quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Toffoli critica Moro e Dallagnol e anula processos da Lava Jato contra Palocci


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli anulou nessa terça-feira (18), em decisão monocrática, todos os atos da Operação Lava Jato contra o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (foto). O magistrado atendeu a pedido da defesa do condenado para estender benefício já concedido ao empresário Marcelo Odebrecht.Toffoli faz menção às mensagens da chamada Vaza Jato para dizer que “esse vasto apanhado indica que a parcialidade do juízo da 13a Vara Federal de Curitiba extrapolou todos os limites, porquanto os constantes ajustes e combinações realizados entre o magistrado e o Parquet e apontados acima representam verdadeiro conluio a inviabilizar o exercício do contraditório e da ampla defesa pelo requerente”.

Baseado na interpretação de que Sergio Moro ex-juiz da Lava Jato, e Deltan Dallalgnol, ex-chefe da força-tarefa da operação, atuaram para prejudicar os réus, o ministro decretou a “a nulidade absoluta de todos os atos praticados em desfavor” do ex-ministro.

Segundo Toffoli, “o necessário combate à corrupção não autoriza o fiscal e o aplicador da lei a descumpri-la, devendo-se lamentar que esse comportamento, devidamente identificado a partir dos diálogos da Operação Spoofing tenha desembocado em nulidade, com enormes prejuízos para o Brasil”.

Apesar de ter anulado todos os atos “em desfavor” de Palocci, Toffoli manteve de pé a colaboração premiada do ex-ministro. (De O Antagonista).

Apoio à denúncia da PGR é cinco vezes maior que o apoio a Bolsonaro, diz levantamento

 

Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou destaque nas redes sociais, com uma mobilização expressiva de apoio que superou as críticas em quase cinco vezes mias.

Segundo o jornalista Guilherme Amado, do ‘PlatôBR’, a análise foi realizada pela Ativaweb, agência de marketing digital liderada por Alek Maracaja, que monitorou a reação online logo após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentar a acusação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O levantamento, que analisou 4,3 milhões de menções ao assunto em um período de oito horas, revelou que 68% das postagens expressavam apoio à denúncia contra Bolsonaro. Em contrapartida, apenas 14% das interações foram críticas, enquanto 18% das menções foram classificadas como neutras.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet. Foto: Carlos Moura/SCO/STF
A plataforma X (antigo Twitter) concentrou o maior volume de postagens sobre o caso, seguida pelo Instagram e pelo Facebook. Entre as hashtags mais populares, destacaram-se #BolsonaroNaCadeia, #SemAnistia e #PerseguiçãoPolítica.

A pesquisa também indicou que a mobilização dos apoiadores do ex-presidente ocorreu predominantemente em plataformas de mensagens privadas, como WhatsApp e Telegram, o que pode ter reduzido a visibilidade pública das interações.

Para Alek Maracaja, os dados sugerem um impacto significativo na imagem do ex-presidente. “O caso já supera a repercussão da investigação das joias da Arábia Saudita. Se a tendência continuar, pode se tornar a segunda maior crise digital de Bolsonaro, atrás apenas da CPI da Pandemia”, afirmou.

Fonte: DCM

APUCARANA: Prefeitura avança na recuperação da frota da Saúde para fortalecer o atendimento à população


A Prefeitura de Apucarana concluiu nesta semana levantamento técnico sobre as reais condições dos veículos da Autarquia Municipal de Saúde (AMS). O relatório, apresentado nesta quarta-feira (19/02) ao prefeito Rodolfo Mota pelo secretário de Saúde, Dr. Guilherme de Paula, revelou uma série de pendências herdadas da gestão anterior, que incluem dívidas de manutenção em oficinas credenciadas, documentação irregular de várias unidades e multas pendentes, dezenas de veículos com revisão fora do prazo e sem equipamentos essenciais com estepe e macacos, além vários veículos sucateados.

Segundo avaliação da atual administração, levando em consideração a Tabela FIPE, o prejuízo estimado aos cofres públicos é na ordem de R$2 milhões, somente em veículos irrecuperáveis. “Nos deparamos com mais de 100 veículos da nossa Saúde sem manutenção adequada, dívidas acumuladas e equipamentos sucateados. Mas nada disso nos abala, pois durante o trabalho de transição já tivemos uma ideia do que iríamos encontrar em praticamente todas as secretarias. Esses desafios não nos desanima, mas nos fortalece, pois foi para isso que nos propusemos na eleição e vamos honrar com a população, que é trabalhar incansavelmente para construir o futuro e cuidar das pessoas”, disse Mota, que nesta quarta-feira esteve pessoalmente em uma das oficinas onde estão 10 veículos da AMS. “Alguns desses veículos foram encaminhados para conserto em novembro e dezembro, e há casos que foram levados em julho e agosto do ano passado. Estamos trabalhando para pagar as pendências, uma conta que pode ultrapassar os R$300 mil, para colocá-los novamente em uso e poder oferecer um serviço de qualidade à nossa população”, concluiu o prefeito.

