segunda-feira, 12 de junho de 2017

Coutinho diz que participação do BNDES na JBS foi lucrativa


Em artigo no Valor Econômico, o presidente do BNDES nos governos Lula e Dilma, Luciano Coutinho, mostra com números que o financiamento com compra de participação acionária que permitiram a expansão da JBS não apenas foram negócios regulares como deram ao banco lucros de cerca de R$ 3 bilhões
Leia o artigo que ele publicou no Valor:
A instabilidade política provocada pelas delações da JBS colocou em foco a atuação do BNDES e de sua subsidiária de participações acionárias, a BNDESPar, durante minha gestão.
Devemos distinguir o debate substantivo quanto ao papel a ser desempenhado por um banco de desenvolvimento da ação oportunista dos que lançam dúvidas sobre a lisura do BNDES para desconstruí-lo.
Por isso, mais uma vez, devo deixar claro que nos nove anos em que estive à frente do BNDES fui testemunha de processos marcados por rigor técnico e impessoalidade. Tive o privilégio de presidir uma instituição que, por lei, segue orientações estratégicas de governos, mas faz isso com base em sólida governança, decisões colegiadas, excelência profissional, efetividade e transparência. Seu corpo técnico é íntegro e exemplar. As operações de participação acionária da BNDESPar, incluindo as da JBS, seguiram os procedimentos devidos, sem ingerências externas.
Com mais de 40 anos, a BNDESPar não é uma jabuticaba. Banco Mundial, BID e países como Alemanha, Japão, França, Itália, Coreia e China têm empresas similares de participação acionária. A missão dessas, em geral, é capitalizar empresas nacionais, fortalecer o mercado de capitais e administrar carteiras de valores mobiliários com perspectiva de longo prazo.
De 2007 a 2014 a BNDESPar gerou R$ 23,8 bilhões de lucro para o BNDES. Em 2015, por conta da forte queda dos preços do petróleo, seguiu as normas de prudência contábil e reavaliou as ações da Petrobras, implicando resultado negativo de R$ 7,6 bilhões. Ainda assim, de 2007 a 2015 acumulou lucros de R$ 16,2 bilhões. Ao seguir à risca as regras de mercado, a BNDESPar precifica sua carteira de forma conservadora, sem inflar resultados.
Relevante registrar que a BNDESPar não dependeu de aportes do Tesouro. Ao contrário, entre 2007 e 2015 gerou caixa líquido de R$ 23,2 bilhões para o Sistema BNDES. Seus recursos próprios foram e têm sido aplicados a custo de mercado, sendo inteiramente falsa a versão repetida por críticos de que operou a “preço subsidiado” ou “custo zero” para sócios de empresas investidas.
Não é verdade que a BNDESPar não recicla sua carteira. Ela vende com lucro e faz caixa para reinvestir. Entre 2007 e 2015 vendeu nada menos que R$ 42,2 bilhões. Precifica os investimentos (isto é, calcula o valor justo de ativos) usando metodologia consagrada pela teoria financeira, com critérios, parâmetros e taxas de desconto rotineiramente praticados pelo mercado.
Em 2016, a BNDESPar tinha investimentos em 23 setores e mais de 280 empresas (diretamente ou via fundos). A diversificação permite diluir riscos de um investimento específico e analisar o desempenho sob a ótica de carteira, não isoladamente. O BNDES também tem sido fundamental para o desenvolvimento da indústria de fundos. Além de ter promovido o private equity, a BNDESPar foi pioneira no apoio a startups por meio dos fundos de capital semente (Criatecs), assim como fomentou os de venture capital. Ao fim de 2015, tinha 40 fundos em carteira, com 145 empresas investidas.
Ações da JBS não deram prejuízo, mas retorno expressivo ao banco, que financiou 1,7 mil empresas do setor
Em relação à JBS, conforme as últimas demonstrações financeiras disponíveis, a lucratividade das operações para a BNDESPar estava em cerca de R$ 3 bilhões. Grosso modo, o valor compara os R$ 8,1 bilhões investidos (R$ 5,6 bilhões em JBS e R$ 2,5 bilhões em Bertin) com: R$ 457 milhões recebidos a título de dividendos, R$ 521 milhões de prêmio de debêntures, R$ 4 bilhões das vendas de ações realizadas e o valor das ações em carteira no total de R$ 6 bilhões (21,3% do capital da JBS) em 31/03/2017. Outra informação importante: embora expressivo, o valor de R$ 8,1 bilhões representou 2% dos desembolsos do banco entre 2007 e 2010, mesmo período do apoio à empresa.
Críticos do investimento na JBS omitem o fato de que a grande maioria das operações contou com recursos privados, e que em sua expansão a companhia valeu-se de expressivos financiamentos de bancos comerciais e emissão de títulos de dívida no mercado internacional.
Há, ainda, a alegação incorreta de que o banco concentrou seu apoio a frigoríficos na JBS, em detrimento dos pequenos. A verdade é que entre 2005 e 2017, os desembolsos do BNDES para empresas e cooperativas do setor de abate e fabricação de produtos de carne atingiram R$ 17,1 bilhões, a mais de 1.700 tomadores.
Recapitulando: diferentemente do que vem sendo dito, o BNDES não usou recursos subsidiados nas operações de participação acionária na JBS; estas não deram prejuízo, mas retorno expressivo; o apoio somou valor relevante, mas proporcionalmente pequeno em relação ao conjunto das operações; o BNDES atendeu não só a JBS, mas a milhares de companhias de todos os portes, com um volume de recursos superior ao destinado àquela empresa.
Infelizmente, informações distorcidas tentam amparar a tese de que o BNDES não deve atuar em renda variável. Mas não há dúvida de que essa atuação é desejável. Isso porque diversos projetos têm riscos que exigem o reforço do capital, impondo limites mais rígidos de alavancagem, ou seja, de financiamento via empréstimos. Ser acionista possibilita ter, como contrapartida ao risco, participação nos lucros e ganhos com a valorização da empresa, em vez de apenas os juros cobrados.
Entre 2008 e 2011 esteve em vigor a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), que identificou oportunidades de internacionalização em setores competitivos. Naquele momento, as commodities estavam em alta, o real valorizado e o valor de empresas estrangeiras depreciado pela crise.
Foi nesse contexto que se intensificou a atuação do BNDES no setor de carnes, o que já ocorria desde os anos de 1990. A internacionalização de grupos nacionais era objetivo desafiador: visava criar novos espaços de lucratividade, expor os grupos à competição internacional e desenvolver atividades mais nobres e complexas (inovação, logística, marketing etc).
Também não se pode esquecer a atuação do BNDES/BNDESPar pós-crise financeira internacional: a ação de apoio a empresas golpeadas por prejuízos violentos oriundos de operações com derivativos cambiais. Junto com o mercado de capitais e bancos comerciais, o BNDES estruturou saídas para que as operações das companhias se mantivessem. Não houve escolha voluntariosa de “campeões”, mas ação coordenada e bem-sucedida com o sistema financeiro privado para debelar a crise através de consolidações.
Em resumo, é necessário olhar com objetividade para os resultados do BNDES em renda variável. Também é preciso cautela e, sobretudo, justiça. Não podemos permitir que o BNDES seja injustamente acusado por erros que não cometeu e nem que ataques oportunistas logrem enfraquecer e mutilar a instituição.
Luciano Coutinho, economista, é professor convidado do Instituto de Economia da Unicamp e presidente do BNDES entre 2007-2016. Publicado originalmente hoje, no Valor Econômico.


Mais de um ano depois, Moro manda PF devolver Ipad dos netos de Lula


O juiz federal Sergio Moro atendeu apelo feito pelo ex-presidente Lula durante depoimento sobre o caso triplex, em Curitiba (PR), e mandou a Polícia Federal devolver o iPad dos netos do petista; decisão ocorre mais de 1 ano e três meses após a ação de busca e apreensão em endereços ligados a Lula, no âmbito da operação Aletheia, deflagrada em 4 de março de 2016.; "Não tem este Juízo notícia de tal apreensão, mas se ocorreu deve ser tributado ao desconhecimento pelos agentes policiais do conteúdo dos aparelhos eletrônicos", disse MOro em seu despacho; ele também disse que caso tenham ocorridos vazamentos da gravação da condução coercitiva de Lula pela PF, "serão apuradas as responsabilidades"
Jornal GGN O juiz Sergio Moro atendeu apelo feito pelo ex-presidente Lula durante depoimento sobre o caso triplex, em Curitiba (PR), e mandou a Polícia Federal devolver o iPad dos netos do petista. A decisão ocorre mais de 1 ano e três meses após a ação de busca e apreensão em endereços ligados a Lula, no âmbito da operação Aletheia, deflagrada em 4 de março de 2016.
Em despacho assinado no dia 19 de maio, Moro lembrou que Lula "reclamou" da apreensão de aparelhos eletrônicos de seus netos e solicitou devolução diretamente ao juiz.
Ele disse desconhecer o fato de que os pertences das crianças estavam em posse da PF e apontou que, se isso ocorreu, foi porque os agentes também não sabiam do conteúdo dos dispositivos.
"Não tem este Juízo notícia de tal apreensão, mas se ocorreu deve ser tributado ao desconhecimento pelos agentes policiais do conteúdo dos aparelhos eletrônicos."
"De todo modo, poderia a Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva ter requerido diretamente à autoridade policial a sua devolução, já autorizada pelo trecho acima destacado", disse Moro, lembrando que quando autorizou a operação contra Lula, em fevereiro de 2016, ele já havia pré-determinado "a devolução de documentos e de equipamentos de informática se, após seu exame, constatar que não interessam à investigação".
"Apesar disso, continuou o juiz, "para evitar maiores delongas, deverá a autoridade policial informar se identificou, na apreensão, os referidos aparelhos pertencentes aos netos do investigado e, se positivo, para que promova a devolução mediante termo no prazo de 10 dias."
GRAVAÇÃO DA CONDUÇÃO COERCITIVA
No mesmo despacho, Moro deu por encerrada a polêmica em torno da gravação da condução coercitiva de Lula pela Polícia Federal.
Disse o juiz que a PF fez as imagens para se proteger de "eventuais falsas acusações de abusos" durante a operação e afirmou que não existem provas de que o conteúdo foi entregue, de fato, à revista Veja ou à produção de um filme sobre a Lava Jato.
"Caso isso seja constado adiante, serão apuradas as responsabilidades dos agentes policiais que tenham eventualmente divulgado indevidamente essas imagens. Por ora não há providências a tomar", finalizou.

Moro reafirmou, contudo, que não pode impor "censura" a meios de comunicação para previnir eventual vazamento.

Justiça condena Beto Richa a restituir verbas utilizadas em estadia em Paris


O juiz Roger Vinicius Pires de Camargo Oliveira, da 3ª Vara da Fazenda Pública, condenou o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB); a primeira-dama, Fernanda Richa; e o Governo estadual a restituírem as verbas utilizadas em uma estadia em Paris, em 2015; o magistrado condenou os requeridos "a restituir os valores irregularmente recebidos e pagos pelos cofres públicos"; o hotel, cinco estrelas em área turística, tinha uma diária de aproximadamente R$ 1 mil
Paraná 247 - O juiz Roger Vinicius Pires de Camargo Oliveira, da 3ª Vara da Fazenda Pública, condenou o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB); a primeira-dama, Fernanda Richa; e o Governo estadual a restituírem as verbas utilizadas em uma estadia em Paris, em 2015. O magistrado condenou os requeridos "a restituir os valores irregularmente recebidos e pagos pelos cofres públicos". Cabe recurso.
Em outubro de 2015, Richa e sua comitiva ficaram em hotel de luxo de um sábado até a segunda-feira seguinte. A hospedagem foi paga com dinheiro com recursos públicos, antes do início de uma agenda oficial. O hotel, cinco estrelas em área turística, tinha uma diária de aproximadamente R$ 1 mil. Eles tinham ido para uma viagem oficial de 13 dias na China, Rússia e França. Em dezembro daquele ano, o tucano devolveu US$ 930, cerca de R$ 3,5 mil, referentes à viagem.
Na época, o governo informou Em nota, o governo informou que o fim de semana em Paris foi uma “parada técnica” por conta da indisponibilidade de voos e conexões para a China.
De acordo com a decisão judicial, o valor, que será devolvido pela Fazenda Pública Estadual, deve ser atualizado com correção monetário utilizando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Richa e sua esposa devem restituir o valor com juros de mora de 12% ao ano, a partir da citação.

Eles também terão de pagar os gastos processuais e os honorários advocatícios ao procurador dos autores da ação popular. O juiz "a nulidade dos atos administrativos que autorizaram as despesas injustificadas despendidas pelos requeridos e comitiva, arcadas pelo erário público, isto nos dias 10/10/2105 e 11/10/2015 em Paris (França), concernente aos dias que antecederam a missão oficial em comento (China, Rússia e França)".

Ex-jogador do Paraná Clube morre em acidente em Curitiba

(foto: Rede News 24 Horas)
O jogador Jonas Pessali, de 26 anos, morreu por volta das 3h20 da madrugada desta segunda-feira (12) em um acidente grave na Rua André Ferreira Barbosa, via rápida em direção ao Pinheirinho. Ele perdeu a direção do seu veículo Audi em uma curva e bateu violentamente contra um poste de energia. Segundo informações dos bombeiros, ele morreu na hora. Um amigo que estava no banco do passageiro ao lado de Pessali teve ferimentos leves e encaminhado ao Hospital do Trabalhador. 
O tráfego ainda está complicado no local, porque há isolamento para retirada do veículo. Os bombeiros também tiveram dificuldades para retirar o corpo de Jonas das ferragens. 
A energia elétrica foi cortada na região e equipes da Copel foram acionadas para consertar a fiação arrancada.
História - O jogador foi contratado em janeiro pelo Paraná Clube e dispensado há duas semanas. Formado na base do Grêmio, ele voltou ao Brasil no início do ano depois de cinco temporadas no futebol francês.  Pelo Paraná, o atleta disputou o Campeonato Paranaense, Primeira Liga e Copa do Brasil neste ano.
Jonas Pessali deixa três filhos.
Nota de pesar - O Paraná Clube emitiu nota de pesar na manhã desta segunda (12) e decretou luto de três dias pela morte de Pessali. Leia a nota na íntegra:
"É com pesar que o Paraná Clube comunica o falecimento do atleta Jonas Henrique Pessalli. O jogador, vítima de um acidente automobilístico nesta segunda-feira (12), deixa esposa e três filhos.
A diretoria do Paraná Clube se solidariza com a família do atleta e está prestando toda a assistência possível neste momento de profunda tristeza.
O presidente Leonardo do Oliveira decreta luto oficial de três dias.
Aos familiares e amigos, os nossos mais sinceros sentimentos"


Vereadora de Apucarana foge à regra e devolve sobras de diárias

Antes de ser vereadora Marcia Sousa era
Secretária de Ação Social do Município
Na contramão de comportamentos da grande casta da política nacional, a vereadora Marcia Sousa (PSD) fugiu à regra e deu demonstração de honestidade no exercício do mandato. Marcia foi eleita em outubro do ano passado com mais de mil votos de confiança dos eleitores de Apucarana, e certamente o gesto produzido além de envaideceu apoiadores, deveria orgulhar a população do município. Acredite se quiser, a vereadora devolveu sobras de diárias de uma viagem que fez à Brasília no mês de abril passado.
Comprovantes disponíveis no Portal de Transparência da Câmara Municipal revelam que a vereadora devolveu a quantia de R$ 1.653,86 (Um mil, seiscentos e cinquenta e três reais e oitenta e seis centavos), que sobrou do valor liberado pela Câmara para despesas com diárias da sua viagem à Brasília no período de 24 a 28 de abril deste ano.
Márcia requisitou R$ 2.750,00 (Dois mil e setecentos e cinquenta reais) para despesas equivalente à cinco (5) diárias mas como gastou R$ 1.096,14 (Um mil, noventa e seis reais e quatorze centavos), decidiu devolver ao município a diferença não utilizada. O depósito de devolução foi efetuado na conta corrente 203-9 mantida pela Prefeitura junto à Agência da Caixa Econômica Federal em Apucarana, no dia 11/05 (veja aqui doc. 35).
Márcia Sousa viajou à capital federal onde participou do IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, evento promovido pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP).
Além da vereadora, ainda viajaram à Brasília para participação do mesmo evento, a comitiva formada pelo prefeito Beto Preto (R$ 2,2 mil), a Secretária de Ação Social Ana Paula Sobreiro Nazarko (R$ 1,6 mil), o Superintendente de Comunicação Social Maurício Borges (R$ 1,8 mil) e o fotógrafo André Veronez (R$ 1,8 mil), que receberam juntos, diárias de R$ 7,4 mil. Não se tem notícia de restituição de valores da comitiva chefiada pelo prefeito. 

Luta por diretas avança e une multidões de Porto Alegre a Salvador


Depois de grandes atos no Rio de Janeiro e em São Paulo, o movimento por eleições diretas ganhou outras capitais neste domingo; em Salvador, uma multidão de mais de 50 mil pessoas tomou o Farol da Barra, um dos mais belos cartões-postais da capital baiana; em Porto Alegre, o ato aconteceu no Parque da Redenção; movidos pelos mais de 85% dos brasileiros que querem a saída de Michel Temer e eleições diretas para escolha de um presidente de forma legítima, os organizadores dos atos afirmam que a expectativa é de que o movimento continue a crescer; "A ideia é isso: juntar, unir, ampliar os movimentos sociais, as centrais sindicais, o movimento da sociedade civil, artistas, personalidades, políticos, governadores, senadores, deputados, vereadores e representantes da comunidade diante do povo", disse em Salvador o presidente da 'Frente Suprapartidária pelas Diretas Já', senador João Capiberibe (PSB-AP)
247 - Depois de grandes atos no Rio de Janeiro e em São Paulo, o movimento por eleições diretas ganhou outras capitais neste domingo. Em Salvador, uma multidão de mais de 50 mil pessoas tomou o Farol da Barra (foto), um dos mais belos cartões-postais da capital baiana no final da tarde, ao som se artistas como Daniela Mercury e Margareth Menezes. 
Em Porto Alegre, o ato aconteceu no Parque da Redenção, também com grande participação de artistas. Lá puxaram o coro nomes como Bagre e Ernesto Fagundes, Hique Gomez, Antônio Villeroy, Negras em Canto, Bebeto Alves, Nani Medeiros e Raul Elwanger.
Presidente da 'Frente Suprapartidária pelas Diretas Já', o senador João Capiberibe (PSB), do Amapá, disse que os atos vão continuar em todo o País, até Temer ser cassado ou renunciar.
"A ideia é isso: juntar, unir, ampliar os movimentos sociais, as centrais sindicais, o movimento da sociedade civil, artistas, personalidades, políticos, governadores, senadores, deputados, vereadores e representantes da comunidade diante do povo. É uma grande corrente pelas Diretas".


domingo, 11 de junho de 2017

Acidente moto x carro deixa jovem ferido em Apucarana

Um acidente de trânsito ocorrido neste final de semana em Apucarana deixou um rapaz ferido e provocou danos materiais. 
De acordo com socorristas do Corpo de Bombeiros, Matheus Felipe Dias Molero, de 18 anos, trafegava pela Avenida Minas Gerais, próximo à Mecol na zona sul da cidade, com uma motocicleta Honda CBX 250 – Twister quando se envolveu em colisão com um Ford KA dirigido por Taila Desirree da Silva (idade não informada).

O motociclista de 18 anos sofreu ferimentos leves. Ele foi socorrido pelo do Siate do Corpo de Bombeiros e encaminhado à UPA. A causa do acidente não foi informada. 

Capotamento em Cambira mata condutor de Apucarana

(Foto: Jandaiaonline)
Um acidente de trânsito ocorrido por volta de 0h30 deste domingo (11) deixou uma pessoa morta em Cambira.
Conforme boletim de ocorrência divulgado pelos socorristas do Corpo de Bombeiros, o GM Omega placa YZW-0208 (Apucarana) que era conduzido por Marcio de Souza, de 40 anos, e trafegava pela BR-376, próximo ao pontilhão da via férrea (Rodovia do Café), quando o carro ficou desgovernado e capotou.
Márcio morreu no local e uma mulher de nome Elizangela, de 37 anos, foi encaminhada ao Hospital da Providência em Apucarana, com ferimentos leves.
A ocorrência foi atendida pela equipe da Defesa Civil (Bombeiro Comunitário) de Jandaia do Sul e SAMU.
O corpo de Márcio foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Apucarana para exame de necropsia.





Bresser defende projeto de governo que una a nação em torno de Lula


Ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira avalia ser "pouco provável que empichem Temer. Preferirão mantê-lo, apesar da desmoralização que isto significa para eles e para todos nós, brasileiros"; "O essencial, então, é que nos preparemos para as eleições de 2018. Para isto, porém, não basta continuar a fazer forte oposição ao governo e à reforma trabalhista. É também necessário que discutamos um projeto de governo que possa unir a nação em torno de Lula", afirma
Luiz Carlos Bresser-Pereira, em seu Facebook
O que fazer?
Depois do TSE, que manteve Temer na presidência da República não obstante seu envolvimento direto e pessoal na corrupção, o que fazer? Os movimentos sociais e o PT insistem no impeachment de Temer e pedem eleições diretas. O que faz sentido, porque Temer está desmoralizado, e não tem condições mínimas de presidir o país; porque eleições indiretas para substituí-lo agravarão a crise ao invés de solucioná-la, dada a ilegitimidade radical de quem for assim eleito; e porque Lula provavelmente se elegerá se houverem eleições diretas antecipadas.

Mas é isto o que a direita liberal financeiro-rentista e o PSDB menos desejam. Por isso, é pouco provável que empichem Temer. Preferirão mantê-lo, apesar da desmoralização que isto significa para eles e para todos nós, brasileiros.
O essencial, então, é que nos preparemos para as eleições de 2018. Para isto, porém, não basta continuar a fazer forte oposição ao governo e à reforma trabalhista. É também necessário que discutamos um projeto de governo que possa unir a nação em torno de Lula.
Lula é o mais extraordinário líder político que o Brasil já teve depois de Getúlio Vargas. E já mostrou que tem todas as condições de governar o país de maneira equilibrada, defendendo os pobres e os trabalhadores, sem, para isto, precisar agredir a alta classe média e os ricos. Lula, porém, não mostrou ser capaz de tirar o Brasil da semiestagnação econômica em que o país está metido desde 1990. Nesse ano começou a implantação de um regime de política econômica liberal que, ao abrir a economia, desmontou o mecanismo que neutralizava a doença holandesa, e implicou uma apreciação cambial de longo prazo, apenas interrompida por crises financeiras. Desde então a indústria brasileira passou a sofrer uma grande desvantagem competitiva, que levou o país à desindustrialização e à semiestagnação.
Lula não soube enfrentar esse problema, porque os economistas que o assessoravam na época também não sabiam defini-lo e encontrar uma solução para ele. Nem eles, nem nenhum outro. Uma tarefa fundamental dos economistas e, mais amplamente, dos intelectuais brasileiros é discutir essa questão, para a qual já existe uma resposta; é definir como o Brasil poderá voltar a crescer e a melhorar o padrão de vida da população. E discutir essa questão com a sociedade brasileira, porque as políticas necessárias envolverão custos no curto prazo.
Em 2018 não bastará ganhar as eleições; é preciso, em seguida, mostrar que sabemos governar o país melhor do que os liberais financeiro-rentistas, e não apenas porque defendemos mais justiça social, mas também porque sabemos administrar melhor a economia brasileira.
Brasil 247


sábado, 10 de junho de 2017

Em nota duríssima STF reage à Ditadura Temer


Em nota dura, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, reagiu contra a denúncia de que Michel Temer teria usado a Abin para espionar a vida do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte; "Gravíssimo crime contra o STF", diz trecho do texto; segundo o portal Jota, Temer e o general Etchegoyen (GSI/Abin) ligaram ontem à noite para a ministra e disseram que não houve qualquer investigação sobre ministros do STF; Temer é rejeitado por mais de 90% dos brasileiros e está prestes a ser denunciado
247 - Em nota duríssima, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, reagiu contra a denúncia de que Michel Temer teria usado a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar a vida do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.
"É inadmissível a prática de gravíssimo crime contra o Supremo Tribunal Federal, contra a Democracia e contra as liberdades, se confirmada informação de devassa ilegal da vida de um de seus integrantes", diz o início do texto.
Segundo o portal Jota, Temer e o general Sérgio Etchegoyen, ministro do Gabinete de Segurança Institucional do Brasil (GSI) ligaram ontem à noite para a ministra e disseram que não houve qualquer investigação sobre ministros do STF.
Denúncia feita nesta sexta-feira pela revista Veja aponta que Temer teria acionado o serviço secreto "para bisbilhotar a vida do ministro com o objetivo de encontrar qualquer detalhe que possa fragilizar sua posição de relator da Lava-Jato".
Temer é rejeitado por mais de 90% dos brasileiros e está prestes a ser denunciado.
Confira a íntegra da nota do STF:


Moradores de Floripa fazem escracho em bairro frequentado por Aécio Neves: “Não suje a lagoa”


Em 2014, o agora senador afastado Aécio Neves, ex-presidente do PSDB, obteve em Santa Catarina a sua maior votação proporcional: 64,5% dos votos no segundo turno.
Em Brusque, no interior catarinense, teve 82,01% dos votos. Em Florianópolis, foram mais de 65% dos votos válidos.
Jovem, aparentemente dinâmico, casado com a gaúcha Letícia Weber, Aécio trocou alianças exatamente um ano antes do primeiro turno.
No ano eleitoral, o casal teve gêmeos.
The Piauí Herald chegou a brincar a respeito, depois da derrota de Aécio: “Me casei à toa”, lamenta Aécio Neves, numa referência às frequentes baladas em que o senador mineiro era visto com Alexandre Accioly, Ronaldo Fenômeno, Luciano Hulk e outros “intelectuais” da pesada.
O que pouca gente sabe é que Aécio frequenta — ou pelo menos frequentava — com alguma assiduidade a Lagoa da Conceição, em Floripa, de onde é a família de Letícia.
Foi visto na sacada do apartamento e frequentando restaurantes da região.
Para os catarinenses foi um imenso choque ver o outro lado do senador mineiro, revelado nas gravações feitas pelo empresário Joesley Batista ou nas interceptações telefônicas da Polícia Federal.
“Que atire a primeira pedra quem nunca se surpreendeu negativamente ou se decepcionou com um amigo. Não vou renegar minha relação de amizade com ele, nem mesmo em um momento tão negativo da sua vida”, afirmou Luciano Hulk a respeito do escândalo.
Cornificado politicamente pelo amigo, o ator Márcio Garcia, da Globo, desabafou: “Foi uma das maiores decepções da minha vida. Foi quase como se eu tivesse pego minha mulher na cama com outro”.
Ronaldo “A culpa não é minha, eu votei no Aécio” Fenômeno lamentou: “Em relação à vida política, o país vem sofrendo decepção atrás de decepção. O Brasil precisa de uma limpeza geral daqueles que não prestam. Estas pessoas deveriam deixar a vida pública”.
Aparentemente, a decepção chegou a Floripa e levou um grupo até agora anônimo a promover um escracho no entorno da lagoa da Conceição.
São dezenas de cartazes em postes e notas fake de real coladas no solo, pedindo entre outras coisas que o senador afastado “vá embora” ou pelo menos “não suje a lagoa”.
Há também menção, em nota de dois reais, à omissão de uma certa emissora durante toda a longa carreira do tucano, carreira que o levou de Minas ao Rio a Brasília e Florianópolis: “A Globo não te contou?”.
Um cartaz pergunta: “Quem é o primeiro a ser comido?”, numa referência à profética frase do enrolado senador Romero Jucá, que antecipou detalhadamente todo o desenrolar do golpe contra Dilma Rousseff e o desfecho num acordão, “com o STF, com tudo”.
Na semana que vem, o pleno do Supremo Tribunal Federal deverá julgar o pedido de prisão feito pela Procuradoria Geral da República contra Aécio, que atuou e continua atuando para embaraçar as investigações da Lava Jato. Tudo indica que ele continuará solto, mas não exatamente receberá as boas vindas se voltar à lagoa da Conceição.

Fonte: Viomundo

Gabriel Jesus sofre fratura no rosto e é cortado da seleção brasileira

Atacante fraturou a órbita esquerda, região da face que protege o olho, em choque com parceiro de equipe. Diego Souza será titular contra a Austrália
Lance que gerou a fratura do  

atacante brasileiro
Um novo exame realizado neste sábado (10), num hospital em Melbourne, detectou fratura na órbita esquerda de Gabriel Jesus. A órbita é uma cavidade no esqueleto da face que abrange uma estrutura óssea de proteção ao olho. O atacante foi cortado da seleção brasileira, que, nesta terça-feira, enfrentará a Austrália, às 7h05 (horário de Brasília).
Jesus foi atingido pelo zagueiro Otamendi nos minutos finais da derrota do Brasil por 1 a 0 pela Argentina. Curiosamente, ambos atuam no Manchester City, da Inglaterra.
Ao longo do dia, o médico Rodrigo Lasmar e o coordenador Edu Gaspar fizeram contatos com a diretoria do clube inglês para relatar o estado do jogador.
Logo depois do jogo, a CBF levou Gabriel Jesus a um hospital para fazer exames, e informou aos jornalistas que nenhuma fratura havia sido diagnosticada. No sábado, porém, uma nova avaliação foi feita e detectou a lesão.
Diego Souza será o substituto de Gabriel Jesus diante dos australianos. Tite não vai convocar outro jogador para o amistoso.
globoesporte.globo.com


Assaltantes invadem empresa no Parque Industrial Norte

(Foto - José Luiz Mendes)
Uma empresa localizada no Parque Industrial Norte de Apucarana foi invadida por dois bandidos na manhã da sexta-feira (09). De acordo com informações de testemunhas, os ladrões estavam armados com revólveres.
Cinco viaturas da Polícia Militar (PM) se mobilizaram para atender a ocorrência, no entanto ao chegarem no local, os assaltantes já tinham conseguido fugir em uma motocicleta.
Durante a ação foram levados dois celulares de funcionários e certa quantia em dinheiro (montante não foi informado).
Já na parte da tarde, uma troca de tiros próximo ao local do assalto mobilizou novamente a PM. Quatro homens ocupando um veículo VW Gol preto chegaram ao local e efetuaram disparos de arma de fogo. Na sequência o quarteto se evadiu. A PM realiza diligências no Parque Industrial Norte.
TN Online


Gilmar salva Temer e desmoraliza o TSE


Dois anos depois de lutar para que prosperasse a ação proposta pelo senador afastado Aécio Neves contra a presidente legítima Dilma Rousseff, quando as contas da campanha presidencial de 2014, já haviam sido aprovadas, o ministro Gilmar Mendes deu o voto de Minerva no julgamento que absolveu a chapa Dilma-Temer por 4 a 3; a mudança de posição se deve ao fato de o PSDB ter tomado o governo de assalto, nomeando quatro ministros; na decisão, Gilmar disse que deu força à ação "mas não para cassar mandato"; Temer foi salvo também por dois ministros que nomeou, Admar Gonzaga e Tarcísio Neto, além de Napoleão Nunes Maia Filho; charge de Latuff retrata a tragédia brasileira
247 - Dois anos depois de lutar para que prosperasse a ação proposta pelo senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) contra a presidente legítima Dilma Rousseff, quando as contas da campanha presidencial de 2014, já haviam sido aprovadas, o ministro Gilmar Mendes deu o voto de Minerva no julgamento que absolveu a chapa Dilma-Temer por 4 a 3 na noite desta sexta-feira no Tribunal Superior Eleitoral.
A mudança de posição se deve ao fato de o PSDB ter tomado o governo de assalto, nomeando quatro ministros. Em seu voto, Gilmar disse que deu força à ação, "mas não para cassar mandato". 
Antes de Gilmar, votaram pela cassação da chapa o relator do processo, ministro Herman Benjamin, e os ministros Luiz Fux e Rosa Weber. Votaram pela absolvição os ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Admar Gonzaga e Tarcísio Neto. Os dois últimos foram nomeados recentemente por Temer para o tribunal.
No retorno do julgamento nesta tarde, o vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino, apresentou um pedido para que o ministro Admar Gonzaga seja impedido de participar do julgamento. O motivo, segundo ele, é o fato de Gonzaga já ter atuado como advogado de Dilma Rousseff, ré no processo. Os ministros rejeitaram o pedido por unanimidade.
Rosa Weber vota pela cassação da chapa Dilma-Temer no TSE
André Richter - A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Rosa Weber votou hoje (9) a favor a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições de 2014. Com o voto da ministra, o placar da votação está empatado em 3 a 3. O voto de desempate será do presidente, Gilmar Mendes, presidente da Corte.
No voto, a ministra defendeu a inclusão das delações de ex-executivos da Odebrecht na análise da ação impetrada pelo PSDB, em 2014, e disse que fatos novos podem ser analisados pelo TSE.
A ministra adiantou seu voto logo no início da leitura de sua manifestação. Ao anunciar que acompanhava o entendimento do relator, ministro Herman Benjamin, ela classificou de "histórico" o voto dele.
Na sessão desta manhã, o relator Herman Benjamin votou pela cassação da chapa por abuso de poder político e econômico pelo recebimento de propina para financiar parte da campanha. Ele ponderou, no entanto, que os crimes atribuídos à chapa vencedora também foram praticados por outros partidos.
Até o momento, também votaram contra a cassação os ministros Admar Gonzaga, Napoleão Maia e Tarcísio Vieira. Luiz Fux votou com o relator pela cassação.
Fux diz que TSE precisa se posicionar e vota pela cassação da chapa Dilma-Temer
Ivan Richard Esposito - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luiz Fux votou hoje (9) pela cassação da chapa Dilma-Temer. O ministro concordou com a tese do relator, Herman Benjamin, de incluir na ação o conteúdo das delações premiadas de executivos da Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Com isso, o placar da votação passa a ser de 3x2 contra a cassação da coligação Com a Força do Povo.
Em seu voto, Fux citou afirmação do presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, de que "até as pedras sabem que o ambiente político hoje está severamente contaminado" e disse que o TSE precisa se posicionar. "A hora do resgate é agora".
"Ouvimos aqui de todo os integrantes que os fatos são gravíssimos, insuportáveis, revelam crimes gravíssimos. Me pergunto, como magistrado, será que se eu como magistrado que vou julgar uma causa, agora, com esse conjunto, com esse quadro sem retoques de ilegalidade, infrações, eu vou me sentir confortável usando um instrumento processual para não encarar a realidade? A resposta pra mim é absolutamente negativa", disse Fux.
Para o ministro, o direito e a realidade não podem ser "apartados" justamente no momento da decisão final. "Não teria a paz necessária que deve ter um magistrado se eu pudesse não enfrentar esses fatos", acrescentou.
"Acolho as conclusões fático-probatórias do relator, que ninguém conhece melhor o processo do que ele, acolho a sua afirmação dentre os ilícitos comprovados de propina-poupança. Também acolho a prática ilícita do pagamento para João Santana. Confirmo o voto de que propina foi distribuída pela SetBrasil, propina caixa dois na conta-corrente da Odebrecht", justificou o ministro.
TSE: Tarcísio Vieira é o terceiro a votar contra cassação da chapa Dilma-Temer
André Richter - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Tarcísio Vieira votou hoje (9) contra a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições de 2014. Com o voto dele, o placar da votação está em 3 a 1 pela absolvição da chapa. Faltam os votos de três ministros.
Em seu voto, Vieira entendeu que as delações de ex-executivos da Odebrecht não podem ser analisadas pela Corte porque não estavam na petição original do PSDB, de 2014, quando o partido entrou com a ação pedindo a cassação da chapa vencedora das eleições presidenciais daquele ano.
Sobras as provas que restaram, como outros depoimentos de delatores da Operação Lava Jato, que também citam repasses de propina para a chapa, Tarcísio Vieira disse que as evidências não são suficientes para concluir que os recursos desviados para o PT e PMDB abasteceram a campanha de 2014.
"Não houve qualquer confirmação categórica [de testemunhas] acerca da utilização de propina de contratos de empreiteiras vinculadas com a Petrobras na campanha de 2014", disse o ministro.
Na sessão desta manhã, o relator do processo, ministro Herman Benjamin, votou pela cassação da chapa por abuso de poder político e econômico pelo recebimento de propina para financiar parte da campanha. Ele ponderou, no entanto, que os crimes atribuídos à chapa vencedora também foram praticados por outros partidos.
Até o momento, também votaram contra a cassação os ministros Admar Gonzaga e Napoleão Maia. Os próximos a votar serão os ministros Luiz Fux, Rosa Weber e o presidente da Corte, Gilmar Mendes.
Admar Gonzaga vota contra a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE
Ivan Richard Esposito - Alegando falta de provas e descartando o conteúdo das delações dos executivos da Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônia Moura, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga votou há pouco contra a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições de 2014. Com isso, o placar da votação passa a ser de 2 votos contra e 1 a favor da cassação.
"Diante disso, à míngua de um contexto probatório contundente diante da gravidade sustentada, não reconheço a prática de abuso de poder em decorrência dos fatos em análise", disse Gonzaga em seu voto. "Não vislumbro a ocorrência de outros fatos que corroborem a destinação de fato abusivo", reforçou.
No início do seu voto, Admar Gonzaga criticou o pedido de suspeição dele feito pelo vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino. Para ele, o pedido é uma crítica aos advogados. "Não está em jogo aqui uma causa das eleições de 2010 que advoguei, e fiz com todo o esforço, e quando daqui sair, respeitada a quarentena, o farei novamente. Temos verificado essa astúcia de trazer, pouco antes da minha manifestação, uma espécie de constrangimento que eu não merecia. Esse comportamento tático não vai me constranger. Estou aqui revigorado para honrar os colegas [advogados] que estão aqui", disse o ministro, que representa a classe dos advogados na composição da Corte.
Aos recusar a utilização dos depoimentos de executivos da empreteira Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, Gonzaga alegou a preservação da segurança jurídica. "É preciso resguardar a segurança jurídica e política no exercício dos mandatos. É essencial conferir o mínimo de legitimidade aos exercentes do poder político, que não podem tomar decisões importantes com a espada de Dâmocles na cabeça, e uma espada que aumente de tamanho a cada dia", disse o ministro.
Gonzaga reconheceu que os depoimentos das delações tratam de "fatos gravíssimos que merecem apuração", mas que não podem ser tratados nesta ação, "em respeito à regra da congruência". "No Brasil de hoje [no contexto da Lava Jato], a cada vez que se mete a mão sai uma galinha. Mas tem que se reformular [a ideia] para o direito eleitoral. Pode sair a pena, mas tem que ser daquela galinha", disse em referência à peça inicial.
Na sequência da sessão, deverão votar os ministros Tarcisio Vieira, Rosa Weber, Luiz Fux, e o presidente do tribunal, Gilmar Mendes, caso a votação esteja empatada.
Napoleão Maia vota contra cassação da chapa Dilma-Temer no TSE
André Richter - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Napoleão Maia votou hoje (9) contra a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições de 2014. Com o voto do ministro, o placar da votação está empatado em 1 a 1. Faltam os votos de cinco ministros.
Em seu voto, Maia votou contra a inclusão das delações de executivos da Odebrecht no processo e disse que não há provas suficientes para comprovar que a campanha eleitoral usou recursos ilegais de propina para financiar a disputa. De acordo com o ministro, as provas são somente ilações.
"Se for aceito isso, abre um leque infinito de punições para todo mundo que foi eleito com essa poupança [propina]", disse.
O ministro também entendeu que, nos casos de processos eleitorais, as provas devem ser limitadas ao pedido inicial. Maia também ressaltou que garantir a defesa das partes não significa concordar com suas condutas. "O garantismo é uma coisa, a impunidade é outra".
Na sequência da sessão, deverão votar os ministros Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira, Rosa Weber, Luiz Fux, e o presidente do tribunal, Gilmar Mendes.
Na sessão desta manhã, o relator do processo, ministro Herman Benjamin, votou pela cassação da chapa por abuso de poder político e econômico pelo recebimento de propina para financiar parte da campanha. Ele ponderou, no entanto, que os crimes atribuídos à chapa vencedora também foram praticados por outros partidos.
TSE rejeita pedido para impedir ministro Admar de julgar chapa Dilma-Temer
André Richter - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou há pouco pedido do vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino, para impedir o ministro Admar Gonzaga de atuar no julgamento da ação na qual o PSDB pediu a cassação da chapa Dilma-Temer. Dino afirmou que Gonzaga atuou como advogado da campanha da ex-presidenta Dilma Rousseff antes de ser nomeado para o tribunal.
Após o pedido, a questão foi colocada em votação no plenário. Admar confirmou que não atuou como advogado da chapa e a suspeição foi rejeitada pela Corte. Após a deliberação, o presidente do TSE, Gilmar Mendes, acusou o Ministério Público Eleitoral (MPE) de não cumprir o princípio da lealdade processual e surpreender a Corte com o pedido.
Votação
Na sequência da sessão, deverão votar os ministros Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira, Rosa Weber, Luiz Fux e Gilmar Mendes. Na sessão desta manhã, o relator do processo, ministro Herman Benjamin, votou pela cassação da chapa por abuso de poder político e econômico pelo recebimento de propina para financiar parte da campanha. Ele ponderou, no entanto, que os crimes atribuídos à chapa vencedora também foram praticados por outros partidos.
Relator no TSE finaliza voto e pede cassação de chapa Dilma-Temer
Alex Rodrigues e Yara Aquino - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Herman Benjamin – relator do julgamento da ação em que o PSDB pede a cassação da chapa vencedora das eleições presidenciais de 2014 – concluiu a leitura de seu voto, ao decidir pela cassação da chapa presidencial Dilma Rousseff-Michel Temer. Segundo ele, houve abuso de poder econômico e político.
Concluída a leitura do voto do relator, o ministro Luiz Fux, substituindo o presidente da Corte, Gilmar Mendes interrompeu a sessão, que deve ser retomada por volta das 15 horas. Após o intervalo, os outros seis ministros começarão a proferir seus votos. A princípio, ficou acordado que cada ministro terá direito a 20 minutos de fala.
Após decidir sobre a cassação do mandato, a Corte definirá a possibilidade de tornar inelegíveis a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e o presidente Michel Temer (PMDB). Sobre a unicidade da chapa e o alcance de sua decisão sobre o mandato do atual presidente, Michel Temer, Benjamin disse que, "no Brasil, ninguém elege vice-presidente da República". "Elegemos uma chapa que está irmanada; fundida para o bem e para o mal", razão porque defende a aplicação da pena também a Temer", destacou.
Em seu voto, Herman Benjamin desconsiderou alguns indícios de práticas ilícitas que, embora segundo o próprio ministro, estejam comprovadas, não têm vínculos com a premissa inicial do processo. O ministro afastou o julgamento do pagamento de propina para a contratação de serviços para a construção da Usina Angra 3; a distribuição de propina na obra da Usina de Belo Monte e o pagamento, via caixa 2, dos serviços prestados pelo casal de publicitários João Santana e Mônica Moura.
Sobre quase todos esses pontos refutados, o ministro disse haver provas da prática de irregularidades, mas insuficientes para estabelecer uma relação direta entre a infração verificada e a petição inicialmente ajuizada pelo PSDB.
"Finalizo dizendo que tentei ser e me comportar como os ministros desta casa, os de hoje e os de ontem, e quero dizer que, tal qual cada um dos outros seis ministros que estão nessa bancada comigo, eu, como juiz, recuso o papel de coveiro de prova viva. Posso até participar do velório, mas não carrego o caixão", declarou Benjamin.
Para o relator, a chapa Dilma-Temer incorreu na prática de abuso de poder político e econômico ao receber propina da construtora Odebrecht por contratos assinados com a Petrobras e pagar as contas da campanha eleitoral de 2014 com esses recursos, conforme mostrou as investigações da Operação Lava Jato. Entre os gastos pagos com os recursos ilícitos estariam o tempo de rádio e televisão para divulgação de propaganda eleitoral da chapa Com a Força do Povo, em 2014.
"A consideração conjunta das provas confere segurança a esse relator para considerar comprovado o episódio da compra de tempo de TV dos partidos políticos para a campanha majoritária da coligação Com a Força do Povo, em 2014, o que, sem dúvida, configura, a meu juízo, flagrante abuso de poder econômico", disse o ministro. "Não importa se os recursos foram efetivamente para a compra do tempo de rádio e televisão. O que importa é que esses recursos foram pedidos e recebidos de forma ilícita; que houve uma triangulação comprovada, por caixa 2, em pleno período eleitoral entre partidos integrantes da coligação Com a Força do Povo."