quarta-feira, 19 de junho de 2024

Covid-19: entenda como fica a vacinação por idade e grupo prioritário

 



Vacina integra o Programa Nacional de Imunizações desde janeiro

Desde janeiro de 2024, a vacina contra a covid-19 integra o Programa Nacional de Imunizações (PNI). A recomendação do Ministério da Saúde é que estados e municípios priorizem crianças de 6 meses a menores de 5 anos e grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas.

Em maio, a pasta confirmou a compra de 12,5 milhões de doses do imunizante contra a covid-19 SpikeVax, produzido pela farmacêutica Moderna. O processo de aquisição emergencial, segundo o ministério, começou em dezembro de 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a versão mais atualizada da vacina.

A SpikeVax é uma dose monovalente que protege contra uma subvariante específica da covid-19, a XBB 1.5, conhecida popularmente como Kraken e um subtipo da variante Ômicron. A vacina é registrada pela empresa Adium S.A. e fabricada pela Moderna, com indicação para imunização ativa em crianças a partir de 6 meses e adultos.

Esquema primário

Com a aquisição da nova dose, o esquema primário de vacinação contra a covid-19 no Brasil, em 2024, passa a funcionar da seguinte forma:

- Crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias devem receber duas doses, ambas monovalentes (SpikeVax), com intervalo de quatro semanas entre elas;

- Pessoas com 5 anos ou mais que fazem parte de grupos prioritários devem receber uma dose monovalente (SpikeVax);

- Imunocomprometidos com 5 anos ou mais devem receber três doses, sendo a primeira monovalente (SpikeVax). A segunda dose deve ser aplicada quatro semanas depois e a terceira, oito semanas após a segunda dose.

De acordo com a Estratégia de Vacinação contra a Covid-19 em 2024, o esquema primário não é mais recomendado rotineiramente para pessoas com 5 anos ou mais que não fazem parte de grupos prioritários. Entretanto, se a pessoa não tiver sido vacinada anteriormente e optar por se vacinar agora, pode receber uma dose da vacina monovalente (SpikeVax).

No caso de crianças menores de 5 anos completamente imunizadas (três doses) anteriormente com outras vacinas contra a covid-19, a orientação do ministério é que elas recebam mais uma dose da vacina monovalente (SpikeVax).

Doses anuais ou reforço

Além de completar o esquema primário contra a covid-19, é preciso atentar para as doses anuais, que passaram a funcionar da seguinte forma:

- Grupos prioritários a partir de 5 anos devem receber uma dose anual da vacina monovalente (SpikeVax), desde que aplicada com intervalo mínimo de três meses desde a administração da última dose contra a covid-19;

- Imunocomprometidos a partir de 5 anos, gestantes, puérperas e idosos a partir de 60 anos devem receber duas doses anuais da vacina monovalente (SpikeVax), com intervalo mínimo de seis meses entre elas;

Pessoas com 5 anos ou mais que não pertencem a grupos prioritários e já possuem o esquema primário completo (duas doses) não têm indicação para receber a dose anual ou reforço.

Esquema incompleto

Quem está com o esquema primário contra a covid-19 incompleto e faz parte de grupos prioritários deve receber uma dose da vacina monovalente (SpikeVax) conforme as orientações abaixo:

- Pessoas com apenas uma dose devem receber mais uma dose (intervalo mínimo de quatro semanas);

- Pessoas com duas doses devem receber mais uma dose (intervalo mínimo de seis meses).

Crianças de 6 meses a 4 anos que iniciaram o esquema de três doses e completaram 5 anos antes de terminar o esquema devem seguir as orientações abaixo:

- Quem recebeu apenas uma dose antes dos 5 anos deve receber mais uma dose e encerrar o esquema;

- Quem recebeu duas doses antes dos 5 anos deve encerrar o esquema;

- Quem recebeu três doses antes dos 5 anos deve considerar o esquema completo e não precisa receber novas doses.

Não vacinados

Pessoas de grupos prioritários que nunca foram vacinadas contra a covid-19 devem receber duas doses, com intervalo de quatro semanas entre elas. Gestantes, puérperas, imunocomprometidos e idosos com 60 anos ou mais nessa situação, além das duas doses, devem receber uma dose de reforço, após seis meses da última dose.

Já pessoas imunocomprometidas que nunca foram vacinadas devem receber três doses, com intervalo de quatro semanas entre a primeira e a segunda dose e de oito semanas entre a segunda e a terceira dose, conforme esquema primário definido. Uma dose de reforço pode ser aplicada no grupo após seis meses da última dose.

Grupos prioritários

- Pessoas com 60 anos ou mais;
- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores;
- Pessoas imunocomprometidas;
- Indígenas vivendo em terra indígena;
- Ribeirinhos;
- Quilombolas;
- Gestantes e puérperas;
- Trabalhadores da saúde;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Pessoas com comorbidades;
- Pessoas privadas de liberdade;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas;
- Pessoas em situação de rua.






Viajantes

Em caso de viagem internacional, devem ser verificadas as exigências do país de destino. Caso o país exija esquema vacinal contra a covid-19, e o viajante não tiver nenhuma dose, ele poderá receber o esquema de até duas doses. De acordo com o Ministério da Saúde, estados e municípios devem avaliar as situações individualmente, no intuito de encontrar o melhor esquema vacinal conforme a disponibilidade do imunizante e as exigências do país de destino.

Fonte: Agência Brasil

Clientes da Copel não terão aumento na tarifa de energia no próximo ano

 Aneel definiu 0% de reajuste médio em reunião nesta terça-feira (18) . O preço da energia para os paranaenses fica, portanto, abaixo da inflação. Nos últimos 12 meses, o IPCA subiu 3,93%.

COPEL LINHA TRANSMISSÃOClientes da Copel não terão aumento na tarifa de energia no próximo ano (Foto: Copel)

Os clientes da Copel não terão aumento na tarifa de energia. O reajuste médio anual foi de 0%, definiu a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em reunião realizada nesta terça-feira (18).

A Aneel é o órgão regulador federal que calcula a tarifa de energia elétrica de cada área de concessão e comunica às distribuidoras de energia, que aplicam o ajuste uma vez ao ano.

Nos subgrupos de consumidores, a Aneel determinou uma redução de 0,03% nos próximos 12 meses para os clientes residenciais, profissionais liberais e pequenas empresas atendidos pela Copel em todo o Paraná.

O preço da energia para os paranaenses fica, portanto, abaixo da inflação. Nos últimos 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que mede o aumento dos preços no país, subiu 3,93%.

O cálculo da tarifa é realizado com base em diferentes fatores que incluem o custo da energia, uso do sistema e encargos setoriais, dentre outros componentes. Para chegar ao valor deste ano, foram abatidos da tarifa créditos do PIS/Cofins gerados por uma ação judicial vencida pela Copel em 2020.

Conforme decisão do Superior Tribunal Federal (STF) na época, as distribuidoras de energia elétrica de todo o Brasil deixaram de recolher PIS e Cofins sobre o ICMS que incidia na tarifa, beneficiando, assim, todas as classes de consumidores. A decisão judicial gerou um crédito, que é utilizado pela Copel em favor dos clientes.

Outro fator que contribuiu para uma tarifa menor para os clientes residenciais foi a redução das parcelas de pagamento dos empréstimos da conta Covid-19 e conta escassez hídrica, que são contabilizados no cálculo da tarifa. Os valores se referem a um empréstimo utilizado para evitar aumentos significativos na conta de luz nos momentos em que a pandemia e a seca impactaram a vida das pessoas em 2020 e 2021.

A redução para os consumidores residenciais foi possível mesmo diante do aumento nos custos com o transporte da eletricidade, compra de energia e aumento da inflação. Os custos com o transporte de energia compreendem o valor que a Copel retira da tarifa e transfere às transmissoras de energia pelo uso do sistema de transmissão.

Apenas para as grandes empresas (clientes atendidos em alta tensão), haverá reajuste de 0,05%.

INVESTIMENTOS – Em 2024, a Copel está aplicando o maior montante de sua história na ampliação e modernização da rede elétrica no Paraná. Os investimentos somam R$ 2,1 bilhões e incluem a construção de 20 novas subestações, ampliação de outras 80, além de aportes nos principais programas da companhia, como o Paraná Trifásico e o Rede Elétrica Inteligente.

Fonte: AEN

Com 35,7%, Boulos lidera corrida pela Prefeitura de São Paulo em nova pesquisa AtlasIntel/CNN

 

Na sequência aparecem Ricardo Nunes, Pablo Marçal e Tabata Amaral

Guilherme Boulos
Guilherme Boulos (Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados)

Pesquisa AtlasIntel/CNN sobre a corrida pela Prefeitura de São Paulo, divulgada nesta quarta-feira (19), mostra Guilherme Boulos (Psol) na liderança, com 35,7% das intenções de voto. A pesquisa, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-00609/2024, entrevistou 2.220 eleitores paulistanos entre os dias 10 e 11 de junho, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e um nível de confiança de 95%.

O levantamento posiciona o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), na segunda colocação, com 23,4%. Desde a pesquisa anterior, realizada em 28 de maio, Nunes teve um crescimento significativo, subindo 2,9 pontos percentuais em relação aos 20,5% que detinha anteriormente.

Pablo Marçal (PRTB) vem em terceiro lugar com 12,6%, seguido por Tabata Amaral (PSB) com 10,7%. Marçal também apresentou um aumento acima da margem de erro, ganhando 2,2 pontos percentuais em comparação com o levantamento de maio.

  • Guilherme Boulos (Psol): 35,7%;
  • Ricardo Nunes (MDB): 23,4%;
  • Pablo Marçal (PRTB): 12,6%;
  • Tabata Amaral (PSB): 10,7%;
  • Kim Kataguiri (União): 6,9%;
  • José Luiz Datena (PSDB): 5,8%;
  • Marina Helena (Novo): 2%;
  • Altino Prazeres Júnior (PSTU): 0%.

Sem Marçal e Datena

Em um cenário alternativo onde Pablo Marçal e o apresentador José Luiz Datena não participam da corrida, Boulos amplia sua liderança com 37,5% das intenções de voto, enquanto Nunes sobe para 32,4%. Nesse contexto, Tabata Amaral aumenta sua fatia para 11,8% e Kim Kataguiri passa a 8,2%. Marina Helena (Novo) figura com 3,2%, e Altino não pontua.

Segundo turno

A pesquisa também simulou possíveis cenários para o segundo turno entre os principais candidatos. No confronto direto entre Boulos e Nunes, os números indicam um empate técnico.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

 

Menina de 14 anos estuprada pelo marido da avó viaja de SP à Bahia para realizar aborto legal

 

Falta de atendimento em São Paulo forçou a família a viajar mais de 2.000 km para interromper gravidez, fruto de um estupro; criminoso continua foragido

Manifestação contra o PL 1.904/24
Manifestação contra o PL 1.904/24 (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

 Uma menina de 14 anos de Guarulhos (SP), identificada pelo nome fictício Karen, precisou viajar até Salvador (BA) para realizar um aborto legal após ser estuprada pelo marido de sua avó. De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a jovem, que estava na 31ª semana de gestação, não conseguiu atendimento em dois hospitais de São Paulo, onde o procedimento é limitado a 20 semanas. A tragédia revela falhas graves no sistema de saúde e na aplicação da justiça, já que o criminoso permanece foragido.

Vânia, mãe de Karen, também com nome fictício, notou o aumento do volume abdominal da filha e, após insistência, descobriu o abuso. Desesperada, registrou um boletim de ocorrência e procurou o Hospital da Mulher em São Paulo, onde a filha foi submetida a exames e ao coquetel anti-HIV, mas informada de que o aborto não poderia ser realizado devido ao estágio avançado da gestação. No Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, receberam a mesma negativa, agravada pela suspensão do serviço pela prefeitura.

Sem alternativas, mãe e filha viajaram de ônibus até Salvador, enfrentando uma jornada de dois dias e cinco horas. O procedimento foi finalmente realizado no Hospital da Mulher na capital baiana. "Minha filha não aguentava mais a situação", relatou Vânia, destacando o sofrimento psicológico e físico da menina. Enquanto isso, o estuprador continua foragido. "Minha filha sempre pergunta: 'e aí, mãe, não vai acontecer nada com ele? Por que ele não foi preso se cometeu um crime?'", disse Vânia.

O caso ganha contornos ainda mais dramáticos diante da tramitação urgente do Projeto de Lei Antiaborto por Estupro na Câmara dos Deputados, que propõe a criminalização do aborto após 22 semanas de gestação para vítimas de estupro. "Cadê a lei? Cadê a Justiça? Não existe. Querem culpar a vítima de estupro e não vão atrás de quem faz esses absurdos", desabafou Vânia.

Ainda de acordo com a reportagem, a recuperação de Karen tem sido lenta e dolorosa, mas ela recebe apoio psicológico do SUS e do Conselho Tutelar. Aos poucos, ela retoma a vida, cursando o primeiro ano do ensino médio e jogando vôlei. A família, apesar da dor, mantém a esperança. "A gente crê em Deus, e eu acho que, apesar de tudo o que aconteceu com minha filha, ele tem um propósito grande para a vida dela", finaliza Vânia.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Produtores do RS se reúnem com governo para discutir cancelamento do leilão de arroz importado

 

Primeiro leilão foi cancelado no dia 11 de junho, após suspeitas de fraude e da incapacidade das empresas vencedoras de atenderem a demanda prevista

Brasil vai importar arroz para segurar preço
Brasil vai importar arroz para segurar preço (Foto: Marcello Casal Jr/Ag. Brasil )

 Produtores de arroz do Rio Grande do Sul se reunirão nesta quarta-feira (19) com representantes do governo federal na tentativa de impedir a realização de um novo leilão de arroz importado. Segundo a CNN Brasil, o encontro, previsto para às 15h na sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), contará com a presença dos ministros Carlos Favaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), além de Edegar Pretto, presidente da Conab. O primeiro leilão foi cancelado no dia 11 de junho, após suspeitas de fraude e da incapacidade das empresas vencedoras de atenderem a demanda prevista.

Representando os produtores estarão membros da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), do Instituto Rio Grandense do Arroz e da Câmara Setorial do Arroz. Eles pretendem apresentar uma série de argumentos contra o leilão, incluindo balanços de oferta e demanda que mostram um estoque final de arroz maior do que o inicial e estudos que indicam que a Conab subestima as importações e superestima as exportações e o consumo.

Os produtores destacam que a produção brasileira de arroz em 2024 atingiu 10,49 milhões de toneladas, um aumento de 4,6% em relação ao ano anterior, mesmo considerando as perdas ocasionadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Esses dados, segundo eles, são baseados em levantamentos da própria Conab.

Aina conforme a reportagem, outro ponto levantado pelos produtores é o aumento de 1,47% no preço do arroz ao consumidor, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), após as enchentes. Eles argumentam que outros produtos, como batata-inglesa, cebola e cenoura, tiveram aumentos de preços ainda mais significativos (20,61%, 7,94% e 6,05%, respectivamente), sem que o governo tenha decidido pela importação desses itens.

Além disso, os ruralistas alertam que o arroz que o governo pretende importar é cultivado com defensivos agrícolas proibidos no Brasil. Um estudo aponta que a produção de arroz na Ásia utiliza 39 produtos vetados no país, o que poderia representar um risco à saúde e ao meio ambiente.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, declarou que o governo está “elaborando o edital do novo leilão" e que a reunião com os produtores ocorre porque "eles querem conversar".

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

 

Justiça Federal manda Google retirar postagens policiais que disseminam ódio

 

Medida liminar atinge conteúdos específicos de canais no YouTube

(Foto: Reuters/Arnd Wiegmann)

Por Douglas Corrêa, repórter da Agência Brasil - As postagens veiculadas por policiais que disseminam discursos de ódio em programas de podcast e videocast no YouTube estão suspensas por determinação da Justiça Federal. A decisão atendeu parcialmente a pedidos do Ministério Público Federal (MPF) e da Defensoria Pública da União (DPU). A medida liminar atinge conteúdos específicos dos canais Copcast, Fala Glauber, Café com a Polícia e Danilsosnider.

De acordo com a ação, as postagens configuram também abusos no direito à liberdade de expressão. Ao decidir pela suspensão, e não exclusão definitiva, dos conteúdos, a Justiça quer assegurar a tutela de direitos humanos sem comprometer a liberdade de expressão e a atividade econômica dos réus, mantendo a reversibilidade da decisão até o julgamento final.

O procurador regional dos Direitos do Cidadão adjunto do MPF no Rio de Janeiro, Julio Araujo, classificou a medida como fundamental para combater esse tipo de postagem. “O estímulo à violência policial contido nesses vídeos estigmatiza a população negra, pobre e periférica, merecendo resposta do Estado e atuação da empresa que hospeda os canais”, avaliou.

A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro também foi notificada para prestar informações sobre os procedimentos adotados para efetivar os termos da Instrução Normativa nº 0234/2023 (sobre o controle de postagens em redes sociais). O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro foi oficiado para que, no prazo de 15 dias, manifeste se tem interesse em compor o polo ativo da ação civil pública.

Discurso de ódio - O caso começou a ser apurado pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do MPF no Rio de Janeiro por meio de inquérito civil, após reportagens do Ponte Jornalismo – site de jornalismo independente – destacarem o conteúdo violento veiculado por policiais em diversos canais do YouTube, em programas de podcast e videocast.

Na ação civil pública ajuizada em maio, o MPF e a DPU solicitaram à Justiça Federal a exclusão imediata dos trechos mencionados na ação e da adoção proativa de medidas pelo Google para casos futuros. Também foi solicitada a fiscalização e moderação, pelo Google, do conteúdo postado em canais específicos, como Copcast, Fala Glauber, Café com a Polícia e Danilsosnider. A intenção é que a empresa implemente um planejamento que permita a análise contínua do conteúdo e a rápida exclusão de material discriminatório.

Indenização - Ainda foi requerido à Justiça que determine ao Estado que regulamente discurso de ódio por membros da Polícia Militar, incluindo-o na Instrução Normativa nº 0234/2023, com a adoção de medidas disciplinares em relação aos casos já mencionados e descritos na ação judicial. Por fim, o MPF e a DPU solicitaram ainda a condenação do Google ao pagamento de indenização de R$ 1 milhão e, dos policiais, de R$ 200 mil por danos morais coletivos.

 A Agência Brasil não conseguiu contato com o Google até o fechamento da matéria. A Polícia Militar ainda não respondeu ao pedido.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

Solidão pode piorar hábitos alimentares de mulheres jovens, revela estudo

 

Pesquisa mostra que quem se sente sozinha tem mais vontade de ingerir comidas calóricas; fome e o estado emocional estão conectados por meio de uma região complexa do cérebro


Por Thais Szegö, da Agência Einstein - O isolamento social provocado pela Covid-19 e o fato de muitas pessoas continuarem trabalhando de maneira remota após a pandemia serviram de motivação para que pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, decidissem estudar os impactos negativos da solidão sobre os hábitos alimentares e a saúde mental das mulheres. Publicado no Jama Network Open, o estudo mostrou que quem se sente sozinha está mais propensa a ingerir comidas calóricas com maior frequência.

Para chegar a essa conclusão, foram selecionadas 93 voluntárias saudáveis com uma média de idade de 25 anos. Elas foram divididas em dois grupos: as que apresentavam altos índices de percepção de isolamento social e as que tinham baixos índices. Em seguida, foram mostradas imagens de alimentos enquanto elas passavam por exames de ressonância magnética funcional, técnica que detecta alterações no fluxo sanguíneo e na oxigenação dos tecidos cerebrais que ocorrem por meio de ativações neuronais.

A análise mostrou que as participantes que se sentiam mais sozinhas apresentaram maior ativação das regiões do cérebro associadas ao desejo por comida, especialmente diante de fotos de itens açucarados. Nelas também houve menor ativação nas áreas da massa cinzenta responsáveis pelo autocontrole relacionado à alimentação.

Segundo o estudo, essas mulheres tendem a apresentar maiores índices de gordura corporal, dieta de baixa qualidade, vícios alimentares, alimentação baseada em recompensa, apetite descontrolado, níveis mais altos de ansiedade e depressão, além de menor capacidade de lidar com eventos difíceis e estressantes.

As conclusões da pesquisa mostram que os impactos da solidão vão muito além dos sentimentos. Eles influenciam na forma como as pessoas se relacionam com a comida, especialmente as que não são saudáveis. Esse processo leva-as a comer mais, ganhar peso e favorece o desenvolvimento de problemas como ansiedade e depressão, criando, segundo especialistas, uma “bola de neve”. 

“Apesar de ser um estudo pequeno, realizado em um único lugar e com um grupo bem específico de pessoas, ele evidencia que o isolamento social pode estar associado a alterações no processamento cerebral relacionado à forma como sentimos fome e como interagimos com estímulos externos, o que dificulta controlar a vontade de comer e contribui para maus hábitos alimentares e obesidade”, avalia o endocrinologista Carlos Andre Minanni, do Centro de Prevenção e Tratamento da Obesidade do Hospital Israelita Albert Einstein. 

Fome emocional - Minanni ressalta que a fome e o estado emocional estão intimamente conectados por meio de estruturas cerebrais como o hipotálamo e o sistema límbico, responsáveis por diversas funções essenciais, a exemplo de memórias e comportamentos. Emoções negativas, como o estresse, a ansiedade, a tristeza e a solidão, podem ativar essas áreas do cérebro, aumentando a sensação de fome.

Segundo a psicóloga Juliana Santos Lemos, especialista em comportamento alimentar e obesidade, em situações como essa, os alimentos se tornam uma válvula de escape, uma forma de distração para fugir da realidade e aliviar as dores momentâneas. “Nesses casos, a preferência é por itens ricos em açúcar e gorduras, que oferecem a sensação rápida de prazer e ativam o sistema límbico no cérebro, região que envolve as emoções e o mecanismo de ganho e recompensa.” 

A especialista afirma que ao comer um doce muito palatável, por exemplo, ocorre uma diminuição dos sintomas estressores, cujo efeito acaba sendo registrado pelo cérebro. Ou seja, quando a pessoa estiver ansiosa, automaticamente fará uma associação com esse tipo de comida, como uma espécie de alívio do estado emocional, fazendo com que ela fique condicionada a esses alimentos nos momentos de tensão. 

“Além disso, quando geramos desgastes emocionais, nosso organismo produz mais cortisol, o hormônio do estresse, deixando o corpo em alerta e acionando o mecanismo de luta e fuga que naturalmente busca por itens capazes de gerar energia rápida, direcionando nossas escolhas alimentares a itens hipercalóricos, ricos em açúcares e gorduras saturadas”, explica a psicóloga. 

As mulheres são mais vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos de ansiedade e depressão por possuírem fatores hormonais e metabólicos que contribuem para essa desregulação emocional. “As causas dessa disparidade entre os sexos continuam sendo investigadas, mas alguns fatores, como maior percentual de gordura corporal, mesmo que em um peso saudável, e normas e expectativas sociais em torno da imagem corporal diferentes, geram mais pressão para que elas sejam mais magras, o que favorece comportamentos alimentares não saudáveis”, acrescenta o endocrinologista do Einstein.

“Um dos seis pilares da Medicina do Estilo de Vida, abordagem que entende a saúde como algo relacionado diretamente aos hábitos da pessoa e está muito em voga atualmente, é a prática de relacionamentos saudáveis e esse estudo ressalta a importância de cultivarmos conexões positivas com familiares, amigos e comunidade e a relevância de buscarmos apoio social quando necessário”, afirma Minanni. 

Terapia pode ajudar - A psicoterapia também traz uma grande ajuda nesses casos. “Ela é aliada no processo de desenvolvimento do repertório emocional, ajudando a afastar o sentimento de culpa que surge quando não se consegue ter controle sobre os hábitos condicionados às emoções, e auxilia na criação de uma rede de apoio, na reestruturação de crenças e na regulação emocional em relação à comida, substituindo comportamentos prejudiciais e aumentando os preventivos”, avalia Juliana Lemos.

Segundo a psicóloga, a terapia cognitivo-comportamental é considerada padrão ouro para o tratamento de transtornos alimentares, perda de peso e obesidade. “Com essa abordagem, é possível entender os aspectos que antecedem a ingestão alimentar e que definem o conjunto de cognições que constroem o processo da alimentação, além de gerenciar outros fatores que impactam a saúde física e mental.” 

Fonte: Brasil 247 com Agência Einstein

 

Cineasta decide por aborto legal na 22ª semana devido a complicações fetais graves: “queria poupar minha filha do sofrimento”

 

Alessandra Tosi descobriu que a filha tinha a Síndrome de Edwards. "O Estado falhou comigo. Se o aborto fosse acessível desde o início, não teríamos passado por tanto sofrimento."

(Foto: Arquivo Pessoal )

 A cineasta Alessandra Tosi tomou uma decisão difícil e dolorosa de realizar um aborto legal na 22ª semana de gestação após descobrir complicações fetais graves em seu bebê. A escolha, marcada por intenso sofrimento físico e emocional, expõe falhas no sistema de saúde e destaca a necessidade de maior compreensão e apoio em situações delicadas como essa.

Em entrevista ao jornal O Globo, Tosi afirmou que ela e o parceiro estavam tentando engravidar há anos e, após uma série de exames normais, conseguiram. No entanto, ao fazer o segundo ultrassom com mais de três meses de gestação, o médico informou que o bebê tinha síndrome de Edwards, uma condição fatal. A notícia foi devastadora. "Estava toda empolgada, mas o médico não abriu a boca. Quando acabou, ele disse que o bebê tinha síndrome de Down. Mais tarde, um especialista confirmou a síndrome de Edwards", conta Tosi

Desesperada e buscando alternativas, Maria consultou sua ginecologista, que foi fria e pouco receptiva. "Ela simplesmente me disse, pelo telefone, 'bom, então, espera nascer'. Eu estava perdida e me senti completamente sozinha", desabafou.

Após dias de angústia, uma amiga sugeriu que Maria procurasse o SUS, onde finalmente encontrou apoio no Hospital Vila Nova Cachoeirinha. Lá, uma médica compreensiva confirmou o diagnóstico fatal e recomendou o aborto legalizado, citando o risco de vida para Tosi e a inviabilidade do feto. "A médica foi a pessoa mais humana que já conheci. Ela segurou minha mão e disse que ia me ajudar", relembra.

O processo foi burocrático e lento, envolvendo vários exames e um pedido à Defensoria Pública. "Um mês depois, saiu o cariótipo. A médica fez um laudo completo, descrevendo o meu risco de morrer, e a interrupção da gravidez foi autorizada", explicou a cineasta.

No hospital onde o aborto foi realizado, Tosi enfrentou um atendimento desumano e doloroso. "Os médicos não me olharam no olho, me deixaram esperando horas. A pressão começou a subir, e a dor era insuportável", lembra. O procedimento finalmente foi realizado, e Maria pôde segurar sua filha Luna por um breve momento. "Eu conversei com ela e disse que sempre a amaria", disse emocionada.

A experiência deixou marcas profundas. "Fiquei dias na cama, sem dormir, chorando. Meu peito estourou de leite após o parto, e anos depois ainda sinto uma dor e tristeza profunda", desabafou. "O Estado falhou comigo. Se o aborto fosse legal e acessível desde o início, não teríamos passado por tanto sofrimento."

Tosi está tentando engravidar novamente e transformou sua dor em arte, criando um filme para compartilhar sua experiência. "O filme é a minha maneira de ser mãe da Luna", conclui.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

Aprovação de Lula com 16 meses de governo é a 3ª maior desde a redemocratização

 

Pesquisa Datafolha mostra que a aprovação de Lula a esta altura do governo só perde para o desempenho de Dilma no primeiro mandato e do próprio Lula em sua segunda gestão

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 A pesquisa Datafolha divulgada na última terça-feira (18) mostrou que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue estável, com 36% dos brasileiros avaliando o governo como ótimo ou bom, 31% como regular e 31% como ruim ou péssimo. Se comparado com os números de avaliação de outros presidentes nos primeiros 16 meses de mandato, o terceiro governo Lula só tem desempenho inferior ao de Dilma, no primeiro mandato, e o do próprio Lula, na segunda gestão.

No início de seu primeiro mandato, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tinha 62% de aprovação, enquanto Lula tinha, no segundo mandato, 69%. Com os mesmos 16 meses de governo, Fernando Collor tinha 18% de aprovação; Itamar Franco, 15%; Fernando Henrique Cardoso, 30% no primeiro mandato e 19% no segundo; Lula, 35% no primeiro, Dilma 10% no segundo; Temer, 5%; e Bolsonaro, 32%.

Em entrevista à Rádio CBN, Lula afirmou que poderá ser candidato à reeleição em 2026 para impedir a volta de “trogloditas” ao poder. “Quando chegar o momento de discutir, tem muita gente boa para ser candidato, eu não preciso ser. Agora, preste atenção: se for necessário para evitar que os trogloditas que governaram voltem a governar, pode ficar certo de que os meus 80 anos [de idade] virarão 40 e eu poderei ser candidato”, disse.

Fonte: Brasil 247

Facebook e Twitter terão de fornecer dados de ofensores de Marielle Franco

 Redes sociais foram condenadas a detalhar as informações dos perfis


A 49ª Vara Cível do Rio condenou o Facebook e o Twitter a fornecer os dados de identificação dos usuários que efetuaram postagens reconhecidas como ilegais e abusivas à memória da vereadora Marielle Franco, morta em março de 2018.


A informação é da coluna de Ancelmo Gois, em O Globo. Mais detalhes devem ser divulgados hoje.


Fonte: Agenda do Poder

Magda Chambriard quer trocar “primeiro-ministro” da Petrobras

 Nova presidente da estatal pretende mudar chefe de gabinete da presidência da empresa, apelidado de “primeiro-ministro”


Após anunciar três novos diretores executivos na semana passada, a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, prepara mudanças em outros cargos estratégicos da estatal.


Segundo apurou a coluna de Igor Gadelha, no portal Metrópoles, Magda pretende trocar o atual chefe de gabinete da presidência, Danilo Silva. Ele ocupa o cargo desde a gestão de Jean Paul Prates como comandante da empresa.


Danilo é funcionário da Petrobras há mais de duas décadas e vinha sendo chamado, nos bastidores, de “primeiro-ministro” da estatal, em razão de sua forte influência na petrolífera.


Integrantes da Petrobras atribuem a indicação de Danilo ao cargo de chefe de gabinete à Federação Única dos Petroleiros (FUP), com quem Jean Paul manteve uma relação amistosa.


Danilo também é próximo de ministros e lideranças petistas influentes, como Alexandre Padilha, atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência.


Magda assumiu oficialmente a presidência da Petrobras em 24 de maio. Sua cerimônia de posse acontecerá nesta quarta-feira (19/6), com a presença do presidente Lula.


A nova chefe da estatal decidiu manter Danilo no cargo nas primeiras semanas, para ajudá-la no início da gestão. Ela já avisou, porém, que quer escolher alguém de sua confiança para o posto.


O próprio Danilo, segundo aliados, já está ciente que será dispensado por Magda e se articula para garantir outro cargo de gerência executiva ou de diretor de alguma subsidiária da Petrobras.


Advogado-geral da Petrobras


Magda Chambriard também deve oficializar nos próximos dias a escolha do procurador aposentado baiano Wellington César Lima como novo advogado-geral da Petrobras.

Atualmente, Wellington é secretário especial de Assuntos Jurídicos da Presidência, cargo que atua como principal assessoria jurídica do presidente Lula no Palácio do Planalto.

A indicação de Wellington para a Petrobras foi do próprio Lula e teria sido motivada por um desejo do petista de ter alguém de sua confiança na estatal.

Como advogado-geral, Wellington trabalhará diretamente com a nova presidente da petrolífera e poderá participar das reuniões da diretoria executiva da petrolífera, sem direito a voto.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles