sábado, 17 de junho de 2017

Joesley derruba o mito da ligação Lula-Friboi


A entrevista bombástica do empresário Joesley Batista, em que ele apontou Michel Temer como chefe da "maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil", também serviu para desmontar uma lenda urbana: a de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus parentes seriam sócios da JBS, dona da marca Friboi; num determinado trecho, o jornalista de Época questiona por que Joesley nunca gravou Lula e a resposta veio direta: "porque eu nunca tive uma conversa não republicana com o Lula"; Joesley disse ainda que só esteve com Lula uma única vez enquanto ele foi presidente – o encontro ocorreu em 2006, quando assumiu o comando da empresa; em sua nota, Temer diz que Joesley protegeu o PT, alegando que a JBS que a empresa cresceu no governo Lula e não no dele; a realidade, no entanto, mostra que praticamente todas as empresas brasileiras cresceram com Lula e afundaram com o golpe
247 – A entrevista bombástica do empresário Joesley Batista, em que ele apontou Michel Temer como chefe da "maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil" (saiba mais aqui), também serviu para desmontar uma lenda urbana: a de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus parentes seriam sócios da JBS, dona da marca Friboi.
Num determinado trecho, o jornalista de Época questiona por que Joesley nunca gravou Lula e a resposta veio direta.
– Porque eu nunca tive uma conversa não republicana com o Lula.
Joesley disse ainda que só esteve com Lula uma única vez enquanto ele foi presidente – o encontro ocorreu em 2006, quando assumiu o comando da empresa. Depois, eles só voltaram a se encontrar em 2013. A interlocução com o PT, segundo o empresário, era feita por meio do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
– O que eu posso fazer se a interlocução era com o Guido? Aí inventaram que a Blessed (acionista da JBS), aquela empresa que temos nos Estados Unidos, seria do Lula, do Lulinha, de político. Esse negócio de Lula ou filho de Lula é fruto de um imaginário de alguém que quis nos prejudicar.

Em sua nota, Temer diz que Joesley protegeu o PT, alegando que a JBS que a empresa cresceu no governo Lula e não no dele (leia aqui sobre a nota do Palácio do Planalto). A realidade, no entanto, mostra que praticamente todas as empresas brasileiras cresceram com Lula e afundaram com o golpe.

Adepol reúne 40 Delegados em Arapongas para aproximação da classe

Representação política para defesa da classe na 
mara dos Deputados foi tema de conversas 
e o delegado Jacovós, de Apucarana pode 
concorrer a deputado federal em 2018

Como parte da iniciativa de interiorização da ADEPOL do Paraná, com a realização de eventos de integração e confraternização no interior do Estado, a Diretoria da Associação esteve na cidade de Arapongas na última quarta-feira (14), em jantar que recebeu Delegados da região.
Além do presidente, Dr. João Ricardo Képes Noronha, e do Diretor Jurídico da instituição, Dr. Pedro Filipe de Andrade, estiveram presentes mais de 40 Delegados de Subdivisões Policiais próximas. Destaque, também, para os chefes de Subdivisão Dr. Marcos Fernando da Silva Fontes, da 22ª SDP de Arapongas, e do Dr. José Aparecido Jacovos, da 17ª SDP de Apucarana.
Na ocasião, o presidente da ADEPOL reafirmou o compromisso de aproximar a instituição dos Delegados do interior do Estado e que continuará lutando para defender os direitos da classe. “Quero afirmar que a ADEPOL se mantém como instituição independente, que já sanamos todas as dívidas que tínhamos e estamos investindo, agora, em uma nova sede e no marketing da instituição, para enaltecer a Polícia Civil do Estado”, comentou Dr. Noronha, em discurso para os Delegados presentes.
Outro ponto levantado pelo presidente da ADEPOL foi o início dos procedimentos para aprovação de lei que formará um Conselho da Polícia Civil.
Esteve presente, também, o vice-presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná (SIDEPOL), Ricardo Casanova, que frisou, em fala aos Delegados, a importância da independência da Associação e do próprio Sindicato, em relação à administração pública, para a defesa dos direitos da classe. “Saliento, também, a importância de termos Delegados eleitos na Câmara dos Deputados, para aprovação de leis que beneficiem nossa categoria”, disse.
A viagem da Diretoria da ADEPOL à Arapongas também se destinou a ir a reunião com a Prefeitura do Município, para tratar do não andamento do projeto de financiamento das obras da Casa de Custódia prometida para a região.
Depoimentos de Delegados presentes
“A impressão que tínhamos é que a ADEPOL só dava atenção para delegados da capital. Porém, esse movimento de interiorização está fazendo com a que a gente se sinta integrante da Associação. Essas reuniões são importantes, também, porque nos reanimam e nos colocam em contato com colegas, reencontrar amigos.” – Dr. Adilson José da Silva, 17ª SDP
“Eu já conheço o Dr. Noronha há anos e ele sempre priorizou um atendimento igualitário aos delegados de todo o Estado. Essas reuniões confirmam isso.” – Dr. Carlos Marcelo Sakuma, SDP Astorga
“Muitas vezes, o cotidiano impede discussões sobre nossas funções e direitos, e essas reuniões permitem a gente ficar atualizado sobre os trabalhos realizados pela ADEPOL e pelo Sindicato, além de aproximar os delegados. Isso é uma característica dessa gestão.” – Dr. Marcos Fernando da Silva Fontes, chefe da 22ª SDP de Arapongas
“Sempre clamamos pela interiorização da ADEPOL, que, antes, ficava só na capital. Essas reuniões vêm de encontro a um desejo da classe. A Associação vem defendendo os direitos da classe em todas as esferas, seja por direitos, ou quando somos aviltados. Estamos muito contentes com a gestão atual.” – Dr. José Aparecido Jacovos, 17ª SDP de Apucarana
“Esse movimento é excelente e inovador, pois nos dá real acesso à ADEPOL.” – Dr. Vitor Dutra de Oliveira, 10ª SDP de Ibiporã
  “Do tempo que sou investigador, é a primeira vez que vejo a ADEPOL vir ao interior para dar sugestões à administração pública, mostrar representatividade da Polícia Civil. Isso nos fortalece e nos beneficia.” – Kleber Ulisses de Lima e Silva, investigador, 22ª SDP de Arapongas

Fonte: delegados.com

Ladrões são presos dentro do Banco Bradesco nesta madrugada em Apucarana

Osmair Ferreira de Lima e Reginaldo Ribas Ferreira de 34 e 41 anos, foram presos pela PM dentro do Banco Bradesco na madrugada deste sábado (17), em Apucarana.

Reginaldo Ribas  e Osmair Ferreira

Os criminosos são moradores no Núcleo Habitacional Dom Romeu Alberti, em Apucarana, e foram presos dentro da agência do banco Bradesco na Av. Carlos Schmidt – Jardim Apucarana, na madrugada deste sábado (17), por volta das 01h40, em Apucarana (PR).
De acordo com a polícia Militar (PM) de Apucarana, a empresa que faz monitoramento do local, visualizou pelas câmeras de segurança, dois elementos dentro da agencia do Banco Bradesco e acionaram a Central da PM.
As equipes da PM fizeram o cerco no local, até a chegada do gerente do banco para abrir as portas.
Os ladrões ao perceberem a presença dos policiais, tentaram fugir pelo telhado, mas, foram abordados, na agencia havia um buraco na parede, os policiais apreenderam diversas ferramentas no interior do banco.
A equipe da PM prendeu Osmair Ferreira de Lima e Reginaldo Ribas Ferreira de 34 e 41 anos, ambos foram encaminhados para a 17ª Subdivisão Policial (SDP) para serem autuados em flagrante pela autoridade policial.
Fonte: RTV Canal 38


Mineiros citados no mensalão tucano se beneficiam de prescrições


O esquema de desvio de recurso públicos feito pelo PSDB em Minas, conhecido como ‘mensalão tucano', e denunciado pela Procuradoria-Geral da República, está completando dez anos de quase total impunidade; dos 12 citados e transformados em réus, quatro foram beneficiados pela prescrição; apenas Eduardo Azeredo, acusado de liderar o esquema, foi condenado a 20 anos e dez meses de prisão por peculato e lavagem de dinheiro; mas recorreu e está em liberdade sem que o seu julgamento em segunda instância tenha sido sequer pautado
Minas 247 – Já tem quase uma década sem que as denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República, sobre o mensalão tucano, passe sem que ocorra o julgamento dos citados envolvido no esquema de desvio de recursos no governo de Minas Gerais.
Dos 12 réus incialmente citados, chega a quatro o número daqueles que não serão julgados. Agora é a vez de o benefício atingir Lauro Wilson de Lima Filho, ex-diretor de uma estatal mineira, acusado de peculato. É que ele completou 70 anos no mês passado e pediu a justiça, que ainda não se posicionou, para ser beneficiado pela prescrição.
De todos os envolvidos, a única sentença é a condenação do ex-presidente do PSDB de Minas, Eduardo Azeredo, a 20 anos e dez meses de prisão por peculato e lavagem de dinheiro. Acusado de liderar um esquema que desviou de empresas públicas R$ 14 milhões (valores atualizados) para a sua campanha ao governo mineiro em 1998, Azeredo recorre em liberdade sem que o seu julgamento em segunda instância tenha sido sequer pautado.
Foram, ainda, beneficiados pela prescrição por causa da idade, as ações contra Walfrido dos Mares Guia, ex-vice-governador de Minas, e Cláudio Mourão, coordenador financeiro da campanha de Azeredo, também prescreveram por causa da idade. Outro réu, Fernando Moreira Soares, morreu em 2015, segundo reportagem de José Marques, na Folha.



MP descobre armação eleitoral contra Leprevost na eleição de 2016


Ministério Público do Paraná apura interferência na eleição para prefeito de Curitiba em 2016; funcionários da secretaria de Urbanismo da capital paranaense teriam vazado documentos de forma ilícita, de forma a prejudicar o candidato Ney Leprevost (PSD) e eleger Rafael Greca (PMN) 
Paraná 247 - O Ministério Público Estadual do Paraná descobriu que um secretário municipal estava envolvido numa armação para manipular o resultado do segundo turno da eleição para prefeito de Curitiba. O objetivo era derrotar o candidato Ney Leprevost (PSD), garantindo a vitória de Rafael Greca (PMN) no segundo turno da eleição disputada em 30 de outubro de 2016, informa o jornal Gazeta do Povo. Outros envolvidos são uma ex-secretária e servidores da área de urbanismo da prefeitura.
Uma semana antes da eleição, Leprevost era o virtual prefeito - no dia 21 de outubro, o Ibope mostrava o candidato do PSD com 53% dos votos válidos contra 47% de Greca. O comitê de campanha de Greca prometeu revelar “verdades surpreendentes” contra Leprevost na última semana da campanha eleitoral. A “bomba” consistia na revelação de que o irmão de Leprevost alugou um terreno do Instituto Paranaense de Cegos (IPC) para a construção de um centro de eventos - um desvio de finalidade. Por conta desse escândalo, Greca conseguiu a virada na véspera da eleição e venceu a disputa.
Ironicamente, a trama foi descoberta por acaso. O MPE investigava o pagamento de propinas para a liberação de alvarás de construção na gestão de Gustavo Fruet (PDT). As propinas eram pagas ao então secretário Reginaldo Cordeiro - por conta dessas investigações, foram instaladas escutas na secretaria de Urbanismo de Curitiba. 
No entanto, os áudios mostraram o inverso - Cordeiro era inocente e os funcionários da secretaria atuavam para favorecer a campanha eleitoral de Greca. Uma das escutas flagra funcionários da prefeitura em conversas com os coordenadores de campanha do candidato do PMN. Os funcionários estavam encarregados de encontrar arquivos que comprovassem a suposta fraude na locação do terreno para o irmão de Leprevost.
Os documentos foram levados para um homem de nome "Luiz", cuja missão era municiar a campanha Greca com as informações obtidas de forma ilegal dos documentos da secretaria de Urbanismo. Foi com base nesse vazamento que as "verdades surpreendentes" apareceram no horário eleitoral do PMN. Apesar dos esclarecimentos da campanha Leprevost, o imenso estrago eleitoral estava feito. O candidato do PSD perdeu 6 pontos percentuais na última semana. Além dos crimes eleitorais, os funcionários da secretaria de Urbanismo podem responder por crimes administrativos e penais.


Polícia prende primeira-dama suspeita de esfaquear o prefeito

O prefeito Rildo Leonardi: hospitalizado
(foto: Reprodução / Facebook)
Andreia Barreto Lima Leonardi, primeira-dama de Tibagi (região dos Campos Gerais do Paraná), foi presa nesta sexta-feira (16). Ela teria esfaqueado o marido, o prefeito Rildo Leonardi (PMDB). As informações são do G1.
Segundo a polícia, o crime aconteceu por volta das 4 horas desta sexta-feira. Leonardi foi atingido por uma facada no braço direito. Recebeu socorro e foi levado para um hospital da cidade. Depois, acabou transferido para Telêmaco Borba.

A Polícia não deu mais detalhes, nem afirmou em que circunstâncias a mulher teria esfaqueado o marido.

Temer é o chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil, diz Joesley

Joesley: "Quem não está preso está hoje no Planalto", 
diz o dono da JBS, sobre o grupo do presidente 
(foto: Agência Brasil)
O empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, em entrevista concedida à revista "Época" desta semana, afirma que o presidente Michel Temer (PMDB) é "o chefe da maior e mais perigosa organização criminosa" do país. Josley também confirma que pagou pelo silêncio na prisão de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, apontado como o principal operador de propina do ex-presidente da Câmara, e que o ex-ministro Geddel Vieira Lima era o "mensageiro" do presidente que o procurava para garantir que este silêncio seria mantido.
Na entrevista, publicada na sexta-feira (16), Joesley detalha a relação com Michel Temer, que, segundo ele, "nunca foi uma relação de amizade" e sim "institucional". Ele diz que Temer o via "como um empresário que poderia financiar as campanhas dele e fazer esquemas que renderiam propina". A relação, que teve início por meio de Wagner Rossi, ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nos governos Lula e Dilma, segundo ele, era direta, com trocas de mensagens de celular e encontros privados. Em 2010, pouco depois do início desta relação, Temer teria pedido dinheiro para campanha. "(O presidente) não é um cara cerimonioso com dinheiro", afirmou.
Joesley, ao apontar Temer como o "chefe da quadrilha", cita como integrantes da "organização criminosa" os peemedebistas Eduardo Cunha, Eduardo Henrique Alves (ambos já presos), Geddel Vieira Lima e Moreira Franco. "Quem não está preso está hoje no Planalto. Essa turma é muita perigosa. Não pode brigar com eles. Nunca tive coragem de brigar com eles. Esse grupo é o de mais difícil convívio que já tive na minha vida". Para Joesley, "eles não têm limites".
Josley conta que os pedidos de Temer eram sempre ligados a favores pessoais. E que ele não explicava a razão dos pedidos.
"Tem políticos que acreditam que, pelo simples fato do cargo que ele está ocupando, já o habilita a você ficar devendo favores a ele. Já o habilita a pedir algo a você de maneira que seja quase uma obrigação você fazer. Temer é assim",

disse.

