Evento que debate resistência ao
fascismo é uma das ações de resposta ao deputado federal
O deputado federal Jair Bolsonaro é conhecido
por declarações racistas e homofóbicas
(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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A visita do
deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) a Londrina nesta quinta-feira (25) tem
agitado a cidade. O parlamentar é conhecido por posições preconceituosas contra
negros, indígenas, mulheres, lésbicas, gays e transexuais. A agenda de
Bolsonaro na cidade prevê um pronunciamento na Câmara Municipal e participação
em atividades com empresários, além de compromissos em Maringá. Fernando
Francischini (SD), deputado federal paranaense também conhecido pelo
conservadorismo, acompanha o visitante nas duas cidades.
Como
forma de contrapor a visita de Bolsonaro, coletivos organizam atividades e
mobilizações entre os dias 24 e 25. Um ato em frente à Câmara de Vereadores e
outro no Calçadão da Avenida Paraná ocorrem na tarde da quinta-feira.
Durante
a noite, será realizado o debate ‘Para não dizer que não falei das flores’, que discute
questões como raça, gênero, criminalização e repressão dos movimentos sociais.
A discussão será realizada às 19h, no Canto do Marl (Movimento dos Artistas de
Rua de Londrina).
Integrante
do Coletivo Mobiliza Londrina, que contribui na organização do evento, Josemar
Lucas explica que a atividade é uma contrapartida ao crescimento do fascismo e
da extrema direita na cidade. Um dos vereadores de Londrina, por exemplo, é
integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) e apoiador de Bolsonaro. Segundo
ele, o debate dialoga com pessoas que entendem que os movimentos sociais – como
o movimento negro, LGBT, indígena e feminista - são importantes para a sociedade.
“Isso é justamente o que os fascistas e o MBL vêm atacando”, explica.
Histórico de preconceito
Em
2015, o deputado foi condenado a pagar R$ 150 mil ao Fundo de Defesa dos
Direitos Difusos, após declarações homofóbicas. Em abril deste ano, parlamentares
e movimentos sociais também protocolaram uma representação contra Bolsonaro na
Procuradoria-Geral da República, pelo crime de racismo.
Além
disso, o deputado é réu em duas ações penais por apologia ao
crime de estupro e injúria contra a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).
Em 2014, o parlamentar declarou na Câmara dos Deputados que não estupraria a
deputada gaúcha, porque ela "não merece".
Serviço
Debate
| Pra não dizer que não falei das flores: Resistência ao fascismo e seus
representantes
Data: 25 de maio de 2017, às 19h
Local: Canto do Marl
Avenida Duque de Caxias, 3241 - Londrina
Data: 25 de maio de 2017, às 19h
Local: Canto do Marl
Avenida Duque de Caxias, 3241 - Londrina
Fonte: Brasil de Fato