A divulgação da lista de inquéritos de Edson Fachin mostra que Ciro Gomes e seus correligionários do PDT não estão incluídos nesta rodada; as delações da OAS ainda estão por ser homologadas e ainda há investigações sob sigilo, mas, até agora, Ciro é o presidenciável menos afetado pela lista de escândalos da Odebrecht
Os ex-ministros Ciro
Gomes e Marina Silva são, nesta ordem, os presidenciáveis menos afetados pela
lista do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin. O relator da
Lava-Jato no STF determinou abertura de inquérito contra 108 alvos, sendo 9
ministros do governo Michel Temer, 29 senadores e 42 deputados federais.
As
informações são de reportagem do Valor.
"Ciro
Gomes e seus correligionários do PDT não estão incluídos nesta rodada de inquéritos.
As delações da OAS ainda estão por ser homologadas e ainda há investigações sob
sigilo. As citações referentes ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
foram remetidas ao Superior Tribunal de Justiça. Ainda que o governador possa
vir a ser beneficiado pela resistência da Assembleia Legislativa a autorizar
investigação, o PSDB de Alckmin divide com o PMDB a condição de bancada com o
maior número de investigados no Senado.
Mais da
metade dos senadores de ambos os partidos serão investigados pelo Supremo,
entre eles dois ex-candidatos tucanos à Presidência da República, Aécio Neves e
José Serra. A expectativa de que Alckmin venha a ser denunciado na Lava-Jato é
o principal combustível das articulações em torno da eventual candidatura do
prefeito tucano de São Paulo, João Dória Jr.
Nem mesmo o
decano do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ficou de fora das
deliberações de Fachin, que remeteu à Justiça Federal de São Paulo as
investigações relativas a doações não contabilizadas nas campanhas do tucano na
década de 1990.
A entrada das
campanhas da década de 1990 no radar das investigações ainda pode resvalar no
ex-ministro Ciro Gomes, ainda que nenhuma informação nesse sentido tenha sido
revelada. O ex-ministro foi duas vezes candidato à Presidência da República, em
1998 e 2002.
O Rede de
Marina Silva não tem parlamentares incluídos na lista de Fachin, o que pode vir
a facilitar seu discurso de candidata dissociada da política tradicional. A
ex-ministra, ao contrário de Ciro Gomes, no entanto, ainda não assumiu a
disposição de se candidatar à Presidência em 2018."
Brasil 247