LULA DISPARA E LIDERA PESQUISA COM 30,5%
Perseguição judicial, que ficou escancarada com
a decisão de ontem do Supremo Tribunal Federal, não foi suficiente para
derrubar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; pesquisa CNT/MDA mostra que
Lula lidera a preferência do eleitor brasileiro, com 30,5% de intenções de
voto; a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o deputado Jair Bolsonaro (PSC)
brigam pelo segundo lugar, com 11,8% e 11,3%, respectivamente; senador Aécio
Neves (PSDB), articulador do golpe, aparece em terceiro, com 10,1%; Ciro Gomes
(PDT) vem em quarto lugar, com 5%; Michel Temer tem apenas 3,7% de intenções;
Lula lidera em todos os cenários para primeiro turno
A
pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta quarta-feira, 15, confirma os motivos da
caçada judicial contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Perseguição que ficou escancarada com a decisão de ontem do Supremo
Tribunal Federal, não foi suficiente para derrubar o ex-presidente.
Segundo
a pesquisa, Lula está na liderança na preferência do eleitor brasileiro, com
30,5% de intenções de voto. A ex-senadora Marina Silva (Rede) e o deputado Jair
Bolsonaro (PSC) brigam pelo segundo lugar, com 11,8% e 11,3%, respectivamente.
Senador
Aécio Neves (PSDB), articulador do golpe, aparece em terceiro, com 10,1%. Ciro
Gomes (PDT) vem em quarto lugar, com 5%; Michel Temer tem apenas 3,7% de
intenções.
Lula
lidera em todos os três cenários propostos para o primeiro turno com
percentuais de 30,5% a 32,8%. Marina Silva e Jair Bolsonaro aparecem nos três
cenários, enquanto Aécio Neves e Geraldo Alckmin são apontados como candidatos
do PSDB. Marina, Bolsonaro, Aécio e Alckmin aparecem empatados tecnicamente,
pela margem de erro, em todos os cenários. Marina varia entre 11,8% a 13,9%.
Bolsonaro vai de 11,3% a 12%. Aécio varia de 10,1% a 12,1%. Alckmin tem 9,1% no
cenário em que seu nome foi apresentado.
Rejeição a Temer aumenta
A mesma pesquisa CNT/MDA
mostra que a aprovação de Michel Temer caiu para 10,3%, ante 14,6% em outubro
de 2016. Já a avaliação negativa do governo subiu de 36,7% para 44,1%. A
desaprovação do modo de governar de Temer passou de 51,4% para 62,4%.
Aumento
da rejeição a Temer e Lula liderando preferência do eleitor mostram que o
brasileiro de fato está com saudade da era Lula. Segundo pesquisa da Fundação
Getúlio Vargas, feita em 2010, o período de junho de 2003 a julho de 2008 foi a
fase de maior expansão para a economia brasileira dos últimos 30 anos.
Dados
considerados a partir de 1980 mostram que o bom desempenho da economia começou
seis meses após a posse do presidente Lula e se prolongou por 61 meses. O
segundo melhor período foi entre fevereiro de 1987 e outubro de 1988, na gestão
do ex-presidente José Sarney.
De
acordo com o estudo, nas três décadas analisadas, o Brasil passou por oito
ciclos de negócios entre intervalos de fases boas e ruins. Os períodos
recessivos duraram, em média, 15,8 meses e os de expansão, 28,7 meses.
Confira os números
133ª Pesquisa CNT/MDA, realizada
de 8 a 11 de fevereiro de 2017 e divulgada pela Confederação Nacional
do Transporte (CNT), mostra a avaliação dos índices de popularidade do governo
e pessoal do presidente Michel Temer. Mede ainda a expectativa da população em
relação ao emprego, à renda, à saúde, à educação e à segurança pública.
Esta edição aborda também alguns cenários para a eleição presidencial de 2018 e traz a opinião dos entrevistados sobre questões relativas à corrupção, internet e redes sociais. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 138 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.
Avaliação do governo
Desempenho pessoal do presidente
Federal: A avaliação do governo do presidente Michel
Temer é positiva para 10,3% dos entrevistados, contra 44,1% de
avaliação negativa. Para 38,9%, a avaliação é regular e 6,7% não
souberam opinar. A aprovação do desempenho pessoal do presidente atinge 24,4% contra 62,4% de
desaprovação, além de 13,2% que não souberam opinar.
Estadual: 3,4% avaliam o governador de seu
Estado como ótimo. 24,4% como bom, 35,1% como
regular, 13,2% como ruim e 19,3% como
péssimo.
Municipal: 8,5% avaliam o prefeito de sua
cidade como ótimo. 33,9% como bom, 22,6% como
regular, 6,9% como ruim e 9,4% como péssimo.
Expectativa (para os próximos 6
meses)
Emprego: vai
melhorar: 31,3%, vai piorar: 30,6%, vai ficar
igual: 35,9%
Renda mensal: vai
aumentar: 23,6%, vai diminuir: 19,1%, vai ficar
igual: 53,7%
Saúde: vai
melhorar: 25,7%, vai piorar: 34,8%, vai ficar
igual: 38,0%
Educação: vai
melhorar: 28,9%, vai piorar: 28,0%, vai
ficar igual: 40,8%
Segurança pública: vai
melhorar: 20,4%, vai piorar: 46,6%, vai ficar
igual: 31,6%
CONJUNTURAIS
·
Eleição
presidencial 2018
1º turno: Intenção de voto espontânea
Lula: 16,6%
Jair Bolsonaro: 6,5%
Aécio Neves: 2,2%
Marina Silva: 1,8%
Michel Temer: 1,1%
Dilma Rousseff: 0,9%
Geraldo Alckmin: 0,7%
Ciro Gomes: 0,4%
Outros: 2,0%
Branco/Nulo: 10,7%
Indecisos: 57,1%
1º turno: Intenção de voto estimulada
CENÁRIO 1: Lula 30,5%, Marina Silva 11,8%, Jair Bolsonaro 11,3%, Aécio Neves 10,1%, Ciro Gomes 5,0%, Michel Temer 3,7%, Branco/Nulo 16,3%, Indecisos 11,3%
CENÁRIO 2: Lula 31,8%, Marina Silva 12,1%, Jair Bolsonaro 11,7%, Geraldo Alckmin 9,1%, Ciro Gomes 5,3%, Josué Alencar 1,0%, Branco/Nulo 17,1%, Indecisos 11,9%
CENÁRIO 3: Lula 32,8%, Marina Silva 13,9%, Aécio Neves 12,1%, Jair Bolsonaro 12,0%, Branco/Nulo 18,6%, Indecisos 10,6%
2º turno: Intenção de voto estimulada
CENÁRIO 1: Lula 39,7%, Aécio Neves 27,5%, Branco/Nulo: 25,5%,
Indecisos: 7,3%
CENÁRIO 2: Aécio Neves 34,1%, Michel Temer 13,1%, Branco/Nulo: 39,9%,
1º turno: Intenção de voto espontânea
Lula: 16,6%
Jair Bolsonaro: 6,5%
Aécio Neves: 2,2%
Marina Silva: 1,8%
Michel Temer: 1,1%
Dilma Rousseff: 0,9%
Geraldo Alckmin: 0,7%
Ciro Gomes: 0,4%
Outros: 2,0%
Branco/Nulo: 10,7%
Indecisos: 57,1%
1º turno: Intenção de voto estimulada
CENÁRIO 1: Lula 30,5%, Marina Silva 11,8%, Jair Bolsonaro 11,3%, Aécio Neves 10,1%, Ciro Gomes 5,0%, Michel Temer 3,7%, Branco/Nulo 16,3%, Indecisos 11,3%
CENÁRIO 2: Lula 31,8%, Marina Silva 12,1%, Jair Bolsonaro 11,7%, Geraldo Alckmin 9,1%, Ciro Gomes 5,3%, Josué Alencar 1,0%, Branco/Nulo 17,1%, Indecisos 11,9%
CENÁRIO 3: Lula 32,8%, Marina Silva 13,9%, Aécio Neves 12,1%, Jair Bolsonaro 12,0%, Branco/Nulo 18,6%, Indecisos 10,6%
2º turno: Intenção de voto estimulada
CENÁRIO 1: Lula 39,7%, Aécio Neves 27,5%, Branco/Nulo: 25,5%,
Indecisos: 7,3%
CENÁRIO 2: Aécio Neves 34,1%, Michel Temer 13,1%, Branco/Nulo: 39,9%,
·
Indecisos: 12,9%
CENÁRIO 3: Aécio Neves 28,6%, Marina Silva, 28,3%, Branco/Nulo: 31,9%,
Indecisos: 11,2%
CENÁRIO 4: Lula 42,9%, Michel Temer 19,0%, Branco/Nulo: 29,3%,
Indecisos: 8,8%
CENÁRIO 5: Marina Silva 34,4%, Michel Temer 16,8%, Branco/Nulo: 35,2%,
Indecisos: 13,6%
CENÁRIO 6: Lula 38,9%, Marina Silva 27,4%, Branco/Nulo: 25,9%,
Indecisos: 7,8%
CENÁRIO 3: Aécio Neves 28,6%, Marina Silva, 28,3%, Branco/Nulo: 31,9%,
Indecisos: 11,2%
CENÁRIO 4: Lula 42,9%, Michel Temer 19,0%, Branco/Nulo: 29,3%,
Indecisos: 8,8%
CENÁRIO 5: Marina Silva 34,4%, Michel Temer 16,8%, Branco/Nulo: 35,2%,
Indecisos: 13,6%
CENÁRIO 6: Lula 38,9%, Marina Silva 27,4%, Branco/Nulo: 25,9%,
Indecisos: 7,8%
·
Corrupção
·
Ao comparar a ocorrência de
corrupção no governo de Michel Temer com o de Dilma Rousseff, 48,8% consideram
que o nível de corrupção é igual nos dois governos. Para 31,5%, havia
mais corrupção no governo de Dilma, e 16,1% acham que há mais
corrupção no governo de Michel Temer.
·
40,1% dos entrevistados avaliam que o combate
à corrupção é igual nos governos Michel Temer e Dilma Rousseff. 27,3% consideram
que o combate é maior no governo Temer, e 24,2% apontam que
esse combate era maior no governo Dilma. Nos últimos cinco anos, o combate
à corrupção no Brasil aumentou, na avaliação de 71,8% dos
entrevistados. Para 22,4%, permaneceu igual.
·
Para 46,8%, a corrupção
no Brasil está maior agora do que no passado. 39,9% acham
que está igual ao que sempre foi, e 11,1% consideram que está
menor.
·
Sobre o registro de corrupção nos
três níveis de Poder, a maior parte dos entrevistados (33,3%) considera
que é igual. Para 23,7%, a maior ocorrência se dá Legislativo,
seguido do Executivo (19,4%) e do Judiciário (10,2%).
·
Em relação aos níveis de
governo, 47,4% consideram que há mais corrupção no
Federal. Para 30,9%, é igual nos três níves. Já 7,9% acham
que é maior no estadual e 6,9%, no municipal.
·
Para 54,7%, a
maioria dos brasileiros pratica corrupção. 37,9% consideram
que somente algumas pessoas praticam e 6,1% acham que o
brasileiro não pratica corrupção.
·
A corrupção no Brasil está
relacionada, principalmente, aos políticos, na avaliação de 58,6% dos
entrevistados. Já 25,1% citam a população e 4,2%,
os empresários.
·
Sobre as formas de se acabar ou
diminuir com a corrupção, os entrevistados consideram: denunciar práticas de
corrupção (41,2%), votar em políticos que não sejam corruptos (36,9%), deixar
de praticar pequenos atos de corrupção (25,8%), apoiar
manifestações contra corrupção (20,4%).
·
Para 91,0%, não existe partido
político brasileiro livre de corrupção. Outros 5,7% consideram
que existe partido político sem corrupção. Nesse grupo, eles citam: PSOL (7,8%), PMDB (7,8%), PT (7,0%), PV (6,1%), PSDB (4,3%), REDE (2,6%), Novo (2,6%), PC
do B (1,7%).
·
Sobre as investigações que estão
ocorrendo no âmbito da operação Lava Jato, 89,3% têm
acompanhado ou já ouviram falar. Entre eles, 39,6% acham que vai
diminuir pouco a corrupção e 28,5% avaliam que a Lava Jato vai
diminuir muito a corrupção. Para 23,6%, vai ficar igual
e 4,9% consideram que a Lava Jato vai acabar com a corrupção.
·
Internet,
redes sociais
·
73,9% dos entrevistados utilizam computador, notebook,
tablet ou smartphone. Entre eles, a maioria (92,0%) usa
celulares/smartphones.
·
70,8% disseram usar a Internet. Entre eles, 78,8% acessam
diariamente e 17,2% somente alguns dias da semana. Em relação
à finalidade do uso, 64,9% acessam as redes sociais e 51,2% buscam
notícias.
·
Entre os tipos de equipamentos
utilizados para o acesso à internet, os entrevistados citaram: celulares (85,6%),
computadores/desktop (28,9%), notebooks (21,3%) e tablets (5,9%). 76,6% costumam
acessar a internet em casa e 27,4% no trabalho.
·
Entre as redes que mais utilizam para
acessar a Internet, foram citadas: rede fixa (assinatura via internet fixa /
WiFi) 69,7% / rede móvel (via pacote de dados) 52,5% /
redes públicas (restaurantes, lojas, etc.) 6,4%
·
49,5% não prestam atenção nas propagandas
veiculadas na Internet. Já 29,2% prestam atenção, embora
considerem que não sejam melhores que as da TV, rádio, revistas e jornais.
E 19,7% disseram prestar atenção e consideram as propagandas
melhores.
·
Sobre as redes sociais que utilizam,
os entrevistados citaram: Whatsapp (87,1%), Facebook (78,3%),
YouTube (33,7%), Twitter (11,6%), Instagram (2,6%).
·
80,2% acreditam apenas algumas vezes nas
informações que leem ou veem na Internet, e 78,5% acreditam
algumas vezes no que leem e veem nas redes sociais.
·
O Google é citado por 56,5% dos
entrevistados como o meio em que mais confiam nas informações. Em seguida,
aparecem Whatsapp (17,2%) e Facebook (12,4%). Quando querem
conferir alguma informação, 50,5% utilizam a Internet e 41,3% conversam
com as pessoas.
·
Em relação a crianças usarem Internet
e redes sociais, 50,1% são contra e 25,3% são a
favor, enquanto que 21,1% se consideram indiferentes. A
maioria (58,0%) acha que a Internet tem má influência na formação
de crianças e 17,6% avaliam que não interfere. Entre os
entrevistados com filhos ou dependentes, 37,8% sempre
monitoram as ações deles.
·
Em relação à opinião sobre o uso da
Internet nos estudos/trabalho/formação pessoal/profissional, 65,9% afirmam
que ajuda, mas é preciso saber usar.
·
50,4% já acessaram algum site de governo.
Para 80,2%, os governos deveriam usar mais a Internet para auxiliar
a população no acesso a serviços e 80,6% consideram que os
governos deveriam usar mais as mídias sociais para interagir com a população.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Os resultados da 133ª Pesquisa
CNT/MDA mostram percepção negativa sobre o Governo Michel Temer. A intenção de
voto para a eleição presidencial em 2018 indica liderança do ex-presidente Lula
nos cenários de primeiro e segundo turnos. Nota-se, ainda, aumento nos
percentuais para Jair Bolsonaro.
A pesquisa mostra que o cenário eleitoral ainda permanece indefinido, com elevado percentual de eleitores indecisos ou que votariam em branco ou nulo, o que favorece o surgimento de novas lideranças políticas e de propostas.
O nível de conhecimento da população sobre a operação Lava Jato permanece elevado, com crença de que ela será capaz de reduzir a corrupção no país. Percebe-se também que o combate a esse problema vem avançando nos últimos anos. Grande parte da população associa a corrupção aos políticos, embora haja percepção de que a maioria dos brasileiros, em geral, também a pratica.
A maioria da população utiliza fortemente a internet, sendo mais da metade, todos os dias, especialmente para o acesso a redes sociais e para se informar de notícias. Há, ainda, preocupação em relação ao uso e benefício da internet por crianças. O dispositivo mais utilizado para acesso à internet é o celular/smartphone.
FONTE: BRASIL 247 E CNT/MDA
A pesquisa mostra que o cenário eleitoral ainda permanece indefinido, com elevado percentual de eleitores indecisos ou que votariam em branco ou nulo, o que favorece o surgimento de novas lideranças políticas e de propostas.
O nível de conhecimento da população sobre a operação Lava Jato permanece elevado, com crença de que ela será capaz de reduzir a corrupção no país. Percebe-se também que o combate a esse problema vem avançando nos últimos anos. Grande parte da população associa a corrupção aos políticos, embora haja percepção de que a maioria dos brasileiros, em geral, também a pratica.
A maioria da população utiliza fortemente a internet, sendo mais da metade, todos os dias, especialmente para o acesso a redes sociais e para se informar de notícias. Há, ainda, preocupação em relação ao uso e benefício da internet por crianças. O dispositivo mais utilizado para acesso à internet é o celular/smartphone.
FONTE: BRASIL 247 E CNT/MDA