Juiz
Moro ouve hoje testemunhas de Lula no caso do tríplex do Guarujá
Ex ministros Alexandre Padilha e Ricardo Berzoini devem estar entre os interrogados na Justiça Federal do Paraná
O segundo dia de audiências com testemunhas de defesa do processo penal
da Lava Jato que tem o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) como um dos réus será realizado nesta sexta-feira (10), em Curitiba, na sede da Justiça Federal do Paraná, por videoconferência com a Justiça de
São Paulo e Rio de Janeiro. O processo penal envolve o caso do triplex em Guarujá, no litoral de São
Paulo.
Entre as testemunhas que devem ser interrogadas
pelo juiz Sérgio Moro estão
os ex-ministros Alexandre Padilha, Ricardo Berzoini e Luiz Fernando Furlan,
arrolados pela defesa de Lula.
As audiências serão
realizadas em dois horários – às 9h30 e às 14h. Lula foi dispensado de participar de todas as oitivas.
Além do ex-presidente, outras seis pessoas também
são rés na mesma ação. A esposa de Lula, Marisa Letícia, que morreu na sexta-feira (3), também
era ré nesta ação penal.
A denúncia foi aceita em setembro do ano passado e abrange três contratos da OAS com a
Petrobras. As acusações são de que R$ 3,7 milhões em propinas foram pagas a
Lula. Para os procuradores do Ministério Público Federal (MPF), a propina se
deu por meio da reserva e reforma do apartamento triplex, em Guarujá, e do
custeio do armazenamento de seus bens.
Lula responde por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro nesta ação penal, que é a segunda a qual ele responde pela Lava Jato.
As oitivas com as testemunhas de defesa devem se
estender até março deste ano. Ao todo, 70 pessoas incluindo outros réus que
respondem à esta mesma ação penal, foram arroladas.
FHC foi ouvido ontem
O primeiro dia das audiências de defesa foi realizado nesta quinta-feira (9) e
teve como uma das testemunhas o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso,
arrolado pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, em processo da Lava
Jato. Ao ser questionado se tinha conhecimento de possível esquema de cartel na
Petrobras, disse que “o presidente da República não sabe de tudo que acontece”. Com informações do G1 Paraná