Mais uma pesquisa mostra a liderança isolada de Luiz Inácio
Lula da Silva na corrida presidencial de 2018; uma pesquisa Ibope inédita
indica que o petista é o presidenciável com maior potencial de voto entre
os nove nomes testados pelo instituto: pela primeira vez desde 2015, os
eleitores que dizem que votariam nele com certeza (30%) ou que poderiam votar
(17%) se equivalem aos que não votariam de jeito nenhum (51%), considerada a
margem de erro; desde o golpe que destituiu Dilma Rousseff, há um ano, a rejeição
a Lula já caiu 14 pontos; enquanto isso, a popularidade dos tucanos não para de
cair; os três desde outubro de 2015, a soma dos que votariam com certeza ou
poderiam votar em Aécio Neves despencou de 41% para 22%; o potencial de José
Serra caiu de 32% para 25%, e o de Geraldo Alckmin foi de 29% para 22%; os três
tucanos aparecem na pesquisa com taxas de rejeição superiores à de Lula: 62%,
58% e 54%, respectivamente
247 - O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva segue como favorito na disputa pelo Planalto em 2018.
Pesquisa
inédita do Ibope mostra que Lula (PT) voltou a ser o presidenciável com maior
potencial de voto entre nove nomes testados pelo instituto. Pela primeira vez
desde 2015, os eleitores que dizem que votariam nele com certeza (30%) ou que
poderiam votar (17%) se equivalem aos que não votariam de jeito nenhum (51%),
considerada a margem de erro. Desde o impeachment de Dilma Rousseff, há um ano,
a rejeição a Lula caiu 14 pontos.
As
informações são de reportagem de Daniel Bramatti e José Roberto Toledo no Estado de S.Paulo.
"Os
três principais nomes do PSDB, por sua vez, viram seu potencial de voto
diminuir ao longo do último ano e meio. Desde outubro de 2015, a soma dos que
votariam com certeza ou poderiam votar em Aécio Neves despencou de 41% para
22%. O potencial de José Serra caiu de 32% para 25%, e o de Geraldo Alckmin foi
de 29% para 22%. Os três tucanos têm aparecem na pesquisa com taxas de rejeição
superiores à de Lula: 62%, 58% e 54%, respectivamente.
O
Ibope testou pela primeira vez o potencial do prefeito de São Paulo, João
Doria, em uma eleição para presidente. Embora seja muito menos conhecido do que
seus colegas de PSDB (44% de desconhecimento, contra 24% de Alckmin e 16% de
Serra e Aécio), Doria tem 16% de eleitores potenciais (6% votariam com
certeza). Mas sua vantagem é ter uma rejeição muito menor que a dos concorrentes
dentro do partido: 36%.
Principal adversário de Dilma na última disputa presidencial, Aécio sofre
desgaste até nos segmentos em que foi vitorioso. Desde outubro de 2015, seu
potencial de voto no eleitorado de renda mais alta (acima de cinco salários
mínimos) caiu de 44% para 26%. Na região Sudeste, um de seus redutos, a taxa
caiu de 42% para 23%.
Assim
como os nomes tradicionais do PSDB, a presidenciável Marina Silva sofreu
redução de potencial de voto e aumento da rejeição. Agora, um terço dos
eleitores a indicam como possível opção – eram 39% em 2015 e há um ano.
A
pesquisa foi feita antes de vir a público a lista do ministro Edson Fachin, do
Supremo Tribunal Federal, com as delações de executivos da Odebrecht que
acusaram o ex-presidente de corrupção, junto com dezenas de outros políticos.
Se a divulgação das denúncias prejudicou a imagem de Lula (e de outros
denunciados), não houve tempo de isso ser captado pelo Ibope."