“Foram 400 dias que mudaram o Brasil", afirmou o
ex-ministro da Fazenda sobre a conversão da moeda brasileira em real
Persio Arida, Pedro Malan, Gustavo Franco e Fernando Henrique Cardoso (Foto: Vinicius Doti/Fundação FHC)
O ex-ministro da Fazenda e um
dos criadores do Plano Real, Pedro Malan, destacou nesta segunda-feira (24) a
importância da moeda, que completa 30 anos em 2024. Na ocasião, ele ressaltou
que o controle da inflação não era o objetivo final da medida.
"Quando acabou o véu da inflação que impedia que o
Brasil reconhecesse seus desafios e problemas fundamentais, isso permitiu
descortinar a verdade. Sempre dissemos que o controle da inflação não era um
objetivo que se esgotava em si mesmo", afirmou. A declaração ocorreu
durante um evento na Fundação FHC para celebrar o trigésimo aniversário do
Plano Real.
No discurso, Malan também lembrou que o período entre a
posse de Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda e o lançamento da
Unidade Real de Valor (URV) durou 280 dias, seguido por outros 120 dias antes
da conversão da moeda em real. “Foram 400 dias que mudaram o Brasil",
afirmou.
O ex-ministro ainda contou que a ideia de uma moeda
indexada vinha sendo debatida na academia por quase uma década e que as
autoridades já tinham a experiência de seis outros planos econômicos que não
haviam obtido sucesso. Para Malan, FHC teve o mérito de criar uma boa equipe e
divulgar um “programa de ação” que delineava os rumos do real em apenas três
semanas de exercício do cargo.
"Como dizia o Millor, acabava o
salário e sobrava mês. Depois do real, o salário teve seu poder de compra
preservado. Hoje a gente vê que ainda existe a importância da transferência
direta de renda. Temos 15 Estados onde a população que recebe transferência de
renda é maior que aquela com carteira assinada", disse.
Em seis, das sete capitais da região Norte do país já é possível
ver uma fotografia da corrida eleitoral
(Foto: Agência Brasil)
Brasil de Fato - Em seis, das sete capitais da região
Norte do país já é possível ver uma fotografia da corrida eleitoral. Em quatro delas,
partidos do chamado "centrão" lideram as pesquisas para as
prefeituras locais: Manaus (AM), Rio Branco (AC), Macapá (AP) e Porto Velho
(TO). Nas outras duas, Belém (PA) e Palmas (TO), candidatos da extrema direita
aparecem à frente.
Não é possível analisar o cenário eleitoral em Boa Vista
(RR) porque não há pesquisas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e
divulgadas desde janeiro deste ano. As duas últimas, protocoladas por Cidades e
Participações e Instituto Veritá, respectivamente em 7 e 9 de junho, não foram
publicadas.
Em Manaus, o atual prefeito, David Almeida (Avante)
aparece à frente, segundo pesquisa da Quaest divulgada em 11 de maio deste ano,
com 30% das intenções de voto. Logo atrás está o deputado federal Amom Mandel
(Cidadania), que soma 27%.
O levantamento anterior, da Paraná Pesquisas, publicado em
28 de abril deste ano, confirmou a polarização entre os dois candidatos. Nesta
pesquisa, Almeida aparece com 29,5% e Mandel chega a 26,4%. Se vencer, o
candidato do Cidadania pode ser o primeiro prefeito de capital diagnosticado
com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Por enquanto, Tião Bocalom (PL) é o único prefeito de capital do
Norte que não aparece à frente, com possibilidade de conseguir a reeleição. O
mandatário de Rio Branco soma 34% das intenções de voto contra 39% de seu
principal adversário na disputa, o ex-prefeito Marcus Alexandre (MDB), de
acordo com a pesquisa da RealTime Big Data divulgada em 9 de maio deste ano.
Na outra ponta, está Dr. Furlan (MDB), prefeito de Macapá
e pré-candidato com o maior índice apontado por pesquisas em todas as capitais
do país. São 74,3% das intenções de voto, contra apenas 5% do ex-senador Josiel
Alcolumbre (UB).
Em Belém, a pré-candidatura do atual prefeito Edmílson Rodrigues (PSOL), até aqui, não
decola. Com altos índices de reprovação de sua gestão, o pessolista aparece em
terceiro, no levantamento da Paraná Pesquisas de 18 de junho deste ano, com
13%.
Liderando a corrida eleitoral está o deputado federal Eder Mauro
(PL), com 30%, seguido pelo deputado estadual Igor Normando (MDB), que soma
18,4%.
Em Porto Velho, o centrão volta a dominar completamente a
disputa. Mariana Carvalho, ex-deputada federal do União Brasil, é quem lidera a
corrida eleitoral para a prefeitura local, com 21,4% das intenções de voto,
segundo levantamento da Phoenix, publicado no último domingo (23). Logo atrás,
está o deputado federal Léo Moraes (Podemos), que tem 17,6%.
O jornal Correio do
Povo divulgou, no último sábado (22), a mais recente pesquisa sobre as
eleições em Palmas. O levantamento mostra a deputada estadual Janad Vacari (PL)
à frente, com 41% das intenções de voto, seguida pelo deputado estadual Eduardo
Siqueira (Podemos), que tem 26%.
Ministro participa da 12ª edição do Fórum Jurídico do IDP
(Instituto de Direito Público), em Portugal
Ministro do STF Gilmar Mendes (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)
Presente na 12ª
edição do Fórum Jurídico do IDP (Instituto de Direito Público), em Portugal, o
ministro do STF, Gilmar Mendes, declarou à imprensa do país europeu que não
existe terreno para abrir guarda e flexibilizar com a extrema-direita
brasileira, que provocou uma tentativa de golpe de estado culminando na invasão
dos três poderes no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
"Não acredito que haja clima no Brasil para um debate
sobre anistia diante da gravidade dos fatos que ocorreram", afirmou ele em
entrevista à CNN Portugal.
Sobre a reversão da sentença que indica a inelegibilidade
de Jair Bolsonaro por oito anos, contados a partir das eleições de 2022, Mendes
não enxerga a possibilidade de reversão do caso.
"Acho muito difícil. Vamos aguardar a deliberação do
tribunal, mas tudo tende a manter a decisão que já foi tomada, essa tem sido a
rotina em casos semelhantes", respondeu.
Em maio, o Tribunal Superior Eleitoral
rejeitou um recurso de Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro Walter Braga Netto,
para reverter a condenação por abuso de poder político em 7 de Setembro de
2022, quando foi comemorado o Bicentenário da Independência.
Debates sobre a regulamentação estão ocorrendo nas últimas semanas, no Congresso Nacional
Economista Bernard Appy (Foto: Filipe Scotti/FIESC)
A equipe econômica do
governo federal está avaliando propor a taxação de jogos de azar com o imposto
seletivo, conhecido de forma popular como "imposto do pecado". No
entanto, o secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária,
Bernard Appy, ressalta que o tema exige cuidado.
"É uma demanda de alguns deputados e nós estamos
avaliando se faz sentido ou não. De novo, é a mesma questão que vem no caso do
cigarro. Você tem que tributar sim, faz mal para a saúde, todo mundo sabe. Mas
se você errar na mão, você estimula muito contrabando [jogos irregulares].
Então, a questão é saber como e se faz sentido essa tributação e calibrar isso
de forma adequada. A gente tá fazendo junto com a Secretaria de Apostas lá do
Ministério [da Fazenda]", disse ele ao G1.
"Mas, a pedido dos parlamentares, a gente tá
fazendo essa avaliação sim [de taxar com o imposto do pecado]", declarou
ao ressaltar que ainda não há nenhuma posição definida pelo Ministério da
Fazenda.
Debates sobre a regulamentação estão ocorrendo nas últimas
semanas, no Congresso Nacional. O tributo em questão já foi aprovado no âmbito
da reforma tributária, mas o texto ainda precisa ser regulamentado.
A premissa do novo tributo é direcionar a
tributação para bens e serviços considerados nocivos à saúde e ao meio
ambiente, uma definição ampla que permite diversas interpretações, conforme
destacam tributaristas. A equipe econômica enfatiza que o objetivo é
regulatório, negando a possibilidade de o imposto ser utilizado para fins
estritamente arrecadatórios.
O Pantanal
brasileiro, reconhecido por sua vasta biodiversidade e paisagens deslumbrantes,
enfrenta o pior primeiro semestre da história em termos de queimadas. Segundo
dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados
3.372 focos de incêndio até a última segunda-feira (24). Este número supera
significativamente o recorde anterior de 2.534 focos, ocorrido no primeiro
semestre de 2020, informa o Metrópoles.
O monitoramento do bioma pelo Inpe, iniciado em junho de
1998, revelou que o dia 14 de junho de 2024 foi particularmente devastador, com
387 ocorrências registradas apenas nesse dia. A situação é alarmante,
considerando que, em 2020, um terço da área do Pantanal foi consumida pelas
chamas, um evento catastrófico que ainda repercute na fauna e na flora local.