O secretário municipal da Saúde, Dr. Guilherme de Paula, reforça que diversos veículos essenciais para o atendimento da população estão inoperantes devido ao abandono da gestão anterior. “Fizemos um levantamento e identificamos mais de R$ 77.135,42 em dívidas de manutenções não pagas. Veículos essenciais estão há meses em oficinas, muitos sem contrato ou sem previsão de conserto”, relata o secretário.

De Paula relata que muitos veículos também foram deixados com documentação irregular, incluindo seguro obrigatório e multas pendentes no valor de R$ 36.561,49. “Também há veículos completamente inviáveis para recuperação. Pelo menos 14 unidades em estado de sucata, além de outros que podem ser incluídos na mesma situação devido ao estado crítico em que se encontram, tornando a recuperação financeiramente inviável. Um prejuízo de cerca de R$2 milhões aos cofres públicos aos mensurarmos pela tabela FIPE”, estima o secretário;

O levantamento técnico apontou ainda mais de 100 veículos com troca de óleo vencida e outras manutenções atrasadas em até um ano. “Temos ambulâncias, ônibus, vans e carros de apoio parados por falta de manutenção básica. Além disto, muitos veículos circulam com falta de equipamentos essenciais, como estepes, macacos e pneus ruins”, reitera Dr. Guilherme de Paula, secretário da Saúde de Apucarana.

Além de já ter tomado providências em caráter emergencial para sanar os problemas, entre elas a liberação de investimento imediato de R$ 115 mil em manutenções para retomada dos atendimentos, compra de pneus para ambulâncias e veículos do SAMU, regularização de documentos, a Autarquia de Saúde encaminha estudo e orçamento para aquisição de novos veículos e substituição da frota sucateada. “A atual gestão está empenhada em corrigir os erros do passado e garantir que o transporte da saúde volte a funcionar de maneira eficiente. É essencial que a população tenha acesso a um serviço de qualidade, com segurança e pontualidade no atendimento”, concluiu o secretário Guilherme de Paula.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

APUCARANA: Prefeitura amplia acesso à arte e cultura com inscrições abertas na Escola Municipal de Artes



A Secretaria da Promoção Artística, Cultural e Turística da Prefeitura de Apucarana (Promatur) abre a partir da próxima terça-feira (25/02) as inscrições para interessados em participar da Escola Municipal de Artes, com aulas gratuitas de música, teatro e dança.

A confirmação foi feita pelo prefeito Rodolfo Mota e pelo secretário da Promatur, Rodrigo Liévore (Recife). Para cada modalidade haverá dia específico de cadastro. “Nos dias 25 e 26 devem comparecer ao Cine Teatro Fênix as pessoas que desejam cursar musicalização. Já nos dias 27 e 28 de fevereiro, interessados em ballet e teatro”, esclarece Recife. “Vamos receber a todos com muito carinho para tirar dúvidas e encaminhar a inscrição, que neste ano conta com nas regras em um processo de seleção mais democrático”, afirma o secretário.

Metade das vagas disponíveis será destinada para quem possui cadastro social, autistas e portadores de necessidades especiais. “Centenas de pessoas da nossa comunidade que serão atendidas com acesso gratuito à arte e cultura”, destaca o prefeito Rodolfo Mota.

Outra novidade é que os interessados poderão levar o formulário de inscrição para preenchimento domiciliar. “Convido a todos os interessados em atuar junto à Escola de Artes para que compareçam nos dias de inscrição e retirem a sua ficha. Nossa equipe vai orientar sobre as novas regras e a pessoa, se desejar, poderá levar para casa o formulário e depois, na data orientada, devolver para a Promatur”, detalha o prefeito, frisando que as aulas são gratuitas e acontecem em vários períodos ao longo do dia. “Oportunidades para crianças, jovens, adultos e idosos”, reforça Rodolfo Mota.

Serviço: A Escola Municipal de Artes de Apucarana funciona no Cine Teatro, localizado na Avenida Curitiba, 1215. O telefone é o 3308-1419 onde informações podem ser obtidas de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

PT vai pedir que STF autorize transmissão do julgamento de Bolsonaro

Partido pretende utilizar equipe própria para transmitir o julgamento de Jair Bolsonaro, previsto para ocorrer no segundo semestre deste ano

     Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

O PT vai solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para transmitir, com equipe própria, o julgamento de Jair Bolsonaro (PL), previsto para ocorrer no segundo semestre deste ano. o ex-mandatário foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira (18) por supostamente participar do planejamento de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após sua derrota nas eleições presidenciais de 2022. informação foi divulgada pela coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

Embora o julgamento de Bolsonaro deva ser conduzido pela Primeira Turma do STF, há articulações entre ministros para que o caso seja levado ao plenário. Em qualquer cenário, a sessão será transmitida pela TV Justiça, permitindo que sites e canais jornalísticos reproduzam o conteúdo.

No entanto, o PT quer ir além da transmissão oficial e estruturar sua própria cobertura. A TV PT pretende acompanhar o julgamento diretamente do STF, com equipe de filmagem, repórter e comentaristas. Nos próximos dias, o partido enviará um ofício ao presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, formalizando o pedido.

