terça-feira, 25 de junho de 2024

Aprovação de Lula se mantém forte em São Paulo, aponta pesquisa

 

Levantamento do instituto Paraná Pesquisas foi realizado entre os dias 19 e 24 de junho

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 Levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta terça-feira (25) mostra que a aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manteve estável na cidade de São Paulo, oscilando dentro da margem de erro, de 2,6 pontos percentuais.

A pesquisa, realizada entre os dias 19 e 24 de junho, aponta que o terceiro mandato do presidente Lula tem 49% de aprovação e 46,9% de desaprovação dos paulistanos. Em maio, os resultados eram de 50,5% e 45,7%, respectivamente.

Segundo o levantamento, 36,2% dos eleitores avaliam a atuação do governo federal como ‘ótima ou boa’, e 25,3% que indicam classificação ‘regular’. Já a avaliação ‘ruim ou péssima’ foi apontada por 37,2% dos respondentes. Os dados também oscilaram dentro da margem de erro.

Fonte: Brasil 247

 

Lula se reúne com ministros para discutir novo Plano Safra, que pode passar de R$ 510 bilhões

 

Presidente se reúne com os ministros da Fazenda, Agricultura e Desenvolvimento Agrário nesta terça-feira. Plano deverá ser lançado na próxima semana

Lula
Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Paulo Whitaker/Reuters)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta terça-feira (25) com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlo Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) para decidir o valor final do Plano Safra 2024/25. Integrantes do governo ouvidos pela CNN Brasil teriam dito que o valor final do Plano Safra deve ultrapassar os R$ 510 bilhões, ante aos R$ 435,8 bilhões disponibilizados no ano passado. 

Ainda conforme a reportagem, entidades representativas do agronegócio sugeriram ao governo um valor total de R$ 570 bilhões, sendo R$ 470 bilhões destinados a médios e grandes produtores e R$ 100 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). As solicitações das pastas de Agricultura e Desenvolvimento Agrário foram de R$ 452 bilhões e R$ 80 bilhões, respectivamente. No entanto, membros da equipe econômica indicaram que as demandas poderão não ser atendidas na totalidade. 

O novo plano deve manter requisitos para práticas de produção ambientalmente sustentáveis, incluindo a redução das taxas de juros para projetos de recuperação de pastagens e incentivos para produtores que adotem práticas agropecuárias mais sustentáveis. A discussão sobre o seguro rural também está em pauta, especialmente após a recente tragédia ambiental que afetou o Rio Grande do Sul. 

Inicialmente, o ministro Carlo Fávaro havia anunciado, via rede social, que o lançamento do Plano Safra ocorreria em Rondonópolis, Mato Grosso, com o objetivo de aproximar o presidente Lula do setor do agronegócio em uma região onde Jair Bolsonaro (PL) possui alta aprovação. Contudo, o evento foi cancelado e o lançamento será realizado em Brasília, no Palácio do Planalto. Conforme noticiou a Reuters, o lançamento ocorrerá na próxima semana.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

 

Mercado de bioinsumos agrícolas do Brasil cresce 15% na safra 23/24, aponta pesquisa

 

Estimativa considera todos os segmentos: controle de pragas e doenças, inoculantes, bioestimulantes e solubilizadores. Levantamento apontou ainda vendas de R$ 5 bilhões no país

Colheita de soja em Ponta Grossa, Paraná
Colheita de soja em Ponta Grossa, Paraná (Foto: RODOLFO BUHRER / REUTERS)

Reuters - O mercado brasileiro de bioinsumos agrícolas teve crescimento estimado em 15% na safra 2023/24, de acordo com uma pesquisa da Blink/CropLife Brasil, que apontou ainda vendas de 5 bilhões de reais no país, considerando o preço final para o agricultor.

A estimativa considera todos os segmentos: controle de pragas e doenças, inoculantes, bioestimulantes e solubilizadores.

