quarta-feira, 6 de junho de 2018

Manuela sobre redução do mínimo: “Privilégios para ricos e o povo paga a conta”


"Sobem sem parar o preço da gasolina e do gás de cozinha. E o que diminui? A previsão do salário mínimo!", criticou a deputada estadual gaúcha Manuela D'Ávila, pré-candidata do PCdoB à presidência da República, ao comentar a decisão do governo Michel Temer de revisar para baixo a sua estimativa para o salário mínimo em 2019 de R$ 1.002,00 para R$ 998,00. A nova previsão consta em nota técnica do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias do próximo ano, divulgada pela Comissão Mista de Orçamento.

"Esse é o retrato do governo do qual MDB e PSDB são os principais responsáveis: privilégios para os ricos e o povo paga a conta", completou Manuela em sua página nas redes sociais.

A medida tem impacto na renda de 45 milhões de brasileiros que tem o salário mínimo como renda, incluindo os aposentados que recebem o benefício pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Com a redução do valor, o governo vai embolsar R$ 1,21 bilhão em 2019. 

Portal Vermelho

PF pede a quebra de sigilo telefônico de Temer, Moreira e Padilha


O objetivo da PF é rastrear telefonema de Michel Temer e dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e de Minas e Energia, Moreira Franco, feitos em 2014, ano em que o delator Cláudio Mello Filho, ex-executivo da Odebrecht, afirmou ter participado de um jantar com Padilha, Marcelo Odebrecht e Temer para acerta um repasse ilegal de R$ 10 milhões da Odebrecht para o MDB
247 - A Polícia Federal (PF) pediu a quebra do sigilo telefônico Michel Temer e dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e de Minas e Energia, Moreira Franco, com o objetivo de rastrear telefonema dos três emedebistas em 2014, ano em que o delator Cláudio Mello Filho, ex-executivo da Odebrecht, afirmou ter participado de um jantar com Padilha, Marcelo Odebrecht e Temer para acerta um repasse ilegal de R$ 10 milhões da Odebrecht para o MDB. 
O inquérito foi aberto no ano passado, mas Temer só foi incluído entre os investigados em março deste ano, pelo ministro relator no Supremo Tribunal Federal Edson Fachin. 
É a 1ª vez que há pedido de quebra de sigilo telefônico em uma investigação que envolve Temer.
Temer havia dito que eles participaram de um jantar, mas não conversaram sobre repasses. 


República de Maringá


A audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa para prestação de contas do primeiro quadrimestre do ano, feita pelo o secretário da Saúde, Antonio Carlos Nardi, foi palco de elogios à “República de Maringá”, que se instalou no Palácio Iguaçu com a posse de Cida Borghetti.
Começou com o próprio secretário da Saúde rasgando elogios a quem ele chamou de seu "grande mestre", o deputado federal Ricardo Barros que, segundo Nardi, lhe ensinou que, dizer não também é uma resposta.
Depois foi a vez do deputado Nelson Luersen, do PDT, que parabenizou a “República de Maringá”. Disse - arrancando risos da plateia – de sua expectativa que esta “república” permaneça no poder, "senão com a Cida, com o nosso candidato a governador, Osmar Dias".
Mas não foram apenas momentos de descontração que marcaram a audiência pública. Os deputados Nereu Moura, do PMDB, e Fernando Scanavaca, do Podemos, travaram uma discussão acolarada.
Scanavaca fez a defesa do governo ao justiçar que entende correto fazer lançamentos de despesas com o SAS, Hospital Militar e o Programa Leite das Crianças para completar o percentual de 12% a serem gastos constitucionalmente com Saúde, com o que não concordou Moura.
Fonte: Roseli Abrão

Caminhoneiros prometem nova greve se tabela de fretes for alterada


'Se essa tabela cair, vai ter uma greve pior que a última', ameaça representante da CNT

REUTERS/Leonardo Benassatto
Enquanto as empresas transportadoras se movimentam para mudar a tabela do frete mínimo, os caminhoneiros acompanham, ressabiados, o andamento das negociações em Brasília. Nas redes sociais, os motoristas temem que o lobby dos grandes grupos consiga derrubar a tabela recém-instituída pelo governo como contrapartida ao fim da greve. Mas eles prometem resistir. "Se essa tabela cair, vai ter uma greve pior que a última. E aí não vai ter negociação, pois eles vão querer provar para o mundo que são fortes, vai ser uma grande revolta", diz Ivar Luiz Schmidt, representante do Comando Nacional do Transporte (CNT) e que foi o grande líder da paralisação de 2015.
Foi ele quem criou os primeiros grupos de caminhoneiros no WhatsApp para organizar os protestos daquele ano. Hoje, Schmidt participa de quase 90 grupos na rede. "Tá todo mundo só esperando que a tabela seja derrubada para parar tudo de novo", afirma. "E, pelo que estou vendo no WhatsApp, pode ter certeza de que isso vai acontecer."
A tabela de preço mínimo do transporte rodoviário - definida às pressas pelo governo para interromper a greve na semana passada - é considerada a maior vitória dos caminhoneiros nos últimos tempos. Mas, diante da reação do empresariado (principalmente representantes do agronegócio), eles começam a temer que essa conquista esteja com os dias - ou horas - contados.
"Não vejo coisa muito boa vindo pela frente, mas vamos lutar para encontrar um meio-termo para ambas as partes", afirma o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José Fonseca Lopes, que esteve à frente das negociações com o governo na greve encerrada na semana passada. Ele deve participar hoje de uma reunião com a Casa Civil para discutir o assunto. "Esperamos encontrar um denominador comum que não prejudique o caminhoneiro. Caso contrário, podem esperar uma nova rebelião."
O presidente da Abcam afirma que uma tabela de preço mínimo vinha sendo negociada no Congresso antes da greve e da medida provisória ser emitida. Schmidt afirma que desde 2016 essa proposta vem sendo negociada, sem sucesso - com as condições precárias de trabalho dos motoristas de caminhão no Brasil sendo ignoradas.
"Hoje, não existe categoria mais massacrada que o caminhoneiro. Há 30 anos esse profissional vem sendo explorado", diz Schmidt, do CNT. Na avaliação dele, se os motoristas autônomos permitirem que o governo elimine essa tabela em favor das transportadoras, eles estarão perdendo uma grande oportunidade de melhorar a qualidade de seu trabalho. Com informações do Estadão Conteúdo.
Notícias ao Minuto

PF envia ao STF indícios de que Temer recebia mesada de R$ 340 mil


Segundo as investigações, dinheiro era pago por empresas do setor portuário

Reuters
No documento da Polícia Federal (PF) que resultou nos mandados de busca e apreensão da operação Skala, os investigadores apontam indícios de que o presidente Michel Temer teria recebido R$ 340 mil por mês, no fim da década de 90, de empresas do setor portuário.
Deflagrada em março último, a operação apura a prática de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Em troca de propina, Temer teria assinado decreto, em maio do ano passado, que ampliou de 25 para 35 anos os prazos dos contratos de concessão e arrendamento de empresas que atuam em portos, permitindo que eles possam ser prorrogados até o limite de 70 anos.
A PF já informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a probabilidade de pagamento de mesada a Temer, de acordo com informações do blog da Andreia Sadi, no portal G1. Entre as empresas que forneciam o dinheiro estão a Rodrimar, cujos dirigentes foram alvo da Skala. Amigos do presidente também chegaram a ser presos, entre eles o coronel João Batista Lima Filho e o advogado José Yunes.
O delegado Cleyber Malta Lopes cita, no documento, ainda conforme o blog, uma planilha que integrava o inquérito 3105, que foi arquivado em 2011 pelo ministro Marco Aurélio Mello. Essa tabela relacionava pagamentos a "MT", que seria Michel Temer, a "MA", que seria Marcelo Azeredo, indicado por Temer para comandar a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) – estatal que administra o Porto de Santos, e a "L", que seria Lima, o coronel aposentado da Polícia Militar João Batista de Lima Filho, amigo de Temer e sócio da Argeplan.
“Fazendo uma ligação com as informações trazidas, na planilha acima, na qual denota possível pagamento também pela Rodrimar de vantagem indevida para MT (possivelmente Michel Temer), em 1998, na ordem de R$ 340 mensais e ainda adicional de R$ 200 mil, textualmente indicado como sendo para campanha, não é difícil supor que tal relação promíscua entre empresários e agentes políticos se perpetue até os dias atuais”, disse o delegado.
Notícias ao Minuto


Justiça concede perdão a seis réus da Operação Publicano


O juiz Juliano Nanuncio concedeu perdão judicial a seis réus da Operação Publicano, que investiga o desvio de recursos da Receita Estadual. O principal delator do esquema, Luiz Antônio de Souza e cinco membros da família receberam o benefício. Todos são colaboradores da operação.
Na sentença, publicada na terça-feira (5), apenas o auditor fiscal Milton Digiácomo foi condenado a nove anos de prisão por lavagem de dinheiro e multa de cerca de R$ 100 mil. Receberam o benefício Daniela Feijó Souza, Luiz Antônio de Souza, Maria Nunes Clementino, Rosineide de Souza, Sebastião José de Souza e Solange Feijó.
·         Veja o documento na íntegra

O delator 

Luiz Antônio de Souza fechou acordo de colaboração premiada em setembro de 2015 e teve o benefício suspenso no ano seguinte. Segundo o Ministério Público, ele estava extorquindo empresários para não citá-los nas delações.
Em março de 2017 o acordo foi restabelecido. Antônio pagou multa de R$ 3 milhões e passou a cumprir pena em regime domiciliar com tornozeleira eletrônica

Operação Publicano

A Publicano investiga um esquema de corrupção na Receita Estadual de Londrina. De acordo com o Ministério Público, foram identificadas três estruturas criadas dentro desse esquema de corrupção. A primeira envolve empresários e particulares que utilizavam empresas registradas em nomes de laranjas para crimes de corrupção passiva, tributária, lavagem de ativos, sonegação fiscal por meio de notas fiscais frias, geração fraudulenta de créditos de ICMS e documentos falsos.
A segunda reúne um grupo de auditores fiscais associados desde 2012 e envolvidos com crimes de corrupção ativa e passiva tributária e lavagem de ativos, recebendo dinheiro de propina de empresários da organização criminosa citada na primeira estrutura.
A terceira, formada por auditores, advogados, empresários e particulares que começaram a praticar crimes após a deflagração da Operação Publicano I e a prisão de um dos auditores. Esse grupo passou a extorquir empresários, para que pagassem valores para não noticiar as irregulares já praticadas, levando a mais lavagem de dinheiro.
A primeira fase da Operação foi deflagrada em abril de 2015, pelo Gaeco de Londrina.
Fonte: Paranaportal

Na ONU Pérez Esquivel defende legado de Lula contra a fome


Durante evento da FAO (braço da ONU para Agricultura e Alimentação) sobre o combate à fome no mundo, o prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel saiu em defesa do legado do ex-presidente Lula; "Ele fez um trabalho extraordinário para tirar da pobreza extrema mais de 36 milhões de brasileiros e brasileiras. Hoje é um preso político"; assista
247 - Durante evento da FAO - braço da ONU para Agricultura e Alimentação - sobre o combate à fome no mundo, o prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel saiu em defesa do legado do ex-presidente Lula contra a pobreza e a fome.
"Ele fez um trabalho extraordinário para tirar da pobreza extrema mais de 36 milhões de brasileiros e brasileiras", discursou o argentino. "Hoje é um preso político. Mas é um nome que tem trabalhado e lutado contra a fome, contra a pobreza extrema. E acredito que esse seja um exemplo que temos que ter presente", completou.
Recentemente, Pérez Esquivel tentou visitar Lula na Polícia Federal em Curitiba, onde o ex-presidente está preso, mas foi impedido peal Justiça. O Prêmio Nobel da Paz denunciou o Estado de Exceção no País. Ele também iniciou uma campanha na internet para defender a indicação de Lula ao Nobel da Paz em 2019, que já reúne mais de 260 mil assinaturas.


Justiça condena Val Marchiori por comentário racista contra Ludmilla


No carnaval de 2016, a funkeira, que desfilou como rainha da bateria do Salgueiro, foi alvo de um comentário considerado racista de Val Marchiori na Rede TV!, em que ela diz que o cabelo da cantora estava "parecendo um bombril"; Val Marchiori foi condenada a indenizar Ludmilla em R$ 10 mil
Por Felipe Martins, na Revista Fórum - A socialite Val Marchiori foi condenada a indenizar a cantora Ludmilla em R$ 10 mil. No carnaval de 2016, a funkeira, que desfilou como rainha da bateria do Salgueiro, foi alvo de um comentário considerado racista de Marchiori na Rede TV!, em que ela diz que o cabelo da cantora estava "parecendo um bombril". A condenação foi determinada pela 3ª Vara Cível do Fórum Regional da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio.
Na sentença, a juíza Mariana Moreira Tangari Baptista foi enfática ao aplicar a sentença contra Marchiori. "O comentário feito por ela (Val Marchiori) não teve nenhum conteúdo jornalístico, informativo e útil para os telespectadores. Na verdade, foi um comentário depreciativo e racista, apto a causar dano moral à autora", assinalou a juíza.
Leia aqui a íntegra.


Lula preso deu um show, direita solta foi um fiasco


A terça-feira foi marcada por dois eventos que resumiram a situação do país: mesmo preso em Curitiba, o maior líder político brasileiro deu um show num depoimento televisionado pelo Judiciário. Lula alegrou o país; enquanto isso, em Brasília, a direita protagonizou um fiasco de largas proporções, ao lançar um manifesto que a unisse exatamente para enfrentar Lula aprisionado
 247 - A terça-feira (5) foi marcada por dois eventos que resumiram a situação do país: mesmo preso em Curitiba, o maior líder político brasileiro deu um show num depoimento televisionado pelo Judiciário. Lula alegrou o país e despertou uma onda impressionante de solidariedade e esperança. Enquanto isso, nos tapetes felpudos de Brasília, a direita protagonizou um fiasco de largas proporções, ao tentar lançar um manifesto que a unisse exatamente para enfrentar Lula aprisionado.
"Mesmo estando preso ele é a grande esperança do povo brasileiro", afirmou Leonardo Attuch no programa Bom Dia 247 (aqui) da manhã desta quarta (6). Durante o programa, foram lidas dezenas da centenas de mensagens que chegaram do Brasil e do exterior com expressões de contentamento pela oportunidade de ver Lula ao vivo pela primeira vez desde dua prisão em 7 de abril. Durante toda a tarde/noite de ontem e manhã de hoje foram milhares e milhares de manifestações de carinho e apoio a Lula nas redes sociais.
No mesmo momento em que Lula depunha, num evento esvaziado, sem representantes dos principais partidos que um grupo de direita liderado por Fernando Henrique Cardoso pretendia atrair, aliados do pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, lançaram um  manifesto que pretendia unir a direita para as eleições. Foi um fiasco em larga escala. Apenas 19 deputados federais compareceram, 15 deles  do PSDB. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pré-candidato do DEM, torpedeou a iniciativa considerando-a uma manobra tucana para obter apoio à candidatura nanica de Geraldo Alckmin (aqui).
Assistir o depoimento de Lula, boicotado por toda a mídia de massas ligada ao golpe, foi reavivar a memória de um tempo feliz no Brasil, comentou o articulista Paulo Moreira Leite (PML) no Boa Noite 247 de ontem (aqui). "Vale a pena ver esse depoimento, quem não viu não pode perder", disse PML -no final, você pode assistir a íntegra do depoimento de Lula, transmitido ao vivo pela TV 247. Prosseguiu PML: "Pudemos lembrar como é viver em um país com um presidente como Lula, percebe a qualidade desse homem público. Mesmo quando ele está sentado dando um depoimento numa posição desagradável de quem tem que responder testemunha é possível ver a qualidade desse homem. A clareza das suas respostas, o espírito de quem está à vontade, de quem se comunica com os brasileiros". Paulo Moreira Leire completou: "Para mim é uma coisa assim repousante, parece que se até acordando de um pesadelo que é o Brasil do Temer, um presidente incomunicável, escondido". 
Saudades do tempo de Lula. Essa foi a sensação generalizada de quem assistiu o depoimento e ouviu o ex-presidente relatar o cenário mundial e o contexto brasileiro poucos anos atrás.  "Lula ficou falando de outros tempos do Brasil, quando era um país admirado", disse PML. "A gente reavivou na memória como o Brasil já foi melhor, a fala de Lula é a volta do sonho, um estadista que sabe o que está fazendo. Foi politicamente muito relevante e mostrou a importância de Lua se manter como candidato. Ele tem uma legitimidade que poucos homens públicos brasileiros têm e está aí. Mesmo preso, não está se escondendo, está na liderança de seu povo".
A empatia de Lula e a relevância de seu depoimento foram destacadas por Leonardo Attuch: "Hoje Lula está perto de 40% das intenções de voto nas pesquisas. Se as TVs abertas, que o censuram de todo jeito, transmitissem apenas esse depoimento de ontem, de baixa qualidade técnica, de imagem e som sofríveis, o que teria acontecido nas pesquisas? Foi um verdadeiro pocket show de Lula ao juiz Marcelo Bretas. Ele saltaria no momento seguinte para 50% ou ainda mais. Porque o vídeo mostrou a diferença entre um Brasil que pensa grande e um Brasil que pensa pequeno, entre um país de pé e um país de joelhos".
Veja aqui, se você não viu, ou reveja o depoimento de Lula:


Mito da Petrobras 'quebrada' alimentou golpe por domínio dos Estados Unidos


Em debate realizado no Rio de Janeiro, analistas da área de engenharia e petróleo mostram que governo Temer e gestão de Pedro Parente nada mais fizeram do que implementar políticas de alto interesse de Washington
Temer assumiu agenda das multinacionais do petróleo e ativos da Petrobras começaram a mudar de mãos
São Paulo – A construção, pela mídia, do mito da Petrobras financeiramente quebrada, as consequências do alinhamento da estatal aos interesses do mercado e, principalmente, dos Estados Unidos, e a greve dos caminhoneiros foram alguns dos temas debatidos no seminário "O mito da Petrobras quebrada, política de preços e suas consequências para o Brasil" na noite desta terça-feira.
Promovido pela Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) e o Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, o evento teve a participação do economista aposentado da estatal Cláudio Oliveira, do presidente da Aepet, Felipe Coutinho, e do especialista em Minas e Energia e Engenharia do petróleo Paulo César Ribeiro Lima.
"A Petrobras não tem nem nunca teve problema financeiro", enfatizou Oliveira em sua exposição. Enquanto os saldos de caixa das norte-americanas Chevron e Exxon, por exemplo, estão caindo (são de 4,81 e 3,20 bilhões de dólares, respectivamente, em 2017) o da Petrobras, embora também em curva descendente, estava em 22,52 bilhões de dólares no mesmo ano.
"Eles dizem que vendem ativos para saldar dívida. Com 22 bilhões de dólares em caixa, essa é a empresa que eles dizem que está quebrada?", questionou. Para o economista, dizer que a estatal tem uma dívida impagável serve "só para justificar a venda de ativos e desmonte da Petrobras".
O presidente da Aepet, Felipe Coutinho, fez uma exposição dividida entre uma abordagem econômica e política. O mito de Petrobras quebrada graças a subsídios, corrupção e maus investimentos, disse, embasou toda a política desenvolvida a partir da posse de Michel Temer e a politica de preços que desencadeou a greve dos caminhoneiros. "Os números têm que ser discutidos fora da mitologia da mídia. As impressões vão construindo o senso comum com interesses claros contra a Petrobras e antinacionais, coerentes com os meios de comunicação."
A política de alinhamento aos preços do mercado internacional viabilizou a importação por parte de concorrentes, principalmente dos Estados Unidos, segundo ele. "Ganham os produtores norte-americanos, os importadores, e perdem os consumidores, a Petrobras, porque perde mercado, a União e os Estados."
A política implementada pelo ex-presidente da Petrobras Pedro Parente é baseada no princípio "The America first", ironizou Coutinho, em alusão ao bordão utilizado pelo presidente dos EUA Donald Trump, durante sua campanha eleitoral em 2016, quando  prometeu, se eleito, voltar o governo aos interesses de seu país.
"O aumento relativo dos preços da Petrobras viabiliza a importação de derivados por seus concorrentes que ocupam o mercado da estatal, que fica com suas refinarias ociosas."
Segundo Coutinho, em 2015, o Brasil importou 2,5 milhões de toneladas (Mt) de diesel dos EUA, o que representou 41% do total e 1,4 bilhão de dólares. Em 2017, a importação subiu para 8,9 Mt de diesel e US$ 4,5 bilhões. De 2015 a 2017, o diesel americano quase dobrou sua participação, de 41% para 80,4% do total importado pelo Brasil.
Paulo Cesar Ribeiro Lima foi aplaudido ao dizer que "o pré-sal tinha que ser monopólio". Considerando que o Brasil é rico em petróleo, mão de obra e tecnologia, "a crise é fabricação de mentes doentias", afirmou.
Segundo ele, na gestão Parente, o brasileiro pagou 40% mais caro no preço do diesel do que o consumidor americano, sem considerar os impostos. "É realmente inacreditável." "É até possível fazer uma politica de direita bem feita. Mas essa é mal feita", avaliou. De acordo com ele, a sistemática que permitia aumentos até diários dos combustíveis é o emblema da política mal feita.
Para Coutinho, com a solução encontrada pelo governo Temer contra a crise, subsidiando a diminuição do preço do diesel via impostos regressivos, os importadores saem diretamente beneficiados. A Petrobras deveria arbitrar preços justos compatíveis com seus custos, beneficiando o consumidor, defendeu. Com isso, a estatal recuperaria o mercado perdido e os preços mais baixos favoreceriam o consumidor, gerando mais caixa à Petrobras.
Em sua exposição, Felipe Coutinho enumerou uma série de "fatos relevantes" que, cronologicamente, mostrariam a relação entre o golpe que derrubou Dilma Rousseff e a política da gestão Parente na Petrobras em benefício dos Estados Unidos.  
Entre eles, o treinamento de agentes judiciais brasileiros nos EUA, revelado por documento interno do governo norte-americano e vazado pelo WikiLeaks. Teriam participado promotores e juízes federais dos 26 estados brasileiros e 50 policiais federais de todo o país.
Esses fatos se sucederam, segundo ele, da seguinte maneira:
1 – Anúncio da descoberta do pré-sal, em 2006 (ainda no governo Lula)
2 – Primeira extração do pré-sal, no campo de Tupi, atual Lula (novembro de 2017)
3 – Roubo de notebooks e HDs da Petrobras (janeiro de 2008)
4 – Reativação da Quarta Frota dos EUA (abril de 2008)
5 – Governo anuncia projeto de regime de partilha do pré-sal (agosto de 2009)
6 – EUA treinam agentes judiciais brasileiros (outubro de 2009)
7 – Reunião de executiva da Chevron (Patricia Pradal) no consulado dos EUA sobre a reversão da Lei da Partilha (dezembro de 2009)
8 – Protestos de junho de 2013
9 – Brasil e Petrobras são alvos de espionagem dos EUA (2013)
10 – Operação Lava Jato e "cooperação internacional" (março de 2014)
11 – Golpe do impeachment de Dilma Rousseff (maio de 2016)
12 – Temer assume agenda das multinacionais do petróleo (a partir da maio de 2016)
13 – Nova política de preços da Petrobras, exportação de petróleo cru, importação de derivados e ociosidade do refino no Brasil (desde outubro de 2016)
14 – "Parcerias estratégicas", o novo codinome da privatização dos ativos da Petrobras (desde 2016)
15 – Pagamento de US$ 2,95 bilhões aos acionistas da Petrobras nos EUA (janeiro de 2018)
16 – Pré-sal representa mais de 50% da produção brasileira de petróleo (2018)
Fonte: RBA


‘Usei boné e camiseta com seu nome’, afirma juiz da Lava Jato a Lula


O depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, no Rio de Janeiro, teve um desfecho curioso.
Ao final do depoimento, o juiz confidenciou que já usou boné e camiseta de Lula durante um comício, em 1989, quando o petista era candidato à presidência.
“É importante a sua história para todos nós, para mim inclusive que aos 17, 18 anos estava aqui no comício na Avenida Presidente Vargas, com um milhão de pessoas, e o país vivia outro momento do país e eu estava lá usando boné e camiseta com seu nome”, disse Bretas.
Depois de risos das pessoas presentes, Lula disparou.
“Quando fizer um comício novamente eu vou chamar o senhor para participar”, brincou.
Fonte: Paranaportal


Golpe intensifica violência no Brasil em todos os âmbitos, afirmam especialistas


Desmonte de políticas públicas, criminalização dos movimentos e desemprego são elementos de perda de democracia

Manifestação na avenida Paulista em 2016 pedia entre outras reivindicações a 
saída da presidenta eleita Dilma Rousseff / Ayrton Vignola/Fiesp

O contexto do golpe parlamentar que levou Michel Temer (MDB) à Presidência da República se relaciona diretamente com o aumento da violência no campo e nas cidades. Sob o pretexto da crise, o Estado sob comando dos golpistas tem agido de acordo com interesses privados, impulsionando uma agenda que viola sistematicamente os direitos humanos.


A violência, portanto, se manifesta como consequência do aumento do desemprego, do número de pessoas em situação de rua, da precarização de serviços públicos que já não recebiam o devido investimento, como saúde e educação, da informalidade e da exploração já sentidas após a reforma trabalhista, entre outras consequências do atual momento político do país.
Essa é a avaliação de Aércio Barbosa de Oliveira, coordenador da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE), entidade do Rio de Janeiro.
"Há uma combinação entre impeachment, um aperto cada vez maior sobre as contas públicas para favorecer os grandes agentes econômicos, os grandes bancos, as grande corporações, e ao mesmo tempo há toda uma violência, uma criminalização dos movimentos e pressão sobre os territórios das periferias e favelas onde estão as pessoas mais pobres", aponta.
O corte em programas sociais de distribuição de renda também pesa sobre esse cenário. "O estado, o poder público, se ele é incapaz de assegurar direitos fundamentais e de políticas públicas redistributivas que garantem a qualidade mínima de decência para as pessoas viverem, se não assegura isso, a tendência é a desigualdade aumentar e a violência também", completa.
População negra 
Negros, LGBTs e mulheres, por serem populações historicamente vulnerabilizadas, sentiram com mais firmeza o recrudescimento da violência do Estado que se traduz no cotidiano desses grupos.
Regina Santos, ativista dos direitos humanos e membro do Movimento Negro Unificado, entende que a falta de democracia seria um salvo conduto para a prática de tortura e para ação de grupos de extermínio nas periferias. "A normalização dessa violência pós-golpe é algo que aterroriza a gente cotidianamente", diz. 
O homem negro jovem é a principal vítima da violência urbana, segundo revelam os dados do Atlas da Violência 2018, que utiliza informações do Ministério da Saúde e foi divulgado nesta terça-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Nos últimos dez anos, entre 2006 e 2016, a taxa homicídios entre a população negra aumentou 23,1% enquanto a taxa entre não-negros caiu 6,8%. De acordo com o levantamento, 71,5% das pessoas que foram assassinadas no país em 2016 eram negras.
LGBT
Quando olhamos para a população LGBT, o quadro pós-golpe é também de aumento das mortes. Segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia, os assassinatos cresceram 30% entre 2016 e 2017, passando de 343 para 445.
Os números são bem diferentes dos computados nos anos 2000, quando não passava das 130 mortes. O levantamento é realizado com base em notícias publicadas na imprensa, e, portanto, a subnotificação pode ser grande, já que nem todos os casos chegam aos jornais.
Simmy Larrat, mulher trans, presidenta da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans (ABLGT) relembra que houve aumento de 6% nos óbitos de pessoas trans nesse mesmo período. "Para além dos assassinatos, tem as violências comuns que temos notícias e que muitas vezes são promovidas e estimuladas pelos discursos de ódio que as pessoas pregam em seu púlpitos, nas TVs", lamenta. 
Larrat aponta ainda a aplicação de força policial desmedida como forma de resolver os problemas da sociedade como um dos fatores da violência endêmica no país.
Mulheres
Maria Júlia Montero, militante da Marcha Mundial de Mulheres, relembra os drásticos cortes orçamentários que as políticas públicas voltadas à população negra, direitos humanos e mulheres sofreram desde 2016. O repasse para essas áreas caiu em 35% por parte do governo federal de acordo com levantamento do site Poder 360 a partir do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).
As verbas que eram destinadas especificamente às políticas públicas de combate à violência tiveram um corte de 62%, passando de R$ 42,9 milhões em 2016 para apenas R$ 16,6 milhões em 2017, segundo dados do Portal do Orçamento do Senado Federal. Também houve redução de 54% do orçamento para políticas de incentivo à autonomia das mulheres, de R$ 11,5 milhões para R$ 5,3 milhões.
"Tem um aumento dos casos de violência e ao mesmo tempo um sucateamento das políticas de combate a essa violência", pondera. Para Maria Júlia, assim se inicia um ciclo de violência, pois a mulher sofre violência e, por não ter amparo e proteção, acaba assassinada. 
No âmbito desse enxugamento do Estado, pastas importantes como a Secretaria Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres foram extintas, e projetos de destaque como o Ligue 180 –canal de denúncias para as vítimas de violência doméstica– e o programa “Mulher, Viver sem Violência”, por exemplo, foram afetados.
Pesquisa feita pelo DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência aponta aumento expressivo no percentual de mulheres que declararam ter sofrido algum tipo de violência doméstica. De acordo com o levantamento, de 2015 para 2017, o índice passou de 18% para 29%. A pesquisa, feita a cada dois anos desde 2005, sempre apontou resultados entre 15% e 19%.
"O aumento do controle dos corpos das mulheres pelos homens, aumento da misoginia e do machismo, isso tem relação com essa ofensiva conservadora ideológica na sociedade que tem tudo a ver com golpe de 2016", ressalta Maria Júlia.
As assassinatos de mulheres também apresentaram aumento desde 2016. Dados compilados pelo site G1 mostram que houve uma progressão de mortes nos três últimos anos: foram 495 mortes identificadas como feminicídio em 2015; 812 em 2016; e 946 em 2017.
Violência no campo
No campo, os reflexos do golpe também se manifestaram na forma de aumento da violência. A última edição do relatório "Conflitos no Campo Brasil", da Comissão Pastoral da Terra, traz índices preocupantes: aumentaram todos os tipos de conflito (atingindo o maior patamar em 32 anos de documentação) e todas as formas de violência no campo em relação a 2015.
O registro de mortos em decorrência chegou a 71 em 2017. Foi a maior progressão de crimes políticos no campo desde 2003. "É a cada cinco dias um assassinato no campo", diz Antonio Canuto, membro fundador e colaborador da CPT. 
Canuto conta que o número de conflitos subiu desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula. "A média anual do primeiro mandato Lula era de 737 conflitos, caiu para 560 no segundo mandato, subiu para 794 no mandato da Dilma e de 2015 para 2017 a média anual foi de 946 conflitos por terra, casos em que há violência com famílias despejadas, expulsas, famílias sob a mira de pistoleiros", exemplifica. 
Márcio Santos, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), conta que a violência é influenciada pela conjuntura do golpe, que viola a constituição e assim toda a base do direito legal. "O golpe fez com que grande parte dos latifundiários que dominam as terras se vissem na liberdade de cometer crimes e de intensificar a violência no campo como forma de dominação dos seus interesses, como forma de dominação de classe", protesta. 
A impunidade, segundo ele, vai permitindo a existência desse cenário. "A questão da violência só será resolvida com reforma agrária, que é a bandeira da paz para o campo brasileiro", conclui Santos.
Outra variável que influencia a violência no campo, segundo o coordenador do MST, é de ordem estrutural, reflexo das desigualdades que geram violências: hoje, 2% dos proprietários controlam cerca 60% das terras do Brasil. 
Fonte: Brasil de Fato


PCC pode atacar no Paraná, alerta policial federal


A policial federal Bibiana Orsi, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná, alerta às autoridades que o PCC (Primeiro Comando da Capital) poderá lançar ondas de ataques no estado a exemplo do que ocorreu em Minas Gerais.
Segundo a agente federal que, até a semana passada atuava em Foz do Iguaçu, o Paraná é “um dos estados com maior presença da facção paulista, fora do estado de São Paulo”.

“Estamos em uma posição geográfica estratégica para o crime. Estamos próximos de São Paulo, muito próximo do transporte de armas e drogas para o Rio de Janeiro e ao lado do Paraguai, onde a maior parte de armas, drogas e munições entram no País. Essa região de fronteira também é onde se faz a maior lavagem de dinheiro do crime”, destaca.
De acordo com Bibiana, os servidores do sistema penitenciário do estado do Paraná trabalham acuados. “O sistema não consegue segregá-los, eles continuam controlando o crime mesmo dentro dos presídios. Nossos órgãos de inteligência trabalham enviando avisos para que possamos nos preparar para possíveis ataques. Os primeiros alvos, normalmente, são os policiais”.
Ela acrescenta que os ataques geram grande impacto social e temor na população, o que interessa às facções. “Essa é uma guerra de poder e o maior poder de organização tem sido dos criminosos. Os órgãos públicos trabalham de forma reativa”.
Uma onda de 24 ataques a ônibus atingiu 17 cidades em Minas Gerais desde domingo (3), segundo a Polícia Militar daquele estado. Em menos de 24 horas, também houve ações contra uma delegacia, duas agências bancárias e um caixa eletrônico. O ataque mais recente ocorreu na tarde desta segunda (4), em Uberaba, onde ônibus foram retirados de circulação. Uma das hipóteses da investigação é ação de facções criminosas.
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