quarta-feira, 14 de junho de 2017

Incêndio que atingiu prédio em Londres deixa mortos e feridos

Número de mortos ainda não foi divulgado. Incêndio também deixou 50 feridos. Prédio pode ruir, segundo bombeiros
O grande incêndio que atingiu e destruiu um prédio de 24 andares e 120 apartamentos em Londres, na Inglaterra, na madrugada desta quarta-feira (14), deixou vários mortos e ao menos 50 feridos, informaram os bombeiros.
Imagem feita por uma moradora da região mostra
prédio em chamas (Foto: Natalie Oxford / AFP Photo)
O número de mortos, no entanto, ainda não foi informado.
“Neste momento, estou muito triste em confirmar que houve uma série de mortes. Não posso confirmar o número neste momento”, disse Dany Cotton, chefe da London Fire Brigade (Brigada de Incêndio de Londres).
O edifício corre risco de colapso, segundo os bombeiros, pois parte da estrutura foi consumida pelas chamas. Esse risco levou a polícia a esvaziar residências vizinhas ao edifício, informam agências de notícias.
Testemunhas relataram aos bombeiros que ouviram explosões durante o incêndio e viram paredes caindo.
A polícia, a brigada de bombeiros e os serviços de ambulâncias de Londres seguem no local. Segundo a London Fire Brigade, 40 caminhões e 200 bombeiros foram enviados para combater o incêndio na torre Grenfell, no bairro Lancaster West, subúrbio de Londres.
O fogo atingiu apartamentos do 2º ao 27º andar, informou um oficial dos bombeiros.
Ainda há focos de incêndio no prédio.

200 bombeiros

Ao menos 200 bombeiros de 40 equipes combateram, entre a madrugada e primeiras horas da manhã, um grande incêndio na torre localizada no oeste da cidade.
O incêndio é um dos maiores registrados em Londres. "Nunca vi nada parecido com esse incêndio em 29 anos de trabalho", disse Dany Cotton, chefe da Brigada de Incêndio de Londres.
Anteriormente, foram confirmados apenas feridos. “Podemos confirmar que levamos 30 feridos a cinco hospitais diferentes”, disse Stuart Crichton, diretor-adjunto de operações do serviço de ambulâncias de Londres. No início da manhã desta quarta, porém, o número de feridos levados subiu para 50, segundo o serviço de ambulâncias.
Testemunhas relataram em redes sociais que pessoas pularam da torre em chamas e que havia gente presa na torre durante o incêndio.
Bombeiros estão inspecionando os locais seguros do prédio, à procura de vítimas e novos focos de incêndio.
Imagens postadas nas redes sociais durante a madrugada mostraram o prédio tomado pelas chamas. Testemunhas relataram em redes sociais que, além de pessoas terem pulado do prédio, ouviram gritos vindos do interior do edifício.
Os bombeiros foram chamados por volta da 1h15 local (21h15 de terça, 13, em Brasília) para apagar o incêndio na torre de apartamentos, construída em 1974.
Não há informações sobre as causas das chamas.
Por volta de 5h, os bombeiros informaram que as chamas estavam controladas, embora fosse possível ver labaredas em alguns andares.
Cinzas se espalharam em um raio de 100 metros do prédio e uma coluna de fumaça tomou conta da região e podia ser vista a quilômetros de distância. Vários quarteirões estão interditados, inclusive uma estação de metrô.
Dezenas de pessoas, moradores ou não do edifício, saíram às ruas, muitos apenas de pijama.
“Bombeiros equipados com aparelhos de respiração trabalharam em condições extremas, realmente muito difíceis, para combater as chamas”, disse o comandante Dan Daly, da London Fire Brigade.
O escritor e ator britânico Tim Downie, que mora na região, relatou cenas de horror à France Presse (AFP). "O prédio foi tomado inteiro pelas chamas. É uma questão de tempo até que desabe", disse.
"Grande incidente na Grenfell Tower em Kensington. 40 caminhões e 200 bombeiros no local", tuitou o prefeito de Londres, Sadiq Khan, na manhã desta quarta.
Fonte: g1


terça-feira, 13 de junho de 2017

PT se solidariza à Míriam Leitão, mas culpa Globo por clima de ódio


Em nota assinada pela presidente, senadora Gleisi Hoffmann (PR), o PT lamentou o "constrangimento sofrido pela jornalista Miriam Leitão no voo entre Brasília e o Rio de Janeiro", quando foi alvo de agressões verbais de militantes petistas; a legenda afirma que "orienta a militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir qualquer pessoa por suas posições políticas, ideológicas ou por qualquer outro motivo", mas ressalta que a "Rede Globo, empresa para a qual trabalha a jornalista Miriam Leitão, é, em grande medida, responsável pelo clima de radicalização e até de ódio por que passa o Brasil"
247 - O PT lamentou, em nota, o "constrangimento sofrido pela jornalista Miriam Leitão no voo entre Brasília e o Rio de Janeiro no último dia 3 de junho".
A jornalista relatou em sua coluna no Globo nesta terça-feira 13 ter sido alvo de agressões verbais por parte de militantes do partido que estavam a bordo da aeronave, no último dia do Congresso do PT.
Na nota, assinada pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), a legenda afirma que "orienta a militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir qualquer pessoa por suas posições políticas, ideológicas ou por qualquer outro motivo, como confundi-las com empresas para as quais trabalhem". Para o PT, "esse comportamento não agrega nada ao debate democrático".
O texto ressalta, porém, que a "Rede Globo, empresa para a qual trabalha a jornalista Miriam Leitão, é, em grande medida, responsável pelo clima de radicalização e até de ódio por que passa o Brasil, e em nada tem contribuído para amenizar esse clima do qual é partícipe". "O PT não fará com a Globo o que a Globo faz com o PT", finaliza.
Veja a íntegra da nota:
O Partido dos Trabalhadores lamenta o constrangimento sofrido pela jornalista Miriam Leitão no voo entre Brasília e o Rio de Janeiro no último dia 3 de junho, conforme relatado por ela em sua coluna de hoje. Orientamos nossa militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir qualquer pessoa por suas posições políticas, ideológicas ou por qualquer outro motivo, como confundi-las com empresas para as quais trabalhem.
Entendemos que esse comportamento não agrega nada ao debate democrático. Destacamos ainda que muitos integrantes do Partido dos Trabalhadores, inclusive esta senadora, já foram vítimas de semelhante agressão dentro de aviões, aeroportos e em outros locais públicos.
Não podemos, entretanto, deixar de ressaltar que a Rede Globo, empresa para a qual trabalha a jornalista Miriam Leitão, é, em grande medida, responsável pelo clima de radicalização e até de ódio por que passa o Brasil, e em nada tem contribuído para amenizar esse clima do qual é partícipe. O PT não fará com a Globo o que a Globo faz com o PT.


Míriam Leitão relata episódio de hostilidade por petistas durante voo

(foto: Reprodução)
A jornalista Míriam Leitão afirmou ter sido hostilizada por militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) durante um voo da companhia Avianca, com saída de Brasília para o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, no último dia 3 de junho. Em seu blog, no site do jornal O Globo, ela conta que foi alvo de intolerância por parte dos militantes petistas, que a agrediram verbalmente.
“Sofri um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT dentro de um voo. Foram duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem contra mim e contra a TV Globo. Não eram jovens militantes, eram homens e mulheres representantes partidários. Alguns já em seus cinquenta anos. Fui ameaçada, tive meu nome achincalhado e fui acusada de ter defendido posições que não defendo”, afirma no texto publicado em sua coluna nesta terça-feira (13).
No mesmo dia em que a jornalista voltava para o Rio de Janeiro, no último dia 3, houve um congresso do PT em Brasília. Na ocasião, militantes ainda vestidos com camisetas do encontro começaram a verbalizar ofensas contra ela antes mesmo do embarque.
Os cerca de 20 militantes, de acordo a jornalista, sentaram-se perto de seu assento e começaram ofensas aos gritos de “terrorista, terrorista.” Após os primeiros ataques, ela conta ter sido convidada pelo comandante da aeronave, por meio da comissária de bordo, a mudar de lugar. No entanto, a jornalista se recusou e continuou em sua poltrona, conforme bilhete comprado.
“Durante todo o voo, os delegados do PT me ofenderam, mostrando uma visão totalmente distorcida do meu trabalho. Certamente não o acompanham. Não sou inimiga do partido, não torci pela crise, alertei que ela ocorreria pelos erros que estavam sendo cometidos. Quando os governos do PT acertaram, fiz avaliações positivas e há vários registros disso”, diz Miriam em seus relatos.
Para ela, o fato do ex-presidente Lula citar seu nome em comícios e reuniões partidárias é um “erro”. “Não acho que o PT é isso, mas repito que os protagonistas desse ataque de ódio eram profissionais do partido. Lula citou, mais de uma vez, meu nome em comícios ou reuniões partidárias. Como fez nesse último fim de semana. É um erro. Não devo ser alvo do partido, nem do seu líder. Sou apenas uma jornalista e continuarei fazendo meu trabalho”, acrescentou.

Autor do pedido de impeachment, Reale deixa PSDB e fala em “túmulo” para o partido

(foto: Agência Brasil)
Um dos autores do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o jurista Miguel Reale Jr anunciou que deixará o PSDB. “Espero que o partido encontre um muro suficientemente grande que possa servir de túmulo”, disse Reale. A declaração foi dada ao jornal O Estado de S. Paulo, logo após o posicionamento da sigla de permanecer apoiando o governo de Michel Temer (PMDB).
O jurista comunicou que oficializará sua decisão ao diretório nacional do partido nesta terça-feira (13), por meio de carta. “Compartilhei ideais e esperanças, mas desisti diante de tantas vacilações e fragilidades onde não se pode ser fraco, que é diante da afronta à ética”, justificou.
Na noite de ontem, os tucanos decidiram permanecer na base governista. No entanto, acrescentaram que a decisão é passível de reavaliação caso surjam novos fatos a respeito das investigações contra o peemedebista – investigado no Supremo Tribunal Federal (STF), de maneira inédita, por corrupção passiva, associação criminosa e obstrução de Justiça. Com 46 deputados e 11 senadores, o PSDB é considerado um partido estratégico para garantir um mínimo de governabilidade na gestão peemedebista.
No último mês, logo após vir à tona a gravação do empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, na qual Temer incentiva o pagamento de uma mesada para garantir o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o jurista, que foi ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, defendeu a renúncia do presidente ao mandato.
De acordo com Reale Júnior, o caso é “nada republicano e inadmissível”. Para ele, apesar de se enquadrar nas hipóteses de impeachment, o “Brasil não aguentaria” um novo processo de impedimento de seu presidente. “Seria melhor se ele renunciasse, um novo processo de impeachment é um processo muito doloroso, o país está no momento de início de saída da recessão”, disse, na ocasião, ao jornal O Globo.
O jurista também não é favorável à convocação de eleições diretas, para ele, isso seria “conturbar o país” e criaria “imensa insegurança jurídica”.  Reale defende a escolha, pelo Congresso, de uma “figura isenta” e “com experiência administrativa”.

