domingo, 9 de março de 2025

Caso Luighi: Palmeiras critica punição da Conmebol ao Cerro Porteño e cobra medidas mais severas contra racismo

Clube considera sanções "brandas e inócuas" e promete levar o caso às instâncias máximas do futebol mundial para combater a discriminação no esporte

Meia Luighi do Palmeiras em entrevista coletiva após sofrer racismo em campo (Foto: Reprodução/Sport TV)

O Palmeiras manifestou forte discordância em relação às punições aplicadas pela Conmebol ao Cerro Porteño pelo caso de racismo ocorrido na partida entre as equipes pela Copa Libertadores Sub-20. A entidade sul-americana impôs ao clube paraguaio uma multa de 50 mil dólares (cerca de R$ 288 mil) e a realização de jogos com portões fechados, decisão que o time paulista classificou como "extremamente branda".

A manifestação do Palmeiras, divulgada em nota oficial, foi destacada pelo jornal O Globo, que repercutiu a insatisfação do clube diante da postura da Conmebol. No documento, o clube afirma que as punições são “penas inócuas diante da gravidade dos fatos ocorridos e, portanto, insuficientes para combater os reiterados casos de discriminação racial no futebol sul-americano”. O Palmeiras reforçou ainda que levará o caso às instâncias superiores do futebol mundial para garantir uma punição mais severa, visando transformar o ambiente esportivo em um espaço de "tolerância zero ao racismo".

A presidente do clube, Leila Pereira, chegou a solicitar a exclusão do Cerro Porteño da competição, mas o pedido não foi acatado pela entidade.

Presidência da Comissão de Relações Exteriores para Eduardo Bolsonaro vira prioridade do PL na Câmara

Partido turbina estratégia para confrontar Alexandre de Moraes e o governo Lula

Eduardo Bolsonaro (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

O PL colocou como foco prioritário a nomeação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. De acordo com Andréia Sadi, do g1, a decisão ganhou força após o PT solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a apreensão do passaporte do parlamentar, alegando suspeitas de envolvimento em um suposto atentado contra a soberania nacional.

“Traição sempre rondou Bolsonaro”, diz Cappelli ao falar sobre o projeto T

Cappelli aponta desintegração do bolsonarismo e vê disputa entre Tarcísio e Eduardo Bolsonaro como uma batalha para definir quem perderá para Lula

Ricardo Cappelli e Jair Bolsonaro (Foto: 247 | Reuters)

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, ironizou a movimentação da direita para as eleições presidenciais de 2026 e apontou o isolamento de Jair Bolsonaro (PL) dentro do próprio campo político. Em meio a articulações para lançar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como principal nome da direita, Cappelli destacou o enfraquecimento do ex-presidente e a fragmentação de sua base de apoio.

“Tarcísio conseguirá enquadrar a família Bolsonaro tornando-os meros coadjuvantes, como fez no projeto Nunes em SP? Bolsonaro resistirá impondo Eduardo? A disputa hoje na direita é sobre quem vai perder para o presidente Lula em 2026. A traição sempre rondou Bolsonaro”, afirmou Cappelli.

“Vamos desenhar pra ver se Bolsonaro entende”, diz Gleisi após fala de Bolsonaro sobre guerra fiscal de Trump

Futura ministra criticou Bolsonaro por "mentir e bajular" Trump, em resposta à defesa do ex-presidente às políticas protecionistas do "ídolo" estadunidense

Jair Bolsonaro e Gleisi Hoffmann (Foto: ABr | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

A futura ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu às declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro, que defendeu as políticas protecionistas do aliado Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Em resposta a Bolsonaro, que sugeriu que o presidente Lula discutisse diretamente com Trump e Elon Musk a redução de tarifas, Gleisi foi incisiva: “Vamos desenhar pra ver se Bolsonaro entende: quem paga a conta do aumento de taxas dos produtos importados que Trump está anunciando é o consumidor dos Estados Unidos, porque tudo fica mais caro lá”.

A fala de Gleisi ocorre após Bolsonaro rebater o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que, em entrevista ao Flow Podcast, criticou a contradição entre o protecionismo norte-americano e a política brasileira de redução de impostos sobre alimentos. Haddad destacou que, enquanto Trump “taxa o mundo inteiro”, o governo Lula anunciou medidas para baratear a cesta básica no Brasil. Bolsonaro, por sua vez, sugeriu que Lula marque uma audiência com Trump e Musk para discutir tarifas e outros temas, como os acordos com a China e o conflito envolvendo o Hamas.

VÍDEO – Michelle diz que não é obrigada a aguentar Carluxo: “bíblia me respalda”

 

Michelle Bolsonaro em entrevista a Alexandre Garcia. Foto: reprodução

A ex primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou, em entrevista ao “jornalista” Alexandre Garcia, que não tem um bom relacionamento com o seu enteado Carlos Bolsonaro (PL), vereador do Rio de Janeiro e filho “02” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Ele tem uma questão por eu ser mais nova, 27 anos mais nova [que Bolsonaro]. Acho que ele não gostou muito”, iniciou Michelle. Na sequência, ela afirmou que, apesar de terem “gênios” diferentes, não deseja nenhum mal para ele antes de decretar: “É uma pessoa que eu não quero conviver. Para não ter problemas maiores, eu prefiro me afastar”.

A ex primeira-dama também disse a Garcia que já perdoou seu enteado por problemas no passado e que jamais proibiria seu marido de passar um tempo com Carluxo: “Não sou obrigada a conviver, pois a bíblia me dá esse respaldo. Não proíbo meu marido de ter relacionamento com ele, jamais, mas eu não consigo”.

Corinthians x Santos: prováveis escalações e onde assistir

Primeira semifinal do Paulistão acontece neste domingo (9), às 18h30, na Neo Química Arena

Rodrigo Coca/Agência Corinthians/Reprodução X Santos

A partir das 18h30, o Corinthians recebe o Santos, na Neo Química Arena, para o primeiro confronto da semifinal do Paulistão. A taça do campeonato estadual não fica com o Timão já há seis anos, e os santistas não se encontram com o troféu desde 2016.

O confronto expõe diferentes expectativas das torcidas. O Timão, apesar de chegar com a melhor campanha do Estadual, sofre críticas por causa da derrota por 3 a 0 contra o Barcelona–EQU, pela Pré-Libertadores.

Já o Peixe, mesmo sendo o semifinalista que menos somou pontos na primeira fase, chega com a expectativa alta pela readaptação de Neymar. O craque teve um início lento, mas agora soma seis participações em gols nas últimas quatro partidas.

Peça-chave na prisão de Ronaldinho no Paraguai segue foragida 5 anos após o caso


Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Roberto de Assis, escoltados por policiais no Paraguai após serem presos por uso de passaportes falsos em março de 2020 – Foto: Reprodução
A empresária Dalia López, apontada como peça-chave na prisão de Ronaldinho Gaúcho no Paraguai por uso de passaportes falsos em 2020, continua foragida. Acusada de viabilizar os documentos irregulares, ela teve um mandado de prisão expedido em 7 de março de 2020, mas nunca se apresentou à Justiça. “Uma ordem de captura internacional foi emitida e tem sido renovada desde então”, informou a Interpol, que, em novembro de 2023, reiterou o pedido de busca.

O plano de ministro do STF para barrar o crescimento do bolsonarismo no Senado


      O ex-presidente Jair Bolsonaro em discurso no Senado. Foto: Marcos Brandão/Senado Federal

Cientes que podem ser presos pela trama golpista, um dos principais planos dos políticos próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é conseguir, no Senado, o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes, que tem se destacado no combate ao golpismo.

No entanto, eles precisam esperar até 2026, quando as eleições poderão trocar até dois terços dos parlamentares, para assim ampliar a força do bolsonarismo no Senado. A fim de evitar essa tendência, um dos ministros do STF, segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo, está articulando com governadores próximos para que eles se candidatem ao Senado, limitando assim as chances de sucesso das candidaturas de extrema-direita.

Bolsonaro “irá para embaixada e pedirá asilo diplomático”, diz Elio Gaspari

 

Bolsonaro e Viktor Orbán, presidente da Hungria. Foto: reprodução
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acatou as últimas decisões da Justiça e apresentou sua defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF) após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado. No entanto, nos bastidores, ele já articula uma fuga para alguma embaixada de um país presidido pela extrema-direita, segundo Elio Gaspari, jornalista da Folha de S.Paulo.

Vale lembrar que Bolsonaro já ficou nas instalações da Hungria em Brasília quando as investigações da Polícia Federal se aproximaram dele. Desta vez, ele avalia uma estadia fixa nas representações do país de Viktor Orbán ou da Argentina, de Javier Milei. Veja o que disse Gaspari na Folha:

Se for condenado, Jair Bolsonaro não pagará um só dia de cadeia. Irá para uma embaixada e pedirá asilo diplomático.

Atuação discreta e sem projetos: os dois meses de Jair Renan como vereador em Balneário Camboriú

Sem iniciativas legislativas e com duas faltas, filho de Bolsonaro tem presença apagada na Câmara Municipal

        Jair Renan Bolsonaro (Foto: Reprodução/Youtube/Leo Dias)

 Após pouco mais de dois meses no cargo de vereador em Balneário Camboriú (SC), Jair Renan Bolsonaro, conhecido como "04" por ser o quarto filho de Jair Bolsonaro (PL), apresenta um desempenho discreto e sem impacto significativo. A informação foi levantada pela coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, que realizou um balanço sobre a produção parlamentar do vereador até o momento.

The Economist: funk brasileiro se prepara para conquistar o mundo

O funk brasileiro pode ser o próximo gênero a ganhar projeção global, diz a revista inglesa

       Anitta (Foto: Divulgação/Netflix)

O funk brasileiro está pronto para romper fronteiras e conquistar o mundo, diz reportagem da revista inglesa The Economist publicada no último dia 6. Enquanto o país celebra sua primeira vitória no Oscar com o filme "Ainda Estou Aqui", cuja trilha sonora resgata a imagem clássica do Brasil associada ao samba e à bossa nova, a realidade musical contemporânea é bem diferente. O sertanejo domina as plataformas de streaming nacionais, mas é o funk, originado nas favelas do Rio de Janeiro, que tem maior potencial de exportação e pode redefinir a identidade musical do Brasil no exterior, diz a matéria.

Nos últimos dez anos, o sertanejo tem sido o gênero mais ouvido nas rádios e serviços de streaming no Brasil, impulsionado pelo crescimento do setor agrícola no país. "A maioria dos produtores musicais costumava estar no Rio, mas com a ascensão da agropecuária, os estados rurais ganharam voz", explica Leo Morel, da Midia Research. No entanto, apesar do enorme sucesso nacional, o sertanejo tem pouca projeção internacional. Os artistas do gênero não demonstram interesse em conquistar o mercado estrangeiro, diferentemente do funk, que já atrai atenção global.

Moraes dá prazo de cinco dias para PGR avaliar argumentos da defesa de Bolsonaro e aliados em caso de tentativa de golpe

O prazo tem início na segunda-feira (10) e termina na sexta-feira (14)

       Alexandre de Moraes (Foto: Antonio Augusto/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes encaminhou neste sábado (8) à Procuradoria-Geral da República (PGR) as defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros investigados no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado. A informação foi divulgada pelo jornal Estadão.

Cristina Kirchner critica Milei por novo acordo com o FMI

Ex-presidente acusa o governo de repetir estratégia de Macri e questiona justificativas de Milei sobre endividamento externo

        Cristina Kirchner na Cidade do México 3/8/2024 REUTERS/Luis Cortes (Foto: REUTERS/Luis Cortes)

A ex-presidente argentina Cristina Kirchner lançou duras críticas ao presidente Javier Milei após o anúncio de um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em uma série de publicações nas redes sociais, Cristina afirmou que Milei, que se apresenta como um defensor do liberalismo econômico, acabou recorrendo às mesmas práticas de endividamento do ex-presidente Mauricio Macri devido à escassez de dólares na economia argentina, relata a C5N.

"Milei, no final, você acabou fazendo o mesmo que Macri. O experimento da Escola Austríaca falhou, você está com a água no pescoço porque faltam dólares e jogou a toalha pedindo um empréstimo ao FMI", escreveu Cristina, evidenciando o que considera uma contradição nas ações do atual mandatário.