"Queremos estar lá porque vai ser um momento histórico, que vai parar o país, quase uma Copa do Mundo", afirmou o secretário de Comunicação do PT, Jilmar Tatto.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Painel da Folha de S. Paulo

"Brasil hoje está infinitamente melhor do que nós pegamos", diz Lula sobre economia do país

“O povo vai voltar a ganhar mais, vai poder comer mais, vai poder trabalhar mais, vai poder se divertir mais”, afirmou

     Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou, nesta quarta-feira (19), o desempenho da economia brasileira, destacando que o país está em uma situação “infinitamente melhor” do que quando assumiu o governo. Em entrevista após a XIV Cimeira entre Brasil e Portugal, Lula ressaltou o crescimento acima das expectativas e reafirmou o otimismo para os próximos anos.

“O Brasil hoje está infinitamente melhor do que nós pegamos. Quando nós chegamos na Presidência da República, a previsão da economia era a gente crescer 0,8%, nós crescemos 3,2%. Esse ano a previsão era que a gente fosse crescer 2,5%, nós vamos crescer 3,8%”, destacou.

De acordo com o chefe do Executivo, “a economia vai continuar crescendo, a inflação vai continuar controlada e tudo vai melhorar nesse país”. “O povo vai voltar a ganhar mais, vai poder comer mais, vai poder trabalhar mais, vai poder se divertir mais”, afirmou.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) apontou um crescimento de 3,5% da economia brasileira em 2024. Já o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, indicou uma expansão de 3,8% no ano passado.

Fonte: Brasil 247

"Todo cidadão têm direito à ampla defesa", diz Alcolumbre sobre denúncia da PGR

“O que cabe a mim como senador da República e como chefe de um Poder é não politizar mais uma questão jurídica", disse

   Davi Alcolumbre (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), se posicionou nesta quarta-feira (19) sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado. Para o parlamentar, os denunciados têm “direito à ampla defesa”.

“Do ponto de vista político e pessoal, inclusive, e sei que isso é também de grande dos senadores com quem eu conversei de ontem para hoje, há o meu entendimento do ponto de vista legal que todo cidadão têm direito à ampla defesa e ao contraditório para que ele possa provar a sua inocência no decorrer do processo”, disse Alcolumbre.

A PGR apresentou a denúncia na noite de terça-feira (18). Caso o Supremo Tribunal Federal (STF) aceite a denúncia, Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus.

“O que cabe a mim como senador da República e como chefe de um Poder é não politizar mais uma questão jurídica, não polemizar mais, porque o nosso país não precisa mais desses embates de radicalismo, nem de um lado, nem do outro”, pontuou.

Fonte: Brasil 247

STF intima Bolsonaro para se manifestar após denúncia da PGR

A intimação ocorreu pessoalmente após uma reunião do ex-mandatário na sede do PL, em Brasília

      Jair Bolsonaro em São Paulo - 25/03/2024 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Supremo Tribunal Federal (STF) intimou Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (19) para que apresente sua defesa técnica à Corte no prazo de 15 dias.

Conforme relatado pela CNN, a intimação ocorreu pessoalmente após uma reunião do ex-mandatário na sede do PL, em Brasília.

Para aliados de Bolsonaro, a celeridade do trâmite indicaria que a Corte pretende acelerar o julgamento do caso. A denúncia contra o ex-mandatário foi apresentada na noite de terça-feira (18).

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

PGR diz que Bolsonaro integrava núcleo responsável por planejar as etapas do golpe

PGR dividiu os denunciados em cinco grupos

    Ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) dividiu os denunciados no inquérito do golpe em cinco grupos e concluiu que Jair Bolsonaro (PL) comandou as ações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a denúncia enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), cada núcleo tinha um papel específico dentro do suposto plano antidemocrático.

O primeiro grupo era formado por militares, responsáveis por apoiar acampamentos e atuar caso o golpe fosse concretizado. Entre os denunciados nesse núcleo estão Estevam Cals Teophilo Gaspar de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Wladimir Matos Soares.

O segundo grupo, por sua vez, também era composto majoritariamente por membros das Forças Armadas. Os integrantes desse núcleo deveriam pressionar o alto comando militar a aderir à tentativa de golpe. Entre os nomes citados estão Bernardo Romão Correa Netto, Cleverson Ney Magalhães, Fabrício Moreira de Bastos, Mácio Nunes de Resende Júnior, Nilton Diniz Rodrigues, Ronald Ferreira de Araújo Júnior e Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros.

Já no terceiro grupo estavam o ex-mandatário e ex-ministros, incluindo os generais Augusto Heleno e Braga Netto. Eles eram responsáveis por planejar as etapas do golpe.

Na sequência, o quarto núcleo abrangia “denunciados com posições profissionais relevantes, que gerenciavam as ações elaboradas pela organização”. Entre os envolvidos estão Filipe Garcia Martins Pereira, Fernando de Sousa Oliveira, Marcelo Costa Câmara, Mario Fernandes, Marília Ferreira de Alencar e Silvinei Vasques.