Fonte: Congresso em Foco

Gleisi: "Braço para aplicação do golpe foi a grande mídia"


Em debate sobre a liberdade de imprensa, ao lado de blogueiros e ativistas digitais, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), nova presidente do PT, afirmou que "o braço para a aplicação do golpe foi a grande mídia, a concentração, o monopólio econômico da imprensa"
Da Rede Brasil Atual - "Vemos que o braço para a aplicação do golpe foi a grande mídia, a concentração, o monopólio econômico da imprensa", afirmou a senadora e presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, durante o 3º Encontro Estadual de [email protected] e Ativistas Digitais de São Paulo. "A estrutura de telecomunicações do Brasil vem do tempo da ditadura (1964-1965)", disse Gleisi. O debate se realizou na sede do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, no centro de São Paulo, na noite desta sexta-feira (9). 
Gleisi esteve ao lado da deputada federal Luciana Santos (PCdoB-PE), da jornalista Maria Inês Nassif e do presidente do Barão de Itararé, Altamiro Borges. "Durante a ditadura foram criados os grandes oligopólios da informação, justamente para ajudar na censura, na sustentação ideológica do regime deles. Com isso, as concessões foram distribuídas para poucos grupos. Ali, a Globo começa a desenvolver o seu poder. Ali, começa um processo de verticalização e oligopolização da mídia", completou.
Gleisi ressaltou a necessidade de regulamentação da mídia para a manutenção sadia da democracia. "Nossas leis não regulam a mídia pelo interesse público, e sim pelo privado. É flagrante delito contra a democracia. O direito à informação é fundamental, o cidadão privado de informação é um não-cidadão", disse. Para a presidenta do PT, sem pluralidade de visões na mídia, "há censura. Censura corporativa e privada, onde empresas privam a população de informação".
A presidenta do PT citou exemplos de economias desenvolvidas que possuem uma mídia regulamentada. "Mesmo nos Estados Unidos, eles regulam economicamente a mídia a fim de evitar oligopólios. Aqui isso já seria um grande avanço. Na Europa temos algo ainda maior, a ênfase em assegurar a qualidade para que a informação seja distribuída pelo interesse público e em defesa da cidadania", defendeu.
Altamiro Borges também relaciona a influência econômica e o monopólio da informação com problemas na democracia, citando o atual governo de Michel Temer (PMDB) e sua relação com a mídia. "Neoliberalismo não combina com democracia. Para aplicar um projeto derrotado quatro vezes nas urnas, para aplicar o desmonte do Estado, da nação, eles tiveram que ser autoritários (...) A primeira medida do governo foi 'pau' na cultura e pau na Empresa Brasileira de Telecomunicações (EBC). Na verdade, começou com 'pau' nos blogueiros. Na semana do encontro nacional de blogueiros, Temer suspendeu os patrocínios", disse.
"Eles vêm para cima. Esse autoritarismo se reflete na convocação de Exército para manifestações, em policiais matando gente, matando trabalhadores rurais. Esse governo não tem nada de republicano. Uma das formas de asfixia das vozes é a questão financeira. Tiram merrecas de publicidade para vozes importantes para a pluralidade de ideias", afirmou, ao citar as condições precárias de centros alternativos de mídia após a ascensão de Temer.
"Peço, para quem defende a liberdade de expressão, assinem esses meios. Estão asfixiando as vozes diferentes, enquanto aumentam em 470% a publicidade para a revista Veja. Estamos em um período sombrio de retrocessos na liberdade de imprensa. Se tivermos o fim de revistas como a Carta Capital e a Caros Amigos, isso seria uma desgraça para a luta democrática no Brasil", completou.
Autocríticas
A deputada Luciana Santos refletiu sobre quais fatores levaram à queda dos ciclos de governos com projetos populares no país. "Vivemos uma radicalização da luta política ideológica que teve ponto de inflexão nas manifestações de junho de 2013. Precisamos aprofundar nessa questão. Um fenômeno desorganizado, difuso. Essa crise foi disputada a ferro e fogo por correntes da opinião pública, especialmente pela imprensa (...) eles se unificaram em um ambiente de recessão inspirado por um contexto assegurado pela mídia", disse.
A jornalista Maria Inês Nassif aprofundou a reflexão e partiu para a autocrítica das correntes progressistas. "O momento atual nos remete à pergunta de onde erramos. Nós, com o compromisso de visão real da verdade e do que aconteceu neste período de golpe sob pretextos mentirosos e manipulados pela mídia temos que pensar nisso", disse. Para Maria Inês, o ponto central está na visão de leniência com setores corporativos da imprensa.
"Isso começa pela confusão de que vitórias em eleições trazem hegemonia. Nunca fomos hegemônicos em instituições como a mídia. Ela foi a verdadeira oposição. Veja, o PSDB não é de nada. O partido que rivalizou com o PT se desfez como água. A incursão deste partido para a direita já demonstrava que ele não teria nenhum peso a não ser que se tornasse a representação da elite tradicional brasileira. A posição das esquerdas diante da mídia tradicional era de conformismo, uma convicção de que programas sociais, ganhos das classes menos favorecidas traria o povo para o nosso lado. O Lula mesmo verbalizava isso. A Veja ofendia sua família e ele não dava importância porque ele tinha voto. Mas vimos que isso cola. Que o discurso de anticorrupção da direita, o discurso moral, preenche as insatisfações da população, até mesmo pessoais", completou a jornalista.