Diante dessa situação crítica, o governo federal
intensificou seus esforços. A segunda reunião da Sala de Situação
Interministerial, liderada pela Casa Civil, ocorreu na mesma segunda-feira, com
o objetivo de monitorar os incêndios no Pantanal e a seca na Amazônia, relata
Ricardo Noblat, do Metrópoles. Esta reunião sublinhou a
necessidade de ações rápidas e coordenadas, especialmente com a antecipação do
pico das queimadas, que tradicionalmente ocorre em setembro.
O Ministério do Meio Ambiente, sob a liderança da ministra
Marina Silva, declarou estado de emergência ambiental em abril devido ao risco
de incêndios. "O MMA vem trabalhando desde outubro de 2023 e, mesmo com a
antecipação do pico de incêndios, já estamos operando em plenas condições de
ação", afirmou Marina, destacando a gravidade da situação.
Em resposta à crise, cerca de 500 combatentes foram destacados
para o Pantanal, apoiados por duas bases de operações das Forças Armadas. Além
disso, seis helicópteros e duas aeronaves, incluindo o KC 390, com capacidade
para transportar 10 mil litros de água por voo, estão em plena atividade. O
governo também considera a instalação de uma base avançada na estrada
Transpantaneira para melhorar a logística e a resposta rápida aos focos de
fogo.
Para reforçar a ação conjunta, as ministras Marina Silva e
Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) planejam visitar Corumbá, um dos
municípios mais afetados pelos incêndios, na próxima sexta-feira (28). Corumbá
é não só um epicentro de queimadas, mas também lidera em desmatamento na
região. Tebet enfatizou a importância de uma resposta robusta e coordenada:
"Nosso trabalho está integrado aos governos locais, e vamos ver de perto a
situação que já estamos acompanhando diuturnamente. Não faltarão recursos, com
responsabilidade, para salvarmos a maior planície alagável do mundo".
Presidente se reúne com os ministros da Fazenda, Agricultura e
Desenvolvimento Agrário nesta terça-feira. Plano deverá ser lançado nesta
semana
Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Paulo Whitaker/Reuters)
O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta terça-feira (25) com os ministros
Fernando Haddad (Fazenda), Carlo Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira
(Desenvolvimento Agrário) para decidir o valor final do Plano Safra 2024/25.
Integrantes do governo ouvidos pela CNN Brasil teriam dito que o valor
final do Plano Safra deve ultrapassar os R$ 510 bilhões, ante aos R$ 435,8
bilhões disponibilizados no ano passado.
Ainda conforme a reportagem, entidades representativas do
agronegócio sugeriram ao governo um valor total de R$ 570 bilhões, sendo R$ 470
bilhões destinados a médios e grandes produtores e R$ 100 bilhões para o
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). As
solicitações das pastas de Agricultura e Desenvolvimento Agrário foram de R$
452 bilhões e R$ 80 bilhões, respectivamente. No entanto, membros da equipe
econômica indicaram que as demandas poderão não ser atendidas na totalidade.
O novo plano deve manter requisitos para práticas de
produção ambientalmente sustentáveis, incluindo a redução das taxas de juros
para projetos de recuperação de pastagens e incentivos para produtores que
adotem práticas agropecuárias mais sustentáveis. A discussão sobre o seguro
rural também está em pauta, especialmente após a recente tragédia ambiental que
afetou o Rio Grande do Sul.
Inicialmente, o ministro Carlo Fávaro havia anunciado, via
rede social, que o lançamento do Plano Safra ocorreria em Rondonópolis, Mato
Grosso, com o objetivo de aproximar o presidente Lula do setor do agronegócio
em uma região onde Jair Bolsonaro (PL) possui alta aprovação. Contudo, o evento
foi cancelado e o lançamento será realizado em Brasília, no Palácio do
Planalto, ainda nesta semana.
Se fosse extraditado do Reino Unido para os EUA, o ativista
australiano poderia ser condenado a até 175 anos de prisão. 'Sofreu perseguição
descabida', afirmou a parlamentar
Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
A presidente nacional do PT,
deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), defendeu nesta segunda-feira (24) o
acordo entre o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, e a Justiça dos Estados
Unidos. Se fosse extraditado do Reino Unido para os EUA, o ativista australiano
poderia ser condenado a até 175 anos de prisão.
"Julian Assange finalmente está livre, informa o
Wikileaks! Vitória importante de todos que se uniram a ele em defesa da
liberdade de informação e contra uma perseguição descabida e injusta",
escreveu a parlamentar na rede social X.
Autoridades norte-americanas acusaram o jornalista de
vazar 700 mil documentos confidenciais desde 2010 após ele apontar
irregularidades e violações de direitos humanos em atividades
diplomático-militares norte-americanas, principalmente no Iraque e Afeganistão.
O WikiLeaks é uma organização sem fins lucrativos que fica
na Suécia. De acordo com a instituição, o australiano Julian Assange passou
mais de cinco anos em uma cela de 2x3 metros e isolado 23 horas por dia no
Reino Unido.
Confira os nomes anunciados por Boulos para seu plano de governo
Guilherme Boulos (Foto: Reprodução/Facebook)
O candidato à prefeitura de São
Paulo, Guilherme Boulos (Psol), divulgou nesta segunda-feira (25) importantes
nomes de figuras públicas que irão compor o seu plano de governo.
Confira os nomes anunciados por Boulos:
Raquel Rolnik, Urbanismo;
Daniel Cara, Educação;
Cida Perez, Educação;
Joselicio Junior, Cultura;
Benedito Mariano, Segurança Pública;
Celso Carvalho, Meio Ambiente;
Marianne Pinotti, Saúde
Gonzalo Vecina, Saúde;
Andreia Batista, Igualdade Racial;
Aldaíza Sposati, Assistência Social;
Nathalia Oliveira, Direitos Humanos;
Rafael Calabria, Transporte Público;
Ana Camila Miguel, Orçamento Público
Ramatis Facino, Igualdade Racial;
Marco Antonio Rocha, Desenvolvimento Local;
Daniel Annenberg, Gestão e Inovação;
Ana Odila, Transporte Público;
Eduardo Silva, Meio Ambiente.
Saiba mais - Pesquisa AtlasIntel/CNN sobre a corrida
pela Prefeitura de São Paulo, divulgada nesta quarta-feira (19), mostra
Guilherme Boulos (Psol) na liderança, com 35,7% das intenções de voto. A
pesquisa, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número
SP-00609/2024, entrevistou 2.220 eleitores paulistanos entre os dias 10 e 11 de
junho, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para
menos e um nível de confiança de 95%.
O levantamento posiciona o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), na
segunda colocação, com 23,4%. Desde a pesquisa anterior, realizada em 28 de
maio, Nunes teve um crescimento significativo, subindo 2,9 pontos percentuais
em relação aos 20,5% que detinha anteriormente.
Pablo Marçal (PRTB) vem em terceiro lugar com 12,6%, seguido por Tabata
Amaral (PSB) com 10,7%. Marçal também apresentou um aumento acima da margem de
erro, ganhando 2,2 pontos percentuais em comparação com o levantamento de maio.
Assange deve se declarar culpado na quarta-feira (26) de uma
acusação de violação da lei de espionagem dos EUA, em um acordo que permitirá
seu retorno à Austrália
Julian Assange (Foto: Reprodução/X/@brealt)
A conta do WikiLeaks na rede
social X (antigo Twitter) divulgou uma foto de Julian Assange já no avião que o
levará às Ilhas Marianas do Norte, após o ativista ser libertado da prisão na
Inglaterra.
Assange deve se declarar culpado na quarta-feira (26) de
uma acusação de violação da lei de espionagem dos EUA, em um acordo que
permitirá seu retorno à Austrália, encerrando uma odisseia legal de 14 anos que
poderia tê-lo condenado a muitas décadas de prisão.
As autoridades dos EUA em 2019 acusaram Assange de 18
crimes, incluindo conspiração com a ex-analista de inteligência do Exército dos
EUA, Chelsea Manning, para obter informações confidenciais e publicar
ilegalmente os nomes de fontes classificadas.
Vários grupos de direitos, organizações de mídia
importantes e líderes de países como México, Brasil e Austrália pediram que as
acusações contra Assange fossem retiradas.
Saiba mais
Do Wikileaks – Julian Assange está livre. Ele deixou a prisão de segurança
máxima de Belmarsh na manhã de 24 de junho, depois de ter passado 1.901 dias
lá. Ele recebeu fiança do Supremo Tribunal de Londres e foi libertado no
aeroporto de Stansted durante a tarde, onde embarcou em um avião e partiu do
Reino Unido.
Este é o resultado de uma campanha global que abrangeu
organizadores de base, defensores da liberdade de imprensa, legisladores e
líderes de todo o espectro político, até às Nações Unidas. Isto criou espaço
para um longo período de negociações com o Departamento de Justiça dos EUA,
conduzindo a um acordo que ainda não foi formalmente finalizado. Forneceremos
mais informações o mais breve possível.
Depois de mais de cinco anos numa cela de 2x3 metros, isolado 23
horas por dia, ele em breve se reunirá com sua esposa Stella Assange e seus
filhos, que só conheceram o pai atrás das grades.
