quarta-feira, 19 de junho de 2024

Justiça Federal manda Google retirar postagens policiais que disseminam ódio

 

Medida liminar atinge conteúdos específicos de canais no YouTube

(Foto: Reuters/Arnd Wiegmann)

Por Douglas Corrêa, repórter da Agência Brasil - As postagens veiculadas por policiais que disseminam discursos de ódio em programas de podcast e videocast no YouTube estão suspensas por determinação da Justiça Federal. A decisão atendeu parcialmente a pedidos do Ministério Público Federal (MPF) e da Defensoria Pública da União (DPU). A medida liminar atinge conteúdos específicos dos canais Copcast, Fala Glauber, Café com a Polícia e Danilsosnider.

De acordo com a ação, as postagens configuram também abusos no direito à liberdade de expressão. Ao decidir pela suspensão, e não exclusão definitiva, dos conteúdos, a Justiça quer assegurar a tutela de direitos humanos sem comprometer a liberdade de expressão e a atividade econômica dos réus, mantendo a reversibilidade da decisão até o julgamento final.

O procurador regional dos Direitos do Cidadão adjunto do MPF no Rio de Janeiro, Julio Araujo, classificou a medida como fundamental para combater esse tipo de postagem. “O estímulo à violência policial contido nesses vídeos estigmatiza a população negra, pobre e periférica, merecendo resposta do Estado e atuação da empresa que hospeda os canais”, avaliou.

A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro também foi notificada para prestar informações sobre os procedimentos adotados para efetivar os termos da Instrução Normativa nº 0234/2023 (sobre o controle de postagens em redes sociais). O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro foi oficiado para que, no prazo de 15 dias, manifeste se tem interesse em compor o polo ativo da ação civil pública.

Discurso de ódio - O caso começou a ser apurado pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do MPF no Rio de Janeiro por meio de inquérito civil, após reportagens do Ponte Jornalismo – site de jornalismo independente – destacarem o conteúdo violento veiculado por policiais em diversos canais do YouTube, em programas de podcast e videocast.

Na ação civil pública ajuizada em maio, o MPF e a DPU solicitaram à Justiça Federal a exclusão imediata dos trechos mencionados na ação e da adoção proativa de medidas pelo Google para casos futuros. Também foi solicitada a fiscalização e moderação, pelo Google, do conteúdo postado em canais específicos, como Copcast, Fala Glauber, Café com a Polícia e Danilsosnider. A intenção é que a empresa implemente um planejamento que permita a análise contínua do conteúdo e a rápida exclusão de material discriminatório.

Indenização - Ainda foi requerido à Justiça que determine ao Estado que regulamente discurso de ódio por membros da Polícia Militar, incluindo-o na Instrução Normativa nº 0234/2023, com a adoção de medidas disciplinares em relação aos casos já mencionados e descritos na ação judicial. Por fim, o MPF e a DPU solicitaram ainda a condenação do Google ao pagamento de indenização de R$ 1 milhão e, dos policiais, de R$ 200 mil por danos morais coletivos.

 A Agência Brasil não conseguiu contato com o Google até o fechamento da matéria. A Polícia Militar ainda não respondeu ao pedido.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

Solidão pode piorar hábitos alimentares de mulheres jovens, revela estudo

 

Pesquisa mostra que quem se sente sozinha tem mais vontade de ingerir comidas calóricas; fome e o estado emocional estão conectados por meio de uma região complexa do cérebro


Por Thais Szegö, da Agência Einstein - O isolamento social provocado pela Covid-19 e o fato de muitas pessoas continuarem trabalhando de maneira remota após a pandemia serviram de motivação para que pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, decidissem estudar os impactos negativos da solidão sobre os hábitos alimentares e a saúde mental das mulheres. Publicado no Jama Network Open, o estudo mostrou que quem se sente sozinha está mais propensa a ingerir comidas calóricas com maior frequência.

Para chegar a essa conclusão, foram selecionadas 93 voluntárias saudáveis com uma média de idade de 25 anos. Elas foram divididas em dois grupos: as que apresentavam altos índices de percepção de isolamento social e as que tinham baixos índices. Em seguida, foram mostradas imagens de alimentos enquanto elas passavam por exames de ressonância magnética funcional, técnica que detecta alterações no fluxo sanguíneo e na oxigenação dos tecidos cerebrais que ocorrem por meio de ativações neuronais.

A análise mostrou que as participantes que se sentiam mais sozinhas apresentaram maior ativação das regiões do cérebro associadas ao desejo por comida, especialmente diante de fotos de itens açucarados. Nelas também houve menor ativação nas áreas da massa cinzenta responsáveis pelo autocontrole relacionado à alimentação.

Segundo o estudo, essas mulheres tendem a apresentar maiores índices de gordura corporal, dieta de baixa qualidade, vícios alimentares, alimentação baseada em recompensa, apetite descontrolado, níveis mais altos de ansiedade e depressão, além de menor capacidade de lidar com eventos difíceis e estressantes.

As conclusões da pesquisa mostram que os impactos da solidão vão muito além dos sentimentos. Eles influenciam na forma como as pessoas se relacionam com a comida, especialmente as que não são saudáveis. Esse processo leva-as a comer mais, ganhar peso e favorece o desenvolvimento de problemas como ansiedade e depressão, criando, segundo especialistas, uma “bola de neve”. 

“Apesar de ser um estudo pequeno, realizado em um único lugar e com um grupo bem específico de pessoas, ele evidencia que o isolamento social pode estar associado a alterações no processamento cerebral relacionado à forma como sentimos fome e como interagimos com estímulos externos, o que dificulta controlar a vontade de comer e contribui para maus hábitos alimentares e obesidade”, avalia o endocrinologista Carlos Andre Minanni, do Centro de Prevenção e Tratamento da Obesidade do Hospital Israelita Albert Einstein. 

Fome emocional - Minanni ressalta que a fome e o estado emocional estão intimamente conectados por meio de estruturas cerebrais como o hipotálamo e o sistema límbico, responsáveis por diversas funções essenciais, a exemplo de memórias e comportamentos. Emoções negativas, como o estresse, a ansiedade, a tristeza e a solidão, podem ativar essas áreas do cérebro, aumentando a sensação de fome.

Segundo a psicóloga Juliana Santos Lemos, especialista em comportamento alimentar e obesidade, em situações como essa, os alimentos se tornam uma válvula de escape, uma forma de distração para fugir da realidade e aliviar as dores momentâneas. “Nesses casos, a preferência é por itens ricos em açúcar e gorduras, que oferecem a sensação rápida de prazer e ativam o sistema límbico no cérebro, região que envolve as emoções e o mecanismo de ganho e recompensa.” 

A especialista afirma que ao comer um doce muito palatável, por exemplo, ocorre uma diminuição dos sintomas estressores, cujo efeito acaba sendo registrado pelo cérebro. Ou seja, quando a pessoa estiver ansiosa, automaticamente fará uma associação com esse tipo de comida, como uma espécie de alívio do estado emocional, fazendo com que ela fique condicionada a esses alimentos nos momentos de tensão. 

“Além disso, quando geramos desgastes emocionais, nosso organismo produz mais cortisol, o hormônio do estresse, deixando o corpo em alerta e acionando o mecanismo de luta e fuga que naturalmente busca por itens capazes de gerar energia rápida, direcionando nossas escolhas alimentares a itens hipercalóricos, ricos em açúcares e gorduras saturadas”, explica a psicóloga. 

As mulheres são mais vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos de ansiedade e depressão por possuírem fatores hormonais e metabólicos que contribuem para essa desregulação emocional. “As causas dessa disparidade entre os sexos continuam sendo investigadas, mas alguns fatores, como maior percentual de gordura corporal, mesmo que em um peso saudável, e normas e expectativas sociais em torno da imagem corporal diferentes, geram mais pressão para que elas sejam mais magras, o que favorece comportamentos alimentares não saudáveis”, acrescenta o endocrinologista do Einstein.

“Um dos seis pilares da Medicina do Estilo de Vida, abordagem que entende a saúde como algo relacionado diretamente aos hábitos da pessoa e está muito em voga atualmente, é a prática de relacionamentos saudáveis e esse estudo ressalta a importância de cultivarmos conexões positivas com familiares, amigos e comunidade e a relevância de buscarmos apoio social quando necessário”, afirma Minanni. 

Terapia pode ajudar - A psicoterapia também traz uma grande ajuda nesses casos. “Ela é aliada no processo de desenvolvimento do repertório emocional, ajudando a afastar o sentimento de culpa que surge quando não se consegue ter controle sobre os hábitos condicionados às emoções, e auxilia na criação de uma rede de apoio, na reestruturação de crenças e na regulação emocional em relação à comida, substituindo comportamentos prejudiciais e aumentando os preventivos”, avalia Juliana Lemos.

Segundo a psicóloga, a terapia cognitivo-comportamental é considerada padrão ouro para o tratamento de transtornos alimentares, perda de peso e obesidade. “Com essa abordagem, é possível entender os aspectos que antecedem a ingestão alimentar e que definem o conjunto de cognições que constroem o processo da alimentação, além de gerenciar outros fatores que impactam a saúde física e mental.” 

Fonte: Brasil 247 com Agência Einstein

 

Cineasta decide por aborto legal na 22ª semana devido a complicações fetais graves: “queria poupar minha filha do sofrimento”

 

Alessandra Tosi descobriu que a filha tinha a Síndrome de Edwards. "O Estado falhou comigo. Se o aborto fosse acessível desde o início, não teríamos passado por tanto sofrimento."

(Foto: Arquivo Pessoal )

 A cineasta Alessandra Tosi tomou uma decisão difícil e dolorosa de realizar um aborto legal na 22ª semana de gestação após descobrir complicações fetais graves em seu bebê. A escolha, marcada por intenso sofrimento físico e emocional, expõe falhas no sistema de saúde e destaca a necessidade de maior compreensão e apoio em situações delicadas como essa.

Em entrevista ao jornal O Globo, Tosi afirmou que ela e o parceiro estavam tentando engravidar há anos e, após uma série de exames normais, conseguiram. No entanto, ao fazer o segundo ultrassom com mais de três meses de gestação, o médico informou que o bebê tinha síndrome de Edwards, uma condição fatal. A notícia foi devastadora. "Estava toda empolgada, mas o médico não abriu a boca. Quando acabou, ele disse que o bebê tinha síndrome de Down. Mais tarde, um especialista confirmou a síndrome de Edwards", conta Tosi

Desesperada e buscando alternativas, Maria consultou sua ginecologista, que foi fria e pouco receptiva. "Ela simplesmente me disse, pelo telefone, 'bom, então, espera nascer'. Eu estava perdida e me senti completamente sozinha", desabafou.

Após dias de angústia, uma amiga sugeriu que Maria procurasse o SUS, onde finalmente encontrou apoio no Hospital Vila Nova Cachoeirinha. Lá, uma médica compreensiva confirmou o diagnóstico fatal e recomendou o aborto legalizado, citando o risco de vida para Tosi e a inviabilidade do feto. "A médica foi a pessoa mais humana que já conheci. Ela segurou minha mão e disse que ia me ajudar", relembra.

O processo foi burocrático e lento, envolvendo vários exames e um pedido à Defensoria Pública. "Um mês depois, saiu o cariótipo. A médica fez um laudo completo, descrevendo o meu risco de morrer, e a interrupção da gravidez foi autorizada", explicou a cineasta.

No hospital onde o aborto foi realizado, Tosi enfrentou um atendimento desumano e doloroso. "Os médicos não me olharam no olho, me deixaram esperando horas. A pressão começou a subir, e a dor era insuportável", lembra. O procedimento finalmente foi realizado, e Maria pôde segurar sua filha Luna por um breve momento. "Eu conversei com ela e disse que sempre a amaria", disse emocionada.

A experiência deixou marcas profundas. "Fiquei dias na cama, sem dormir, chorando. Meu peito estourou de leite após o parto, e anos depois ainda sinto uma dor e tristeza profunda", desabafou. "O Estado falhou comigo. Se o aborto fosse legal e acessível desde o início, não teríamos passado por tanto sofrimento."

Tosi está tentando engravidar novamente e transformou sua dor em arte, criando um filme para compartilhar sua experiência. "O filme é a minha maneira de ser mãe da Luna", conclui.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

Aprovação de Lula com 16 meses de governo é a 3ª maior desde a redemocratização

 

Pesquisa Datafolha mostra que a aprovação de Lula a esta altura do governo só perde para o desempenho de Dilma no primeiro mandato e do próprio Lula em sua segunda gestão

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 A pesquisa Datafolha divulgada na última terça-feira (18) mostrou que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue estável, com 36% dos brasileiros avaliando o governo como ótimo ou bom, 31% como regular e 31% como ruim ou péssimo. Se comparado com os números de avaliação de outros presidentes nos primeiros 16 meses de mandato, o terceiro governo Lula só tem desempenho inferior ao de Dilma, no primeiro mandato, e o do próprio Lula, na segunda gestão.

No início de seu primeiro mandato, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tinha 62% de aprovação, enquanto Lula tinha, no segundo mandato, 69%. Com os mesmos 16 meses de governo, Fernando Collor tinha 18% de aprovação; Itamar Franco, 15%; Fernando Henrique Cardoso, 30% no primeiro mandato e 19% no segundo; Lula, 35% no primeiro, Dilma 10% no segundo; Temer, 5%; e Bolsonaro, 32%.

Em entrevista à Rádio CBN, Lula afirmou que poderá ser candidato à reeleição em 2026 para impedir a volta de “trogloditas” ao poder. “Quando chegar o momento de discutir, tem muita gente boa para ser candidato, eu não preciso ser. Agora, preste atenção: se for necessário para evitar que os trogloditas que governaram voltem a governar, pode ficar certo de que os meus 80 anos [de idade] virarão 40 e eu poderei ser candidato”, disse.

Fonte: Brasil 247

Facebook e Twitter terão de fornecer dados de ofensores de Marielle Franco

 Redes sociais foram condenadas a detalhar as informações dos perfis


A 49ª Vara Cível do Rio condenou o Facebook e o Twitter a fornecer os dados de identificação dos usuários que efetuaram postagens reconhecidas como ilegais e abusivas à memória da vereadora Marielle Franco, morta em março de 2018.


A informação é da coluna de Ancelmo Gois, em O Globo. Mais detalhes devem ser divulgados hoje.


Fonte: Agenda do Poder

Magda Chambriard quer trocar “primeiro-ministro” da Petrobras

 Nova presidente da estatal pretende mudar chefe de gabinete da presidência da empresa, apelidado de “primeiro-ministro”


Após anunciar três novos diretores executivos na semana passada, a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, prepara mudanças em outros cargos estratégicos da estatal.


Segundo apurou a coluna de Igor Gadelha, no portal Metrópoles, Magda pretende trocar o atual chefe de gabinete da presidência, Danilo Silva. Ele ocupa o cargo desde a gestão de Jean Paul Prates como comandante da empresa.


Danilo é funcionário da Petrobras há mais de duas décadas e vinha sendo chamado, nos bastidores, de “primeiro-ministro” da estatal, em razão de sua forte influência na petrolífera.


Integrantes da Petrobras atribuem a indicação de Danilo ao cargo de chefe de gabinete à Federação Única dos Petroleiros (FUP), com quem Jean Paul manteve uma relação amistosa.


Danilo também é próximo de ministros e lideranças petistas influentes, como Alexandre Padilha, atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência.


Magda assumiu oficialmente a presidência da Petrobras em 24 de maio. Sua cerimônia de posse acontecerá nesta quarta-feira (19/6), com a presença do presidente Lula.


A nova chefe da estatal decidiu manter Danilo no cargo nas primeiras semanas, para ajudá-la no início da gestão. Ela já avisou, porém, que quer escolher alguém de sua confiança para o posto.


O próprio Danilo, segundo aliados, já está ciente que será dispensado por Magda e se articula para garantir outro cargo de gerência executiva ou de diretor de alguma subsidiária da Petrobras.


Advogado-geral da Petrobras


Magda Chambriard também deve oficializar nos próximos dias a escolha do procurador aposentado baiano Wellington César Lima como novo advogado-geral da Petrobras.

Atualmente, Wellington é secretário especial de Assuntos Jurídicos da Presidência, cargo que atua como principal assessoria jurídica do presidente Lula no Palácio do Planalto.

A indicação de Wellington para a Petrobras foi do próprio Lula e teria sido motivada por um desejo do petista de ter alguém de sua confiança na estatal.

Como advogado-geral, Wellington trabalhará diretamente com a nova presidente da petrolífera e poderá participar das reuniões da diretoria executiva da petrolífera, sem direito a voto.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

Plano para erradicar trabalho escravo no Brasil será atualizado após 16 anos

 

Sem atualizações desde 2008, o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo chegará à terceira versão

 

Sem atualizações desde 2008, o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo chegará à terceira versão após conversas entre o Ministério dos Direitos Humanos em parceria com a Organização Internacional do Trabalho.

Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O GLOBO, os órgãos querem solidificar instrumentos já existentes, além de atualizar as metas e adequá-las à realidade atual, considerando os eixos da prevenção, repressão e reinserção socioeconômica.


De acordo com Andreia Minduca, coordenadora-geral de Erradicação do Trabalho Escravo do ministério, serão incluídos novos pontos como: o combate ao trabalho escravo doméstico; o tráfico de pessoas; a erradicação do trabalho infantil.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo

 

Copa América vai ter Fan Zone em Copacabana com abertura na próxima segunda, 24, e shows gratuitos

 Evento funcionará em dias de jogos da seleção brasileira


A seleção brasileira iniciará sua participação na Copa América, nos Estados Unidos, às 22h da próxima segunda-feira (24). E, enquanto o time de Dorival Júnior estiver enfrentando a Costa Rica, a fan zone da competição estará sendo inaugurada na praia de Copacabana (altura do posto 2), na Zona Sul do Rio de Janeiro. O evento será aberto nos dias dos jogos do Brasil, terá entrada gratuita e diversas atrações.


Além de convidar o público a assistir às partidas em um telão, contará com shows de grandes músicos nacionais, atrações gastronômicas e opções de entretenimento em ativações de patrocinadores.


Em todos os dias de funcionamento, a fan zone será aberta a partir das 17h. Na inauguração, DJs se apresentarão no início da programação e, antes do jogo começar, haverá show do cantor Xande de Pilares.


Presente no grupo D da Copa América, a seleção também enfrentará Paraguai (28 de junho) e Colômbia (2 de julho). O show do segundo dia de evento será do grupo Fundo de Quintal, enquanto Toni Garrido se apresentará no terceiro.


À medida em que os brasileiros avançarem na competição, novas datas e atrações serão reveladas.


O projeto é apresentado por Betano, com patrocínio de Rexona, Coca-Cola, Brahma e Jim Beam, além de apoio da Secretaria Municipal de Esportes e Prefeitura do Rio de Janeiro. A realização é da agência Effect Sport.


A entrada é gratuita, com solicitação de ingressos já disponível por meio do site sympla.com.br.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Duras falas de Lula sobre Campos Neto não devem influir no resultado do Copom desta quarta-feira, acreditam economistas

 

Expectativa sobre placar na reunião é grande e há receio de novo racha

 

Na véspera de uma das decisões mais importantes do Comitê de Política Monetária (Copom) este ano, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, retomou sua ofensiva nesta terça-feira, 18, contra o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Em entrevista à Rádio CBN, Lula disse que o chefe da autoridade monetária não demonstra capacidade de autonomia, tem lado político e trabalha para prejudicar o País.

Segundo economistas ouvidos pelo Estadão, as falas de Lula devem ter pouco efeito sobre o resultado do Copom desta quarta-feira, 19, já que cinco diretores herdados do governo Jair Bolsonaro são considerados mais vigilantes com a inflação (hawkish) e podem sozinhos formar maioria entre os nove membros. A aposta majoritária do mercado financeiro é pela interrupção dos cortes, com a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 10,50% ao ano.