Enquanto produtores buscam práticas agrícolas mais sustentáveis e com menor pegada de carbono, o mercado brasileiro de bioinsumos registrou crescimento anual de 21% nos últimos três anos, quatro vezes acima da média global, segundo a CropLife.

A associação, que reúne especialistas, instituições e empresas que atuam na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias agrícolas, nas áreas de germoplasma (mudas e sementes), biotecnologia, defensivos químicos e produtos biológicos, apontou ainda que os bioinseticidas tiveram em 2023 representatividade de 34% no mercado brasileiro, seguido pelos bionematicidas (24%) e biofungicidas (22%), enquanto os bioinoculantes e solubilizadores responderam por 19%, segundo o levantamento.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

Governo adia anúncio do Plano Safra para próxima semana

 

Decisão foi tomada após reunião do presidente Lula com ministros, incluindo Carlos Fávaro, da Agricultura, e Fernando Haddad, da Fazenda

(Foto: Reuters/Enrique Marcarian)

Reuters - O governo federal adiou para a próxima semana o anúncio do Plano Safra 2024/2025, que estava inicialmente previsto para ser lançado nesta semana, informou o Palácio do Planalto nesta terça-feira.

A decisão foi tomada após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros, incluindo Carlos Fávaro, da Agricultura, e Fernando Haddad, da Fazenda.

De acordo com a CNN Brasil, o adiamento teria sido decidido porque o governo não teria recebido confirmação de presença de produtores ao evento no Palácio do Planalto, em meio a insatisfações do setor.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

De janeiro a abril, mais de 1,4 milhão de pequenos negócios foram abertos no Brasil

 

Levantamento do Sebrae com dados da Receita Federal mostram que no último mês foram cerca de 373,4 mil novos empreendimentos inaugurados

(Foto: Reprodução/Sebbrae)

Agência Sebrae - O otimismo da economia brasileira tem impulsionado o empreendedorismo. Entre os meses de janeiro e abril deste ano, cerca de 1,43 milhão de novos pequenos negócios foram abertos no país. O montante representa 96,7% do total (1,47 milhão). Em comparação ao mesmo período de 2023, o acréscimo de pequenos negócios foi de 9,1%, quando chegaram a 1,31 milhão de novas empresas. O levantamento foi realizado pelo Sebrae com dados da Receita Federal do Brasil.

No mês de abril foi registrado o maior número de pequenas empresas abertas desde abril de 2023. Foram contabilizados 373,4 mil novos pequenos negócios em 30 dias. O setor de serviços se destaca com 61,6% do total (230.128 novas empresas). Na sequência vem o comércio (22,9%), a indústria da transformação (7,5%) e a construção (7,1%). Considerando as regiões do país, o Sudeste liderou com a abertura de 188,4 mil novos pequenos negócios, seguido pela região Sul (72,3 mil), Nordeste (58,4 mil), Centro-Oeste (35,6 mil) e Norte (18,4 mil).

Entre os microempreendedores individuais (MEI), a atividade ligada ao setor da beleza (cabeleireiro e outros) liderou a abertura em abril, com 17.952 novos empreendimentos, seguido pelas atividades de publicidade (17,1 mil), Transporte rodoviário de carga (15,5 mil) e Atividades de ensino (14,4 mil). Já entre as Micro e Pequenas Empresas (MPE), as clínicas médicas e odontológicas estiveram na frente com 4,6 mil novos empreendimentos registrados. Em seguida, aparecem os escritórios administrativos (com 4,2 mil novos negócios) e Restaurantes e estabelecimentos de alimentação e bebidas (com 4,2 mil empresas).