O WikiLeaks publicou histórias inovadoras sobre corrupção
governamental e violações dos direitos humanos, responsabilizando os poderosos
pelas suas ações. Como editor-chefe, Julian pagou caro por esses princípios e
pelo direito do povo de saber.
Ao regressar à Austrália, agradecemos a todos os que nos
apoiaram, lutaram por nós e permaneceram completamente empenhados na luta pela
sua liberdade.
São investigados crimes como peculato e organização criminosa.
Jair Bolsonaro deverá ser indiciado
Jair Bolsonaro e Frederick Wassef (Foto: Reuters | Reprodução)
As investigações da
Polícia Federal (PF) sobre a venda ilegal de presentes dados ao Estado
brasileiro em viagens oficiais de Jair Bolsonaro (PL) continuam a avançar. A
mais recente etapa do inquérito envolve a análise minuciosa do conteúdo dos
celulares do advogado Frederick Wassef, que representa Bolsonaro. Esta análise
é crucial para esclarecer as transações e atividades relacionadas à venda de
presentes dados ao Estado brasileiro.
Os peritos da PF estão focados em vasculhar fotos, vídeos,
mensagens de texto e áudio presentes nos aparelhos de Wassef. A detida análise
desse material, segundo fontes da investigação, é uma das razões para o
prolongamento da conclusão do relatório final, informa o jornal O Globo.
Frederick Wassef está sendo investigado por sua suposta
participação na recompra de um relógio Rolex, dado a Bolsonaro pelo governo
saudita. O Rolex teria sido previamente vendido pelo ex-ajudante de ordens de
Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, a uma joalheria americana.
Wassef, que não respondeu aos contatos para comentar a
investigação, já havia afirmado em depoimento em São Paulo, em agosto de 2023,
que a transação foi legítima e declarou-a à Receita Federal. Ele apresentou
recibos que detalham a compra por US$ 49 mil e um saque de US$ 35 mil, alegando
que a compra foi feita com seus próprios recursos.
Na última semana, a PF realizou novas diligências e colheu um
novo depoimento de Mauro Cid para esclarecer a suposta negociação de outra
joia, identificada através de uma cooperação com o FBI, dos Estados Unidos.
Durante investigações em Miami, Wilson Grove e Nova York, a PF, em conjunto com
o FBI, obteve acesso a comerciantes locais, câmeras de segurança e documentos
financeiros que poderiam corroborar as alegações sobre a venda de uma nova
joia.
"Foi nessa diligência do exterior, com a equipe do
FBI, que se teve notícia dessa nova joia negociada e que não estava no foco da
investigação. Houve um encontro de um novo bem vendido no exterior e isso
talvez tenha sido um dos fatores para atrasar a conclusão do inquérito. Esse
encontro robustece a investigação que se iniciou desde a apreensão no
aeroporto", disse há duas semanas o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
O delegado Ricardo Andrade Saadi, diretor de Investigação
e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção (Dicor), enfatizou que a
identificação dessa nova joia pode agravar as penas dos investigados, caso
sejam condenados. A investigação considera crimes como peculato e formação de
organização criminosa.
De acordo com a PF, auxiliares de Bolsonaro venderam ou
tentaram vender ao menos quatro itens de luxo recebidos em nome do Estado
brasileiro, sendo dois provenientes da Arábia Saudita e dois do Bahrein. Entre
os itens negociados estão relógios de marcas renomadas como Rolex e Patek
Phillipe. Um desses relógios foi vendido à empresa Precision Watches por US$ 68
mil, valor equivalente a cerca de R$ 347 mil na cotação da época.
Mauro Cid esteve diretamente envolvido em uma dessas vendas,
visitando pessoalmente uma loja em Willow Grove para realizar a transação. Uma
foto do comprovante de depósito foi encontrada em seu celular, servindo como
evidência da transação.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
“O estado de segurança impôs um precedente horrível e desferiu
um grande golpe na liberdade de imprensa”
Robert F. Kennedy Jr. (Foto: Brian Snyder/Reuters)
“Julian Assange fechou
um acordo judicial e ficará em liberdade! Estou muito feliz. Ele é um herói
geracional”, escreveu na rede social X Robert Kennedy Jr.
Kennedy Jr, porém, faz uma ressalva: “A má notícia é que
ele teve de se declarar culpado de conspiração para obter e divulgar
informações de defesa nacional. O que significa que o estado de segurança dos
EUA conseguiu criminalizar o jornalismo e alargar a sua jurisdição globalmente
a não-cidadãos.”
“Julian teve que aceitar isso. Ele tem problemas cardíacos
e teria morrido na prisão. Mas o estado de segurança impôs um precedente
horrível e desferiu um grande golpe na liberdade de imprensa.”