O empresário confirma o empréstimo de um jato para uma viagem particular de Temer e a briga por dinheiro dentro do PMDB na campanha de 2014, relatada por Ricardo Saud, empresário da JBS e que também colabora com delações premiadas

no âmbito da Operação Lava Jato. "O PT mandou dar um dinheiro para os senadores do PMDB. Acho que R$ 35 milhões. O Temer e o Eduardo descobriram e deu uma briga danada", relembra.

Segundo o empresário, os peemedebistas pediram, após a celeuma, R$ 15 milhões. "Demos o dinheiro", disse Joesley, afirmando que foi aí que Temer voltou à presidência do PMDB.
De acordo com Joesley, Cunha se referia a Temer como seu superior hierárquico. "Tudo que o Eduardo conseguia resolver sozinho, ele resolvia. Quando ficava difícil, levava para o Temer. Essa era a hierarquia". O empresário aponta, porém, Lucio

Funaro como o primeiro a participar das negociações. "Funcionava assim: primeiro vinha o Lúcio. O que ele não conseguia resolver ele pedia para o Eduardo. Se o Eduardo não conseguia resolver, envolvia o Michel".

Quando se tratava de acertos de "esquema mais estrutural", Temer pedia para falar com Cunha. De acordo com Joesley, Temer se envolvia diretamente quando se tratava de pequenos favores pessoais ou "em disputas internas, como a de 2014".

O empresário afirma que o grupo tinha influência "no FI-FGTS, na Caixa, na Agricultura, todos órgãos onde tínhamos interesses", e que temia que eles "encampassem" o Ministério da Agricultura.

Quando Cunha foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, os "achaques" ficaram mais constantes. O empresário relata pedidos de propina do peemedebista em troca de "abafamentos" de CPIs que pudessem ser prejudiciais ao empresário.

Josley disse, contudo, que não pagava esses achaques. "Eduardo sempre deixava claro que o fortalecimento dele era o fortalecimento do grupo da Câmara e do próprio Michel", disse.

Na entrevista, Joesley também detalha como virou "refém de dois presidiários", referindo-se aos pagamentos que realizou "em dinheiro vivo" a mensageiros de Eduardo Cunha e Lucio Funaro, para que estes não delatassem os esquemas de corrupção que os envolviam e que também implicavam o empresário.
"O presidente estava preocupado. Quem estava incumbido de manter Eduardo e Lúcio calmos era eu", diz Joesley, ressaltando, ainda, que era Geddel Vieira Lima quem atuava em nome de Temer para garantir que esse "sistema" fosse mantido. "Depois que o Eduardo foi preso, mantive a interlocução desses assuntos via Geddel. O presidente sabia de tudo. Eu informava o presidente por meio do Geddel", afirma. Do Bem Paraná com informações do UOL.


quinta-feira, 15 de junho de 2017

Gleisi solta mensagem relativizando nota que assinou no caso Míriam Leitão

A presidente do PT e senadora, Gleise Hoffmann, soltou outra nota sobre o caso do voo de Miriam Leitão. Nela procura justificar o tom brando com que lidou com o assunto num primeiro momento e, por conta disso, foi alvo de crítica por parte da militância.
(foto: Agência Senado)
A presidente do PT e senadora, Gleise Hoffmann, soltou outra nota sobre o caso do voo de Miriam Leitão. Nela procura justificar o tom brando com que lidou com oassunto num primeiro momento e, por conta disso, foi alvo de crítica por parte da militância. Leia abaixo.
Companheiras e companheiros,
Estou acompanhando nas redes sociais o debate e opinião da militância partidária sobre o texto da jornalista Miriam Leitão e a nota que soltei a respeito.
Em um primeiro momento, diante da manifestação da jornalista, revivi o impacto de situações constrangedoras que senti algumas vezes, com o escracho a que, sozinha, fui submetida em aviões, aeroportos e locais públicos. Sofri agressões, como sofreram agressões muitos de nós petistas.
Quero como presidenta de nosso partido ter diálogo constante com nossa militância, ouvindo e considerando opiniões e posicionamentos. Compreendo a reação, uma vez que tantas e tantas vezes sofremos, individual ou coletivamente, as agressões da Rede Globo.
A nota em nenhum momento diminui nossa luta contra as ideias e posturas da jornalista Miriam Leitão, muito menos contra o monopólio midiático em que ela trabalha.
Nossa indignação tem se manifestado em ações massivas e coletivas, como as que estamos fazendo em conjunto com os movimentos sociais pelas ruas do Brasil, como a que faremos no dia 30, com a greve geral. Ações massivas, coletivas, democráticas e firmes pelo Brasil e pelo povo é o nosso campo de luta
Estou com vocês!
Gleisi


Só Lula pacifica o Brasil, diz dono da Paraná Pesquisas


O diretor-presidente da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, ao Blog do Esmael, disse nesta quinta-feira (15) que a única possibilidade de pacificação do país chama-se Luiz Inácio Lula da Silva; “Fica cada vez mais claro para todos os partidos – e até setores do judiciário e da mídia – que somente o ex-presidente Lula é capaz de resolver politicamente essa crise”, diz o pesquisador; coincidência ou não, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mandachuva do PSDB, pediu hoje a Michel Temer (PMDB), num “gesto de grandeza”, que antecipe as eleições presidenciais
O diretor-presidente da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, ao Blog do Esmael, disse nesta quinta-feira (15) que a única possibilidade de pacificação do país chama-se Luiz Inácio Lula da Silva.
“Fica cada vez mais claro para todos os partidos – e até setores do judiciário e da mídia – que somente o ex-presidente Lula é capaz de resolver politicamente essa crise”, diz o pesquisador.
O dono da Paraná Pesquisas não é nenhum petista. Pelo contrário. Na eleição de 2014, por exemplo, ele foi xingado até a 24ª geração ao apontar o favoritismo do senador Aécio Neves (PSDB) na disputa com Dilma Rousseff (PT).
Também se atribui a Hidalgo o lançamento do ex-presidente do STF Joaquim Barbosa à presidência da República, pois foi a Paraná Pesquisas o primeiro instituto do país a incluir seu nome nas sondagens eleitorais para 2018.
Ato contínuo, que corrobora a tese de Murilo Hidalgo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mandachuva do PSDB, pediu hoje a Michel Temer (PMDB), num “gesto de grandeza”, que antecipe as eleições presidenciais.


Requião: Lava Jato saiu dos trilhos e está servindo ao fim da soberania nacional


Em entrevista por vídeo ao blog O Cafezinho, o senador Roberto Requião (PMDB) fez uma análise da atuação da Operação Lava Jato e afirmou que as investigações prestaram, sim, um serviço positivo ao Brasil, mas a operação acabou saindo dos trilhos e agora virou instrumento de destruição do estado nacional; "A Lava Jato prestou um serviço positivo ao Brasil. A República de Curitiba não mexeu uma palha contra o PMDB e o PSDB. Estão agindo como corporação. Quero a Lava Jato dentro dos limites legais. Ela saiu dos trilhos e está servindo ao fim da soberania nacional"
Paraná 247 - Em entrevista por vídeo ao blog O Cafezinho, o senador Roberto Requião (PMDB) fez uma análise da atuação da Operação Lava Jato e afirmou que as investigações prestaram, sim, um serviço positivo ao Brasil, mas a operação acabou saindo dos trilhos e agora virou instrumento de destruição do estado nacional.
"A Lava Jato prestou um serviço positivo ao Brasil. A República de Curitiba não mexeu uma palha contra o PMDB e o PSDB. Estão agindo como corporação. Quero a Lava Jato dentro dos limites legais. Ela saiu dos trilhos e está servindo ao fim da soberania nacional".
O parlamentar afirmou que os procuradores, juízes e investigadores integram o movimento, juntamente com o capital econômico e outras forças políticas, para consolidar a escravização do trabalho.
"Os Estados Unidos saíram da crise com a receita contrária à que é usada no Brasil. Obama fez o País crescer mesmo com déficit público. A General Motors foi estatizada para não desempregar trabalhadores. Aqui, a posição de juízes, procuradores e policiais, com falta de conhecimento histórico colabora para a execução de um projeto de escravização do trabalho", disse o senador.
Saída para a crise
Requião afirmou que a saída para o Brasil é a realização de eleição direta e um projeto de soberania que não se submeta ao neoliberalismo. O senador paranaense disse ainda que o que segura os partidos, como o PSDB, no governo de Michel Temer, é o fisiologismo.


quarta-feira, 14 de junho de 2017

São Paulo visita Sport em busca dos primeiros pontos fora de casa

(Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
A partir das 19h30 (de Brasília) desta quarta-feira, o São Paulo enfrentará o Sport, na Ilha do Retiro, em busca de seus primeiros pontos fora de casa no Campeonato Brasileiro. Dono de uma campanha irregular no torneio, o Tricolor ocupa a nona posição, com nove pontos, todos conquistados no Morumbi. Longe de seu estádio, a equipe só perdeu: 1 a 0 para Cruzeiro e Ponte Preta, e 3 a 2 para o Corinthians.
O jogo no Recife se torna ainda mais importante por ser o primeiro após o revés no Majestoso, no domingo. “Sempre que joga fora, joga para vencer, para pontuar. Assim como tem pontuado em casa, sempre procura pontuar fora também. Acabamos cometendo erros no jogo, mas isso é normal, vamos trabalhar, se comunicar mais entre os jogadores para fazer pontos fora também”, afirmou Júnior Tavares.
A ideia no São Paulo é deixar Pernambuco com um bom resultado para não se distanciar do G6, a zona de classificação à próxima Copa Libertadores. No momento, o sexto colocado é o Cruzeiro, com 10 pontos.
Como já é habitual, Rogério Ceni fechou o último treino antes da partida. Por isso, não se sabe se o técnico repetirá a mesma escalação ou o mesmo esquema com três zagueiros utilizados no clássico. É certo, porém, que ele terá uma série de desfalques por questões físicas: Thiago Mendes, Bruno, Buffarini, Maicosuel, João Schmidt, Araruna e Denis. Já Cueva e Rodrigo Caio estão fora porque ainda não voltaram dos compromissos de suas seleções.
No Sport, a situação é parecida. Os pernambucanos fazem um início de campeonato instável, com duas vitórias, um empate e três derrotas, figurando no 14º lugar, com sete pontos ganhos.
Apesar de estar cinco posições abaixo do São Paulo, o Leão ultrapassará o rival em caso de vitória. Para isso conta com a força de seu estádio. “Conquistar os pontos na Ilha do Retiro é um fator muito positivo. É nosso dever. Nosso trabalho. A torcida faz a diferença, como fez contra o Flamengo. Essa sintonia tem tudo para continuar dando certo”, disse o volante Patrick.
Indo para o seu quinto jogo à frente do comando técnico do Sport, Vanderlei Luxemburgo tem como único desfalque o volante Anselmo. Patrick será o seu substituto, enquanto Sander ocupará a lateral esquerda.
FICHA TÉCNICA
SPORT X SÃO PAULO
Local: Ilha do Retiro, no Recife (PE)
Data:14 de junho de 2017, quarta-feira
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Héber Roberto Lopes (SC)
Assistentes: Carlos Berkenbrock e Helton Nunes (ambos de SC)
SPORT: Magrão; Samuel Xavier, Durval, Ronaldo Alves e Sander; Rithely, Patrick e Thallyson; Thomás, André e Osvaldo
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
SÃO PAULO: Renan Ribeiro; Lucão, Maicon e Douglas; Marcinho, Éder Militão, Jucilei, Cícero e Júnior Tavares; Gilberto e Lucas Pratto
Técnico: Rogério Ceni

Gazeta Esportiva

Corinthians recebe o Cruzeiro em novo teste para o seu ataque

(foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
O Corinthians, líder do Campeonato Brasileiro, recebe na noite desta quarta-feira a equipe do Cruzeiro, às 21h45 (de Brasília), no estádio de Itaquera, pela sétima rodada da competição. Em ótimo momento, com cinco vitórias consecutivas, o time do Parque São Jorge terá pela frente uma das melhores defesas para o torneio, um teste para a sua crescente produção ofensiva nos últimos jogos.
Depois de se consolidar no Campeonato Paulista e nos primeiros jogos do Nacional como um time que ganhava a maioria dos jogos por 1 a 0, o Timão conseguiu aumentar essa margem nos últimos três triunfos, contra Santos (2 a 0), Vasco (5 a 2) e São Paulo (3 a 2). O rival tricolor, por sinal, detinha a melhor defesa do torneio até aquele momento, posto agora ocupado pela própria Raposa, dividido com o Coritiba. Os dois levaram apenas quatro gols nas seis partidas disputadas.
“Esperamos um jogo duro, difícil, mas com total confiança na nossa equipe. Temos de manter essa linha de pensamento, organização, indo para cima porque a gente sabe que, no Brasileiro, os pontos em casa são essenciais para buscar o títulos”, explicou o volante Gabriel, confirmado na proteção da zaga, outro ponto que merece atenção especial de Carille: nos dois últimos jogos, foram quatro tentos sofridos, marca que ele espera barrar neste meio de semana.
Dentro de campo, os desfalques ainda são o lateral direito Fagner e o meia Rodriguinho, convocados para a Seleção Brasileira que, mesmo já liberados, ainda devem passar por um processo de readaptação ao fuso brasileiro. Eles dão lugar a Paulo Roberto, improvisado na lateral, e Marquinhos Gabriel, que forma trio com Jadson e Romero. Dessa forma, o time será o mesmo que se saiu vitorioso no Majestoso.
Do outro lado, o Cruzeiro volta a campo com a expectativa de seguir crescendo. A vitória por 2 a 0 conquistada sobre o Atlético-GO no final de semana, com dois gols de Ábila, serviu para dar tranquilidade ao time celeste e ao técnico Mano Menezes que vivia momento de questionamentos.
O Cruzeiro recebeu boas notícias nos últimos dias. O principal deles foi o retorno de Rafael Sóbis. O jogador se recuperou de contusão em tempo bastante abaixo do esperado, já que retornou em pouco mais de um mês e o tempo para voltar estipulado inicialmente pelo departamento médico era de oito semanas.
No último treino, o técnico Mano Menezes não pôde contar com dois atletas: Robinho e Alisson precisaram ser poupados, ambos com dores. A presença deles não é certa ainda. Na zaga, Murilo segue ao lado de Léo, já que Dedé e Manoel ainda estão afastados e Caicedo só retorna no fim da semana.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS X CRUZEIRO
Local: estádio de Itaquera, em São Paulo SP
Data: 14 de junho de 2017, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: José Eduardo Calza e Maurício Coelho Penna (ambos do RS)
CORINTHIANS: Cássio; Paulo Roberto, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel, Maycon, Marquinhos Gabriel, Jadson e Romero; Jô
Técnico: Fábio Carille
CRUZEIRO: Fábio; Ezequiel, Léo, Murilo e Diogo Barbosa; Romero, Henrique e Cabral; Rafinha, Thiago Neves e Abila
Técnico: Mano Menezes
Gazeta Esportiva



Em estreia de Levir, Santos e Palmeiras duelam por reafirmação

Levir Culpi fará sua estreia no Santos no clássico
contra o Palmeiras (Foto: Ivan Storti/ Santos FC)
Antes da temporada começar, Santos e Palmeiras eram apontados como os melhores times de São Paulo, possuindo dois dos principais elencos de todo o país. Na Libertadores e na Copa do Brasil, as duas equipes até conseguiram mostrar alguma força e avançaram para as oitavas e quartas de final, respectivamente. Porém, passados mais de seis meses do ano, Peixe e Verdão ainda não ‘deslancharam’, trocaram de técnico, e vêm fazendo campanhas medianas no Campeonato Brasileiro. Nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), os rivais duelam na Vila Belmiro para espantar de vez a má fase.
Pelo lado alvinegro, a principal novidade é estreia de Levir Culpi. Apresentado oficialmente na última segunda, o novo treinador teve apenas um dia para treinar o time antes do clássico. E logo em sua primeira atividade, o comandante não pôde contar com Zeca, Ricardo Oliveira, Victor Ferraz e Bruno Henrique. Desses quatro, apenas o lateral-esquerdo e o camisa 9 estão totalmente descartados para o duelo.
Zeca ainda trata de dores na panturrilha esquerda. Já centroavante segue com uma lesão no tornozelo esquerdo e não deve ter condições nem de entrar em campo diante da Ponte Preta, no próximo sábado, no Pacaembu. Por conta disso, Kayke continua como titular.
“Futebol é assim, as oportunidades aparecem e temos que estar aptos. Fico triste de entrar nessa situação, com Ricardo machucado. Ele é meu amigo, referência para mim, e tenho como espelho. Vou dar o meu máximo para que a equipe não sinta falta dele”, explicou o camisa 11, que marcou duas vezes contra o Atlético-PR, no último domingo.
Victor Ferraz e Bruno Henrique, que não treinaram no gramado nesta terça-feira, foram convocados para o clássico. O lateral-direito está recuperado de uma gripe e só não treinou por precaução, pois estava chovendo durante a atividade. Já o atacante foi poupado do treino por causa de um cansaço muscular, mas também não será problema contra o Verdão.
Apesar de ter apenas os desfalques de Zeca e Oliveira, Levir Culpi deve promover uma nova alteração no ataque. Isso porque no único treino no comando do Peixe, ele sacou Vitor Bueno e colocou Copete entre os titulares.
Do lado alviverde o Palmeiras tem muito mais do que os três pontos em jogo nesta quarta-feira. Após seis rodadas no Campeonato Brasileiro, o clássico será a chance de o Verdão conquistar sua segunda vitória consecutiva. Desde que voltou ao clube, Cuca conseguiu o feito apenas uma vez, mas o triunfo sobre o Internacional, em seguida à vitória sobre o Vasco, foi válido pela Copa do Brasil.
Além disso, a equipe de Palestra Itália busca seus primeiros pontos fora de casa no Brasileirão. Até o momento, são três partidas longe de sua Arena – contra Chapecoense, São Paulo e Coritiba – e três derrotas, todas sem sequer fazer um gol. Os resultados negativos fazem com que o Palmeiras, candidato ao título da competição, já figure nove pontos atrás do rival Corinthians, líder do torneio.
“Naturalmente já é difícil jogar fora de casa. Para um time que está em formação, se acertando, é ainda mais. Algumas partidas fora de casa necessitam entrosamento e menor erro, algo que nos cria dificuldade. A gente ainda está se acertando como equipe e fora de casa isso fica mais visível”, afirmou o goleiro Fernando Prass.
Para conseguir os feitos, Cuca terá que superar uma série de baixas no elenco alviverde. O meia-atacante Dudu, com um problema na região da virilha, o volante Felipe Melo, que tem uma lesão no músculo posterior da coxa, e Yerry Mina e Miguel Borja, com a seleção da Colômbia, serão as principais ausências. Além destes, o atacante Keno, fora dos últimos treinos na Academia de Futebol, e o lateral-direito Jean, que não participou das atividades de segunda-feira e já perdeu quatro partidas recentemente, são dúvidas para o confronto.
Na última partida entre Palmeiras e Santos na Vila Belmiro, no dia 19 de março deste ano, o Verdão quebrou um jejum de seis anos sem triunfo na casa do Peixe, venceu o Alvinegro de virada por 2 a 1, e avançou às quartas de final do Campeonato Paulista. Jean e Willian anotaram os tentos do Alviverde.
“A gente sabe que o Santos tem uma postura muito ofensiva na Vila Belmiro. O último jogo lá foi uma partida em que eles criaram muito, mas a gente também atacou. Dois tempos distintos, a gente melhor no primeiro, muito embora os nossos dois gols tenham saído no segundo, e o Santos na etapa final. A nossa ideia é não sofrer lá. É ruim jogar assim, você dá uma possibilidade muito grande do adversário martelar, martelar e fazer o gol. 2015, 2016 e agora em 2017 também, os clássicos têm sido muito equilibrados. Esse jogo não vai fugir dessa característica, não conseguiria determinar um time favorito”, concluiu o goleiro.
FICHA TÉCNICA
SANTOS X PALMEIRAS
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 14 de junho de 2017, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Assistentes: Bruno Raphael Pires (GO) e Leone Carvalho Rocha (GO)
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota; Renato, Thiago Maia e Lucas Lima; Copete (Vitor Bueno), Bruno Henrique e Kayke.
Técnico: Levir Culpi
PALMEIRAS: Prass; Jean (Fabiano ou Mayke), Edu Dracena, Juninho e Zé Roberto (Egídio); Thiago Santos e Tchê Tchê; Róger Guedes, Guerra e Keno (Raphael Veiga); Willian
Técnico: Cuca

Gazeta Esportiva

Para Sergio Moro, defesa de Lula é "perda de tempo"


Durante o depoimento do ex-diretor geral da Polícia Federal Luiz Fernando Correa nesta quarta-feira, 14, o juiz Sérgio Moro interrompeu as perguntas que o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Lula fazia, alegando que elas já teriam sido feitas e seriam "perda de tempo"; "O juiz Sérgio Moro interrompeu o trabalho da defesa de Lula exatamente quando o depoente discorria sobre o estímulo e condições materiais propiciados pelo então Presidente Lula no combate à corrupção e a lavagem de dinheiro", disse Zanin
Paraná 247 - O juiz federal Sérgio Moro interrompeu as perguntas que o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Lula, fazia a uma testemunha em audiência ocorrida na manhã desta quarta-feira 14. O motivo, segundo Moro, era de que as indagações seriam "perda de tempo", pois já teriam sido feitas. O relato foi feito por Zanin.
O ex-diretor geral da Polícia Federal Luiz Fernando Correa depôs em processo em que os procuradores da Lava Jato acusam a Odebrecht de ter planejado doar um terreno para o Instituto Lula. Lula figura como réu nesta ação penal, muito embora jamais tenha pedido tal terreno, muito menos figurado como seu proprietário ou beneficiário. 
"Cada dia mais evidente o cerceamento de defesa e o desrespeito à advocacia na 13a VF de Curitiba. Testemunha de defesa é 'perda de tempo'", criticou Zanin em sua conta no Twitter. Leia, abaixo, nota publicada pela defesa de Lula a respeito do assunto:
"O cerceamento ao direito de defesa e o desrespeito à atuação dos advogados mais uma vez se fez presente hoje (14/06) em audiência na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, relativa à Ação Penal 5063130-17.2016.4.04.7000.

O juiz Sérgio Moro interrompeu o trabalho da defesa de Lula na oitiva do ex-diretor geral da Polícia Federal Luiz Fernando Correa, exatamente quando o depoente, na mesma linha dos ex-procuradores gerais da República Claudio Fontelles e Antonio Fernando Barros, também ouvidos hoje, discorria sobre o estímulo e condições materiais propiciados pelo então Presidente Lula no combate à corrupção e a lavagem de dinheiro.
É preciso registrar que o Juízo tem permitido, nas demais audiências, que o Ministério Público Federal (MPF) formule perguntas na mesma linha de outras já feitas anteriormente às testemunhas de acusação - em audiências referentes à Ação Penal 5046512-94.2016.4.04.7000/PR - notadamente em relação aos delatores. Moro afirmou que indeferia o questionamento porque tais perguntas já haviam sido respondidas em outra ação e que sua continuidade resultaria em "perda de tempo".
A realidade é que o Juízo impediu a defesa de reforçar aspectos relevantes, que desmentem o cenário de "corrupção sistêmica" afirmado pelo MPF. 
Diante da falta de provas que se verifica na acusação à Lula, é lamentável que o Juízo recorra a tais expedientes e, junto com a representante do MPF manifeste comportamento tão desrespeitoso à defesa. Mais uma vez se atenta contra as prerrogativas profissionais, à participação do advogado na administração da Justiça, como assegura a Constituição Federal (art. 133) e as regras internacionais da magistratura, dos procuradores e dos advogados. Tal conduta fere igualmente as garantias fundamentais do ex-Presidente Lula.
Cristiano Zanin Martins



PGR pede abertura de inquérito para investigar Richa


O vice-procurador-geral da República, José Bonifácio Andrada, pediu ao STJ abertura de inquérito para investigar o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), com base em delações premiadas de executivos da Odebrecht; de acordo com ex-executivo da empresa na região Sul, Valter Lana, e o ex-presidente da Odebrecht infraestrutura Benedicto Júnior, o tucano recebeu R$ 3,05 milhões nas três últimas campanhas
Paraná 247 - O vice-procurador-geral da República, José Bonifácio Andrada, pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) abertura de inquérito para investigar o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), com base em delações premiadas de executivos da Odebrecht. Ainda não há mais detalhes sobre as suspeitas apontadas. De acordo com ex-executivo da empresa na região Sul, Valter Lana, e o ex-presidente da Odebrecht infraestrutura Benedicto Júnior, o tucano recebeu R$ 3,05 milhões nas três últimas campanhas.
Os delatores afirmara que não houve acordo para uma contrapartida de Richa. Eles informaram que os pagamentos foram realizados porque ele era um político promissor e o Paraná podia se tornar um mercado importante.
Como a delação não tem ligação com a Operação Lava Jato, o pedido foi sorteado para um novo relator, o ministro Og Fernandes. Atualmente, os inquéritos da Lava Jato no STJ que envolvem governadores estão com o ministro Luis Felipe Salomão.
Fernandes terá prerrogativa de autorizar ou não o inquérito e a coleta de provas pedida pela Procuradoria-Geral da República, mas não há prazo para ele decidir sobre o caso.
Em nota, Richa disse que não tem como se manifestar, porque não teve acesso ao pedido.