A dúvida, no entanto, é se as declarações terão influência sobre os quatro diretores indicados por Lula, que poderiam abrir divergência pela continuidade dos cortes. Isso porque, do ponto de vista do mercado financeiro, mais importante do que a parada ou esse corte adicional é que a decisão seja unânime – depois da forte divisão da reunião de maio. Na ocasião, cinco diretores herdados do governo anterior votaram pela redução da Selic em 0,25 ponto, enquanto os quatro indicados por Lula votaram pela queda maior, de 0,5 ponto.


Ainda assim, na visão do mercado, o custo reputacional para esses diretores seria grande, e o resultado seria uma forte piora das expectativas de inflação – dificultando ainda mais o trabalho do BC, a partir do ano que vem, quando Lula indicará o próximo presidente da autarquia e mais dois diretores.


O economista Luis Otávio Leal, especialista em inflação e sócio da G5 Partners, entende que a entrevista do presidente Lula foi negativa, mas não vê capacidade de impacto na decisão do Copom. “Sem dúvida foi ruim, mas não acho que deve influenciar o Copom de amanhã. Continuo com a minha visão de que vão tentar uma unanimidade”, afirmou.


Sérgio Goldenstein, da Warren Investimentos, também aposta em unanimidade na decisão, pois avalia que o Copom dará um “tiro no pé” caso se sujeite a pressões políticas. “Seria uma mega tiro no pé o Copom se sujeitar a pressões políticas num momento de aumento da desconfiança acerca da condução da política monetária a partir de 2025 e de maior desancoragem das expectativas de inflação”, afirmou.


O resultado seria uma piora das expectativas, o que levaria a um aumento da curva de juros, com aperto das condições financeiras e impacto sobre a economia real.


Eduardo Velho, da JF Trust Investimentos, entende que a fala de Lula manterá um viés ruim para a curva futura de juros, porque permanecerá a dúvida sobre o perfil do presidente do Banco Central que irá tomar posse a partir de janeiro do ano que vem. “Infelizmente, a entrevista do Lula é ruim para manter um viés de stress, mas sobretudo de desconfiança com a gestão dos juros para 2025.”


Ele entende, contudo, que uma decisão unânime pode reforçar o viés independente dos quatro diretores, com efeito positivo sobre a curva de juros.


“Se Galípolo e os demais da nova parte da diretoria do Bacen votarem a favor de manter a Selic em 10,50%, não teria apenas efeitos imediatos de recuo dos juros futuros na quinta-feira pela manhã e ganho reputacional pelo Bacen, mas também, apontaria que a chance de essa pressão política do Palácio do Planalto e da base do PT perderia um pouco o peso na formação dos preços dos mercados”, afirmou.


Pressão sobre indicados por Lula


Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, ainda aposta que a decisão será unânime, mas entende que aumentou a probabilidade de os votos terem divergência, após a fala do presidente.


“Ainda acho que deve ser consenso, mas abriu bastante novamente a possibilidade de divergência. Não estranharia em nada se os escolhidos pelo governo desde o ano passado optassem por uma queda de 0,25 ponto percentual. Mas vai ser difícil justificar isso”, afirmou.


Como mostrou o Estadão, a reunião do Copom representará um dilema para o diretor de política monetária Gabriel Galípolo. Ele é o principal cotado para assumir a presidência do Banco, no início do ano que vem.


Se votar como Campos Neto na decisão desta quarta-feira, passará confiança, o que ajudará a reduzir as expectativas de inflação. Por outro lado, pode desagradar o presidente Lula e também integrantes do PT – o que colocaria as indicações para a presidência sob risco. Na entrevista à CBN, Lula falou que o “(próximo) presidente do BC será uma pessoa madura, responsável, com respeito pelo cargo que exerce e que não se submeta à pressão do mercado”.


Ao Estadão/Broadcast, o ex-diretor do BC e consultor da A.C. Pastore & Associados Alexandre Schwartsman afirmou que vê um aumento marginal na chance de uma nova decisão dividida do Copom, aumentando a pressão sobre Galípolo. “Acho que fica mais delicada a situação de um cara como o Galípolo, que imagino que esteja se encaminhando para votar com o consenso”, afirmou.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal Estado de São Paulo, Estadão