Fonte: Brasil 247 com Agência Sebrae

 

Desenrola Pequenos Negócios renegocia mais de R$ 600 milhões em dívidas por semana

 

Desde que o programa teve início, em 13 de maio, até o último dia 19, mais de 38 mil empresas renegociaram R$ 1,7 bilhão

(Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)

Agência Gov - O programa Desenrola Pequenos Negócios, voltado para a renegociação de dívidas bancárias de microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e pequenas empresas, já renegociou um total de R$ 1,7 bilhão até 19 de junho. Este valor representa um aumento de 33,6% em relação ao levantamento anterior, que contabilizava R$ 1,25 bilhão renegociado até 12 de junho. A iniciativa já beneficiou cerca de 38.765 empresas, com 49.875 contratos renegociados.

O programa passou a ser oferecido na rede bancária em 13 de maio. Desde então, o valor de dívidas renegociadas a cada cinco dias úteis gira em torno de R$ 607 milhões. O Desenrola Pequenos Negócios faz parte do projeto Acredita Brasil, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 22 de abril.

Distribuição por estado:

  • AC: 126 clientes, 127 contratos, R$ 7.382.353
  • AL: 403 clientes, 489 contratos, R$ 16.222.838
  • AP: 211 clientes, 224 contratos, R$ 9.085.988
  • AM: 541 clientes, 597 contratos, R$ 22.868.229
  • BA: 2.308 clientes, 2.859 contratos, R$ 104.854.051
  • CE: 1.310 clientes, 1.655 contratos, R$ 53.003.171
  • DF: 878 clientes, 1.150 contratos, R$ 50.634.279
  • ES: 517 clientes, 687 contratos, R$ 18.047.064
  • GO: 1.368 clientes, 1.837 contratos, R$ 63.985.239
  • MA: 1.084 clientes, 1.010 contratos, R$ 43.933.604
  • MT: 787 clientes, 884 contratos, R$ 36.075.269
  • MS: 666 clientes, 784 contratos, R$ 25.595.144
  • MG: 3.133 clientes, 4.021 contratos, R$ 133.446.707
  • PA: 1.075 clientes, 1.136 contratos, R$ 53.547.304
  • PB: 584 clientes, 719 contratos, R$ 23.049.179
  • PR: 2.392 clientes, 3.502 contratos, R$ 113.625.615
  • PE: 1.242 clientes, 1.777 contratos, R$ 54.881.638
  • PI: 720 clientes, 823 contratos, R$ 26.021.038
  • RJ: 3.159 clientes, 4.465 contratos, R$ 137.127.803
  • RN: 617 clientes, 709 contratos, R$ 26.326.347
  • RS: 1.439 clientes, 2.391 contratos, R$ 76.307.347
  • RO: 279 clientes, 395 contratos, R$ 15.096.565
  • RR: 105 clientes, 129 contratos, R$ 4.978.962
  • SC: 1.303 clientes, 2.061 contratos, R$ 74.581.365
  • SP: 11.906 clientes, 14.774 contratos, R$ 469.468.797
  • SE: 285 clientes, 362 contratos, R$ 11.845.941
  • TO: 323 clientes, 307 contratos, R$ 9.568.140

 

Fonte: Brasil 247 com Agência Gov

PF deve indiciar Carlos Bolsonaro por espionagem ilegal no caso da "Abin Paralela"

 

Agentes envolvidos nas investigações avaliam que o caso está praticamente encerrado e que o inquérito deverá ser finalizado até agosto

Carlos e Jair Bolsonaro | Polícia Federal
Carlos e Jair Bolsonaro | Polícia Federal (Foto: Alan Santos/PR | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

 A Polícia Federal (PF) considera ter elementos suficientes para indiciar o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho de Jair Bolsonaro (PL), por espionagem ilegal no caso conhecido como "Abin Paralela", destaca a CNN Brasil. A investigação sugere que Carlos estaria envolvido em um esquema de espionagem contra críticos e adversários políticos do governo do ex-mandatário. Em janeiro deste ano, Carlos Bolsonaro foi alvo de mandados de busca e apreensão. 