O último grupo era responsável por espalhar desinformação para dar suporte ideológico ao golpe de Estado. Faziam parte desse núcleo Ailton Gonçalves Moraes Barros, Angelo Martins Denicoli, Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, Reginaldo Vieira de Abreu, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, Giancarlo Gomes Rodrigues, Marcelo Araújo Bormevet, Guilherme Marques de Almeida.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a denúncia contra Bolsonaro e outras 33 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado na noite de terça-feira (18).

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro comenta possibilidade de fuga do Brasil em reunião fechada com aliados

Ex-mandatário esteve com aliados nesta quarta-feira, um dia após a Procuradoria-Geral da República apresentar a denúncia por suposta tentativa de golpe

     Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação

Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com aliados na manhã desta quarta-feira (19) para discutir os desdobramentos do inquérito do golpe. Conforme relatado pelo Metrópoles, o ex-mandatário comentou, durante o encontro, sobre a possibilidade de deixar o Brasil antes de ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em reunião fechada, que aconteceu no apartamento funcional do deputado Zucco (PL-RS), Bolsonaro teria aproveitado a ocasião para afirmar sua inocência, alegando que sempre “jogou dentro das quatro linhas”. De acordo com o ex-mandatário, se tivesse cometido algum crime, já teria buscado asilo em países como Argentina ou Estados Unidos.

O encontro ocorreu um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar a denúncia contra Bolsonaro e outras 33 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Base governista na Câmara rejeita anistia e pede punição de Bolsonaro por tentativa de golpe

Deputados do PT, Psol e PCdoB pedem julgamento rigoroso ao ex-presidente após denúncia apresentada pela PGR ao STF

Deputados e senadores da esquerda durante coletiva à imprensa (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Deputados da base aliada do governo defenderam, nesta quarta-feira (18), a punição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos demais denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes como golpe de Estado e organização criminosa. Em coletiva à imprensa no Congresso Nacional, os parlamentares destacaram a gravidade da denúncia apresentada na terça-feira (17) pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e rejeitaram propostas de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

A denúncia, que acusa Bolsonaro e mais 33 pessoas de liderarem uma tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), detalha planos para minar a democracia. Entre as acusações mais graves estão a neutralização do Supremo Tribunal Federal (STF) e um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

◎ "Página triste da história", diz base governista - O líder do PT, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), classificou a denúncia como uma das páginas mais tristes da história do país. "Não resta dúvida de que o ex-presidente Jair Bolsonaro participou de tudo", afirmou. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), ressaltou a gravidade das acusações, especialmente o plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes. "Ele acordou com isso. Estamos diante de um fato muito grave contra a democracia e o Estado Democrático de Direito", disse.

A líder do Psol, deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), enfatizou a importância de todos os brasileiros conhecerem os detalhes da denúncia. "Trata-se do bem mais precioso do país, a democracia. Tentativa de golpe é crime, e a denúncia comprova a responsabilidade do ex-presidente", afirmou.

◎ Fortalecimento da democracia e rejeição à anistia - O líder do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), defendeu que a sociedade apoie o STF para um julgamento justo. "Enfrente as questões com as medidas e as punições ao alcance de cada crime, seja contra quem for", disse. Ele destacou que a experiência pode fortalecer a democracia brasileira.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) foi enfática ao criticar propostas de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. "Pensar em anistia é um contrassenso diante dessa realidade. Consciência democrática não se fortalece perdoando crimes, mas resgatando a memória e garantindo que os responsáveis sejam punidos", afirmou.

◎ Próximos passos - A denúncia será julgada pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Se aceita, Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus e responderão a um processo penal no Supremo. Ainda não há data definida para o julgamento.

[Com informações da Agência Câmara de Notícias]

Câmara aprova pena para quem divulgar imagens de nudez geradas por IA

Crime pode ser punido com reclusão de dois a seis anos. A pena será maior se a vítima for mulher, criança, adolescente, pessoa idosa ou com deficiência.

      Congresso Nacional (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Agência Brasil* - A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (19) o projeto de lei que inclui no Código Penal o crime de manipular, produzir ou divulgar conteúdo de nudez ou ato sexual falso gerado por tecnologia de inteligência artificial e outros meios tecnológicos. O texto será enviado ao Senado.

Segundo o Projeto de Lei 3821/24, o crime pode ser punido com reclusão de dois a seis anos e multa, se o fato não constituir crime mais grave. A pena será maior se a vítima for mulher, criança, adolescente, pessoa idosa ou com deficiência.

Quando houver disseminação em massa por meio de redes sociais ou plataformas digitais, a pena será aumentada de 1/3 ao dobro.

O projeto também inclui no Código Eleitoral o crime de uso de imagens manipulados em campanhas eleitorais, envolvendo candidatos ou candidatas. Haverá o mesmo aumento de pena quando a ofendida for mulher, pessoa com deficiência ou idosa.

