consultor Legislativo
Luiz Carlos Azenha
Jornalista
Luiz Carlos da Rocha
Advogado
Luiz Gonzaga Belluzzo
Economista
Magda Biavaschi
Desembargadora aposentada
Marcio Pochmann
Economista
Marcelo Neves
Jurista, Professor (UNB)
Maria de Lourdes Rocha
Coordenadora Geral do MNDH
Maria Lúcia de Moura Iwanow
Professora
Maria Luiza Flores da Cunha Bierrenbach
Jurista
Maria Luiza Franco Busse
Jornalista
Maria Victoria Benevides
Cientista Política
Maria Rita Loureiro
Socióloga
Mario Augusto Jakobskind
Jornalista e escritor
Marcelo Lavenere
Advogado
Nelsão da Força
Dirigente da Força Sindical no Paraná
Orlando Silva
Deputado Federal (PC do B/SP)
Osvaldo Maneschy
Jornalista, diretor da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini
Patricia Bandeira de Melo
Fundação Joaquim Nabuco
Patrus Ananias
Deputado Federal (PT/MG)
Paulo César Ribeiro Lima
Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados
Paulo Teixeira
Deputado Federal (PT/SP)
Pedro Augusto Pinho
Administrador aposentado, colunista do Patria Latina
Pedro Celestino
Presidente do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro
Pedro E. Gontijo
Filósofo. Professor da Universidade de Brasília
Pedro Rossi
Economista
Randolfe Rodrigues
Senador (Rede/AP)
Regina Sousa
Senadora (PT/PI)
Ricardo Maranhão
ex-Deputado Federal (PDB/RJ)
Rafael Chervenski
Servidor público
Raquel Sousa
Advogada da FNP – Federação Nacional dos Petroleiros
Ricardo Canese
Parlamentar do Mercosul (Paraguai)
Roberto Amaral
Ex-ministro da Ciência e Tecnologia
Roberto Baggio
Diretor MST
Rodrigo Vianna
Jornalista
Rogério Lessa
Jornalista
Romario Schettino
Jornalista
Ronaldo Barbosa Ferreira
Presidente PSB/João Pessoa
Romeu Olmar Klich
Ex-coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos
Rubem Murilo Leão Rego
Professor Unicamp
Samuel Gomes
Advogado
Samuel Pinheiro Guimarães
Diplomata
Ságuas Moraes
Deputado Federal (PT/MT)
Silvio Caccia Bava
Jornalista/Editor Le Monde Diplmatique BR
Sueli Bellato
Advogada, ex-Vice Presidente da Comissão de Anistia
Tereza Cruvinel
Jornalista
Tolentino (Blog do Tolentino)
Jornalista
Vagner Freitas
Presidente da CUT
Valeir Ertle
Diretor de Assuntos Jurídicos da CUT
Valdeci Bolela
Rádios comunitárias
Vanessa Grazziotin
Senadora (PC do B/AM)
Vicente Faleiros
Cientista Social e Professor
Vicente Trevas
Sociólogo
Vivaldo Barbosa
ex-Secretário da Justiça do Rio de Janeiro
Wagner Nabuco
Editor da Revista Caros Amigos
Wadih Damous
Deputado Federal (PT/RJ)
Walquiria Domingues Leão Rego
Professora Unicamp
William Nozaki
Cientista político da FESPSP
Zeca do PT
Deputado Federal (PT/PR)

MTD- Movimento dos Trabalhadores por Direitos
PT- Partido dos Trabalhadores
Consulta Popular
MST- Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Levante Popular da Juventude
CUT- Central Única dos Trabalhadores
FUP= Federação Única dos Petroleiros
CNTE- Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação
CEBRAPAZ- Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz
UBM- União Brasileira de Mulheres
MMM- Marcha Mundial das Mulheres
UNEGRO- União de Negros pela Igualdade
Centro de Estudos de Midia Alternativa Barão de Itararé
MCP- Movimento Camponês Popular
CONEN- Coordenação Nacional de Entidades Negras
Fonte: Blog Nocaute 


Homem é encontrado morto dentro de casa em Apucarana

Uma pessoa foi encontrada morta dentro da própria residência na zona leste de Apucarana por volta das 22 horas de quinta-feira (24). A Polícia Militar (PM) foi ao imóvel, à Rua Joviniano Machado Peixoto, no Jardim Aviação, após ser acionada pela enteada de um senhor que não mantinha contato com os familiares há alguns dias.
No local os PMs constataram que o corpo de Jorge Augusto, de 76 anos, já em estado de decomposição. Vizinhos relataram que o homem não era visto há alguns dias. 
Equipes da Polícia Civil estiveram na casa para os levantamentos de praxe e o corpo foi levado diretamente para Autarquia de Serviços Funerários (Aserfa). Segundo fontes da Aserfa, foi constatado tratar-se de morte natural em decorrência de problema cardíaco, ocorrida há cerca de 8 dias.
O corpo vai ser sepultado nesta sexta-feira (25) sem velório, no Cemitério Portal do Céu.
TN Online


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Delator diz ter provas de propinas ligas a Serra e Aloysio


