Depois de reportagens na imprensa apontarem que o senador
Aécio Neves (PSDB-MG) continua com seu gabinete funcionando no Senado, apesar
da determinação do ministro Edson Fachin, do STF, para que fosse afastado das
atividades parlamentares, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE),
comunicou ao Supremo que suspendeu o salário e a verba indenizatória do tucano,
além de ter recolhido o carro oficial ao qual tem direito; o nome de Aécio
também foi retirado do painel de votações da Casa; pedido de prisão contra o
parlamentar, com base na delação premiada da JBS na Lava Jato, será julgado no
dia 20
Minas 247 – O presidente
do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), informou ao Supremo Tribunal Federal
(STF) que suspendeu o salário e a verba indenizatória do senador Aécio Neves
(PSDB-MG), além de ter recolhido o carro oficial ao qual o parlamentar tem
direito.
O
documento foi enviado após uma cobrança do ministro Marco Aurélio Mello, do
STF, de que o Senado havia descumprido a determinação da Corte de afastar Aécio
Neves de suas funções legislativas.
O
afastamento foi determinado pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava
Jato no Supremo, que rejeitou o pedido de prisão contra Aécio, mas determinou o
afastamento das atividades parlamentares.
Reportagens
recentes na imprensa apontaram que Aécio continuava com seu gabinete
funcionando no Senado, mesmo depois da ordem de afastamento. O pedido de prisão
contra o parlamentar, com base na delação premiada da JBS na Lava Jato, será
julgado no próximo dia 20 pelo Supremo.
Eunício
informou ainda que o nome de Aécio foi retirado do painel de votações da Casa.
De acordo com o presidente do Congresso, a retirada foi para "deixar
claro" que o Senado não descumpriu a determinação judicial.
Na
última segunda-feira 12, o Senado, que até então não havia deixado claro o que
fora retirado do senador, divulgou uma nota dizendo que cabia ao STF determinar o
que caracterizaria o afastamento. A decisão foi vista como uma forma de
enfrentamento ao tribunal.
Marco
Aurélio cobrou então que o Senado convocasse o suplente de Aécio para assumir a
vaga. Eunício Oliveira rebateu a declaração, dizendo que o regimento
interno do Senado prevê que o suplente seja convocado somente após 120 dias de
vacância.
Aécio
foi afastado após a Polícia Federal deflagrar a Operação Patmos, que prendeu
sua irmã, Andrea Neves, e seu primo, Frederico Pacheco de Medeiros. Aécio foi
gravado pedindo R$ 2 milhões em propina ao empresário Joesley Batista, da JBS,
e falando em adotar medidas para brecar as investigações da Lava Jato.