Financista José Kobori explica por que deixou de ser neoliberal e critica a Lava Jato

Empresário que construiu fortuna no mercado passou a se aprofundar em livros keynesianos após prisão controversa e mudou forma de pensar a economia

    José Kobori (Foto: Reprodução)

Uma das maiores referências em finanças do Brasil, José Kobori explicou, em entrevista ao podcast Market Makers, o motivo de ter adotado uma visão de esquerda para a economia após "ter sido liberal a vida inteira".

Tendo acumulado uma fortuna no mercado financeiro ao longo da vida, Kobori criou a JK Global Partners e também trabalhou no Banco América do Sul e Xerox do Brasil, além de ter sido professor de finanças do MBA IBMEC por 10 anos. No entanto, passou por um episódio traumático com uma controversa prisão no "espírito" da Operação Lava Jato - ele ficou encarcerado por 80 dias e, então, foi liberado após decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) - e, após isso, começou a dedicar-se à criação de vídeos educativos sobre finanças.

TRANSIÇÃO AO PROGRESSISMO - Em vídeo que viralizou nas redes sociais ao longo da última semana, Kobori relatou ao podcast em questão que mudou de visão após se aprofundar na leitura de livros Keynesianos. Tal corrente de pensamento econômico, que influenciou fortemente o desenvolvimento do Estado de bem-estar social, defende a intervenção do Estado para estimular a demanda agregada e evitar crises, contrariando a ideia de que o mercado se autorregula.

"[Depois da prisão] eu tinha mais tempo para ler porque não estava mais naquela correria do mercado, do dia a dia, e aí eu comprava livros com opiniões contrárias [à visão liberal]. Fui ler a Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, de Keynes, e me interessei, sabe quando meio que bate com suas ideias?", relatou.

O financista explicou que, apesar de ter sido neoliberal até então, sempre havia buscado ponderar sobre o sistema capitalista e manter algum grau de sensibilidade em relação à miséria humana.

"Teve uma vez que eu estava no carro aqui na rua Joaquim Floriano, parei no farol e olhei um rapaz até que novo, maltrapilho, pegando comida direto do lixo e comendo. Aquilo me tocou de uma forma que eu comecei a chorar sozinho no carro. Foi uma reação imediata: eu comecei a chorar e me questionar por que isso acontece. Por que eu estava ali, bem vestido, num carro bom, indo a um restaurante almoçar - algo que eu poderia fazer todo dia, se quisesse - e tem uma pessoa do meu lado comendo lixo?".

"E aí eu também saí um pouquinho do discurso de que o cara está ali porque quer ou porque não se esforça. Não. A sociedade não cria as mesmas oportunidades para todos. O modelo econômico neoliberal não permite que todos tenham a mesma oportunidade. Isso, hoje, para mim é claro como a água", concluiu.

CRÍTICAS À LAVA-JATO - Preso em maio de 2018 na Operação Bônus, uma continuidade da Operação Bereré, em um "ambiente de Lava Jato", Kobori passou a ser um veemente crítico dos excessos judiciais cometidos na década passada. Em seu website, o financista afirma que a Lava Jato "inaugurou nossa inquisição moderna".

"Sem qualquer escrúpulo seus integrantes jogavam carne aos leões, a opinião pública vibrava a cada nova prisão. Fogueira para esses corruptos! O estado democrático de direito passou a ser uma abstração na cabeça dos românticos. Garantias individuais? Devido processo legal? Nada, a histeria popular queria sangue. Com capa de herói e poder sem controle, policiais, procuradores e juízes jogavam para a plateia e aproveitavam o momento para perpetrar uma motivação, agora não mais por justiça, mas sim por interesses políticos e pessoais. Eu jamais poderia imaginar que algum dia eu mesmo pudesse ser vítima de uma injustiça criada pelo ambiente da Lava Jato", diz.

Fonte: Brasil 247

Quase 12 mil mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil desde 2015

Em 2024 foram registrados 1.459 casos, o maior número da série histórica

     (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Desde a aprovação da Lei do Feminicídio, que alterou o Código Penal brasileiro em 2015, mais de 11,8 mil mulheres foram vítimas desse crime no Brasil. Os dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, revelam um cenário preocupante: apenas em 2024, foram registrados 1.459 casos, o maior número da série histórica.

Estados como Piauí, Maranhão, Paraná e Amazonas apresentaram os maiores aumentos de casos por 100 mil habitantes no último ano. Especialistas indicam que, embora a lei tenha aumentado a visibilidade desses crimes, ainda há uma grande subnotificação, com muitas ocorrências sendo registradas de forma equivocada, relata a Folha de S. Paulo.

Entenda novas regras para aumentar segurança no uso do PIX

Não serão afetadas chaves de pessoas que devem impostos ou estão em cadastros de inadimplência. Medidas adotadas pelo Banco Central visam combater golpes

       Pix (Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil)

Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil - Anunciadas na última quinta-feira (6) pelo Banco Central (BC), as novas medidas para elevar a segurança do Pix estão sendo alvo de fake news. Entre as mentiras difundidas, estão a de que quem deve impostos ou está com o nome sujo terá a chave bloqueada. Na verdade, as mudanças abrangem poucos usuários e buscam evitar golpes financeiros.

Segundo o próprio Banco Central, criador e administrador do sistema Pix, o principal objetivo da mudança é evitar que fraudadores insiram um nome diferente numa chave Pix do nome registrado na base de dados da Receita Federal. Essa situação, que ocorre por erro das instituições financeiras, tem sido usada por criminosos para dificultar o rastreamento.

A mudança, que entra em vigor em julho, afetará apenas 1% das chaves Pix cadastradas. Código identificador de uma conta, a chave Pix permite registrar a origem e a destinação no sistema de transferências instantâneas. Ela pode estar vinculada a um CPF, CNPJ, número de telefone, e-mail ou um código aleatório composto por letras e números.

Tire as principais dúvidas sobre as novas regras do Pix:

⊛ De quem foi a decisão? Da Receita Federal ou do Banco Central?

O reforço na segurança do Pix foi decidido pelo Banco Central, que criou e administra o sistema de transferências instantâneas.

⊛ Quem terá a chave excluída?

Entre as pessoas físicas, as chaves CPF na seguinte situação (1% do total):

  • 4,5 milhões: grafia inconsistente
  • 3,5 milhões: falecidos
  • 30 mil: CPF suspenso (cadastro com informações incorretas ou incompletas)
  • 20 mil: CPF cancelado (CPF suspenso há mais de cinco anos, com duplicidade de inscrição ou cancelado por decisão administrativa da Receita ou decisão judicial)
  • 100: CPF nulo (com fraude ou erro grave no cadastro).
  • Entre as pessoas jurídicas, as chaves CNPJ na seguinte situação
  • 984.981 com CNPJ inapto (empresa que não apresentou demonstração financeira e contábil por dois anos)
  • 651.023 com CNPJ baixado (empresa oficialmente encerrada)
  • 33.386 com CNPJ suspenso (empresa punida por descumprir obrigações legais)
  • Banco Central não informou a quantidade de CNPJ nulos (sem validade)


⊛ Quando as chaves serão excluídas?

Segundo o BC, a exclusão está prevista a partir de julho.

⊛ Como se dará a exclusão?

As instituições financeiras e de pagamento deverão verificar o cadastro sempre que houver um procedimento relacionado a chaves Pix, como registro, mudança de informações, pedido de portabilidade ou reivindicação de posse. Caso seja constatada alguma das irregularidades acima, a chave deverá ser excluída.

⊛ Quem deve impostos terá chave excluída?

Não. O BC esclareceu que a inconformidade nossa dados cadastrais de CPF e de CNPJ não tem relação com o pagamento de tributos, apenas com a identificação cadastral do titular do registro na Receita Federal.

⊛ Quem está com o nome sujo deixará de fazer Pix?

Não. Esta é uma fake news que passou a ser espalhada nos últimos dias. As medidas só abrangem quem tem problemas cadastrais na Receita Federal.

⊛ O que mudará nas chaves aleatórias?

Pessoas e empresas que usam chaves aleatórias (combinação de letras e números) não poderão mais alterar informações vinculadas a essa chave. Agora, o usuário precisará excluir a chave aleatória e criar uma nova, com as informações atualizadas.

⊛ O que mudará nas chaves vinculadas a e-mails?

A partir de abril, a chave do tipo e-mail não poderá mais mudar de titular. Não será mais possível migrar a chave de um dono para outro.

⊛ Haverá mudanças nas chaves vinculadas a número de celular?

Não. As chaves do tipo celular poderão mudar de titular e de conta. Segundo o BC, a possibilidade de alteração foi mantida por causa da troca frequente de números de telefone, principalmente de donos de linhas pré-pagas.

⊛ Qual o principal objetivo das medidas?

Aumentar a segurança no Pix, ao inibir o uso de chaves com nomes diferentes da base de dados da Receita Federal, no caso do CPF e do CNPJ e impedir a transferência de chaves para terceiros, no caso de chaves aleatórias e de e-mails.

⊛ Haverá limite para devolução de qualquer valor dos dispositivos não cadastrados?

Desde novembro de 2024, caso uma conta transferisse para uma outra conta existente sem chave Pix criada, a devolução seria limitada a R$ 200. BC retornou a norma antiga e retirou o limite para esse tipo de transação.

⊛ É possível verificar se o CPF está em situação regular?

Sim. A consulta pode ser feita na página da Receita Federal, na aba “Comprovante de situação cadastral”.

⊛ É possível regularizar o CPF?

Sim, mas apenas por quem está com o CPF suspenso. A regularização pode ser feita na página da Receita Federal, preenchendo um formulário. A Agência Brasil publicou um passo a passo para consultar e resolver pendências no CPF.

Fonte: Brasil 247

Casos de dengue caem 68% no Brasil, mas Ministério da Saúde alerta para nova alta

País enfrenta risco de aumento de infecções com retorno do sorotipo 3, um dos mais virulentos

        (Foto: Paulo Whitaker - Reuters)

O Brasil registrou uma queda de 68% nos casos de dengue nos dois primeiros meses de 2025 em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o país viveu uma explosão recorde de contaminações. Apesar da redução, especialistas e o Ministério da Saúde alertam para a tendência de alta no número de infecções, especialmente com o retorno do sorotipo 3 da doença, que pode desencadear uma nova onda de contaminações, informa o jornal O Globo.

De acordo com o último boletim epidemiológico da pasta, divulgado na semana passada, o país registrou 401.408 casos de dengue em 2025. Os estados com maior concentração de infectados são Acre, São Paulo e Mato Grosso. Embora os números ainda estejam dentro do limite esperado para o período, os órgãos de saúde monitoram uma possível elevação dos casos.

À beira da prisão, Bolsonaro comete novo crime e pede intervenção dos EUA no Brasil contra a China

Bolsonaro espalha fake news sobre acordo nuclear e assume em público crime contra a soberania nacional, com punição prevista de até 8 anos de prisão

      Jair Bolsonaro - 25/11/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Demonstrando total desespero em ser preso e reforçando uma narrativa conspiratória, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (7) que o Brasil teria assinado um acordo com a China para a construção de bombas atômicas. Durante conversa com jornalistas no Aeroporto de Brasília, ele revelou ter levado a suposta informação “em primeira mão” à equipe do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sugeriu que apenas uma intervenção estrangeira poderia impedir a parceria com Pequim.

A informação disseminada por Bolsonaro é falsa. Não há qualquer evidência de que Brasil e China tenham assinado um tratado desse tipo. O ex-presidente, no entanto, usou a alegação infundada para justificar sua defesa de uma interferência dos Estados Unidos na política brasileira.

"Balanço dos dois primeiros anos do governo Lula na economia é, sem dúvida, positivo", diz Míriam Leitão

Jornalista destacou a qualidade do crescimento da economia brasileira em 2024: "não dependeu de um setor só"

         Miriam Leitão e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)

Artigo de Míriam Leitão publicado no jornal O Globo neste domingo (9) destaca que o crescimento econômico nos dois primeiros anos do governo Lula (PT) foi expressivo, apesar dos desafios. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,4% em 2024, superando o resultado de 3,2% de 2023 e dobrando as projeções iniciais do mercado. Esse crescimento foi impulsionado pelo consumo das famílias e pelo investimento, além da expansão de setores como serviços e indústria de transformação. O PIB per capita também registrou avanço de 3%. "O balanço dos dois primeiros anos do governo Lula na economia é, sem dúvida, positivo", diz Míriam Leitão.

A jornalista ainda destacou a qualidade do crescimento: "foi melhor porque não dependeu de um setor só, foi puxado pelo consumo das famílias e pelo investimento". Os setores que mais contribuíram para o crescimento foram serviços (3,7%), indústria de transformação (3,8%), consumo das famílias (4,8%) e investimento (7,3%). No entanto, a agropecuária apresentou uma retração de 3,2%. O último trimestre de 2024 revelou sinais de desaceleração, com crescimento de apenas 0,2% e uma queda de 1% no consumo das famílias, refletindo uma crise de confiança na política fiscal e um aumento da inflação, que levou o Banco Central a elevar os juros.

STF forma maioria para tornar réus deputados do PL por corrupção com emendas

A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), aponta que Josimar Maranhãozinho (PL-MA) era o líder do grupo

       STF (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para tornar réus dois deputados e um suplente do PL, partido de Jair Bolsonaro, por corrupção passiva e organização criminosa, informou o jornalista Fabio Serapião, do portal Metrópoles, neste sábado (8).

O julgamento ocorre na Primeira Turma do STF, em plenário virtual, com votos favoráveis já registrados dos ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia. Também fazem parte da Primeira Turma os ministros Luiz Fux e Flávio Dino. Eles deve registrar seus votos até 11 de março.

“Contra os três parlamentares há evidências produzidas ao longo da investigação criminal indicando que teriam atuado em concertação ilícita para solicitar ao prefeito José Eudes Sampaio Nunes o pagamento de vantagem indevida, o que caracteriza, em tese, o delito de corrupção passiva”, diz trecho do voto do ministro-relator, Zanin.

STF amplia proteção da Lei Maria da Penha para casais homoafetivos e mulheres trans

Decisão histórica reconhece omissão legislativa e assegura direitos a grupos vulneráveis

Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a Lei Maria da Penha deve ser aplicada a casais homoafetivos formados por homens e a mulheres travestis e transexuais em situações de violência doméstica. A decisão, tomada em 21 de fevereiro, também reconheceu a omissão do Congresso Nacional em legislar sobre a questão, informa o g1.

A determinação atende à ação movida pela Associação Brasileira de Famílias HomoTransAfetivas (ABRAFH), que alegou a existência de uma lacuna legal na proteção de outras formas de relação afetiva e familiar contra a violência doméstica. Segundo a entidade, a Lei Maria da Penha, em sua interpretação tradicional, prioriza o combate à violência dentro de relações heteroafetivas, deixando descobertas outras vítimas de violência no âmbito familiar.

De minuta a plano de assassinato: as omissões e contradições das defesas dos acusados de golpe

Advogados de denunciados pela PGR buscam afastar clientes das acusações, mas deixam perguntas sem resposta

      Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 (Foto: ABR | REUTERS)

As defesas prévias apresentadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) no caso da suposta trama golpista de 2022 evitam esclarecer pontos cruciais dos episódios que resultaram na denúncia de 34 pessoas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Conforme reportado pela Folha de S. Paulo, as peças protocoladas desde o último dia 6 se concentram em questionar a legalidade do processo e a imparcialidade do ministro Alexandre de Moraes, mas não dissipam dúvidas sobre os fatos narrados na investigação.

Principal alvo da denúncia, Jair Bolsonaro (PL) sustenta que não há provas contundentes de seu envolvimento direto nos atos de 8 de janeiro de 2023, tampouco na elaboração de um suposto plano para assassinar autoridades. No entanto, sobre a chamada "minuta do golpe", sua defesa adota uma abordagem ambígua. A existência do documento não é negada nem confirmada de forma explícita. Afirma-se apenas que, se houve tal minuta, ela teria sido suavizada por Bolsonaro e nunca assinada, o que, segundo seus advogados, descaracterizaria qualquer ilicitude.