Quando a conduta for praticada por candidato, além das penas previstas, será imposta a cassação do registro de candidatura ou do diploma.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias

Cid diz que Bolsonaro nunca desmobilizou manifestações, na esperança de que golpe fosse concretizado

“Ele tinha esperança de que, até o último momento, aparecesse uma prova cabal de que houve fraude nas urnas", afirmou o tenente-coronel

     Jair Bolsonaro - 25/11/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O tenente-coronel Mauro Cid, delator no inquérito que investigou a tentativa de golpe de Estado, afirmou que Jair Bolsonaro (PL) nunca desmobilizou os manifestantes que estavam nas ruas e nas portas dos quartéis do Exército após as eleições de 2022. Segundo Cid, o ex-mandatário esperava que algo fosse feito para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Ele tinha esperança de que, até o último momento, aparecesse uma prova cabal de que houve fraude nas urnas. E aí, sim, todo mundo veria, e teria aquele povo na rua, mobilização, as Forças Armadas. Então, eu acho que era isso que passava na cabeça do presidente”, disse o militar durante depoimento.

Além disso, o tenente-coronel revelou que, por ordem de Bolsonaro, o Exército divulgou, em novembro de 2022, um documento assinado pelos comandantes das Forças Armadas, em que as manifestações em frente aos quartéis eram chamadas de “populares” e consideradas legítimas, sendo apenas uma “crítica aos poderes constitucionais”.

Fonte: Brasil 247

Saiba qual foi a participação dos 34 denunciados na tentativa de golpe

Denúncia da PGR com detalhes da articulação golpista tem 272 páginas

     Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro (Foto: REUTERS)

Bruno de Freitas Moura, repórter da Agência Brasil - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), colegiado composto pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, analisará a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado de 34 pessoas, entre elas, o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes do alto escalão do último governo.

O documento assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, na terça-feira (18), tem 272 páginas, nas quais ele detalha a participação de cada um dos denunciados, o que inclui planos de assassinatos e campanhas de desinformação, além de apoio a manifestantes extremistas. Leia aqui a cronologia da tentativa de golpe.

Conforme a denúncia da PGR, além de desacreditar o sistema eleitoral brasileiro, Bolsonaro sabia e concordou com plano de matar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Bolsonaro também estimulou ações que possibilitassem a ruptura institucional, incluindo acampamentos montados por apoiadores em frente a quartéis-generais, segundo a PRG.

De acordo com Gonet, alguns integrantes do alto escalão do governo Bolsonaro e das Forças Armadas formaram o “núcleo crucial” da organização criminosa.

Saiba a participação dos denunciados, segundo a PGR:

◉ Walter Souza Braga Netto - Brasília (DF), 02/04/2020 - Ministro da Casa Civil Braga Netto durante coletiva de Imprensa no Palácio do Planalto sobre as ações de enfrentamento no combate ao Covid-19.

Ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e vice na chapa de Bolsonaro em 2022, o general da reserva do Exército é apontado como líder da organização criminosa ao lado de Bolsonaro.

Em 12 de novembro de 2022, houve na residência oficial de Braga Netto uma reunião com “kids pretos” (Forças Especiais do Exército) em que foi discutida forma de “neutralizar” o ministro Alexandre de Moraes. Também se abordou que houvesse alguma instabilidade que justificasse a implementação de medidas de emergência, como estado de sítio. Braga Netto conseguiu o dinheiro para organizar a operação, além de ter atuado na incitação de movimentos populares golpistas.

Braga Netto articulou a pressão contra militares que não concordavam com o golpe, como o então comandante-geral do Exército, general Freire Gomes. “Oferece a cabeça dele. Cagão”, disse ele em diálogo com outro militar de alto escalão golpista.

Braga Netto é apontado também como indicado para coordenar o “Gabinete Institucional de Gestão da Crise”.

◉ Augusto Heleno Ribeiro Pereira - O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, durante audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

O general da reserva do Exército e ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na presidência de Bolsonaro também integra o “núcleo crucial” da organização golpista.

A investigação encontrou com Heleno manuscritos sobre o planejamento da organização criminosa para fabricar um discurso contrário às urnas eletrônicas. “É válido continuar a criticar a urna eletrônica”, diz um trecho do manuscrito.

A PGR destaca que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) era subordinada ao GSI de Heleno, e que ele tinha “pleno domínio sobre as ações clandestinas realizadas pela célula”, o que incluía vigilância de adversários políticos.

Em reunião ministerial de 5 de julho de 2022, Heleno orientou a Abin a infiltrar agentes nas campanhas eleitorais e se manifestou claramente sobre não respeitar o resultado das urnas. “O que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa é antes das eleições”.

◉ Anderson Gustavo Torres - Brasília (DF) 08/08/2023 Ex-ministro da justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, durante depoimento na CPMI do golpe. Foto Lula Marques/ Agência Brasil

Ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, o delegado de Polícia Federal (PF) também era integrante do “núcleo crucial”. Entre os relatos da PGR, consta que em 19 de outubro de 2022 participou de reunião sobre “policiamento direcionado” a ser realizado no dia do segundo turno da votação, o que poderia impedir eleitores de votar.

Na residência de Torres foi encontrada minuta que fundamentaria um golpe de Estado. Em janeiro de 2023, era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Segundo as investigações, permitiu a omissão da segurança pública, de forma que acontecesse os casos de vandalismo de 8 de janeiro, quando milhares de pessoas depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Segundo a denúncia, a omissão foi “escolha consciente por agir em prol da ruptura institucional”.

◉ Alexandre Rodrigues Ramagem - Ex-chefe da Abin, deputado federal pelo PL e candidato derrotado à prefeitura do Rio de Janeiro em 2024, o delegado da PF detinha documentos com uma série de argumentos contrários às urnas eletrônicas, que era repassada a Bolsonaro.

Em um dos documentos, foi identificada a sugestão de que o então presidente se utilizasse da estrutura da Advocacia-Geral da União (AGU) para emitir atos que tornassem devido o descumprimento, pela PF, de ordens judiciais que desagradassem o grupo.

◉ Silvinei Vasques - O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) participou de um grupo que coordenou o emprego das forças policiais para sustentar a permanência ilegítima de Bolsonaro. Participou da reunião de 19 de outubro de 2022 onde foi debatido o uso de operações da PRF para impedir o voto de eleitores no segundo turno. A ele é atribuída a frase “havia chegado a hora da PRF tomar lado na disputa”.

◉ Filipe Garcia Martins Pereira - O ex-assessor para Assuntos Internacionais de Bolsonaro, segundo a denúncia, apresentou e sustentou o projeto de decreto que implementaria medidas excepcionais no país. Tratou desse tema com Bolsonaro no Palácio da Alvorada (residência oficial do presidente), em 18 de novembro de 2022. A minuta foi apresentada por Bolsonaro ao alto escalão das Forças Armadas e ao ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira de Oliveira.

Filipe Martins ficou encarregado da leitura do decreto, expondo os fundamentos “técnicos” da minuta. De acordo com os planos golpistas, ele assumiria a assessoria de relações institucionais do “Gabinete Institucional de Gestão da Crise”.

◉ Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira - O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, durante a abertura da 7ª Mostra BID Brasil, evento do segmento de defesa e segurança, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

General da reserva, ex-comandante do Exército e então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira também é apontado como integrante do núcleo crucial golpista. Ele endossava o conjunto de críticas ao sistema eleitoral e chegou a declarar que a Comissão de Transparência Eleitoral, criada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) era “para inglês ver”.

Na reunião ministerial de julho de 2022, na presença dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, instigou a ideia da intervenção das Forças Armadas no processo eleitoral. A PGR destaca que apresentava “linguagem de quem se considerava em guerra contra o sistema democraticamente estabelecido”.

Em 10 de novembro, ou seja, após o resultado eleitoral, divulgou nova nota oficial insinuando não ter sido descartada a possibilidade de fraude eleitoral, mesmo após um relatório técnico do ministério ter apontado a inexistência de irregularidade. O ministro da Defesa apresentou uma versão de decreto golpistas aos comandantes das Forças Armadas e exerceu pressão para que os três apoiassem o movimento.

◉ Almir Garnier Santos - O comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, fala com a imprensa. Em comemoração ao Bicentenário da Independência, a Marinha do Brasil promove uma Revista Naval, com a presença do presidente da República, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

Então comandante da Marinha, o almirante de esquadra pertence à célula principal da organização. Teve acesso às versões de decreto golpista. Segundo a denúncia da PGR, ao aderir ao movimento se considerava um “verdadeiro patriota”. O posicionamento de Garnier Santos foi um elemento de pressão para que o Exército e a Aeronáutica seguissem o mesmo caminho.

◉ Mauro César Barbosa Cid - O tenente-coronel do Exército e principal ajudante de ordens de Bolsonaro é o delator do esquema golpista. Atuava como porta-voz do então presidente na articulação e mantinha canais de comunicação com os demais envolvidos. Registros do decreto golpista foram encontrados em dispositivos eletrônicos de Mauro Cid.

◉ Ailton Gonçalves Moraes Barros - Militar da reserva, atuou em operações estratégicas de desinformação, incitava militares e difundia os ataques virtuais idealizados pelo grupo.

◉ Angelo Martins Denicoli - Major da reserva, fazia o elo do grupo criminoso com o influenciador Fernando Cerimedo e participou de reunião de elaboração do relatório apresentado pelo Instituto Voto Legal (IVL), contratado pelo PL, partido de Bolsonaro, para prestar serviços de auditoria do funcionamento das urnas eletrônicas.

◉ Bernardo Romão Correa Netto - Coronel do Exército, então assistente do Comandante Militar do Sul, promoveu ações táticas para convencer e pressionar o alto comando do Exército a ultimar o golpe.

◉ Carlos Cesar Moretzsohn Rocha - Presidente do Instituto Voto Livre, contratado pelo PL, partido de Bolsonaro, para prestar serviços de auditoria do funcionamento das urnas eletrônicas. Núcleo de operações estratégicas de desinformação, que propagou notícias falsas sobre o processo eleitoral e realizou ataques virtuais a instituições e autoridades que ameaçavam os interesses do grupo.

◉ Cleverson Ney Magalhães - Coronel de Infantaria lotado no Comando de Operações Terrestres, promoveu ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe.

◉ Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira - Comandante do Comando de Operações Terrestres (Coter), aceitou coordenar o emprego das forças terrestres e se comprometeu a executar as medidas necessárias para a consumação da ruptura institucional, caso o decreto fosse assinado por Bolsonaro.

◉ Fabrício Moreira de Bastos - Coronel, promoveu ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe.

◉ Fernando de Sousa Oliveira - Ex-secretário executivo da Segurança Pública do DF, coordenou o emprego das forças policiais para sustentar a permanência ilegítima de Bolsonaro no poder

◉ Giancarlo Gomes Rodrigues - Sargento do Exército que era cedido à Abin, atuava no núcleo central de contrainteligência da organização criminosa que, por meio dos recursos e ferramentas de pesquisa da Abin, produzia desinformação contra seus opositores. Era subordinado a Marcelo Araújo Bormevet.

◉ Guilherme Marques de Almeida - Tenente-coronel. No celular dele foram encontradas a produção e disseminação massiva, inclusive por meio de listas de transmissão em aplicativos de mensagens instantâneas, de conteúdo falso e antidemocrático.

◉ Hélio Ferreira Lima - Um dos kids pretos envolvidos no monitoramento e plano de assassinato de autoridades da República. Monitorou o ministro do STF Alexandre de Moraes.

◉ Marcelo Araújo Bormevet - Policial federal que era cedido à Abin. O núcleo atuava como central de contrainteligência da organização criminosa que, por meio dos recursos e ferramentas de pesquisa da Abin, produzia desinformação contra seus opositores. Era superior a Giancarlo Gomes Rodrigues.

◉ Marcelo Costa Câmara - Coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, responsável por coordenar as ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas

◉ Márcio Nunes de Resende Júnior - Coronel do Exército, promoveu ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe.

◉ Mário Fernandes - General do Exército e ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, comandou os kids pretos, força de elite do Exército. Ficou responsável por coordenar as ações de monitoramento e assassinato de autoridades públicas, além de realizar a interlocução com as lideranças populares ligadas ao dia 8 de janeiro de 2023.

◉ Marília Ferreira de Alencar - Delegada de Polícia Federal e então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública, coordenou o emprego das forças policiais para sustentar a permanência ilegítima de Bolsonaro no poder.

◉ Nilton Diniz Rodrigues - General assistente do então comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes, promoveu ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe.

◉ Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho - Então integrante de programas de rádio e TV exibidos pela emissora Jovem Pan e influenciador com grande capacidade de penetração no meio militar, pelo fato de ser neto do ex-presidente da República General João Baptista Figueiredo. Utilizou transmissões na internet para expor militares que não se alinharam aos golpistas.

◉ Rafael Martins de Oliveira - Um dos kids pretos envolvidos no monitoramento e plano de assassinato de autoridades da República. Monitorou o ministro do STF Alexandre de Moraes.

◉ Reginaldo Vieira de Abreu - Coronel do Exército, então chefe de gabinete na Secretaria-Executiva da Presidência. Participou do núcleo de operações estratégicas de desinformação, que propagou notícias falsas sobre o processo eleitoral e realizou ataques virtuais a instituições e autoridades que ameaçavam os interesses do grupo.

◉ Rodrigo Bezerra de Azevedo - Um dos kids pretos envolvidos no monitoramento e plano de assassinato de autoridades da República.

◉ Ronald Ferreira de Araújo Júnior - Tenente-coronel do Exército, promoveu ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe.

◉ Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros - Tenente-coronel, promoveu ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe.

◉ Wladimir Matos Soares - Agente da PF, disponibilizou à quadrilha informações sensíveis de segurança do então presidente eleito Lula. Foi escalado para trabalhar na posse de 1º de janeiro. Havia sido convidado para trabalhar na equipe de Bolsonaro caso o candidato derrotado “não entregasse a faixa presidencial”. Participou do monitoramento e plano de assassinato de autoridades.

Fonte: Brasil 247

Planalto orienta ministros de Lula a evitarem comentários sobre denúncia contra Bolsonaro por tentativa de golpe

Secom quer que apenas o presidente Lula se manifeste sobre o caso

        Lula e Bolsonaro (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado | REUTERS/Adriano Machado)

O Palácio do Planalto orientou os ministros do governo Lula a evitarem declarações públicas sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL). A estratégia, definida pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), é concentrar todas as manifestações sobre o tema exclusivamente no presidente ao longo desta quarta-feira (19).

Segundo auxiliares de Lula ouvidos pela coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, a avaliação interna é de que o assunto não envolve diretamente o governo e, por isso, não deveria ser politizado dentro do núcleo do governo.

Na noite de terça-feira (18), ao ser questionado sobre a denúncia, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, evitou comentar o assunto alegando que ainda não havia visto o documento da PGR e, por esse motivo, não se pronunciaria.

Enquanto o governo adota cautela, lideranças do PT reagiram de maneira oposta. A presidente do partido, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e outros membros da legenda comemoraram a denúncia durante uma festa em um bar de Brasília. O evento reuniu lideranças de esquerda para celebrar o aniversário do líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).

“Ele faz aniversário em um dia importante para a democracia, no dia da denúncia de Jair Bolsonaro”, disse Gleisi na comemoração, de acordo com a reportagem.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Vereador cumpre agenda em Curitiba buscando recursos para Apucarana

Tiago Cordeiro (PDT) cumpre uma série de compromissos em benefício do munícipio

      Tiago Cordeiro ao lado do deputado Sandro Alex

Desde terça-feira (18), o vereador Tiago Cordeiro (PDT) cumpre uma série de compromissos em benefício de Apucarana. Ele visitou a Assembleia Legislativa do Paraná, onde se reuniu com os deputados estaduais Arilson Chiorato (PT), Cobra Repórter (PSD) e Do Carmo (União Brasil), discutindo pautas importantes para o município e buscando fortalecer parcerias e recursos.

Um dos principais encontros foi com o deputado federal Sandro Alex (PSD), secretário estadual de Infraestrutura e Logística do Paraná, quando apresentou demandas prioritárias, como a melhoria das estradas rurais e a pavimentação de duas vilas rurais em Apucarana.

Ele mencionou que já foi conquistada a pavimentação da Vila Rural Nova Ucrânia e que agora está lutando para garantir o asfalto para a Vila Reis e Terra Prometida, destacando a importância desse investimento para a qualidade de vida dos moradores e o desenvolvimento local.

O vereador reafirmou seu compromisso de continuar articulando com o governo estadual e deputados para viabilizar esses projetos. “Trabalho em busca de soluções para as demandas da população e para garantir que Apucarana continue avançando”, comenta.

Fonte: Câmara Municipal de Apucarana

Bolsonaro quis prender Moraes e realizar novas eleições, diz Mauro Cid

Originalmente, um documento apresentado por "radicais" ao ex-mandatário também sugeria a destituição de autoridades contrárias ao governo bolsonarista

Alexandre de Moraes (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

Em depoimento à Polícia Federal, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, afirmou que, em reuniões sobre o golpe de Estado, foi discutida a possibilidade de intervenção no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é da coluna de Mirelle Pinheiro, do Metrópoles.

Segundo Cid, Bolsonaro teria lido e feito alterações em um documento elaborado por um grupo de “radicais” que defendia, entre outras medidas, a prisão de ministros da Corte, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além da destituição de autoridades contrárias ao governo bolsonarista.

Apresentado ao ex-mandatário em novembro de 2022 no Palácio da Alvorada, o texto ainda sugeria a realização de novas eleições devido a supostas fraudes no pleito que elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na época, após analisar o conteúdo, Bolsonaro teria alterado o documento e mantido somente a ordem de prisão contra Moraes e a realização de novas eleições.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Ala radical bolsonarista defendia uso de CACs como "tropa civil" em trama golpista, diz Mauro Cid em delação

Durante seu governo, Bolsonaro flexibilizou normas de aquisição de armas e munições, fortalecendo os CACs, uma de suas principais bases de apoio

      (Foto: Reuters)

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, revelou em delação premiada à Polícia Federal (PF) que um grupo radical que orbitava o então presidente defendia o uso de Colecionadores, Atiradores desportivos e Caçadores (CACs) como uma "tropa civil" para sustentar um golpe de Estado, destaca o Metrópoles.

Ao longo de seu governo (2019-2022), Bolsonaro flexibilizou amplamente as normas para aquisição, posse e porte de armas de fogo e munições por civis, fortalecendo sua posição entre os CACs, uma de suas principais bases de apoio. Segundo Cid, os integrantes desse grupo radicalizado acreditavam que os CACs apoiariam Bolsonaro caso ele decidisse romper com a ordem democrática. "Entendiam que os CACs apoiariam o ex-presidente em uma tomada de decisão, como uma tropa civil em caso de um golpe", disse Cid à PF

Ainda segundo o ex-ajudante de ordens, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) "tinha mais contato" com os CACs e mantinha proximidade com esse grupo de radicais. Esses aliados defendiam a formação de um braço armado para sustentar a permanência de Bolsonaro no poder e pressionavam para que ele assinasse um decreto de estado de sítio no país.

Cid também afirmou que os radicais apostavam que, "quando o presidente desse a ordem, ele teria apoio do povo e dos CACs". O grupo, segundo o delator, também "romantizava" o artigo 142 da Constituição Federal, que trata das Forças Armadas, utilizando uma interpretação distorcida para justificar uma intervenção militar.

Entre os nomes citados por Cid como membros dessa ala mais radical estão Onyx Lorenzoni, Jorge Seiff, Gilson Machado, Magno Malta, Eduardo Bolsonaro, general Mario Fernandes e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Todos, de acordo com a delação, instigavam Bolsonaro a tentar um golpe de Estado. O ex-presidente, segundo Cid, era cercado por três grupos distintos: os "conservadores", os "moderados" e os "radicais", sendo estes últimos os principais entusiastas da ruptura institucional.

A delação de Mauro Cid teve seu sigilo derrubado nesta quarta-feira (19) por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A divulgação ocorre um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar Bolsonaro e outras 33 pessoas pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Durante os quatro anos do governo Bolsonaro, houve uma flexibilização das normas para a emissão de porte de armas, o que ampliou significativamente o número de CACs no país. A relação entre o ex-presidente e esse grupo armado tornou-se um dos principais focos da investigação sobre a trama golpista revelada pela delação de Cid.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles