quarta-feira, 26 de junho de 2024

Lula descarta desvinculação de aposentadoria do salário mínimo

 

Aumentar piso salarial não é gasto, e sim investimento, diz presidente


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou, nesta quarta-feira (26), a desvinculação do piso das aposentadorias do salário mínimo.

Em entrevista ao Portal Uol, o presidente afirmou também que não vai mexer na política de valorização do salário mínimo. “Eu não considero isso gasto”, disse Lula sobre o aumento dos salários.

“A palavra salário mínimo é o mínimo do mínimo que uma pessoa precisa para sobreviver. Se eu acho que eu vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, eu não vou para o céu, eu ficaria no purgatório”, argumentou o presidente na entrevista.

“Preciso garantir que todas as pessoas tenham condições de viver dignamente. Por isso, nós temos que tentar repartir o pão de cada dia em igualdade de condições. Você acha que eu quero que empresário dê prejuízo? Eu não sou doido! Porque, se ele der prejuízo, eu vou perder meu emprego. Eu quero que o empresário tenha lucro, mas eu quero que ele tenha a cabeça, como teve o Henry Ford, quando disse: ‘eu quero que meus trabalhadores ganhem bem para eles poderem comprar os produtos que eles fabricam’. Se essa filosofia predominasse na cabeça de todo mundo, este país estava maravilhoso”, acrescentou Lula.

Henry Ford (1863-1947) foi um empresário norte-americano, fundador da companhia automobilística Ford.

Em audiência pública no Congresso Nacional, neste mês, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que o governo está revisando os gastos e que a discussão está sendo feita apenas internamente. A equipe econômica estuda a possibilidade de “modernizar” as vinculações de benefícios trabalhistas e previdenciários, não relacionados à aposentadoria, como o benefício de prestação continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego.

Durante a entrevista desta quarta-feira (26), Lula também afirmou que a política de valorização do salário mínimo será mantida enquanto for presidente da República. Para ele, esta é a forma de distribuir a riqueza do país.

A política prevê reajuste anual com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB – soma dos bens e serviços produzidos no país) de dois anos antes. Caso o PIB não tenha crescimento real, o valor a ser reajustado leva em conta apenas o INPC.

“Você tem sempre que colocar a reposição inflacionária para manter o poder aquisitivo, e nós damos uma média do crescimento do PIB dos últimos dois anos. O crescimento do PIB é exatamente para isso. O crescimento do PIB é para você distribuir entre os 213 milhões de brasileiros, e eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos”, afirmou Lula.

Taxação de compras

O presidente também comentou sobre a taxação federal de remessas de até US$ 50 (cerca de R$ 250), vindas do exterior. Lula defende equilíbrio de tratamento na cobrança de impostos da população, argumentando que pessoas em viagem ao exterior também têm isenção de cobranças.

“Nós temos um setor da sociedade brasileira que pode viajar uma vez por mês para o exterior e pode comprar até US$ 2 mil sem pagar imposto, pode chegar no free shop [loja livre de impostos] comprar US$ 1 mil e pode comprar US$ 1 mil no país e não paga imposto. Está tudo normal, é maravilhoso. Eu fiz isso para quem? Para ajudar a classe média, a classe média alta. Agora, quando chega a tua filha, minha filha, minha esposa, que vai comprar US$ 50 [em lojas on-line no exterior] eu vou taxar os US$ 50? Não é irracional? Não é uma coisa contraditória?”, questionou Lula.

Neste mês, a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que taxa as compras internacionais de até US$ 50, que agora está na mesa do presidente Lula para sanção. Em declaração recente, Lula disse que “a tendência é vetar essa taxação.

Atualmente, por meio do programa Remessa Conforme, as compras do exterior abaixo de US$ 50 são isentas de impostos federais e taxadas somente pelo Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com alíquota de 17%, arrecadado pelos estados. O imposto de importação federal, de 60%, incide apenas em remessas provenientes do exterior acima de US$ 50.

A lista das empresas que já aderiram ao Remessa Conforme, que inclui Amazon, Shein e Shoppe, pode ser conferida na página da Receita Federal na internet.

Pelo texto aprovado pelos parlamentares, será cobrada uma taxa de 20% sobre as compras realizadas no exterior de até US$ 50. De US$ 50 a US$ 3 mil (cerca de R$ 15 mil), o imposto será de 60%, com desconto de US$ 20 sobre o tributo a pagar.

Fonte: Agência Brasil

Proteína: 7 perguntas e respostas para garantir um consumo adequado

 

Diante da maior oferta de produtos enriquecidos com o nutriente, veja quais são os riscos de exceder na quantidade ingerida diariamente

Brasil suspende exportações de carne bovina à China com confirmação de caso de "vaca louca" 19/10/2019
Brasil suspende exportações de carne bovina à China com confirmação de caso de "vaca louca" 19/10/2019 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)


Por Regina Célia Pereira, da Agência Einstein - Passeie pelos corredores de um supermercado e certamente verá uma grande variedade de alimentos com alto teor de proteína. Do iogurte ao suco, passando por biscoitos, pães, salgadinhos de ervilhas e afins, há diversas opções disponíveis para aqueles que buscam praticidade aliada à promessa de um bom aporte proteico.

Na última década, o mercado brasileiro vem observando uma oferta cada vez maior de produtos enriquecidos com esse nutriente. Em 2019, alimentos com “alto teor de proteínas” representaram quase 5% de todos os lançamentos de bebidas e alimentos no país, segundo a ferramenta GNPD da Mintel, agência global de inteligência de mercado. A tendência segue em alta: somente neste ano, ainda de acordo com a Mintel, dentre os lançamentos "proteicos”, 35% foram na categoria de bebidas nutricionais, 26% de snacks/aperitivos e 8% de laticínios. 

Além dos frequentadores de academia, há também opções que podem servir como alternativas para quem enfrenta dificuldade no consumo das fontes convencionais de proteína: carnes, ovos, laticínios e leguminosas. Mas é preciso um olhar minucioso ao rótulo, já que a maioria dos produtos é classificada como ultraprocessados. Prefira aqueles com lista de ingredientes enxuta e preste atenção às quantidades de açúcar, gordura, sódio e aditivos.

Outra recomendação é tomar cuidado com o tamanho das porções. Embora a proteína seja essencial para nosso organismo, exageros estão por trás de malefícios. Inclusive, um estudo publicado em fevereiro na revista Nature Metabolism desvendou um dos mecanismos envolvidos no risco cardiovascular. Após pesquisas com humanos, estudiosos da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, fizeram experimentos com animais de laboratório. “O excesso [de proteína] leva ao aumento de aminoácidos na corrente sanguínea e pode interferir com a atividade dos macrófagos”, explica o cardiologista Babak Razani, professor na Universidade de Pittsburgh e líder da investigação.

No cenário identificado na pesquisa, essas células do sistema imunológico passam a atuar de maneira diferenciada, favorecendo inflamações nos vasos e contribuindo para a formação da placa de aterosclerose. Segundo Razani, a leucina, uma partícula proteica presente em carnes, castanhas e soja, por exemplo, parece ser a principal envolvida no processo.

Para o pesquisador dos EUA, embora sejam necessárias mais pesquisas, o trabalho chama a atenção para os riscos atrelados ao exagero. “Como cardiologista, sugiro que as pessoas adotem cardápios equilibrados, baseados na Dieta Mediterrânea”, indica Babak Razani. 

A seguir, especialistas respondem a algumas das principais dúvidas sobre o consumo de proteína:

1. Qual a função da proteína? - Do grupo dos macronutrientes (composto também por gorduras e carboidratos), a proteína tem papel fundamental na constituição dos órgãos e de todos os tecidos do corpo humano. Ela também age na produção de anticorpos e hormônios, além de contribuir para a integridade de unhas, cabelo e pele.

Esse nutriente participa ainda da construção e reparação muscular; e atua como fonte de energia e na manutenção e regulação do metabolismo. Sem contar que prolonga a sensação de saciedade, ajudando a controlar o apetite.

2. Como saber a quantidade de proteína necessária por dia? - A sugestão de consumo muda conforme sua idade, perfil e atividades cotidianas. “Um adulto saudável deve consumir 0,8 grama de proteína por quilograma de peso corporal”, orienta nutricionista Giuliana Modenezi, do Espaço Einstein Esporte e Reabilitação, do Hospital Israelita Albert Einstein. Assim, uma pessoa de 80 quilos, por exemplo, precisa de 64 g do nutriente por dia. 

“A Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva (ISSN) recomenda de 1,4 a 2 g de proteína/kg/dia aos indivíduos que se exercitam diariamente, com variações a depender da modalidade e da intensidade do exercício”, comenta Modenezi.

As indicações para gestantes, bebês, crianças e adolescentes também são distintas e seguem diretrizes específicas. No caso de idosos, preconiza-se entre 1 e 1,5 g de proteína/kg/dia, quantidade que deve ser ajustada individualmente. “A proteína é essencial para prevenir ou tratar a sarcopenia, que é a perda de massa e da função musculoesquelética”, comenta a nutricionista.

3. Quando é preciso suplementar? - “Em situações em que a ingestão proteica, por meio da alimentação, não atende às necessidades”, responde Modenezi. Atletas e praticantes de atividades físicas intensas costumam precisar de suplementação por conta da alta demanda na recuperação muscular. 

Segundo a especialista, indivíduos com dietas restritivas, caso de veganos, intolerantes e alérgicos, assim como os idosos, também podem precisar suplementar. “A eficiência da síntese proteica diminui com a idade”, explica a nutricionista. 

Outros grupos que podem demandar doses extras de proteína são gestantes, lactantes e pacientes em recuperação cirúrgica. Mas vale ressaltar que a determinação do tipo e a dosagem devem ser feitas junto a um nutricionista especializado.

Entre os suplementos proteicos mais populares estão a albumina, extraída da clara de ovo, a caseína e o whey protein, dupla oriunda do leite. “O whey protein é conhecido por sua rápida digestão e alta qualidade”, destaca Modenezi, que ressalta que há ainda opções de origem vegetal.

4. Quais os riscos de consumir muita proteína? - Além do já mencionado risco cardiovascular — que também está relacionado à presença de gordura saturada nas fontes de proteína animal —, o exagero está por trás de males renais. “O excesso pode sobrecarregar os rins, já que eles são responsáveis por filtrar e excretar os resíduos metabólicos do organismo”, explica Modenezi.  

Abusos no consumo de carnes também podem aumentar a excreção de cálcio na urina. “Esse mecanismo colabora para a formação de pedras nos rins, sobretudo em pessoas com predisposição”, avisa a nutricionista do Einstein.

5. Quais são as principais fontes de proteína?  - O destaque vai para carnes, aves, pescados, ovos e laticínios. “Há grandes fontes de origem vegetal também, especialmente as leguminosas”, observa a nutricionista Débora Donio, da Unidade de Check-Up do Hospital Israelita Albert Einstein. Ela se refere ao grupo que engloba feijões, ervilhas, lentilhas, grão-de-bico, soja e tremoço. Derivados como tofu e homus, por exemplo, também tendem a concentrar boas quantidades.

Outra turma que oferece o nutriente é a das oleaginosas, ou seja, castanhas, nozes, amêndoas, pistache e amendoim. “Já os cogumelos não oferecem quantidades interessantes, trata-se de um mito muito difundido por aí”, pontua Donio. 

6. Preciso comer carne para ter o aporte necessário?  - “É possível adquirir proteína de alto valor biológico oriunda de vegetais”, garante Débora Donio. Para tanto, as leguminosas não podem ficar de fora do cardápio. Inclusive, rechear a dieta com esses grãos favorece a microbiota intestinal, num mecanismo que colabora para a absorção de diversos nutrientes.

Uma dica para aproveitar ao máximo é deixar o feijão de molho por cerca de 12 horas. “Mas é importante trocar a água antes de mandar para a panela”, avisa a nutricionista. A estratégia ajuda a diminuir o tempo de cozimento e reduz a quantidade dos chamados compostos antinutricionais, caso dos taninos. 

7. Existem combinações que melhoram a qualidade da proteína? - Sim, e um bom exemplo é a brasileiríssima mistura do arroz com feijão. “Nessa combinação, os aminoácidos que faltam em um aparecem no outro”, explica Donio. Aminoácidos são os pedacinhos de proteína que, juntos, se completam, desempenhando atividades de forma mais eficiente dentro do nosso organismo.

Embora a preferência nacional seja a do arroz branquinho com feijão-carioca, dá para variar os preparos. Que tal arroz 7 grãos com grão-de-bico? Ou arroz integral com salada de lentilha? Ou mesmo alternar entre os feijões preto, vermelho, fradinho... “Para garantir o aporte, a sugestão é optar por fontes variadas”, frisa Débora. 

Outra recomendação é distribuir a ingestão proteica ao longo do dia. “O ideal é fracionar o consumo a fim de garantir seu melhor aproveitamento”, indica a nutricionista. 

Fonte: Brasil 247 com Agência Einstein

 

Confiança da indústria no Brasil avança em junho com melhora da situação atual, diz FGV

 

Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 0,4 ponto na comparação com o mês anterior e foi a 98,4 pontos, de acordo com os dados da FGV

(Foto: REUTERS/Washington Alves)

Reuters - A confiança da indústria no Brasil apresentou ganho em junho pelo terceiro mês seguido diante da melhora na avaliação da situação atual, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 0,4 ponto na comparação com o mês anterior e foi a 98,4 pontos, de acordo com os dados da FGV.

"A percepção sobre a demanda segue melhorando enquanto o nível de estoques se mantém próximo da normalidade. Apesar da queda pontual nas expectativas, há uma perspectiva positiva relacionada ao ambiente de negócios no decorrer do segundo semestre", explicou o economista do FGV IBRE Stéfano Pacini em nota.

O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, teve alta de 1,1 ponto, a 99,3 pontos, maior patamar desde setembro de 2022, segundo a FGV.

Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, caiu 0,4 ponto, para 97,6 pontos, interrompendo sequência de três altas consecutivas.

Em junho, houve alta da confiança em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados.

"Na ótica dos segmentos, é possível perceber que a influência do desastre ambiental no Rio Grande do Sul foi mais severa no mês de maio, porém a recuperação ainda não está clara no resultado geral da indústria", completou Pacini, ressaltando ainda que os indicadores de trabalho e renda continuam positivos.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

Prévia da inflação, IPCA-15 desacelera para 0,39% em junho, abaixo do esperado, diz IBGE

 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em junho; maiores influência vieram de Alimentação e Bebidas, Habitação e Saúde e cuidados pessoais

Supermercado. Foto: Divulgação
Supermercado. Foto: Divulgação

Por Roberto de Lira, Infomoney - O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, desacelerou em junho, com alta de 0,39%, após os 0,44% de maio, informou nesta quarta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio de 2023, o IPCA-15 tinha sido de 0,04%.

Em 12 meses, a variação do IPCA-15 em maio foi 4,06%, acima dos 3,70% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Os dados vieram abaixo do consenso LSEG de analistas, que previa inflação mensal de 0,45% e taxa anualizada de 4,12%.

O IPCA-E, acumulado trimestral do IPCA-15, ficou em 1,04%, menor que a taxa de 1,12% registrada no mesmo período do ano passado.

No mês, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em junho. Apenas o grupo dos Transportes (-0,23%) e o de Artigos de residência (-0,01%) apresentaram variação negativa.

As maiores influências de para a inflação no mês vieram dos grupos Alimentação e Bebidas (0,98%), Habitação (0,63%) e Saúde e cuidados pessoais (0,57%).

Alimentos e bebidas

No grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio acelerou de 0,22% em maio para 1,13% em junho.

Contribuíram para esse resultado as altas da batata inglesa (24,18%), do leite longa vida (8,84%), do arroz (4,20%) e do tomate (6,32%). No lado das quedas, destacaram-se o feijão carioca (-4,69%), a cebola (-2,52%) e as frutas (-2,28%).

A alimentação fora do domicílio (0,59%) também acelerou em relação ao mês de maio (0,37%), em virtude das altas de lanche (de 0,47% em maio para 0,80% em junho) e da refeição (0,34% em maio para 0,51% em junho).

Habitação

Em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (2,29%) foi influenciada pelos reajustes de 6,94% em São Paulo (5,48%), a partir de 10 de maio, de 9,85% em Brasília (4,60%), a partir de 1º de junho, e de 2,95% em Curitiba (2,86%), a partir de 17 de maio.

A energia elétrica residencial subiu 0,79% no mês, influenciada por reajustes tarifários em Salvador, Recife, Fortaleza e Belo Horizonte.

Ainda em Habitação, no subitem gás encanado (-0,10%), o resultado do Rio de Janeiro (-0,33%) decorre de redução média de 1,75%, a partir de 1º de junho, após o reajuste de 0,97% aplicado a partir de 1º de maio.

Saúde e cuidados pessoais

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais foi influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde (0,37%), decorrente do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024 e cujo ciclo se encerra em abril de 2025.

Transportes

No grupo Transportes, houve queda na passagem aérea (-9,87%). Em relação aos combustíveis (-0,22%), todos registraram queda nos preços: etanol (-0,80%), gás veicular (-0,46%), óleo diesel (-0,42%) e gasolina (-0,13%).

O subitem táxi apresentou alta de 0,18%, devido ao reajuste de 17,64% em Recife (3,09%), a partir de 22 de abril.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

 

Papa Francisco condena legalização das drogas e chama traficantes de “assassinos”

 

O papa Francisco. Foto: reprodução


O Papa Francisco se posicionou nesta quarta-feira (26) contra a legalização das drogas, criticando os traficantes como “assassinos” e solicitando apoio e assistência para os dependentes químicos. Com informações da Folha de S.Paulo.

“Uma redução no vício em drogas não é alcançada liberalizando o uso de drogas – isso é uma ilusão – como foi proposto, ou já implementado, em alguns países”, disse Francisco para a multidão na praça de São Pedro, no Vaticano, em sua audiência semanal.

“Ao mesmo tempo, no entanto, lembremos que cada viciado tem uma história pessoal única e deve ser ouvido, compreendido, amado e, na medida do possível, curado e purificado”, completou. Suas palavras coincidiram com o Dia Mundial das Drogas, designado pela ONU (Organização das Nações Unidas).

STF retoma análise sobre porte de drogas nesta 5ª feira

Cigarro de manconha. Foto: reproduçãO

Francisco. no entanto, não fez distinção entre drogas “leves”, como a maconha, legalizada para uso recreativo em diversos países e alguns estados dos EUA, e drogas “pesadas”, como heroína e cocaína.

“Não podemos ignorar as intenções e ações maléficas dos traficantes de drogas. Eles são assassinos”, disse.

O pontífice também condenou o “impacto destrutivo” da produção de drogas no meio ambiente, apontando a bacia amazônica na América Latina como um exemplo evidente desse problema.

Paralelamente, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na última terça-feira (25) que o porte de maconha para uso pessoal não deve ser considerado crime, mas sim uma infração, sem consequências penais. O resultado oficial desse julgamento será divulgado hoje, conforme o presidente da corte, Luís Roberto Barroso.

Fonte: DCM

 

Lula, Boulos e Marta participam de ato público em SP no sábado

 

Guilherme Boulos, o presidente Lula e Marta – Foto: Reprodução

Guilherme Boulos (PSOL) está planejando um ato público com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo no sábado (29). O evento faz parte da estratégia de impulsionar a candidatura de Boulos a prefeito com o apoio do atual chefe de estado brasileiro.

Agenda

Lula estará na zona leste pela manhã, onde anunciará a criação de um instituto federal de educação em Cidade Tiradentes e recursos para obras no campus local da Unifesp. À tarde, na zona sul, o presidente anunciará recursos do Novo PAC para a extensão da linha 5-lilás do metrô e a construção de um instituto federal no Jardim Ângela.

O ministro Camilo Santana, da Educação – Foto: Reprodução

O Palácio do Planalto confirmou a agenda do presidente, que incluirá a presença do ministro da Educação, Camilo Santana (PT), entre outros auxiliares e aliados. A participação do mandatário visa intensificar a presença do governo federal na cidade e fortalecer a candidatura de Boulos.

Imagens para redes sociais convocando militantes para os atos já estão circulando entre membros do PSOL e PT. Elas mostram Lula, Boulos e Marta Suplicy, que será a vice na chapa, unidos.

A presença de Lula ao lado de Boulos nos últimos meses reforça a aliança entre eles. Em dezembro, participaram juntos de uma cerimônia do governo federal em Itaquera. A estratégia do PSOL-PT visa conquistar eleitores de baixa renda e menor escolaridade, tradicionalmente inclinados a votar em Ricardo Nunes (MDB).

Fonte: DCM

 

Tabata detona Marçal após críticas por não ter filhos: “Nunca fui condenada”

 

Tabata Amaral e Pablo Marçal. Foto: Reprodução


A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, rebateu nesta terça-feira (25) as críticas de Pablo Marçal (PRTB). Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o empresário afirmou que a parlamentar não pode ser prefeita porque não é casada.

Para Marçal, a deputada “não dá conta de cuidar” da cidade já que “não sabe o problema de um casamento, não sabe o problema do que é ter filho”.

Diante da fala do ex-coach, Tabata ressaltou a cobrança excessiva a que as mulheres são submetidas e alfinetou Marçal. “Eu nunca fui condenada por fazer parte de uma quadrilha de roubo de banco. Nunca gastei tempo e dinheiro do Corpo de Bombeiros com a minha irresponsabilidade. Eu nunca fiz um funcionário correr até a morte por parada cardíaca em uma brincadeira sem sentido”, disse.

“Nunca fez nada pela educação. Nunca botou um real na saúde pública de São Paulo. Se bobear, nem acredita em mudanças climáticas. Não tem experiência nenhuma, nunca ocupou cargo público”, reforçou.

Fonte: DCM

Eliana estreia na Globo como jurada do Dança dos Famosos


Eliana e logo da TV Globo – Foto: Reprodução

Após muitas especulações, Eliana já tem data para ser oficialmente anunciada como a nova contratada da TV Globo. A apresentadora, segundo informações divulgadas pela colunista Fábia Oliveira, no Metrópoles, será uma das convidadas do júri artístico na final do Dança dos Famosos, do Domingão com Huck, que acontecerá no próximo dia 07.

Para tornar o momento mais especial, a Globo estaria convidando apresentadores e colegas de Eliana para gravarem mensagens de boas-vindas. Vale ressaltar que diversas reuniões já se iniciaram para definir o destino e os detalhes da participação da apresentadora na emissora. Inicialmente, ela estará no Saia Justa, do GNT, mas há rumores de que não ficará apenas nesse projeto.

Eliana deixou o SBT este mês. Segundo fontes, após o afastamento de Silvio Santos, houve falta de investimento em seu programa e situações desagradáveis, como a venda de cotas sem mencionar o nome do dominical, o que irritou a apresentadora.

Fonte: DCM

Abandonada: veja como está a mansão de Pelé no Guarujá um ano e meio após a morte do Rei do futebol

 

Mansão de Pelé na Praia de Pernambuco, em Guarujá (SP) — Foto: Reprodução

A situação atual de uma das casas de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que morreu aos 82 anos em 2022 por um câncer no cólon, mostra sinais claros de abandono, deterioração com o passar do tempo e atos de vandalismo, conforme informações do G1.

O advogado de Edinho, filho de Pelé e responsável pela administração dos bens do pai, desmentiu as versões dos moradores locais, afirmando que o imóvel em Guarujá (SP) não está abandonado. A casa foi a penúltima residência de Pelé antes de ele se mudar para o Jardim Acapulco, na mesma cidade, onde viveu com sua esposa, Márcia Aoki.

Segundo relatos dos moradores, após a morte do Rei do Futebol, os funcionários da mansão foram dispensados, iniciando assim o estado de abandono do imóvel. Além disso, criminosos usaram as árvores ao redor para invadir a casa e roubar fios de cobre. A residência, que antes possuía um transformador de energia exclusivo, agora está sem luz elétrica.

Confira:

Imagem Reprodução
Mansão de Pelé na Praia de Pernambuco, em Guarujá (SP) — Foto: Reprodução

Casa de Pelé na Praia de Pernambuco, em Guarujá (SP), está em estado de abandono — Foto: Reprodução
Antes e depois da mansão de Pelé na Praia de Pernambuco, em Guarujá (SP) — Foto: Reprodução


Fonte: DCM

 

Sakamoto: STF não legalizou maconha, só acabou com o ‘privilégio’ de ricos que fumam

 

Cigarro de maconha. Foto: reprodução


Leonardo Sakamoto

Para entender o Brasil, não basta ver quem se estrepa, mas quem sempre se dá bem. Duas pessoas, uma branca e rica e outra negra e pobre que estejam portando a mesma quantidade de maconha tendem a ter destinos diferentes pelas estatísticas policiais. Um é repreendido porque fez uma coisa feia, o outro, humilhado, processado, preso. Não raro apanha. É esse racismo estrutural bisonho que a (tímida) decisão do Supremo Tribunal Federal, desta terça (25), tenta mudar.

Por 11 votos a três, os ministros decidiram criar critérios para separar o traficante do usuário, mantendo o porte como ato ilícito, mas descriminalizando-o. Se o branco rico não vai ao xilindró, o negro pobre também não vai. É simples, é quase pueril, mas, mesmo assim, a mudança vai ser usada para atacar o STF.

Como a lei não define hoje uma quantidade de droga que separa o traficante do usuário, a polícia e a Justiça passaram a enquadrar semoventes com qualquer catso de maconha como bandidos, mandando muitos para a cadeia – quer dizer, para a escola do crime dirigida pelas narcomilícias. Com isso, o STF foi acionado. Foi o bastante para a grita daqueles que acham que a corte só pode julgar a constitucionalidade daquilo que lhes convém

Como reação, o Congresso analisa uma proposta de emenda constitucional do senador Efraim Filho (União Brasil-PB), que considera crime mesmo a pessoa que porte uma bituca velha que produza menos de um peido de maconha e nem dê brisa.

Ela até prevê a separação de traficantes e usuários (como vai fazer isso, ignorando o debate no STF, eu não sei) e penas alternativas, além de mandar usuários para tratamento. O que dá arrepios a imaginar a interpretação criativa de alguns juízes e do tratamento.

Com a decisão de hoje, demos um passo, ainda que pequeno, contra a falida guerra às drogas – que produz, anualmente, montanhas de mortos pelas narcomilícias e em chacinas policiais em série – como as deste ano em São Paulo, na Bahia e no Rio – sem conseguir reduzir o consumo de psicoativos.

Aliás, as maiores batalhas do tráfico sempre acontecem longe dos olhos das classes média e alta, uma vez que a imensa maioria dos corpos contabilizados é de jovens, negros, pobres, que se matam na conquista de territórios para venda de drogas, pelas leis do tráfico, pelas mãos da polícia e das milícias ou pelas balas perdidas (sic). Os mais ricos sentem a violência, mas o que chega neles não é nem de perto o que os mais pobres são obrigados a viver no dia a dia.

Maconha: os critérios que os ministros do STF sugeriram para usuários | VEJACigarro de maconha. Foto: reprodução

Se o Congresso quisesse resolver a bomba-relógio da segurança pública, descriminalizaria e legalizaria paulatinamente uma série de drogas, começando pela maconha. Isso quebraria as pernas do tráfico, reduzindo o número de jovens que hoje são enviados aos presídios para aprender a roubar e matar e desidratando o poder econômico das facções criminosas. Mas não quer. E brinda seu anacronismo com uísque.

Assumir um planejamento legal e de saúde pública (sim, drogas deveria ser tratada sob esse enfoque e não o do xilindró) para a legalização e a regulamentação, desidratando o tráfico de drogas e o tráfico de armas através do fim de seu mercado ilegal seria importante para reduzir mortes.

Agora, o STF vai definir a quantidade de erva que diferencia traficantes de usuários. A maioria racional do Congresso poderia ser motor de efetivação da dignidade humana, alinhando-se à resposta racional que o resto do mundo está tomando diante da maconha. Mas o mais provável é que seja o seu freio, na ânsia por efetivar suas necessidades políticas e eleitorais, por bater palma para maluco dançar e até por manter o financiamento de bandido.

Por fim, tentativa de golpe de Estado é, sob qualquer aspecto, muito pior que o porte de drogas. Mas para uma parcela do Congresso e da extrema direita, precisamos dar anistia a quem atentou contra o Estado Democrático de Direito e mandar para o xilindró quem é pego fumando maconha.

O que é mais fora da realidade? Essa viagem sem sentido ou uma brisa de erva?

Publicado originalmente na coluna de Leonardo Sakamoto, no Uol