Os investigadores da PF acreditam que o caso da Abin Paralela está intimamente ligado a outra estrutura informal, conhecida como "gabinete do ódio”, que disseminava fake news contra opositores políticos de Jair Bolsonaro.

Agentes envolvidos nas investigações avaliam que o caso está praticamente encerrado e que o inquérito deverá ser finalizado até agosto, com o objetivo de evitar qualquer influência sobre as eleições municipais de outubro. “Isso porque o candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, apoiado por Bolsonaro, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) também deverá ser indiciado. Ramagem era Diretor-Geral da Abin [Agência Brasileira de Inteligência] à época e tem Carlos Bolsonaro como coordenador da campanha. A PF ainda avalia o indiciamento do ex-presidente”, destaca a reportagem.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

 

Governador de SC discute com professoras que cobravam reajuste salarial (vídeo)

 

“Não fale bobagem (...) O piso aqui é bom”, disse Jorginho Mello, batendo os pés no chão

Jorginho Mello
Jorginho Mello (Foto: Roberto Zacarias/SECOM)

 O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), discutiu na última quinta-feira (20) com um grupo de professoras da rede estadual que protestavam por reajuste nos salários. Após ouvir as reivindicações das educadoras sobre o piso salarial do setor, Mello foi irônico e pisou forte no chão, se esquivando dos questionamentos. “Não fale bobagem (...) O piso aqui é bom”, disse, em referência ao ‘piso’ dos professores.

Procurado pelo Globo, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC) disse que "há uma ausência de valorização pela formação e carreira" de professores, e pede o reajuste salarial. “Lamentamos como o governador vem conduzindo a negociação. Mello fez sérias ameaças durante a greve. Houve tentativas de demissões dos nossos trabalhadores grevistas. Até hoje, ele mantém uma postura radical de não buscar resolver os problemas graves do setor, incluindo as condições das unidades escolares”, disse Evandro Accadrolli, coordenador do Sinte/SC, ao jornal.

 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Proposta encomendada pelo Brasil no G20 prevê imposto anual de 2% sobre riqueza de 3 mil bilionários

 

Proposta de taxação mínima global sobre bilionários encomendada pelo Brasil na presidência do G20 tem potencial para arrecadar até US$ 250 bilhões por ano

Lula
Lula (Foto: Reuters)

Reuters - O economista francês Gabriel Zucman apresentou nesta terça-feira a proposta de taxação mínima global sobre bilionários encomendada pelo Brasil na presidência do G20, com potencial de arrecadar até 250 bilhões de dólares por ano, de aproximadamente 3.000 super-ricos, mas apontando desafios que precisam ser superados para a implementação.

A proposta, que será apresentada a ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais em reunião do G20 no Rio de Janeiro em julho, prevê uma cobrança anual de 2% sobre a fortuna total dessas pessoas.

Zucman é diretor da instituição independente European Union Tax Observatory. Em fevereiro, a convite do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ele discursou a autoridades do G20, em São Paulo, sobre a importância de uma tributação progressiva global, com foco na cobrança sobre bilionários. Após o encontro, o governo brasileiro pediu ao economista que elaborasse um estudo para detalhar a viabilidade da proposta.

O novo plano é tratado por Zucman como uma proposta inicial para discussão das lideranças globais, e o economista apresenta também outras possibilidades, que mudariam o número de impactados e da arrecadação.

Em um cenário alternativo, o escopo da taxação poderia ser ampliado, atingindo não apenas pessoas com patrimônio superior a 1 bilhão de dólares, mas aqueles com riqueza acima de 100 milhões de dólares. Nesse caso, seriam adicionados até 140 bilhões de dólares de ganho anual com a taxação.

“Os sistemas fiscais contemporâneos, em vez de serem progressivos, não tributam efetivamente os indivíduos mais ricos. Com todos os impostos incluídos, pessoas com patrimônio líquido ultraelevado tendem a pagar menos impostos relativamente ao seu rendimento do que outros grupos sociais”, disse no documento divulgado nesta terça. “Cooperação internacional é essencial para promover justiça fiscal”.