Colisão entre auto x moto no centro de Apucarana deixa motociclista gravemente ferido

Acidente envolvendo um veículo Ford Ecosport e uma moto aconteceu na manhã desta terça-feira (13) na esquina das Ruas Ponta Grossa e João Cândido Ferreira, no centro de Apucarana. Na batida o piloto da moto ficou gravemente ferido e o auto se chocou contra o poste
A equipe de socorristas do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados no início da manhã desta terça-feira (13), por volta das 06h54 para deslocamento até o cruzamento das Ruas Ponta Grossa e João Cândido Ferreira no centro de Apucarana, onde ocorreu um acidente de trânsito envolvendo um veículo e uma moto.
No local foi constatada a colisão entre o veículo Ford, Ecosport ano 2009, cor prata, placas ENY 374 de Apucarana (PR) conduzido pela jovem Nayla de Michele, 22 anos e a motocicleta Honda, CG 125, ano 1981, cor vermelha, placa AFW 3392 de Apucarana (PR) pilotada por André Santos Martins, 30 anos.
A equipe da Polícia Militar (PM) de Apucarana esteve no local para confeccionar boletim de ocorrência e a equipe da Guarda Municipal (GM) de Apucarana, auxiliou no controle do trânsito.
Segundo populares no local, com o impacto da batida, o motociclista foi projetado para longe do local da colisão e o veículo colidiu contra o poste chegando a quebrar, deixando toda região sem luz, até que seja feita a substituição pela equipe da Copel.
A equipe de socorristas conduziu o motociclista André Santos Martins, 30 anos com ferimentos graves, para o Hospital da Providência de Apucarana. A condutora do veículo Nayla de Michele, 22 anos dispensou atendimento hospitalar.



segunda-feira, 12 de junho de 2017

Prefeitos discutem melhorias para a Educação

Municípios do vale do Ivaí planejam ampliar carga horária escolar
(foto: Profeta)
Atendendo ao convite do prefeito Beto Preto e da Secretária Municipal Educação, professora Marli Fernandes, representantes de cinco cidades do Vale do Ivaí reuniram-se, hoje (12), em Apucarana, para discutir os rumos do ensino público na região.
O encontro foi realizado na sede da Autarquia Municipal de Educação e teve a presença dos prefeitos de Rio Bom, Ene Benedito Gonçalves, e de Novo Itacolomi, Moacir Andreolla, além das equipes de ensino de Califórnia, Cambira e Rosário do Ivaí.
Assuntos de interesse coletivo foram discutidos na ocasião, como a gestão do transporte escolar, a plena alfabetização das crianças até a idade de 8 anos, e a qualidade da alimentação escolar. Eles abordaram também o método pedagógico utilizado nas escolas apucaranenses que ofertam a Educação Integral.
“Estamos incentivando alguns prefeitos que têm a intenção de ampliar a carga horária escolar em seus municípios. Apucarana não pretende ser modelo, uma vez que cada cidade tem uma realidade própria e diferenciada, mas nos colocamos à disposição para auxiliar naquilo que for possível,” disse o prefeito Beto Preto.
Durante a manhã, ele acompanhou os prefeitos de Rio Bom e de Novo Itacolomi a uma visita pelas Escolas Municipais Professora Marta Pereira, no Jardim Menegazzo, e Augusto Weyand, no Jardim Tibagi. O prefeito de Rosário do Ivaí, Ilton Shiguemi Kuroda, e o de Cambira, Emerson Toledo conheceram as instalações escolares na sexta-feira (09).
Professora Marli Fernandes – que também ocupa a presidência da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME-PR) -, destacou o tripé que sustenta o ensino em Apucarana. “Extensão de carga horária, infraestrutura predial e currículo adequado são condições necessárias para a existência da Educação Integral. A falta de qualquer um desses pilares prejudicaria a formação dos alunos,” garantiu.
“O Vale do Ivaí é uma região muito rica, que será imensamente beneficiada a partir do comprometimento dos gestores municipais com a Educação. Parabéns, aos prefeitos pelo belo trabalho que vêm realizando na região, com lisura, honestidade e muito pé no chão,” congratulou Beto Preto.
Moacir Andreolla é um dos prefeitos que estudam implantar a Educação Integral no município. “Em Novo Itacolomi, nós temos cerca de 200 alunos na rede municipal. Nossa escola já possui boa infraestrutura e proporcionamos uma alimentação de qualidade. O próximo passo é implantar a carga horária dos alunos,” afirmou.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura


Zona Azul: Estacionamento Rotativo abre escritório na rodoviária

O principal atendimento que passará a ser centralizado no escritório é o recebimento dos avisos de irregularidade e a emissão da guia, chamada de Documento de Arrecadação Municipal (DAM), para pagamento
(foto: Edson Denobi)
Os usuários do Estacionamento Rotativo da Zona Azul ganharam um escritório definitivo de atendimento, dentro do Terminal Rodoviário Interestadual João Batista Boscardin Filho. Localizado na Rua Rio Grande do Sul, o espaço está situado numa região da cidade de fácil acesso, limítrofe da área regulamentada da “Zona Azul”.
O principal atendimento que passará a ser centralizado no escritório é o recebimento dos avisos de irregularidade e a emissão da guia, chamada de Documento de Arrecadação Municipal (DAM), para pagamento. O procedimento é necessário para que os motoristas que desrespeitaram a “Zona Azul” fiquem em dia com o sistema, evitando multa de trânsito e pontos na carteira de habilitação.
Em breve, agentes de trânsito, contratados através de concurso público, estarão nas ruas para prestar auxílio aos usuários do rotativo. Conforme Carlos Mendes, superintendente de Trânsito do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), o escritório da rodoviária fica ao lado dos guichês das empresas que comercializam passagens de ônibus. “É um espaço do próprio município, bastante conhecido pela população e um ponto de referência, localizado numa região com facilidade para estacionamento”, frisa Mendes.
O município disponibilizou três funcionários para atuar no escritório, que atenderão no período das 8 às 18 horas, inclusive no horário de almoço. “Nesta região da cidade os motoristas encontrão duas lotéricas próximas, uma na Avenida Curitiba e outra no Supermercado Muffato, para efetuar o pagamento do boleto da DAM”, observa.
Os motoristas podem resolver a pendência sem a necessidade de ir pessoalmente ao escritório. “A nossa equipe está preparada para receber os avisos de irregularidade digitalizados por e-mail, gerar a guia da DAM e depois encaminhá-la ao motorista também por e-mail. Efetuado o pagamento, o sistema dará baixa automaticamente”, explica o superintendente municipal de Trânsito, informando que o telefone para contato é o 3422-9616.
Além do guichê no térreo da rodoviária, o Estacionamento Rotativo da Zona Azul terá à disposição uma sala maior, localizada no pavimento superior. “O espaço será utilizado para trabalhos burocráticos e atenderá necessidades futuras do sistema, pois já está em andamento o concurso para a contratação de agentes de trânsito”, reitera.
Mendes orienta os motoristas a terem dentro do carro ou em meio digital nos celulares o mapa do Estacionamento Rotativo. “É um panfleto que informa a área abrangida pelo sistema, bem como a localização de todos os pontos de venda de cartões. Se o motorista estacionar na Rua Oswaldo Cruz, ele verá que está dentro da área de abrangência e poderá visualizar qual é o ponto de venda mais próximo”, exemplifica, acrescentando que em breve um ponto de venda também será disponibilizado dentro da rodoviária.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura


Estudo elege Neymar como o jogador mais valioso do mundo; Messi é 4º e CR7, 11º

Um estudo do Central Internacional dos Estudos do Esporte, divulgado nesta segunda-feira, coloca o craque brasileiro Neymar Júnior, do Barcelona, como o jogador mais valioso do mundo. O instituto da Suíça considerou a idade, o potencial de mercado, o clube defendido pelo atleta e as informações do contrato vigente com a equipe. O atacante, segundo a estatística, vale 207 milhões de euros — o equivalente a R$ 761 milhões.
No ranking, Neymar supera os colegas do time catalão Luiz Suárez e até mesmo Lionel Messi, que liderou a lista no ano passado. O uruguaio aparece em sexto lugar, com valor estimado em 140 milhões de euros (R$ 512,7 milhões), enquanto o argentino, agora na quarta posição, soma 151,7 milhões de euros (R$ 555,6 milhões). Eleito melhor jogador do mundo pela Fifa, Cristiano Ronaldo é apenas o 11º colocado nesse ranking, valendo 112,4 milhões de euros (R$ 411,6 milhões).
Os brasileiros voltam a aparecer na lista apenas na 55ª posição, com Fabinho, que poderia render ao Monaco 60,2 milhões de euros (R$ 220,4 milhões). Depois dele, Marquinhos, do Paris Saint-German, é o 61º. Douglas Costa, do Bayern de Munique, aparece em 83º, seguido logo por Willian, do Chelsea.
Além de Neymar e Messi, fecham o top 5 do valor de mercado dois jogadores do Tottenham e um do Atlético de Madrid. O meia Delle Alli fica em segundo lugar com valor de 155 milhões de euros (R$ 570 milhões), acima do companheiro de equipe Harry Kane, atacante que vale 153,6 milhões de euros (R$ 565 milhões). Os dois acabaram beneficiados por atuarem na liga inglesa, a mais valorizada da Europa.
Antoine Griezmann, do Atlético de Madrid, galgou a quinta posição com o valor de mercado apurado em 150,3 milhões de euros (R$ 550,4 milhões).
 Um estudo do Central Internacional dos Estudos do Esporte, divulgado nesta segunda-feira, coloca o craque brasileiro Neymar Júnior, do Barcelona, como o jogador mais valioso do mundo. O instituto da Suíça considerou a idade, o potencial de mercado, o clube defendido pelo atleta e as informações do contrato vigente com a equipe. O atacante, segundo a estatística, vale 207 milhões de euros — o equivalente a R$ 761 milhões.
No ranking, Neymar supera os colegas do time catalão Luiz Suárez e até mesmo Lionel Messi, que liderou a lista no ano passado. O uruguaio aparece em sexto lugar, com valor estimado em 140 milhões de euros (R$ 512,7 milhões), enquanto o argentino, agora na quarta posição, soma 151,7 milhões de euros (R$ 555,6 milhões). Eleito melhor jogador do mundo pela Fifa, Cristiano Ronaldo é apenas o 11º colocado nesse ranking, valendo 112,4 milhões de euros (R$ 411,6 milhões).
Os brasileiros voltam a aparecer na lista apenas na 55ª posição, com Fabinho, que poderia render ao Monaco 60,2 milhões de euros (R$ 220,4 milhões). Depois dele, Marquinhos, do Paris Saint-German, é o 61º. Douglas Costa, do Bayern de Munique, aparece em 83º, seguido logo por Willian, do Chelsea.
Além de Neymar e Messi, fecham o top 5 do valor de mercado dois jogadores do Tottenham e um do Atlético de Madrid. O meia Delle Alli fica em segundo lugar com valor de 155 milhões de euros (R$ 570 milhões), acima do companheiro de equipe Harry Kane, atacante que vale 153,6 milhões de euros (R$ 565 milhões). Os dois acabaram beneficiados por atuarem na liga inglesa, a mais valorizada da Europa.
Antoine Griezmann, do Atlético de Madrid, galgou a quinta posição com o valor de mercado apurado em 150,3 milhões de euros (R$ 550,4 milhões).
Fonte: Extra


Emílio Odebrecht inocenta Lula e cita FHC


Atual presidente do Conselho de Administração da empreiteira, Emílio Odebrecht foi ouvido novamente nesta segunda-feira 12 pela Justiça Federal no Paraná a pedido da defesa do ex-presidente Lula; testemunha de acusação em um dos processos a que o petista responde na Lava Jato, o empresário disse que não se envolveu nos oito contratos firmados entre a empreiteira e a Petrobras, que são citados na ação penal, e disse não saber se tais contratos estavam condicionados à aquisição de um imóvel para o Instituto Lula; sobre uma conversa que teve com o ex-presidente FHC para discutir o projeto Gás Brasil, ele confirmou ser comum debater assuntos relacionados a óleo e gás com presidentes da República
Daniel Isaia - Repórter da Agência Brasil
O ex-presidente executivo e atual presidente do Conselho de Administração da empreiteira Odebrecht, Emílio Odebrecht, foi ouvido novamente hoje (12) pela Justiça Federal no Paraná a pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O empresário é testemunha de acusação em um dos processos a que Lula responde no âmbito da Operação Lava Jato.
A sessão ocorreu por meio de videoconferência e durou pouco mais de seis minutos. Apenas Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente, fez perguntas a Emílio Odebrecht.
O empresário disse que não se envolveu nos oito contratos firmados entre a empreiteira e a Petrobras, que são citados na ação penal. Ele também disse não saber se tais contratos estavam condicionados à aquisição de um imóvel para o Instituto Lula.
Cristiano Martins, então, lembrou que Emílio Odebrecht afirmara, em depoimento anterior, ter se encontrado com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para discutir o projeto Gás Brasil, que também incluía a Bolívia. O advogado perguntou ao empresário se era comum que ele debatesse assuntos relacionados a óleo e gás com presidentes da República. "Sem dúvida nenhuma", respondeu.
Emílio Odebrecht também disse que conhece Gilberto Carvalho, que foi titular da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo Lula, e negou ter conhecimento se o Grupo Odebrecht contratou o escritório Baker Mckenzie para buscar um acordo de leniência com autoridades estrangeiras.
O empresário voltou a ser ouvido nessa ação penal em razão de um recurso impetrado pelos advogados de Lula. Eles alegaram que o Ministério Público Federal (MPF) incluiu documentos ao processo sem tempo hábil para serem verificados antes da oitiva do empresário.
O argumento foi acolhido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
Leia mais no texto de Fernando Brito, editor do Tijolaço:
Dono da Odebrecht, Emílio diz que não teve negócios com Lula
Nas centenas de textos que a imprensa publicou sobre os documentos da Odebrecht, Lula é referido do o “o amigo do seu pai”, numa referência ao relacionamento entre Emílio, dono da empreiteira que leva seu nome pai de seu presidente, Marcelo, com Lula.
Aliás, Marcelo Odebrecht diz que tinha um mau relacionamento com o ex-presidente: “O Lula nunca gostou de mim. Quem sempre tratou de tudo com ele foram o meu pai e o Alexandrino (Alencar, diretor de relações institucionais)”disse ele num depoimento à Procuradoria Geral da República.
Portanto, nada mais natural, se houvesse pedidos de Lula, estes fossem feitos a Emilio Odebrecht ou dele fosse de conhecimento.
Hoje, na sua reinquirição de Sérgio Moro ao patriarca da empreiteira, Emílio, na desccrição insuspeita de O Globo, “negou envolvimento em contratos firmados entre a Petrobras e Odebrecht que teriam sido celebrados em troca de uma futura compra de um terreno para o Instituto Lula”.
O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, também perguntou se Emílio manteve reuniões com outros ex-presidentes da República que antecederam Lula no cargo. O empresário confirmou:
— Desde a minha entrada na organização, praticamente todos ex-presidentes. Discutia várias coisas de interesse nacional, aquilo que era importante para o Brasil continuar crescendo – disse Emílio (…)
A outra pessoa que Marcelo Odebrecht disse ter relacionamento com Lula, Alexandrino Alencar, no seu depoimento, dias atrás, também negou ter tratado com o ex-presidente do tal terreno para o Instituto mas, ao contrário, havia recebido a incumbência do próprio Marcelo, que também o informou que o valor seria apropriado de uma suposta conta “Italiano”.
É de supor que, se Lula fosse pedir um terreno, o pediria àqueles com quem tinha relacionamento mais próximo. E ambos dizem que não pediu nada a eles e, muito menos, que fosse posto na conta de isso ou aquilo.
Como diz o ex-delegado federal Armando Coelho Neto, Lula está sendo processado pelo crime do “IA”: Ia receber, ia ganhar, ia se apropriar. Se é que ia, não foi.
Não foi, mas vai ser condenado por Sérgio Moro, Se não pelo triplex, pelo sítio; se não pelo sítio, pelo prédio; se não pelo prédio, pelos caixotes.
Mas certamente por ser o favorito nas eleições de 2018, como convém a processos que só tem de sólido o interesse político.

IBOPE: Redes sociais lideram influência sobre o voto do eleitor para 2018


Pesquisa do Ibope divulgada nesta segunda-feira, 12, pelo jornalista José Roberto de Toledo mostra que para 56% dos brasileiros aptos a votar, as mídias sociais terão algum grau de influência na escolha de seu candidato presidencial na próxima eleição; para 36%, as redes terão muita influência; "Quem pensa comunicação política tem de deixar de ter como prioridade o  roliudiano dos marqueteiros e refletir sobre o que a internet pede: produção de conteúdo – tarefa dos blogs -, sua disseminação (Facebook e outras redes) e fixação de conceitos. Internet é uma batalha sem tréguas, onde perder um dia pode ser perder o bonde", diz o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço
Por Fernando Brito, do Tijolaço 
José Roberto de Toledo, no Estadão, traz dados sobre uma pesquisa do Ibope sobre a influência das diversas mídias na formação da decisão de voto nas eleições de 2018.
Que confirmam a percepção que a grande maioria das pessoas mais bem informadas já percebeu: a internet e as redes sociais serão o meio privilegiado de convencimento do eleitor.
Elas superam, pela primeira vez em pesquisas deste tipo, a mídia convencional – embora a mídia convencional também esteja presente nas redes.
Não é um fenômeno brasileiro, embora aqui tenha outros significados, por conta do oligopólio da imprensa tradicional.
Há dois dias, a Folha publicou interessante reportagem sobre o site The Canary, de esquerda, que jogou um papel importantíssimo nas eleições britânicas.
“O projeto bateu asas, decolou e é hoje um veículo consolidado no Reino Unido, com 13 milhões de acessos únicos em maio passado. (…) Pesquisa encomendada pelo jornal “The Guardian” mostrou que as notícias relacionadas à votação mais compartilhadas no Facebook vieram desses sites, e não dos diários de jornalismo profissional.”
Aqui, a esquerda “apanha” feio nas redes diante dos sites de direita ou extrema direita. Não apenas porque, não raro, estes contam com financiamento quanto, sobretudo, porque a concisão que a mensagem moralista e destrutiva permite é amplamente vantajosa diante da argumentação racional com que se tenta combatê-la.
Ainda assim, há espaço e até blogs sem qualquer estrutura profissional, tocados apenas por uma pessoa têm números que não envergonham diante do que a Folha chamou de “fenômeno” inglês. Este modestíssimo blog, que está longe de ser dos mais expressivos, teve, no mesmo mês de maio, 3,6 milhões de acessos únicos e sete milhões, no total de visitas.
A conversa pra boi dormir de que os blogs progressistas só existiam por conta da publicidade dos governos petistas não resiste à prova de que, sem eles e com a completa discriminação publicitária do atual (e das agências de publicidade, nenhuma delas querendo meter-se com quem a grande imprensa chama de “sujos”) eles sobrevivem com as plataformas internacionais de mídia, que pagam (mal) pelos acessos e cliques.
The Canary mostra que é possível: “A maior diferença é que nós não somos financiados por milionários”, diz [Kerry-Anne] Mendoza [integrante do site] à Folha. O The Canary se sustenta com anúncios e o apoio de leitores, que podem doar R$ 16 mensais.”
Há outra lição que os números do Ibope trazidos por Toledo nos dá. A natureza das redes é plebiscitária – polegar para cima ou para baixo – e, frequentemente passional, o que não quer dizer o mesmo que descambar para a selvageria.
Quem pensa comunicação política tem de deixar de ter como prioridade o roliudiano dos marqueteiros e refletir sobre o que a internet pede: produção de conteúdo – tarefa dos blogs -, sua disseminação (Facebook e outras redes) e fixação de conceitos.
Longos textos e longos vídeos estão longe de bastar.
Idem os “sites de campanha”.
É claro que a vida real – embora a vida real esteja cada vez mais virtual – é o cenário da disputa pelo voto, mas o mundo das redes também passou a ser um ambiente onde as pessoas, especialmente as mais jovens, estão cada vez mais tempo imersas.
Internet é uma batalha sem tréguas, onde perder um dia pode ser perder o bonde.


Coutinho diz que participação do BNDES na JBS foi lucrativa


Em artigo no Valor Econômico, o presidente do BNDES nos governos Lula e Dilma, Luciano Coutinho, mostra com números que o financiamento com compra de participação acionária que permitiram a expansão da JBS não apenas foram negócios regulares como deram ao banco lucros de cerca de R$ 3 bilhões
Leia o artigo que ele publicou no Valor:
A instabilidade política provocada pelas delações da JBS colocou em foco a atuação do BNDES e de sua subsidiária de participações acionárias, a BNDESPar, durante minha gestão.
Devemos distinguir o debate substantivo quanto ao papel a ser desempenhado por um banco de desenvolvimento da ação oportunista dos que lançam dúvidas sobre a lisura do BNDES para desconstruí-lo.
Por isso, mais uma vez, devo deixar claro que nos nove anos em que estive à frente do BNDES fui testemunha de processos marcados por rigor técnico e impessoalidade. Tive o privilégio de presidir uma instituição que, por lei, segue orientações estratégicas de governos, mas faz isso com base em sólida governança, decisões colegiadas, excelência profissional, efetividade e transparência. Seu corpo técnico é íntegro e exemplar. As operações de participação acionária da BNDESPar, incluindo as da JBS, seguiram os procedimentos devidos, sem ingerências externas.
Com mais de 40 anos, a BNDESPar não é uma jabuticaba. Banco Mundial, BID e países como Alemanha, Japão, França, Itália, Coreia e China têm empresas similares de participação acionária. A missão dessas, em geral, é capitalizar empresas nacionais, fortalecer o mercado de capitais e administrar carteiras de valores mobiliários com perspectiva de longo prazo.
De 2007 a 2014 a BNDESPar gerou R$ 23,8 bilhões de lucro para o BNDES. Em 2015, por conta da forte queda dos preços do petróleo, seguiu as normas de prudência contábil e reavaliou as ações da Petrobras, implicando resultado negativo de R$ 7,6 bilhões. Ainda assim, de 2007 a 2015 acumulou lucros de R$ 16,2 bilhões. Ao seguir à risca as regras de mercado, a BNDESPar precifica sua carteira de forma conservadora, sem inflar resultados.
Relevante registrar que a BNDESPar não dependeu de aportes do Tesouro. Ao contrário, entre 2007 e 2015 gerou caixa líquido de R$ 23,2 bilhões para o Sistema BNDES. Seus recursos próprios foram e têm sido aplicados a custo de mercado, sendo inteiramente falsa a versão repetida por críticos de que operou a “preço subsidiado” ou “custo zero” para sócios de empresas investidas.
Não é verdade que a BNDESPar não recicla sua carteira. Ela vende com lucro e faz caixa para reinvestir. Entre 2007 e 2015 vendeu nada menos que R$ 42,2 bilhões. Precifica os investimentos (isto é, calcula o valor justo de ativos) usando metodologia consagrada pela teoria financeira, com critérios, parâmetros e taxas de desconto rotineiramente praticados pelo mercado.
Em 2016, a BNDESPar tinha investimentos em 23 setores e mais de 280 empresas (diretamente ou via fundos). A diversificação permite diluir riscos de um investimento específico e analisar o desempenho sob a ótica de carteira, não isoladamente. O BNDES também tem sido fundamental para o desenvolvimento da indústria de fundos. Além de ter promovido o private equity, a BNDESPar foi pioneira no apoio a startups por meio dos fundos de capital semente (Criatecs), assim como fomentou os de venture capital. Ao fim de 2015, tinha 40 fundos em carteira, com 145 empresas investidas.
Ações da JBS não deram prejuízo, mas retorno expressivo ao banco, que financiou 1,7 mil empresas do setor
Em relação à JBS, conforme as últimas demonstrações financeiras disponíveis, a lucratividade das operações para a BNDESPar estava em cerca de R$ 3 bilhões. Grosso modo, o valor compara os R$ 8,1 bilhões investidos (R$ 5,6 bilhões em JBS e R$ 2,5 bilhões em Bertin) com: R$ 457 milhões recebidos a título de dividendos, R$ 521 milhões de prêmio de debêntures, R$ 4 bilhões das vendas de ações realizadas e o valor das ações em carteira no total de R$ 6 bilhões (21,3% do capital da JBS) em 31/03/2017. Outra informação importante: embora expressivo, o valor de R$ 8,1 bilhões representou 2% dos desembolsos do banco entre 2007 e 2010, mesmo período do apoio à empresa.
Críticos do investimento na JBS omitem o fato de que a grande maioria das operações contou com recursos privados, e que em sua expansão a companhia valeu-se de expressivos financiamentos de bancos comerciais e emissão de títulos de dívida no mercado internacional.
Há, ainda, a alegação incorreta de que o banco concentrou seu apoio a frigoríficos na JBS, em detrimento dos pequenos. A verdade é que entre 2005 e 2017, os desembolsos do BNDES para empresas e cooperativas do setor de abate e fabricação de produtos de carne atingiram R$ 17,1 bilhões, a mais de 1.700 tomadores.
Recapitulando: diferentemente do que vem sendo dito, o BNDES não usou recursos subsidiados nas operações de participação acionária na JBS; estas não deram prejuízo, mas retorno expressivo; o apoio somou valor relevante, mas proporcionalmente pequeno em relação ao conjunto das operações; o BNDES atendeu não só a JBS, mas a milhares de companhias de todos os portes, com um volume de recursos superior ao destinado àquela empresa.
Infelizmente, informações distorcidas tentam amparar a tese de que o BNDES não deve atuar em renda variável. Mas não há dúvida de que essa atuação é desejável. Isso porque diversos projetos têm riscos que exigem o reforço do capital, impondo limites mais rígidos de alavancagem, ou seja, de financiamento via empréstimos. Ser acionista possibilita ter, como contrapartida ao risco, participação nos lucros e ganhos com a valorização da empresa, em vez de apenas os juros cobrados.
Entre 2008 e 2011 esteve em vigor a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), que identificou oportunidades de internacionalização em setores competitivos. Naquele momento, as commodities estavam em alta, o real valorizado e o valor de empresas estrangeiras depreciado pela crise.
Foi nesse contexto que se intensificou a atuação do BNDES no setor de carnes, o que já ocorria desde os anos de 1990. A internacionalização de grupos nacionais era objetivo desafiador: visava criar novos espaços de lucratividade, expor os grupos à competição internacional e desenvolver atividades mais nobres e complexas (inovação, logística, marketing etc).
Também não se pode esquecer a atuação do BNDES/BNDESPar pós-crise financeira internacional: a ação de apoio a empresas golpeadas por prejuízos violentos oriundos de operações com derivativos cambiais. Junto com o mercado de capitais e bancos comerciais, o BNDES estruturou saídas para que as operações das companhias se mantivessem. Não houve escolha voluntariosa de “campeões”, mas ação coordenada e bem-sucedida com o sistema financeiro privado para debelar a crise através de consolidações.
Em resumo, é necessário olhar com objetividade para os resultados do BNDES em renda variável. Também é preciso cautela e, sobretudo, justiça. Não podemos permitir que o BNDES seja injustamente acusado por erros que não cometeu e nem que ataques oportunistas logrem enfraquecer e mutilar a instituição.
Luciano Coutinho, economista, é professor convidado do Instituto de Economia da Unicamp e presidente do BNDES entre 2007-2016. Publicado originalmente hoje, no Valor Econômico.