segunda-feira, 1 de julho de 2024

VÍDEO – Marcos do Val volta a inventar que Moraes “fraudou as eleições”


Marcos do Val e Bolsonaro. Foto: reprodução

 O senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES) usou suas redes sociais para atacar o estado democrático de direito no último domingo (30), alegando que as eleições de 2022 foram fraudadas pelo ministro Alexandre de Moraes, então presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), mais uma vez sem apresentar nenhuma prova. Do Val, que teve suas redes sociais bloqueadas em 2023 por atentados contra a democracia, recuperou o acesso ao X, antigo Twitter, em 14 de maio deste ano.

“Alexandre de Moraes fraudou as eleições”, escreveu após um mês e meio de seu retorno à plataforma. A alegação foi baseada em um relatório que a ala bolsonarista nos Estados Unidos tem promovido com apoio de parlamentares trumpistas.

“Brasil, hoje, dia 30 de junho de 2024, nós vamos ter uma notícia fantástica… conseguimos que ficasse em nossas mãos, do Capitólio… simplesmente, Alexandre de Moraes fraudou as eleições”. Ele também afirmou que documentos com 500 páginas incriminam não só Moraes, mas também estadunidenses que podem enfrentar prisão perpétua ou pena de morte, o que justificaria o interesse do EUA na pauta.

Em janeiro de 2023, Do Val denunciou ter participado de uma reunião golpista com o ex-presidente Bolsonaro (PL) e o ex-deputado Daniel Silveira para tentar grampear Moraes. Segundo ele, o objetivo era forçar o ministro a falar algo comprometedor para evitar a posse de Lula (PT). Posteriormente, o senador negou ter tentado atacar o ministro do STF.

Fonte: DCM

“Estou há dois anos com o presidente do BC indicado por Bolsonaro. Não é correto isso”: Lula volta a criticar Campos Neto

 “Não dá para um cidadão ter mandato e ser mais importante do que o presidente da República”, diz Lula


Nesta segunda-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a expressar sua insatisfação com a atual política de manutenção do presidente do Banco Central (BC) durante mudanças no comando do Executivo. Em entrevista à Rádio Princesa, da Bahia, Lula questionou a permanência de Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


“Como pode o presidente da República ganhar as eleições e, depois, não poder indicar o presidente do Banco Central? Ou, se indica, ele tem uma data. Estou há dois anos com o presidente do Banco Central do Bolsonaro. Então, não é correto isso”, declarou Lula.


Campos Neto, atual presidente do BC, pode permanecer no cargo até o final de 2024. Entre os possíveis sucessores, Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC, é apontado como favorito. Lula elogiou Galípolo, descrevendo-o como “completíssimo” e com “todas as condições” para liderar a instituição.


Durante a entrevista, Lula criticou a relevância de Campos Neto e sua independência em relação ao governo. “O que não dá é para o cidadão ter um mandato e ser mais importante do que o presidente da República. Isso que está equivocado”, disse o presidente.


Lula também ressaltou a necessidade de “muita paciência” até poder indicar um novo candidato para o BC, manifestando seu desejo por um presidente que tenha uma visão mais alinhada com as necessidades do país, em vez de seguir exclusivamente as diretrizes do sistema financeiro.


As críticas de Lula também se estendem à política monetária atual. O presidente tem se mostrado insatisfeito com a manutenção da taxa Selic a 10,5% ao ano, conforme decidido na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

Desenrola Pequenos Negócios ultrapassa R$ 2,1 bilhões em renegociações

 

Mais de 60 mil clientes já aderiram à iniciativa, que restabelece a saúde financeira de micro e pequenas empresas

O Índice de Confiança dos Pequenos Negócios entrevista 5.600 empresas, com resultados para o país, 27 Unidades da Federação, 4 setores (indústria, comércio, serviços e construção), 3 portes de empresas (MEI, ME e EPP) (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Agência Gov - O programa Desenrola Pequenos Negócios registrou, em todo país, um volume financeiro renegociado de mais de R$ 2,1 bilhões até 30 de junho. No total, 60.864 clientes foram beneficiados pela iniciativa, renegociando um número equivalente de contratos. Os números foram apresentados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em parceria com o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte (MEMP) e o Ministério da Fazenda.

Desde o início do programa, os bancos participantes têm oferecido oportunidades para renegociação de dívidas bancárias para Microempreendedores Individuais (MEI), micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. As dívidas elegíveis são aquelas não pagas até 23 de janeiro de 2024, permitindo que esses empresários obtenham os recursos necessários para manter as atividades.

Voltado a auxiliar pequenos negócios a superar dificuldades financeiras, o programa conta com a participação das principais instituições financeiras do país. São sete bancos participantes, que representam 73% do total da carteira de crédito de micro e pequenas empresas nacionais: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander, Sicredi e Mercantil do Brasil.

Como participar

Para aderir ao programa, o microempreendedor ou pequeno empresário deve entrar em contato com a instituição financeira onde possui a dívida. As renegociações podem ser realizadas por intermédio dos canais de atendimento oficiais, como agências, internet ou aplicativos móveis. Cada instituição financeira participante definirá suas próprias condições e prazos para a renegociação. A Febraban alerta que somente os bancos cadastrados no programa poderão oferecer as condições especiais de renegociação. Em caso de dúvidas ou suspeitas sobre ofertas de renegociação, os empresários são aconselhados a contatar seus bancos pelos canais oficiais e a não aceitar propostas fora dessas plataformas.

Fonte: Brasil 247 com Agência Gov

Para 72% dos eleitores, Biden não deveria disputar reeleição; família do presidente insiste em candidatura

 

Os números mostram que de fato a participação no debate pesou na opinião pública

Joe Biden (Foto: Reuters/Brian Snyder)

 Um levantamento divulgado neste domingo, realizado pela emissora americana CBS News com a empresa de pesquisa YouGov, mostrou que 72% dos eleitores americanos acreditam que Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, não deveria disputar a reeleição em novembro. A rejeição recorde ocorre após a participação desastrosa de Biden no debate com Donald Trump, que contou com lapsos de memória, gaguejos e confusão mental.

Os números mostram que de fato a participação no debate pesou na opinião pública. Em fevereiro, 63% dos eleitores se posicionavam contra a presença de Biden, um número que já era alto.

A nova pesquisa ouviu 1.130 eleitores entre 28 e 29 de junho, ou seja, após o último debate, em que o desempenho do candidato democrata foi criticado. A margem de erro é de 4,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo o New York Times, os familiares pediram para que o Biden permaneça na corrida eleitoral. Alguns chegaram a se oferecer para ajudar mais ativamente na campanha.

“Uma das vozes mais fortes que imploraram a Biden que resistisse à pressão para desistir foi seu filho Hunter Biden, a quem o presidente há muito se apoia para obter conselhos”, diz o jornal norte-americano. Ainda de acordo com a reportagem, Biden estuda formas de tranquilizar os integrantes do Partido Democrata e acalmar os ânimos da mídia.

Fonte: Brasil 247

Bolívia convoca embaixador argentino por declarações sobre tentativa de golpe fracassada

 

Chanceler interina da Bolívia, María Nela Prada, também telefonou para o seu embaixador na Argentina, Ramiro Tapia, para consultas

Membros das forças armadas da Bolívia se reúnem ao lado de um veículo militar enquanto o presidente Luis Arce denuncia a "mobilização irregular” de algumas unidades do exército do país em La Paz, Bolívia, em 26 de junho de 2024. (Foto: REUTERS/Claudia Morales)

Sputnik - A Bolívia convocou o embaixador argentino em La Paz, Marcelo Adrián Massoni, para expressar repúdio pelas reivindicações do governo da Argentina sobre a tentativa de golpe de Estado fracassada no país na semana passada, o que Buenos Aires definiu como "denúncia falsa".

"Informamos ao povo boliviano e à comunidade internacional que foi decidido, como governo do Estado Plurinacional da Bolívia, convocar o embaixador da República Argentina para expressar nosso forte repúdio às declarações feitas pelo gabinete do Presidente da República Argentina República, Javier Milei", afirmou a chanceler interina, María Nela Prada, em conferência de imprensa.

Prada acrescentou que também telefonou para o seu embaixador na Argentina, Ramiro Tapia, para consultas.

O ex-presidente Evo Morales afirmou no último domingo (30) que as declarações do governo de Luis Arce sobre uma tentativa de golpe militar na última semana são falsas e solicitou uma investigação independente dos detalhes do incidente. Antigos aliados, Arce e Morales se tornaram adversários ferrenhos.