Apontado como operador do PSDB, o empresário Adir Assad, que assinou na segunda-feira (21) acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, entregará aos investigadores extratos que, segundo ele, comprovam transações feitas para "gerar" dinheiro para empreiteiras pagarem propina em obras do PSDB em São Paulo; entre essas obras estão o Rodoanel e a ampliação da marginal Tietê, na capital, projetos administrados pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), ligada ao governo do Estado; segundo Assad, quem indicou a ele as empreiteiras para efetuar as transações foi Paulo Vieira da Silva, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa no governo do tucano José Serra; Assad disse nas tratativas do acordo de que Paulo Preto relatou a ele que operava para tucanos paulistas, como Serra e o ministro Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores); é justamente esse material que ele pretende entregar aos investigadores
SP 247 - O empresário Adir Assad, que assinou na segunda-feira (21) acordo de delação premiada com o MPF, entregará aos investigadores extratos que, segundo ele, comprovam transações feitas para "gerar" dinheiro para empreiteiras pagarem propina em obras do PSDB em São Paulo.
Entre essas obras estão o Rodoanel e a ampliação da marginal Tietê, na capital, projetos administrados pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), ligada ao governo de São Paulo.
Assad admitiu que usou mais de uma dezena de empresas de fachada para fazer contratos fictícios com grandes empreiteiras. As construtoras pagavam às empresas dele por serviços inexistentes, como de terraplenagem –Assad chegava a simular a prestação dos serviços, colocando máquinas no canteiro de obras.
Segundo o delator, quem indicou a ele as empreiteiras para efetuar as transações foi Paulo Vieira da Silva, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa no governo do tucano José Serra, hoje senador da República.
Assad disse nas tratativas do acordo de delação que Paulo Preto relatou a ele que operava para tucanos paulistas, como Serra e o ministro Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores). Eles negam.
O delator não relatou encontros diretos com esses políticos, que têm foro privilegiado no STF (Supremo Tribunal Federal), somente com Paulo Preto, o suposto intermediário. Por isso, seu acordo foi costurado com integrantes do Ministério Público Federal de São Paulo, Rio e Curitiba que atuam na primeira instância.
O delator ofereceu aos procuradores mais de 50 anexos, documentos que trazem os temas que ele pretende abordar em seus depoimentos. Ao menos um deles tem o ex-diretor da Dersa como alvo principal, apurou a Folha.
As informações são de reportagem de na reportagem de Reynaldo Turollo Jr Folha de S.Paulo.


STF notifica ministro da Saúde a explicar fala de que médicos fingem trabalhar

Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a notificação do ministro da Saúde, Ricardo Barros, para que explique uma declaração dada por ele em evento oficial no Palácio do Planalto em julho, quando disse: “Vamos parar de fingir que pagamos o médico e o médico vai parar de fingir que trabalha”.
A declaração de Barros foi dada no contexto da implantação pelo governo federal, prometida por ele para até o fim deste ano, de sistemas de biometria em unidades básicas de saúde, com o objetivo de acompanhar eletronicamente os atendimentos aos pacientes e a frequência dos médicos.
Poucos dias após a fala, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul ingressou com um processo para que o STF interpelasse judicialmente o ministro a se explicar, por entender que Barros havia ofendido toda a categoria. A medida é etapa anterior à possível abertura de uma ação penal por injúria. O ministro não é obrigado a responder.
Agência Brasil


Processo contra Lula no TRF já corre a jato


Em apenas sete horas, o relator do processo do triplex do Guarujá, o desembargador João Pedro Gebran Neto, deu um despacho sobre o caso; "A sentença do juiz Sérgio Moro no caso do triplex foi exarada em 12 de julho passado. No dia 31 de julho, dentro do prazo, a defesa de Lula informou que apelaria da sentença. O processo foi remetido então para o TRF4. Chegou ontem às 11:04. Às 17:45 houve a remessa interna para o relator. Às 18 horas, o relator Gebran processou o despacho para intimar a defesa para apresentar as razões recursais. O prazo de 7 horas é o menor já registrado no TRF4 dentre todos os prazos de processos analisados", relata o jornalista Luis Nassif, para quem a rapidez já demonstra a parcialidade do órgão
247 – O processo referente ao triplex no Guarujá, pelo qual o ex-presidente Lula foi condenado a 9 anos e meio de prisão em primeira instância, pelo juiz Sergio Moro, já corre a jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que fica em Porto Alegre.
Neste tribunal, a sentença de Moro deverá ser confirmada ou revisada, possibilitando inclusive a absolvição de pena do ex-presidente. A rapidez com que tramita o caso, no entanto, dá sinais de que a segunda opção já pode ser praticamente desconsiderada.
Segundo informou o jornalista Luís Nassif no Jornal GGN nesta quinta-feira 24, em apenas sete horas após o caso ter chegado ao tribunal, o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do processo, deu um despacho.
"O processo de Lula no TRF4 já entrou na excepcionalidade de atuação do órgão", diz ele, destacando que o despacho em prazo tão curto já demonstra a "parcialidade" do tribunal sobre o caso. "O prazo de 7 horas é o menor já registrado no TRF4 dentre todos os prazos de processos analisados", lembra Nassif.
Leia aqui a íntegra.