Zucman acredita ser possível implementar o imposto mínimo global sobre super-ricos, usando como inspiração o acordo firmado entre países em 2021 para criar uma taxação mínima sobre empresas multinacionais.

“Com base nos progressos recentes na cooperação fiscal internacional, essa norma comum tornou-se tecnicamente viável”, disse.

Zucman ressaltou que sua proposta não discute a forma como as receitas provenientes dessa taxação deveriam ser gastas. O tema gera divergências geopolíticas, com o Brasil, por exemplo, defendendo o aumento do fluxo de recursos para países em desenvolvimento, enquanto nações mais ricas rejeitam a ideia.

Segundo ele, a implementação seria feita de forma flexível por cada país, com cobranças sobre a renda ou o patrimônio. No entanto, o objetivo final seria garantir a cobrança anual equivalente a 2% do patrimônio, considerado mais fácil de medir do que os rendimentos.

“Os impostos só teriam de ser pagos pelos bilionários que ainda não pagam o equivalente a 2% da sua riqueza em imposto sobre rendimentos: apenas os indivíduos com um patrimônio líquido ultraelevado e pagamentos de impostos particularmente baixos seriam afetados”, argumentou.

Desafios - No documento, Zucman afirma que restam “dois desafios principais” para que o padrão global da tributação se torne uma realidade.

O primeiro ponto é a necessidade de fechar lacunas no intercâmbio internacional de informações e na identificação dos bens. Para ele, a solução passaria por um aprimoramento da prestação de dados sobre propriedade de ativos.

Ele argumentou que como a maior parte da riqueza dos bilionários deriva da posse de ações, a simples inclusão dessas informações em relatórios dos países, como a listagem de quem possui mais de 1% das ações de uma companhia, permitiria às autoridades identificar a maior parte da riqueza dessas pessoas.

A segunda dificuldade, para ele, diz respeito a fatores políticos que poderiam dificultar uma efetiva participação global no plano.

Ao afirmar que o relatório debate ideias para evitar que bilionários migrem para países não participantes do acordo, Zucman sugeriu a criação de um mecanismo similar ao previsto no caso das multinacionais, que autoriza os países a taxarem aqueles que estão sendo subtributados em outros locais.

Em entrevista à Reuters em maio, o economista afirmou que sua proposta deve angariar mais apoio com os esclarecimentos técnicos sendo compartilhados com os países do G20, expressando otimismo quanto ao possível apoio dos Estados Unidos à iniciativa.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

Padres, bispos e diáconos levarão manifesto contra PL antiaborto ao papa Francisco

 

Coletivo Padres da Caminhada classifica o PL como como "vingança social" e afirma que a medida "acarreta a grave consequência de penalizar as mulheres pobres"

Manifestação de protesto contra o PL 1904/24
Manifestação de protesto contra o PL 1904/24 (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O coletivo Padres da Caminhada, formado por padres, bispos e diáconos da Igreja Católica no Brasil, divulgou um manifesto contra o Projeto de Lei 1904/2024, que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. Com mais de 460 signatários, o documento classifica o PL como como “vingança social” e afirma que a medida "acarreta a grave consequência de penalizar as mulheres pobres que não podem sequer usar o sistema público de saúde". Segundo o jornal O Globo, o manifesto será enviado ao papa Francisco.

O projeto, de autoria do deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), busca estabelecer que a interrupção da gravidez após 22 semanas seja considerada um crime de homicídio, impondo penas rigorosas às mulheres, independentemente do motivo do aborto. O projeto estabelece penas maiores para a mulher que realizar o aborto do que para estupradores. 

O manifesto dos Padres da Caminhada enfatiza que os religiosos não são favoráveis ao aborto, mas se posicionam contra a substituição de políticas públicas por legislações punitivas. Eles argumentam que tal abordagem não reduzirá o número de abortos, mas apenas aumentará os riscos para a saúde das mulheres, especialmente as mais pobres, que não têm acesso a serviços de saúde adequados.

O manifesto dos Padres da Caminhada contrasta com o posicionamento oficial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que expressou apoio ao PL 1904/2024 sob o argumento de defesa da vida desde a concepção. A CNBB destacou que a proposta visa proteger tanto a mãe quanto o bebê e refuta a ideia de que o projeto seja uma forma de punição às mulheres.

Após uma reação negativa intensa, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) recuou quanto à tramitação acelerada do projeto. Ele anunciou que o texto será debatido por uma comissão específica a partir de agosto, após o recesso parlamentar, evitando um trâmite apressado que poderia desconsiderar discussões sobre o tema.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Presidente da ABI celebra libertação de Assange, mas alerta: "a luta continua"

 

"É bom não esquecer que ainda há centenas de jornalistas presos, processados, perseguidos e censurados pelo mundo afora. Alguns aqui mesmo no Brasil", diz Octávio Costa

Octávio Costa
Octávio Costa (Foto: Reprodução)

 O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Octávio Costa, celebrou em nota divulgada nesta terça-feira (25) a libertação do jornalista Julian Assange, fundador do WikiLeaks. Assange deixou a prisão no Reino Unido na noite desta segunda-feira (24), após chegar a um acordo com a Justiça dos Estados Unidos e se declarar culpado em acusações de espionagem. Ele ficou preso durante cinco anos. Assange recebeu fiança do Supremo Tribunal de Londres e foi libertado no aeroporto de Stansted durante a tarde, onde embarcou em um avião e partiu do Reino Unido. Leia a manifestação de Octávio Costa:

Assange está livre! Mas a luta continua!

A Associação Brasileira de Imprensa sempre esteve ao lado do australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks e alvo de implacável perseguição do governo dos Estados Unidos desde 2011. Assange exerceu seu ofício de jornalista ao revelar documentos secretos sobre crimes praticados por tropas norte-americanas no Afeganistão. Mas foi processado exatamente por esse motivo.

Qual um Ulisses dos tempos modernos, amargou doze anos de privações, com a ameaça de cumprir pena de 175 anos com base em legislação da I Guerra Mundial. De 2012 a 2019, Assange viveu asilado na embaixada do Equador em Londres. Com o fim do refúgio, foi detido pela polícia britânica e ficou cinco anos na prisão de Belmarsh, no aguardo de extradição para os EUA.

Foram doze anos de afronta à liberdade de imprensa. Um escândalo, uma vergonha. Sob pressão de Washington, o Reino Unido ameaçava extraditar para os EUA um cidadão australiano cujo único crime foi o de praticar jornalismo profissional e de alta qualidade. Vale lembrar que vários grandes jornais que reproduziram as informações do WikiLeaks foram elogiados e ganharam prêmios de reportagem.

No Dia de São João, chegou ao fim a odisséia de Julian Assange, que agora deve voltar ao seu país de origem. A ABI, que, entre vários atos de apoio, recebeu no ano passado John Shipton, o pai de Assange, junta-se às entidades e jornalistas do mundo que estão comemorando a libertação do colega australiano. Fizemos o bom combate e temos motivo para nos unirmos à festa da combativa Stella Assange, que tanto lutou pela libertação de seu marido.

Viva Assange!!! Viva a liberdade de imprensa!!! Mas é bom não esquecer que ainda há centenas de jornalistas presos, processados, perseguidos e censurados pelo mundo afora. Alguns casos acontecem aqui mesmo no Brasil. Assange está livre. Mas a luta pela liberdade de imprensa continua.

Rio de Janeiro, 25 de junho de 2024 Octávio Costa

Presidente da ABI

Fonte: Brasil 247

PEC da segurança pública visa ampliar atuação da PF no combate a milícias

 

Necessidade ficou evidente após as investigações do assassinato de Marielle, dizem integrantes do governo. Texto ainda será avaliado pelo presidente Lula

Cerimônia de posse do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski
Cerimônia de posse do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski (Foto: Ricardo Stuckert)

 O Ministério da Justiça entregou na última segunda-feira (24) ao Palácio do Planalto uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a atuação da Polícia Federal no combate às milícias. Segundo a jornalista Andréia Sadi, do G1, o texto propõe que a PF investigue crimes cometidos por “organizações criminosas e milícias privadas".

A ideia é que a polícia atue contra milícias de grande porte, com o projeto prevendo que a competência da corporação seja para combater as que pratiquem crimes de repercussão interestadual ou internacional. 

Segundo integrantes do governo, a necessidade para ampliar a atuação da PF no combate às milícias ficou evidente após a demora nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ). O autor do crime, Ronnie Lessa, admitiu ter executado Marielle em troca da promessa de que comandaria uma milícia em Jacarepaguá, área de influência dos mandantes do crime, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão. 

Segundo a PF, a atuação de Marielle contrariava os interesses da família, incluindo a regularização de loteamentos irregulares nos bairros dominados pela milícia. A identificação dos mandantes do crime demorou cerca de seis anos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

 

Chefe da NASA elogia conquistas da China na Lua, mas afirma que os EUA retornarão primeiro

 

De acordo com o cronograma atual do Artemis da NASA, astronautas dos EUA pousarão na Lua no final de 2026

O astronauta da NASA Joseph M. Acaba discursa em um evento da NASA em Houston, Texas, EUA, onde foi anunciada a tripulação da missão Artemis II, que viajará até a Lua e retornará
O astronauta da NASA Joseph M. Acaba discursa em um evento da NASA em Houston, Texas, EUA, onde foi anunciada a tripulação da missão Artemis II, que viajará até a Lua e retornará (Foto: REUTERS/Go Nakamura/File Photo)

(Sputnik) - A China alcançou grandes conquistas ao completar quatro pousos suaves não tripulados de espaçonaves na Lua, mas os Estados Unidos ainda vencerão Pequim na corrida para retornar humanos à superfície lunar e estabelecer uma base espacial lá, disse o administrador da NASA, Bill Nelson, ao Washington Post em uma entrevista publicada nesta segunda-feira (25).

Nelson afirmou que a China teve sucessos repetidos em suas missões lunares nos últimos anos, bem como estabeleceu sua própria estação espacial em órbita terrestre baixa, mas expressou confiança de que o programa Artemis da NASA ainda estabelecerá uma presença humana de longo prazo lá primeiro, próximo ao polo sul lunar.

De acordo com o cronograma atual do Artemis da NASA, quatro astronautas voarão ao redor da Lua em 2025, uma façanha realizada pela primeira vez pela missão Apollo 8 em 1968, e os primeiros astronautas dos EUA pousarão lá no final de 2026.

No entanto, o Washington Post reconheceu que a espaçonave Orion, projetada para transportar os astronautas dos EUA à Lua e de volta, passou por problemas de deterioração do escudo térmico em um voo de teste em 2022, que poderia ter condenado uma missão lunar e matado os astronautas a bordo.

Analistas da indústria espacial também questionaram repetidamente se a base industrial dos EUA é agora grande o suficiente para atender ao cronograma do programa Artemis da NASA.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Ministro anuncia exoneração de diretor de operações da Conab após leilão de arroz

 

Leilão foi anulado após o governo identificar fragilidades técnicas e financeiras nas empresas vencedoras do processo

Paulo Teixeira e Carlos Fávaro
Paulo Teixeira e Carlos Fávaro (Foto: TV Globo/Reprodução)

 O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou nesta terça-feira (25) que o diretor de Operações e Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Thiago José dos Santos, será exonerado por conta da suspensão do leilão de arroz importado. A compra do grão foi anulada após o governo identificar fragilidades técnicas e financeiras nas empresas vencedoras do processo.