Na última quarta-feira (26), militares bolivianos liderados pelo general Juan José Suniga bloquearam a Praça Murillo, onde ficam os prédios do governo em La Paz, com veículos blindados e ainda exigiram a restauração da democracia, a libertação de presos políticos e a nomeação de um novo governo.

Após derrubarem a porta do palácio presidencial com um veículo blindado, o presidente Luis Arce se encontrou com Suniga e ordenou que os soldados se retirassem. Em resposta à desobediência, o presidente nomeou uma nova liderança militar, que ordenou aos rebeldes que deixassem a praça na capital.

O presidente da Bolívia respondeu a Morales e pediu que o adversário não cometesse erros de julgamento e aceitasse os fatos.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO – Filha de influenciadora tira sarro de cozinheiro: “Celular de pobre”


Maíra Cardi e a filha Sophia. Foto: reprodução

 A filha da influenciadora Maíra Cardi com o ator Arthur Aguiar, Sophia, viralizou nas redes sociais no último domingo (30) após dizer que o celular de um funcionário seria “de pobre”.

Casada com Thiago Nigro, conhecido na internet como “Primo Rico”, Maíra vende cursos como coach fitness, e a alimentação da menina é sempre vigiada para que seja sempre saudável. Por isso o cozinheiro da família gravou Sophia enquanto ela comia um macarrão feito por ele.

No entanto, ao ver o celular do chef, Sophia comentou ironicamente: “Seu celular é de pobre”. O cozinheiro respondeu com bom humor, mencionando que seu telefone é atualizado, mas a menina continuou debochando e mostrou seu próprio celular, um iPhone, para comparar.

Na sequência, o cozinheiro brinca, pedindo um celular para a criança de presente, mas ela nega: “pede para a sua mãe”. O vídeo termina com o funcionário dizendo que ela “morreu, está no céu”. “Então pede no céu, mesmo”, finaliza a filha dos ex-participantes do BBB.

Fonte: DCM

Carcereira que fez sexo com detendo tinha vida dupla; entenda

 

A brasileira Linda de Sousa Abreu. Foto: reprodução

A carcereira brasileira Linda de Sousa Abreu, envolvida em um escândalo após ser flagrada fazendo sexo com um detento na Inglaterra, mantinha uma vida dupla. Além de seu trabalho como agente prisional, ela produzia conteúdo adulto para a plataforma OnlyFans.

No ambiente prisional, ela era conhecida como Linda de Sousa Abreu. Entretanto, na plataforma de conteúdo adulto, ela utilizava o pseudônimo Linda La Madre.

Linda publicava vídeos íntimos com amigos de seu marido no OnlyFans. Após o incidente com o detento e a revelação de sua identidade, todas as contas que exibiam seus conteúdos foram removidas da plataforma.

Fonte: DCM

“Essa guerra foi desnecessária”, diz Lula sobre Rússia e Ucrânia

 

Presidente voltou a apelar por uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, para que tenha “força política para tomar decisões e evitar guerras”

Zelensky, Putin e Lula (Foto: REUTERS/Gleb Garanich | Sputnik/Pavel Bednyakov/Pool via REUTERS | Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a guerra entre Rússia e Ucrânia em entrevista à Rádio Princesa, da Bahia, na manhã desta segunda-feira (1º). Segundo ele, a guerra poderia ter sido evitada por uma atuação mais eficiente do Conselho de Segurança da ONU.

“Eu sou contra a guerra. Essa guerra foi desnecessária. Essa guerra poderia ter sido resolvida numa mesa de negociação. É por isso que o meu governo até agora está defendendo uma mudança no Conselho de Segurança da ONU, nos membros permanentes, que são Estados Unidos, Rússia, China, Inglaterra e França, os mesmos que estão desde 1945. Não é possível”, disse. Como solução, o presidente propôs a inclusão de novos países no órgão. “Tem que colocar mais países, mais representatividade da África, da América Latina, a Índia tem que entrar, a Alemanha, o Japão, para que a gente tenha um Conselho de Segurança com força política para tomar decisões e evitar guerras”, defendeu.

Lula também disse que já enviou seu assessor especial para Assuntos Internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim, para dialogar com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. “Já mandei o meu assessor Celso Amorim ir à Ucrânia conversar com o Zelensky, já mandei ir à Rússia conversar com o Putin, para ver se há uma brecha para a gente começar a discutir um acordo, uma paz. Quando tiver essa brecha o Lulinha entra para ajudar a resolver. Mas participar da guerra, não participarei”, disse.

Fonte: Brasil 247

Suprema Corte dos EUA decide que Trump tem imunidade para atos oficiais na Presidência, não privados

 

O tribunal decidiu que, embora ex-presidentes tenham imunidade por ações tomadas dentro de sua autoridade constitucional, eles não têm isenção por ações tomadas no âmbito privado

Donald Trump (Foto: Reuters/Carlos Barria)

Reuters - A Suprema Corte dos Estados Unidos reconheceu pela primeira vez nesta segunda-feira que o ex-presidente e candidato republicano à Presidência dos EUA, Donald Trump, tem imunidade em processos que envolvam certos atos que tomou enquanto estava na Presidência, ao descartar uma decisão que rejeitava tentativa de Trump de se proteger de acusações criminais federais envolvendo seus esforços para reverter o resultado eleitoral de 2020.

O tribunal decidiu por 6 votos a 3 que, embora ex-presidentes desfrutem de imunidade por ações tomadas dentro de sua autoridade constitucional, eles não têm isenção por ações tomadas no âmbito privado. A decisão marca a primeira vez desde a fundação dos EUA no século 18 que a Suprema Corte declarou que ex-presidentes podem estar protegidos de acusações criminais em qualquer instância.

O presidente da Suprema Corte dos EUA, John Roberts, anunciou a decisão em nome da maioria conservadora de seis juízes da corte. Os três magistrados progressistas do tribunal divergiram.

A decisão foi tomada no âmbito de um recurso de Trump contra a sentença de uma corte inferior que rejeitou sua alegação de imunidade.

Trump enfrentará o atual presidente democrata e candidato à reeleição Joe Biden no dia 5 de novembro, em uma revanche da disputa eleitoral de quatro anos atrás. O trâmite lento do caso na Suprema Corte já ajudou Trump ao tornar improvável que qualquer julgamento relacionado a essas acusações possa ser concluído antes da eleição.

Trump argumentou que está imune a processos neste caso pois era presidente quando tomou as ações que levaram às acusações. A acusação rebateu com base no princípio de que ninguém está acima da lei.

Fonte: Brasil 247 com Reuters


Boletim Focus: mercado sobe previsão da inflação para 4% em 2024

 É a oitava semana seguida de alta na expectativa do IPCA; em 6 de maio, a previsão era de 3,72%


Analistas consultados pelo Banco Central passaram a prever que a inflação terminará em 4,0% neste ano, ao mesmo tempo em que voltaram a elevar a projeção para o dólar em relação ao real, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira (1º).


O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a estimativa para a alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,02 ponto percentual em relação ao último relatório.


É a oitava semana seguida de alta. Em 6 de maio, os economistas previam que a inflação seria de 3,72% no ano.


Para 2025 também houve aumento, de 0,02 ponto percentual, a 3,87%, enquanto que para os dois anos seguintes a estimativa segue respectivamente em 3,6% e 3,5%.


O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.


A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda maior desvalorização do real, com o dólar calculado em R$ 5,20 e R$ 5,19 em 2024 e 2025. Na semana passada, os dois anos estavam em R$ 5,15.


Na sexta-feira (28), o dólar voltou a disparar e chegou a ser cotado a R$ 5,60 durante a sessão, fechando o dia em alta de 1,50%, a R$ 5,5907 na venda, maior valor de fechamento desde 10 de janeiro de 2022.


Em relação à política monetária, os especialistas seguem vendo a taxa básica de juros Selic encerrar 2024 no patamar atual de 10,5%, indo a 9,5% no ano que vem.


Para o PIB (Produto Interno Bruto), a estimativa de crescimento permaneceu em 2,09% este ano mas caiu a 1,98% no próximo, de 2,0% calculados antes.


Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo.

Lula confirma revisão de gastos do governo: “estamos fazendo um pente-fino”

 

Presidente voltou a garantir que os mais pobres não serão afetados: “não haverá mudança na política de salário mínimo”

Lula em entrevista ao UOL (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã desta segunda-feira (1º), em entrevista a Rádio Princesa, da Bahia, que o governo federal está promovendo uma revisão de seus gastos. “A gente só gasta aquilo que a gente tem. Se a gente tiver que fazer uma dívida, a gente tem que saber se a gente tem dinheiro para pagar. Se não tiver, não faça a dívida porque você vai quebrar. É assim que eu quero cuidar do Brasil. Eu quero aumentar a riqueza, quero aumentar a arrecadação, a distribuição e o bem-estar da sociedade brasileira. Então estamos fazendo um estudo, um pente-fino para saber se tem alguma coisa errada, se tem alguém recebendo o que não deveria receber”, disse.

No entanto, Lula garantiu que o corte de gastos não vai atingir a população mais pobre, e que políticas consideradas essenciais, como o aumento do salário mínimo, não serão modificadas. “Não é correto do ponto de vista econômico, não é correto do ponto de vista político e não é correto do ponto de vista humanitário você tentar jogar a culpa de qualquer ajuste que você tenha que fazer em cima do mínimo. Não tem nada mais baixo que o mínimo. Então o mínimo é aquilo que está estabelecido por lei para que a gente garanta ao trabalhador a possibilidade de comer as calorias e proteínas necessárias para sua sobrevivência [...] Agora, quando a coisa dá um certo desandar, a corda arrebenta do lado mais pobre. Então por isso eu digo: não haverá mudança na nossa política de salário mínimo porque nós não vamos prejudicar quem já é prejudicado a vida inteira”, defendeu.

Fonte: Brasil 247

"Inflação baixa não é um desejo, é uma obsessão", afirma Lula

 

"Quanto mais baixa a inflação, mais o trabalhador tem poder aquisitivo", disse o presidente, em resposta a quem critica o suposto descontrole dos gastos do governo

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a pressão do mercado financeiro pela autonomia do Banco Central e afirmou que a inflação está sob controle em seu governo. “Inflação baixa, para mim, não é um desejo, é uma obsessão, porque eu sei que quanto mais baixa a inflação, mais o trabalhador tem poder aquisitivo, mais o dinheiro dele vai render. Então isso faz parte da minha vida”, disse Lula nesta segunda-feira (1) em entrevista à Rádio Princesa, na Bahia. 

“A inflação está controlada. Acabamos de aprovar a manutenção da meta de 3%. Responsabilidade é uma coisa que a gente preza muito. Eu vivi dentro de uma fábrica recebendo salário como uma inflação de 80%. Quando eu pegava o salário eu ia direto para o atacadista para comprar tudo que não era perecível, para não perder meu salário”, destacou.

“Então isso faz parte da minha vida. Não é um programa de governo, não é um discurso. É uma profissão de fé que eu carrego. A inflação tem que ser baixa, o governo tem que gastar corretamente, tem que fazer coisas para que sobrem dinheiro para investimento, porque o Estado brasileiro tem pouca capacidade de fazer investimentos”, disse Lula mais à frente. 

Ainda segundo o presidente, “quem quer o Banco Central autônomo é o mercado, que faz parte do Copom, que determina meta da inflação, a taxa de juros. Eu tive um Banco Central independente, O Meirelles ficou oito anos no meu governo como presidente do BC e teve total independência para fazer os ajustes que tinha que fazer. Agora, o que você não pode é ter um BC que não está combinando adequadamente com aquilo que é o desejo da nação. Nós não precisamos ter política de juros altos nesse momento. A taxa Selic de 10,5% está exagerada. A inflação está controlada. Acabamos de aprovar a manutenção da meta de 3%. Responsabilidade é uma coisa que a gente preza muito”. 

Ainda segundo o presidente, “o Banco Central tem que ser o Banco Central de uma pessoa que seja indicada pelo presidente. Como pode um presidente da República ganhar as eleições e depois não poder indicar o presidente do BC ou, se indica, ele tem mandato? Eu estou há dois anos com o presidente do Banco Central do Bolsonaro. Há dois anos. Então não é correto isso”. 

“O correto é que entre o presidente da República e ele indique o presidente do Banco Central. Se der errado ele tira, como o Fernando Henrique Cardoso tirou três. O que não dá é para o cidadão ter um um mandato e ser mais importante que o presidente da República. É isso que está equivocado”, completou. 

Lula, porém, ressaltou que “também não faço disso uma profissão de fé, uma questão ideológica. Foi aprovada pelo Congresso a independência do BC, foi indicado o cidadão pelo governo passado. Eu tenho que, com muita paciência, esperar chegar a hora de indicar um outro candidato e ver se a gente consegue, com a maior autonomia possível, que é a decência política das pessoas, ter um presidente do Banco Central que olhe um pouco esse país do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala”.

Fonte: Brasil 247

"Quem sabe da condição do Biden é o Biden", diz Lula sobre o democrata se manter na campanha pela Casa Branca

 

"Só ele pode dizer", disse Lula sobre o estado de saúde de Joe Biden. Após debate com Trump, condição cognitiva do candidato à reeleição passou a ser discutida nos EUA

Lula e Joe Biden no Salão Oval da Casa Branca (Foto: Jonathan Ernst/Reuters)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta segunda-feira (1), em entrevista à Rádio Princesa, na Bahia, que somente o próprio presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pode avaliar se deve permanecer ou desistir de sua candidatura à reeleição. ”É muito difícil a gente dar palpite no processo eleitoral do outro país. Porque depois do resultado eleitoral, a gente tem que conviver com quem ganhou as eleições. Então você tem que tomar cuidado para não criar animosidade. Eu, pessoalmente, gosto do Biden, já encontrei com o Biden várias vezes. Acho que o Biden tem um problema que ele está andando mais lentamente, está demorando mais para responder as coisas, possivelmente esteja pensando… Mas quem sabe da condição do Biden é o Biden”, disse o presidente.

“Eu fui visitar o presidente Sarney, ele tem 94 anos, e o Sarney está preocupado com as eleições em 2026. Cara, eu pensei que ele estava aposentado. Não está. A cabecinha dele está a mil por hora. Eu fui visitar o Fernando Henrique Cardoso, está com 93 anos e a cabeça está boa - falando mais lentamente por causa da idade. Eu fui visitar todas as pessoas que já passaram dos 80 e poucos anos e que estão meio em situação de saúde precária. E eu acho que o Biden é ele que sabe. Uma pessoa pode mentir para todo mundo, ele não pode mentir a vida inteira para ele mesmo. Então o Biden é que tem que avaliar: se ele está bem, se ele achar que está em condições, ótimo; mas se ele não está, é melhor eles tomarem uma decisão”, ressaltou Lula.

O debate entre Joe Biden e Donald Trump foi transmitido pela CNN na quinta-feira (27). Na ocasião, Biden demonstrou sinais de fraqueza e senilidade que levantam dúvidas sobre sua capacidade de disputar a reeleição. Um  levantamento divulgado neste domingo (30) pela emissora americana CBS News com a empresa de pesquisa YouGov mostrou que 72% dos eleitores americanos acreditam que Joe Biden não deveria disputar a reeleição em novembro.

Ainda conforme Lula, “o que foi chato e desagradável é que no debate expuseram muito a fragilidade do Biden. Primeiro, do outro lado um cidadão mentiroso - segundo o The New York Times, contou 101 mentiras no debate [ex-presidente Donald Trump]. E do outro lado o Biden com uma certa morosidade para responder as coisas. Mas quem sabe da saúde dele é ele, não eu. Então eu acho que tem que ser muito levado em conta, porque as eleições nos Estados Unidos são muito importantes para o resto do mundo”. 

“A depender de quem ganhe e de que política externa quer ter os Estados Unidos, a gente pode melhorar ou piorar o mundo, e eu acho que é importante a gente levar em conta que é preciso a gente melhorar o mundo. O mundo precisa ficar mais humano, mais solidário, mais fraterno, mais humanista. Então eu fico torcendo pelo Biden. Deus queira que ele esteja bem de saúde, que ele possa concorrer. Se não, o partido Democrata pode indicar outra pessoa. Aqui eu estava preso e indiquei o Haddad. Faltavam poucos meses para a campanha e o Haddad teve uma boa participação na campanha. Mas é isso. O Biden tem que contar até dez e pensar ‘eu vou ou não vou’, ‘posso ou não posso’, ‘estou em condições ou não’. Só ele pode dizer”, ressaltou Lula. 

Fonte: Brasil 247

"O agronegócio está bombando", diz Lula

 

Segundo o presidente, o setor não deve temer movimentos sociais de luta pela reforma agrária, como o MST, pois "quem toma as terras deles hoje são os bancos"

Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Paulo Whitaker/Reuters)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (1), em entrevista à Rádio Princesa, na Bahia, que “o agronegócio está bombando” e que o setor não deve temer movimentos sociais de luta pela reforma agrária, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), pois "quem toma as terras deles hoje são os bancos".

“Vi o companheiro [Carlos] Fávaro (ministro da Agricultura e Pecuária) dizer uma coisa: ‘o agronegócio não deveria ter medo das ocupações dos sem terra, quem toma terra deles hoje são os bancos que compram título da dívida agrária deles’”, disse Lula. 

“Faz tempo que os sem-terras não invadem terra nesse país. Eles fizeram uma opção de se transformar em pequenos produtores altamente produtivos, é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina e colocar alimento saudável na mesa do trabalhador”, destacou o presidente. Lula enfatizou que a população brasileira optou por uma reforma agrária “pacífica” e “tranquila” e disse que o “agronegócio está bombando hoje”.

Nesta quarta-feira (3), o governo federal lançará o Plano Safra 2024/2025 e a versão do programa dedicada à agricultura familiar, reforçando o compromisso com o setor agrícola. "O agronegócio é responsável por grande parte da riqueza do país e é importante que continue assim. O Brasil tem um potencial agrícola extraordinário", concluiu Lula.

Fonte: Brasil 247


Milei ignora Mercosul e viaja ao Brasil para evento "conservador" e possível encontro com Bolsonaro

 

Argentino evita, mais uma vez, se encontrar com o presidente Lula

Jair Bolsonaro (à esq.) e Javier Milei (Foto: Reuters)

Reuters - O presidente da Argentina, Javier Milei, viajará ao Brasil neste fim de semana para um evento, mas não se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, podendo encontrar, no entanto, o ex-presidente Jair Bolsonaro, disse o porta-voz do líder argentino nesta segunda-feira.

"Vamos viajar ao Brasil. Não tenho agenda e os horários", disse o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, em coletiva de imprensa.

Ele acrescentou que Milei não participará de uma cúpula do Mercosul prevista para acontecer nesta semana na capital paraguaia, Assunção.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Geração solar própria no Minha Casa, Minha Vida alivia custos para a população e está alinhada à sustentabilidade

 

Para a Absolar, decreto que destinará R$ 3 bi para a geração solar em 500 mil unidades do programa reduz despesas da população e fortalece a transição energética

Usina fotovoltaica em Manaus, no Brasil (Foto: Reuters/Bruno Kelly)

 O decreto assinado pelo presidente Lula (PT) e pelos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e das Cidades, Jader Filho, na sexta-feira (28), que prevê a destinação de R$ 3 bilhões para a instalação de sistemas fotovoltaicos nas unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), representa um grande avanço para a democratização do acesso à energia elétrica limpa, renovável e competitiva para os consumidores de baixa renda, reforçando a sustentabilidade e a contribuindo para a justiça social no País.

A avaliação é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Para a entidade, os recursos, que sairão do Orçamento Geral da União para viabilizar, num primeiro momento, 500 mil unidades do PMCMV, terão papel estratégico na redução da conta de luz da população de baixa renda, bem como aliviarão o orçamento dos mais pobres e ainda vão contribuir para fortalecer a transição energética no País.

Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, a medida é um pleito histórico da entidade junto às autoridades públicas. “A geração própria solar no PMCMV fortalece e democratiza o uso de fontes renováveis no País. Ao mesmo tempo, traz mais investimentos, mais empregos verdes e mais renda aos trabalhadores, aquecendo a economia local, reduzindo impactos ambientais e aumentando a conscientização ambiental da população”, aponta Koloszuk.

Já Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar, destaca que a inclusão de sistemas fotovoltaicos no PMCMV proporciona uma redução de até 70% na conta de luz dos beneficiados, aliviando o orçamento da população mais vulnerável economicamente. “Cada real que uma família de baixa renda deixar de gastar para pagar a conta de luz no final do mês poderá ser usado para melhorar sua alimentação, saúde, educação, transporte e qualidade de vida. Isso faz muita diferença na vida das pessoas, especialmente de quem ganha menos, pois cada real conta. Por isso, a inclusão da geração própria solar no PMCMV é um grande avanço em prol de mais equilíbrio e justiça social no País”, conclui Sauaia.

Fonte: Brasil 247

Discursos pró-armas dominam debate sobre questão no Congresso Nacional

 

Desde 2015, o pró-armamentismo teve 2,4 vezes mais pronunciamentos

Os discursos em defesa da ampliação do acesso a armas de fogo pela população civil dominaram os debates sobre a questão na última década. Desde 2015, o pró-armamentismo teve 2,4 vezes mais pronunciamentos nas tribunas do Congresso Nacional do que as falas contrárias ao uso de armas pelas pessoas comuns.

A constatação é de um levantamento feito pelo Instituto Fogo Cruzado, que mostrou que, de 2015 a 2023, foram 376 discursos de parlamentares pró-armamentismo (69% do total) ante 157 pronunciamentos (29%) contra a ampliação do acesso da população civil a armas e 11 neutros (2%).

O estudo analisou discursos envolvendo o assunto de 1951 a 2023 e mostra que o debate só começou a se intensificar no Congresso a partir de 1997, devido às discussões sobre o Sistema Nacional de Armas (Sinarm), o Estatuto do Desarmamento e o referendo sobre comercialização de armas.

No entanto, somente a partir de 2015 que os discursos pró-armas começaram a predominar sobre a posição contrária, que é pró-controle das armas.

No período de 2015 a 2018, foram 272 discursos sobre armamento, dos quais 198 foram a favor da ampliação do acesso a armas (73%), 65 contra (24%) e nove neutros (3%). Segundo a coordenadora de Pesquisa do Instituto Fogo Cruzado, Terine Coelho, foi nessa legislatura que houve uma virada e a mobilização pró-armamento se torna mais clara.

“Isso é uma novidade na história republicana brasileira. Do outro lado, parece que tem uma passividade dos parlamentares pró-controle. Uma das hipóteses que a pesquisa sugere é que isso deu porque esse campo [pró-controle de armas] parece acreditar que o tema está pacificado. Há uma crença de setores da sociedade, baseada no Estatuto do Desarmamento e na ideia de que a maioria dos brasileiros é contra o armamento, de que esse tema não precisa mais de discussão”, explica Terine.

Entre 2019 e 2022, com a ascensão ao poder do presidente Jair Bolsonaro, que é pró-armamentista, as discussões sobre o tema recuaram, totalizando 173 discursos, sendo 103 a favor da ampliação do acesso às armas (60%), 68 contrários (39%) e dois neutros (1%).

“O caminho que o Bolsonaro adotou para operar uma virada na legislação [com uma liberação maior para o comércio de armas] foi a partir de decretos. E isso ocorreu sem que houvesse uma posição firme no Congresso. Ou seja, no momento mais importante no que se refere à regulação do armamento civil desde o Estatuto do Desarmamento, o Congresso Nacional se comportou como se fosse coadjuvante dessa pauta”, afirma.

Em 2023, a discussão voltou à tona, com um total de 99 discurso em apenas um ano, sendo 75 a favor do acesso da população civil às armas e 24 contra. “O campo pró-controle parece ter se apoiado na revogação dos decretos [do governo anterior pelo atual governo] e está de novo se acomodando na ideia de que o tema está pacificado. Por outro lado, os congressistas pró-armamento não se desmobilizaram e nem vão, porque esse assunto é central para eles. A gente está vendo que eles estão muito mais mobilizados”, disse Terine.

Entre os armamentistas, alguns dos conteúdos que mais apareceram nos discursos foram o direito à defesa, o descontrole da segurança pública, o impacto do desarmamento no aumento da violência, os aspectos legais do uso de armas e a divisão entre bandidos e cidadãos de bem.

“O que a gente conclui, com a pesquisa, é que esse não é um tema pacificado. É um tema que está organizando o debate político. Hoje deputados e senadores [pró-armas] renovaram seus quadros e seus discursos e estão mais bem articulados, com novos argumentos”, afirma a pesquisadora.

Segundo ela, por outro lado, a participação dos parlamentares pró-controle de armas no debate é ínfima. “A expansão do armamento civil é um fator central para aumentar a violência num país onde tem milhares de pessoas morrendo por armas de fogo. E os parlamentares pró-controle não estão se posicionando firmemente nesse debate”.

No grupo pró-controle, os argumentos foram o monopólio do uso da arma pela polícia, as consequências de uma maior circulação de armas para a segurança pública, a necessidade de uma solução mais ampla para a violência e os impactos para mulheres, população não-branca e em escolas.

Edição: Aécio Amado

Fonte: Agência Brasil