A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, acusou
o jornal Folha de S. Paulo de promover notícias falsas sobre ela e o PT - a
matéria do jornal paulista está intitulada como "Delator da Lava Jato
paulista cita propina para Gleisi e Paulo Bernardo"; de acordo com a
parlamentar, "esse assunto já foi noticiado anteriormente e já o
desmentimos"; "Seria bom que o jornal, ao fazer a denúncia, colocasse
as provas que dão base ao que se fala", criticou a dirigente petista
Blog do Esmael - A senadora Gleisi
Hoffmann, presidenta nacional do PT, em nota oficial, acusou a edição desta
quinta-feira (24) do jornal Folha de S. Paulo de promover fake
news — notícias falsas — sobre ela e o PT. “Esse assunto já
foi noticiado anteriormente e já o desmentimos”, esclareceu.
A
dirigente petista puxou a orelha e ainda cobrou responsabilidade do jornalão
paulista: “Seria bom que o jornal, ao fazer a denúncia, colocasse as provas que
dão base ao que se fala.”
Gleisi
acusa ainda a Folha de seletividade visando proteger tucanos que também são
citados em outra reportagem do mesmo teor na mesma edição de hoje.
“A
Folha de S. Paulo inclui fotos minhas e do Paulo, mas dispensa outro tipo de
tratamento aos tucanos Aloysio Nunes e José Serra, também citados em outra
reportagem de teor semelhante, sem que seus nomes apareçam nos títulos e sem
fotos para ilustrar o texto, com a clara intenção de protegê-los”, disparou a
presidenta do PT.
Abaixo, leia a íntegra da nota de Gleisi Hoffmann:
Companheiras
e companheiros,
Mais
uma vez a Folha de São Paulo, em sua edição desta quinta-feira, publica matéria
em que um delator diz que escritório de advocacia, através de propina, pagava
despesa de campanha e particulares minha e de Paulo Bernardo.
Esse
assunto já foi noticiado anteriormente e já o desmentimos. O escritório em
questão é de Guilherme Gonçalves, advogado e ex-militante de nosso partido, que
trabalhou para o PT e nossas campanhas.
Nunca,
no entanto, Guilherme ou seu escritório pagaram qualquer despesa pessoal ou de
campanha minha ou de Paulo Bernardo. Os pagamentos do escritório envolvendo PT
e as campanhas eram estritamente no exercício da advocacia política, como
custas processuais e multas de campanha em que o escritório perdeu prazo para
contestar.
Sobre
contratos e recebimentos do escritório de Guilherme com outros clientes nada
tenho a comentar, posto que desconheço por completo suas relações comerciais,
não podendo ser responsabilizada por elas.
Quanto
a pessoa que faz a delação, não o conheço e nunca mantive contato com ele.
Seria bom que o jornal, ao fazer a denúncia, colocasse as provas que dão base
ao que se fala.
Nesta
semana, tivemos um caso muito elucidativo sobre divulgação de delações. A
presidenta Dilma Rousseff foi delatada meses atrás por obstrução da Lava Jato,
assunto que ganhou as manchetes de jornais por dias a fio. Agora que não se
comprovou a autenticidade da denúncia, as matérias foram tímidas e ocuparam o
pé das páginas dos jornais, num flagrante exemplo da falta de equilíbrio e
justiça na cobertura jornalística.
Além
disso, a Folha de S. Paulo inclui na matéria desta quinta-feira fotos minhas e do
Paulo, mas dispensa outro tipo de tratamento aos tucanos Aloysio Nunes e José
Serra, também citados em outra reportagem de teor semelhante, sem que seus
nomes apareçam nos títulos e sem fotos para ilustrar o texto, com a clara
intenção de protegê-los.
Essa
seletividade nos processos e divulgação tem sido a regra!
Gleisi
Hoffmann