De acordo com Teixeira, a demissão será referendada pelo conselho de administração da Conab ainda nesta terça-feira (25) e enviada para publicação no Diário Oficial da União. A saída do diretor foi confirmada antes de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tratar do próximo Plano Safra.

Além de Thiago, foi exonerado o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. Na última terça-feira (25), o próprio presidente Lula reconheceu que houve uma “falcatrua” no leilão. “Tomei a decisão de importar 1 milhão de toneladas. E, depois, tivemos anulação do leilão porque houve uma falcatrua numa empresa. Por que eu vou importar? Porque o arroz tem que chegar na mesa do povo no mínimo a R$ 20 o pacote de cinco quilos. Que compre a R$ 4 um quilo de arroz, mas não dá pra ser um preço exorbitante”, disse.

Fonte: Brasil 247

 

Pressão inflacionária causada pela crise no RS não deve ser levada em consideração pelo BC, diz Haddad

 

"Horizonte do BC é de médio e longo prazo. Não faz muito sentido levar em consideração o que está acontecendo em função do Rio Grande do Sul para fim da política monetária", disse

Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)

 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que a recente pressão inflacionária causada pelas intensas chuvas no Rio Grande do Sul, destacadas na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) como uma fonte de incerteza econômica, afeta a inflação de curto prazo. “Acredito que tem uma pressão, uma pequena pressão inflacionária em função do que aconteceu no Rio Grande do Sul. Essa é uma inflação que afeta o curto prazo“, disse Haddad nesta terça-feira (25), de acordo com o Metrópoles.

No entanto, Haddad frisou que o horizonte do Banco Central é voltado para o médio e longo prazo, sugerindo que as atuais condições climáticas no sul não devem ser consideradas na formulação da política monetária. “O horizonte do Banco Central é de médio e longo prazo. Não faz muito sentido levar em consideração o que está acontecendo em função do Rio Grande do Sul para fim da política monetária. Porque o juro de hoje está afetando 12, 18 meses para a frente”, ressaltou.

A ata do Copom, divulgada nesta terça-feira, indicou que a diretoria do BC está preocupada com as incertezas sobre os efeitos econômicos da tragédia no Rio Grande do Sul. O documento ressaltou que ainda há dúvidas sobre a intensidade da queda na atividade econômica e sua recuperação subsequente, bem como sobre a redução do estoque de capital resultante das enchentes e inundações.

Em sua última reunião, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa básica de juros, a Selic, inalterada em 10,50% ao ano. A decisão foi tomada em meio à aceleração da inflação no país, influenciada pelo aumento dos preços dos alimentos e pela valorização do dólar. Com isso, o BC interrompeu temporariamente o ciclo de cortes de juros, mantendo a Selic em 10,50% ao ano até a próxima reunião do Copom, agendada para 30 e 31 de julho.

Haddad avaliou positivamente a ata do Copom, afirmando que o documento está alinhado com o comunicado emitido pelo BC, o que, segundo ele, é um sinal de transparência e de avaliação do cenário econômico. “Isso transmite a ideia de que está havendo uma interrupção para avaliar o cenário interno e externo, para que o Copom fique à vontade para tomar decisões a partir de novos dados.”, explicou o ministro.

Questionado sobre a possibilidade de a Selic voltar a subir após meses de cortes, Haddad reforçou que o documento do BC sinaliza apenas uma interrupção no processo de redução dos juros. “Eventuais ajustes, se for necessário, sempre vão acontecer. O que é importante frisar é que a diretoria [do Banco Central] fala numa interrupção do ciclo [de cortes dos juros] e me parece que essa é uma diferença importante para se salientar”, concluiu. 

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles