terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Inflação dos alimentos é explicada por menos oferta, diz IBGE

Café e tomate exerceram principais pressões alimentícias em janeiro

Mercado (Foto: Reuters/Pilar Olivares)

Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil
A menor oferta de produtos alimentícios como o tomate e a cenoura explicam a alta da inflação de alimentos apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro.

O índice divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o grupo alimentos e bebidas subiu 0,96% no mês, representando impacto de 0,21 ponto percentual (p.p.) no IPCA.

Apesar da alta, o resultado é uma desaceleração. Em dezembro, o grupo teve expansão nos preços de 1,18%.

Em janeiro, só o grupo transportes (alta de 1,3% e peso de 0,27 p.p.) subiu mais que os alimentos e bebidas. O IPCA como um todo fechou o primeiro mês do ano em 0,16%, o menor para o mês desde 1994, quando começou o Plano Real.

◉ Preocupação com preços - A inflação dos alimentos é um dos principais focos de preocupação do governo. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse querer baixar o custo de vida da população.

De acordo com o IBGE, o grupo alimentação e bebida tem um peso mensal de 21,69% no custo de vida da população com rendimento até 40 salários mínimos.

O governo estuda também reduzir tarifa de importação para baratear alimentos.

◉ Produtos - Entre os itens apurados pelo IBGE, o que mais subiu em janeiro foi o de tubérculos, raízes e legumes, 8,19%. Em seguida figuram bebidas e infusões (2,96%), pescados (1,71%) e aves e ovos (1,69%).

O índice de difusão dos produtos alimentícios no IPCA de janeiro foi de 71%. Isso representa que de todos os subitens pesquisados, 71% tiveram aumento de preço.

Os pesquisadores do IBGE encontraram os maiores impactos no café moído (8,56% e impacto de 0,04 p.p.), tomate (20,27% e 0,04 p.p.) e cenoura (36,14% e 0,02 p.p.).

O gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, explica que as altas desses produtos são explicadas por questões ligadas à quantidade produzida pelos agricultores.

“A cenoura tem uma concentração de produção em Minas Gerais, Bahia e Goiás enviando menos produto para o mercado, então teve uma redução na oferta”.

Quando um produto diminui a disponibilidade no mercado, e a procura por parte dos consumidores continua a mesma, a tendência é aumento do preço, efeito da chamada “lei de oferta e procura”.

◉ Clima - Gonçalves explicou que a produção de tomate foi influenciada ainda por questão climática.

“O tomate também teve problema de chuva muito intensa. Isso limitou um pouco a produção. Alguns frutos ficaram manchados, e janeiro teve esse problema de redução da produção”, afirmou o gerente da pesquisa.

Somado a isso, ele destaca que o produto está em período de fim de safra. “Isso já começa a trazer uma redução de oferta”.

Contextualizando que algumas culturas sofreram com problemas climáticos no ano passado, Gonçalves acrescenta que produtores que tiveram perdas podem também optar por não insistir no cultivo dos mesmos alimentos, diminuindo a oferta. “Às vezes os produtores têm prejuízo em algum tipo de cultura, então reduzem as produções nas próximas plantações”, ressalta.

O café, subitem alimentício que mais pressionou para cima a inflação, deve manter o preço em alta, de acordo com produtores. Nesse caso, além do clima ter afetado a produção, a maior demanda global também empurra os preços para o alto.

◉ Carnes sobem menos - Em relação às carnes, que subiram 0,36% em janeiro, patamar bem abaixo de meses anteriores, Fernando Gonçalves fez uma relação com a chegada do período de chuvas.

“Chuvas vieram, então começa a melhorar o pasto, isso tudo traz reduções no custo de produção, que podem influenciar nesse custo final da proteína”.

Em dezembro de 2024, a inflação das carnes tinha sido de 5,26%. Em novembro chegou a 8,02%.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem dito que a queda recente do dólar e a safra recorde de 2025 vão contribuir para conter a inflação dos alimentos.

De acordo com estimativas do IBGE, após redução em 2024, a safra nacional deve apresentar expansão de 10,2% em 2025.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Construção civil na Argentina registra queda de 27% em 2024

O número é o pior desempenho já registrado para o setor no mês analisado

Presidente da Argentina, Javier Milei, discursa em evento, em Montevidéu, no Uruguai - 06/12/2024 (Foto: REUTERS/Mariana Greif)

A construção civil da Argentina registrou uma queda histórica de 27% no acumulado dos últimos 12 meses, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). O número é o pior desempenho já registrado para o setor no mês analisado.

Além da retração na atividade, o número de empregos na construção civil também caiu. No início de 2023, cerca de 470 mil trabalhadores argentinos estavam empregados no setor, número que despencou para menos de 390 mil em dezembro.

De acordo com o Indec, a indústria do país também apresentou queda, encolhendo 9,4% em 2024. Entre os empresários industriais entrevistados pelo instituto, 40% acreditam que a demanda interna continuará igual, e 33% acham que piorará.

Fonte: Brasil 247

Cinco ações prontas para sentença podem tornar Marçal inelegível por 8 anos

Entre as ações, constam processos relacionados aos campeonatos de cortes de vídeos

Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YouTube/Jornalismo TV Cultura)

Cinco dos processos eleitorais apresentados contra Pablo Marçal (PRTB) estão prontos para sentença na primeira instância da Justiça Eleitoral de São Paulo, conforme relatado pela Folha de S. Paulo. As ações podem tornar o ex-coach inelegível por oito anos.

O juiz responsável concluiu a coleta de provas e as partes envolvidas nas ações já apresentaram as alegações finais. Isso inclui os processos relacionados aos campeonatos de cortes de vídeos, assim como duas ações sobre o vídeo em que o empresário solicitava R$ 5.000 em doações em troca de gravações de apoio a candidatos.

A ação de investigação judicial eleitoral (Aije) envolve o julgamento sobre se houve abuso de poder ou uso indevido dos meios de comunicação na campanha. Caso o veredito seja desfavorável, Marçal ainda poderá recorrer à segunda instância.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Em evento com Lula, Alcolumbre cobra emendas e defende ‘descentralização do Orçamento’

Presidente do Senado disse que o Congresso Nacional é a instituição mais qualificada para executar o Orçamento

Lula e Davi Alcolumbre no Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília-DF - 11/02/2025 (Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal)

Agência Senado - O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, defendeu nesta terça-feira (11) a participação do Congresso Nacional na “descentralização do Orçamento da União”. Em discurso na abertura do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília, ele cobrou a transferência de recursos públicos por meio de emendas parlamentares para áreas essenciais como saúde, educação e saneamento.

— No plano federal, ninguém é mais qualificado para atender às peculiaridades de cada canto deste país do que deputados e senadores, que são os interlocutores e representantes da nossa população no Congresso Nacional. Somos atores políticos legitimados pelo voto. Fomos eleitos a partir de plataformas escolhidas pela população de nossos estados. Por isso, lutaremos juntos para que os municípios brasileiros sejam cada vez mais fortalecidos no Orçamento público — disse.

Davi Alcolumbre também afirmou que, como qualquer outro recurso público, “as emendas devem estar submetidas ao controle dos órgãos responsáveis” e “inseridas no contexto de equilíbrio das contas públicas e de responsabilidade”. Mas ele assegurou que o controle sobre as transferências da União “sempre seguiu os critérios técnicos e orçamentários exigidos pela legislação”.

O presidente do Senado defendeu “o aperfeiçoamento do pacto federativo”. E assegurou que o Congresso Nacional vai colaborar com os gestores municipais “para que as demandas sociais sejam efetivamente atendidas”.

— É dever de todos nós trabalharmos conjuntamente para o aperfeiçoamento do pacto federativo. A pauta prioritária apresentada pelas entidades do municipalismo traz demandas urgentes e necessárias para garantir que prefeitos e prefeitas possam desempenhar suas funções com mais autonomia e segurança jurídica — declarou ele.

◉ Previdência - Um dos itens na pauta prioritária dos gestores municipais é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023, apresentada pelo senador Jader Barbalho (MDB-PA). Aprovada no ano passado pelo Senado, a matéria reabre o prazo para que os municípios parcelem dívidas com a Previdência e define limites para o pagamento de precatórios. O texto está em análise na Câmara dos Deputados.

— Essa PEC não traz impacto nenhum ao governo federal. Queremos acertar esse passivo, que hoje é de R$ 1,2 trilhão. Se conseguirmos passar a reforma da Previdência de 2019 para os municípios, com solidariedade federativa, esses municípios teriam uma redução de 54% no passivo, dinheiro que poderia ir para a educação e para a saúde — disse Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM).

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, que também participou da abertura do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, disse que vai marcar a data da instalação da comissão especial que irá analisar a matéria.

— Vamos trabalhar em prol de um pacto federativo mais justo. Não temos medido esforços para que o pacto federativo seja sempre aperfeiçoado, com o intuito de fortalecer a municipalidade e de fazer com que as políticas públicas alcancem os cidadãos onde eles estão — declarou ele.

No encerramento da cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Poder Executivo garante tratamento igualitário a todos os prefeitos do país — independentemente do viés ideológico ou partidário.

— Enquanto eu for presidente da República, nenhum prefeito ou prefeita será discriminado por não ser do meu partido, porque não votou em mim, porque falou mal de ministro. Todos têm direito porque foram eleitos e representam o povo. Fazemos as coisas não para o prefeito, mas para o povo da cidade que votou democratamente e elegeu quem ele entendia que iriar conseguir melhorar a vida do povo — afirmou o presidente.

◉ O evento - O Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas vai até a próxima quinta-feira (13). Com o tema “A cidade que queremos está em nossas mãos”, o evento busca incentivar a cooperação entre os municípios e o governo federal. O encontro é uma iniciativa da Presidência da República.

Fonte: Brasil 247 com Agência Senado

Damares Alves é condenada a indenizar Elenira Vilela por divulgar notícia falsa em redes sociais

Decisão judicial reconhece divulgação de notícia falsa e ataques misóginos sofridos por Elenira Vilela, que relata ameaças e omissão das autoridades

     Elenira Vilela (Foto: Reprodução)

A professora e sindicalista Elenira Vilela obteve uma vitória parcial na Justiça após o juiz Flávio Augusto Martins Leite determinar a retirada de uma postagem falsa publicada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) em suas redes sociais. A decisão, publicada no dia 7 de fevereiro, também condenou a parlamentar ao pagamento de indenização por danos morais. A informação foi confirmada pela própria professora em comunicado divulgado nesta terça-feira (11).

A postagem em questão, publicada em 11 de janeiro de 2024, continha um vídeo editado de forma tendenciosa que atribuía à professora o crime de ameaça. A divulgação do material desencadeou uma série de ataques contra Elenira, incluindo ameaças de violência, estupro e morte, além de injúrias e difamações. "Passamos a receber uma série de ameaças de agressão, violência, estupro e morte, além das injúrias, das difamações, dos insultos e dos ataques à minha reputação", relatou a professora.

Elenira registrou dois boletins de ocorrência na Polícia Civil de Santa Catarina, além de denúncias na Procuradoria Geral da República e na Polícia Federal. No entanto, até o momento, nenhuma das investigações criminais resultou em consequências para os responsáveis pelas ameaças. "Infelizmente, até o momento, nenhuma das investigações criminais teve qualquer consequência aos criminosos que me ameaçaram e me difamaram", lamentou.

A professora também destacou a omissão das autoridades. "Lamento profundamente a grave omissão da Polícia Civil de SC, da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República, que não estão cumprindo suas obrigações constitucionais de responsabilizar as pessoas que cometeram graves crimes contra mim, minha família e contra o interesse público", afirmou.

A decisão judicial ocorre após uma denúncia apresentada contra Elenira pela senhora Michelle de Paula Firmo Bolsonaro, que acusou a professora de ameaça. A denúncia foi considerada improcedente e arquivada por falta de materialidade, conforme sentença publicada em março de 2024.

Apesar da vitória, Elenira considera o valor da indenização "muito menor" do que o esperado, especialmente diante dos danos causados. "O valor de indenização é muito menor do que outros casos nos quais o Poder Judiciário reconheceu a condição de congressista do ofensor como elemento agravante a ser considerado", explicou. Ela também anunciou que recorrerá da decisão e que outros processos contra autoridades e figuras públicas estão em andamento.

A professora agradeceu o apoio recebido de familiares, amigos, colegas da mídia independente, partidos de esquerda e sindicatos, além de destacar o trabalho do Escritório MK Advogados, responsável pela condução do caso. "Agradeço especialmente ao Escritório MK Advogados, do Dr. Daniel Klein e Samuel Martins, pela condução competente e comprometida dos processos", disse.

Elenira encerrou o comunicado reafirmando sua determinação em continuar lutando por justiça. "Sigo na luta e que não serei calada. Seguirei lutando pela responsabilização criminal e civil do maior número de envolvidos, de maneira a melhorar a segurança de todos em qualquer ambiente, inclusive virtuais", declarou.

Confira o comunicado na íntegra:

No dia 07 de fevereiro recebi a notícia de que o Juiz Flávio Augusto Martins Leite publicou sentença dando provimento parcial ao meu pleito em processo civil contra a Senadora Damares Alves (Republicanos – DF) devido à divulgação de notícia falsa a meu respeito em suas redes sociais, no qual requeremos a retirada da postagem e indenização por danos morais.

A postagem da senadora foi uma de muitas em que o referido vídeo, editado de maneira tendenciosa para tentar me atribuir o crime de ameaça, foi divulgado no dia 11 de janeiro de 2024. A partir dessa divulgação eu passei a sofrer um linchamento público que envolveu diversas autoridades e veículos de comunicação, além de influenciadores de direita, o que resultou em um comprometimento da minha segurança e da minha família. Passamos a receber uma série de ameaças de agressão, violência, estupro e morte, além das injúrias, das difamações, dos insultos e dos ataques à minha reputação.

Foram registrados à época dois boletins de ocorrência na Polícia Civil de SC, uma denúncia na Procuradoria Geral da República (visto que algumas dessas ações foram cometidas por parlamentares que possuem prerrogativa de foro) e protocolo de denúncias na Polícia Federal. Este último se deu devido aos ataques misóginos que sofri nas redes sociais e o fato de que a Lei Lola Aronovich determina que esse tipo de crime deve ser investigado no âmbito da PF. Infelizmente, até o momento, nenhuma das investigações criminais teve qualquer consequência aos criminosos que me ameaçaram e me difamaram. Em 29 de dezembro de 2024, recebi nova ameaça de morte e novo B.O. foi registrado junto à Polícia Civil de SC. No dia 8 de janeiro de 2025, tomei conhecimento que um dos B.O. está sob a responsabilidade do Delegado Abel e do Escrivão Everaldo da 1ª Delegacia de Polícia da Capital, mas que jamais me procuraram para solicitar informações, realizar qualquer procedimento da investigação ou me informar sobre o andamento desta; o outro boletim teria sido encaminhado à Polícia Federal para providências.

É importante ressaltar que fui denunciada em uma delegacia do Distrito Federal pela Senhora Michelle de Paula Firmo Bolsonaro sob acusação de um suposto crime de ameaça. Essa denúncia foi considerada improcedente pela delegacia que investigou, pelo Ministério Público e pelo Juiz, ao passo que todos encaminharam pelo arquivamento de denúncia por falta de materialidade (sentença publicada ainda em março de 2024).

No dia 07 de fevereiro, quando tomei ciência da sentença a meu favor, me encontrava na cidade de Joaçaba participando dos ritos fúnebres da avó paterna dos meus filhos que havia falecido. Por este motivo, me manifesto apenas hoje, dia 11 de fevereiro, sobre o assunto.

Inicialmente, ainda que em momento muito difícil para a minha família e pela tristeza da perda da Dona Soley Vivas, comemoro a vitória da verdade sobre a mentira. Considero relevante, ainda que módica, a imposição de consequências para quem divulga notícias falsas sobre uma pessoa, especialmente quando é uma mulher que luta como sindicalista, feminista e trabalhadora, além de comunicadora social, e que não pode ter sua vida exposta pela irresponsabilidade de pessoas que divulgam falsidades sobre a vida de alguém. A situação se torna ainda mais degradante quando a divulgadora de mentiras é uma autoridade com fé pública e possui meios para produzir estragos significativos na vida de alguém.

É fundamental que ocorra a retirada da postagem, porque a minha vida segue sendo ameaçada pela divulgação dessa informação manipulada. O objetivo de uma ação como essa é proteger a coletividade da irresponsabilidade ou mesmo má intenção. Se, infelizmente, do ponto de vista criminal, a impunidade segue reinando até o momento, pelo menos o bolso dessas pessoas deve doer ou, no mínimo, haverá uma quantia financeira que não poderá ser usada para disseminar mentiras contra quem alguém considerado uma ameaça ao projeto de poder de quem quer que seja.

Em tempo, quero declarar que essa foi uma decisão em primeira instância e devemos recorrer devido ao fato de que o valor de indenização é muito menor do que outros casos nos quais o Poder Judiciário reconheceu a condição de congressista do ofensor como elemento agravante a ser considerado, além de ser uma quantia irrisória diante de tantos danos causados. Acrescento, ainda, que outras autoridades e pessoas públicas também estão sendo processadas para que sejam responsabilizadas por seus comportamentos danosos em redes sociais e veículos de comunicação.

Agradeço especialmente ao Escritório MK Advogados, do Dr. Daniel Klein e Samuel Martins, pela condução competente e comprometida dos processos, à minha família, amigos, companheiros da mídia independente, dos partidos de esquerda, dos sindicatos e tantas manifestações de apoio nas redes sociais.

Lamento profundamente a grave omissão da Polícia Civil de SC, da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República que não estão cumprindo suas obrigações constitucionais de responsabilizar as pessoas que cometeram graves crimes contra mim, minha família e contra o interesse público, mesmo tendo recebido as denúncias fundamentadas e com conjunto comprobatório.



Como nos primeiros comunicados, reafirmo que sigo na luta e que não serei calada. Seguirei lutando pela responsabilização criminal e civil do maior número de envolvidos, de maneira a melhorar a segurança de todos em qualquer ambiente, inclusive virtuais, inclusive me opondo a política recente de ampliar o espaço para os crimes, especialmente nas redes sociais, que vem sendo defendida pelos bilionários que pretendem seguir lucrando com o sofrimento e a opressão.

Não passarão!

Florianópolis, 11 de fevereiro de 2025.

Professora Elenira Vilela.

Fonte: Brasil 247

Após minimizar 8/1, Hugo Motta diz que 'abraça a democracia'

Presidente da Câmara também disse que as instituições devem seguir seus limites constitucionais

Hugo Motta, Lula, Davi Alcolumbre e Alexandre Padilha - 11/02/2025 (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Após minimizar a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acenou à democracia, em discurso em Brasília nesta terça-feira (11).

Ele também disse que as instituições devem seguir seus limites constitucionais, em meio ao avanço das investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos golpistas.

"Tal como os prefeitos e prefeitas aqui presentes, acabo de abraçar um grande desafio, de me colocar a serviço dos brasileiros e da democracia, ainda que com funções diferentes, as instituições do poder público compartilham a finalidade precípua de corresponder aos anseios da população e zelar pela observância dos preceitos constitucionais", disse Motta durante a abertura do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, na qual também discursou o presidente Lula.

Na última sexta-feira (7), Motta contestou a interpretação de que os atos golpistas representaram uma tentativa de golpe de Estado. Segundo o parlamentar, na ausência de um líder capaz de coordenar uma ruptura do regime democrático, o episódio se resumiu a uma ação de vândalos e baderneiros que buscavam expressar revolta, sem configurar uma ameaça real à ordem institucional.

As declarações foram amplamente repudiadas pelo campo democrático no Congresso Nacional e pelo meio jurídico, que também rejeitaram as tentativas de retomar as discussões sobre o projeto de anistia aos golpistas.

Fonte: Brasil 247

Gleisi presta solidariedade aos amigos e à família de Marcelo Arruda e cobra justiça antes do julgamento de Guaranho

"Que a justiça seja feita", escreveu a presidente do PT em postagem nas redes sociais

Gleisi Hoffmann, Jorge Guaranho, Marcelo Arruda (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Reprodução)

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), foi às redes sociais nesta terça-feira (11) comentar o início do julgamento do bolsonarista Jorge Guaranho, acusado de assassinar o petista Marcelo Arruda. Ela classificou o crime como "estarrecedor" e um reflexo do ódio e da violência política durante os anos de governo de Jair Bolsonaro.

Começou na manhã desta terça-feira (11) o julgamento do ex-policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, réu por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato de Marcelo Arruda, guarda municipal que também era tesoureiro do PT estadual.

Na postagem, a dirigente expressou solidariedade aos amigos e à família de Marcelo Arruda e cobrou justiça. "Hoje começa o julgamento do assassinato do companheiro Marcelo Arruda, de Foz do Iguaçu, morto a tiros em sua festa de aniversário por um bolsonarista em julho de 2022. Um crime estarrecedor, marcado pelo ódio e pela violência política. Minha solidariedade e apoio aos amigos e à família do nosso companheiro Marcelo Arruda, que a justiça seja feita", escreveu Gleisi em postagem na plataforma X.

O crime ocorreu em julho de 2022, em Foz do Iguaçu (PR), em meio à campanha eleitoral.

De acordo com as investigações, Guaranho se dirigiu à festa de temática petista na qual Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos e fez provocações de cunho político, tocando, em alto volume, músicas em alusão a Bolsonaro. Após o início de uma discussão, houve troca de tiros entre os dois e Arruda foi morto.

Guaranho foi preso e denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado, mas em setembro de 2024 o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) concedeu prisão domiciliar ao bolsonarista. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

Câmara presta contas de janeiro e aprova requerimentos

Sessão ordinária também contou com a presença de membros do Conecta Apucarana

O professor Tiago Cunha, do Conecta Apucarana, participou do espaço Tribuna Livre

Em sua segunda sessão ordinária de 2025, ocorrida nesta segunda-feira (10), a Câmara Municipal de Apucarana apreciou nove requerimentos, endereçados à prefeitura e à Autarquia Municipal de Educação. Um dos requerimentos, de autoria do vereador Tiago Cordeiro de Lima (PDT), foi retirado de pauta por ele estar em tratamento de saúde e não poder estar presente na sessão. No transcorrer da sessão, outro requerimento foi retirado de pauta, este de autoria do vereador Adan Lenharo (DC), a pedido do próprio autor.

O presidente da Câmara, vereador Danylo Acioli (MDB), que apresentou cinco requerimentos, comentou sobre a sessão desta segunda. “Este é um ambiente democrático. Os requerimentos foram apresentados, pautados e aprovados, com exceção de dois. Agora, cabe ao executivo responder aos requerimentos e avaliar se são ou não viáveis”, analisou.

Danylo ainda reforçou a importância da presença da população nas sessões. “Como comentado anteriormente, o horário foi alterado para o período noturno para que haja a participação das pessoas durante o expediente. Nos vemos na segunda, dia 17, às 19 horas”, comentou.

Conecta na Tribuna Livre

Ainda nesta segunda, a Câmara recebeu a visita do presidente Wanderlei Faganello e de membros da diretoria do Conecta Apucarana, governança de inovação formada por entidades e instituições de ensino superior da cidade.

Durante a sessão, o consultor do Sebrae e um dos membros da governança, Tiago Cunha, usou o espaço Tribuna Livre. Ele fez um balanço das conquistas do programa e apresentou metas para 2025, pedindo apoio para os vereadores e para a vereadora.

Prestação de contas de janeiro

Abrindo os trabalhos, o presidente da Câmara, Danylo Acioli (MDB), apresentou a prestação de contas do mês de janeiro. O legislativo de Apucarana encerrou o mês com gastos de R$ 958.351,83. O saldo na conta totalizou R$ 882.510,10.

Fonte: Câmara Municipal de Apucarana

Moraes relata à OEA bloqueio de perfis de 28 investigados dos ataques de 8/1

 

Alexandre de Moraes. Foto: Divulgação

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, informou nesta segunda-feira (10) que, após os ataques de 8 de janeiro, 1.900 pessoas foram denunciadas, sendo que 28 delas tiveram seus perfis em redes sociais bloqueados por ordem da corte.

O relato ocorreu durante um encontro com Pedro Vaca Villarreal, relator especial para liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Moraes explicou a Vaca Villarreal os detalhes das investigações e o contexto que levou à suspensão da plataforma X, de Elon Musk, no Brasil. A decisão ocorreu após a empresa fechar sua representação legal no país, o que resultou no descumprimento da legislação brasileira, além de outras ordens do STF não cumpridas pela plataforma.

Durante a reunião, o ministro do STF também destacou que, nos últimos cinco anos, cerca de 120 perfis foram bloqueados no Brasil. Todos os casos, segundo Moraes, passaram pelo acompanhamento da defesa e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Mais de 70 recursos foram analisados em colegiado, o que, de acordo com ele, demonstra que não há uma política generalizada de bloqueio de perfis ou uma afronta à liberdade de expressão no país. A reunião com o advogado da OEA teve o objetivo de esclarecer a situação e mostrar que as ações do STF estão dentro dos parâmetros legais, sem afetar a liberdade de expressão de forma indiscriminada.

Sessão do STF. Foto: Divulgação
A visita de Pedro Vaca ao Brasil também gerou expectativa entre parlamentares e lideranças bolsonaristas, que veem a oportunidade de convencer a OEA de que não há mais democracia nem liberdade de expressão no país. Essas lideranças esperam que o advogado da OEA produza um relatório que critique as ações de Moraes, apontado como um dos principais responsáveis por decisões que afetaram o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que também participou do encontro, aproveitou a oportunidade para falar sobre os ataques à democracia brasileira, incluindo a tentativa de golpe de Estado em janeiro. Ele ressaltou a necessidade de atuação firme do STF diante da politização das Forças Armadas e de atos como os acampamentos bolsonaristas, que pediam um golpe contra o governo.

O ministro também abordou o impacto de discursos de parlamentares que defendiam a agressão aos ministros do STF e mencionou investigações da Polícia Federal que revelaram um plano para assassinar o então presidente eleito Lula, o vice Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.

Pedro Vaca Villarreal ainda tem outros encontros agendados com jornalistas, organizações de Direitos Humanos e lideranças da sociedade civil, o que promete manter a atenção sobre o tema e as implicações internacionais da situação política e judicial no Brasil.

Fonte: DCM

VÍDEO: Eduardo Bolsonaro ameaça delegado da PF após receber intimação

 

Eduardo Bolsonaro. Foto: Divulgação

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi intimado pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (10), após um discurso feito em 14 de agosto de 2024, no qual chamou o delegado Fábio Alvarez Shor de “putinha” e “cachorrinha” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O parlamentar reagiu, classificando a ação como uma “afronta” aos demais deputados. No vídeo publicado, Eduardo Bolsonaro disse que a atitude da PF visa intimidá-lo e que não pode ser considerado correto um parlamentar ser alvo de tal ação por expressar suas opiniões.

“Isso é uma afronta a todos os deputados. Não posso imaginar que um parlamentar seja acuado a parar de falar por causa de um discurso”, declarou. O deputado ainda disse que buscaria apoio da Procuradoria da Câmara para se defender de “esse esculacho” e afirmou que a tentativa de intimidação não o deterá.

O delegado Fábio Alvarez Shor, que lidera investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, como a apuração sobre as milícias digitais, foi alvo de críticas de bolsonaristas. Ele recentemente foi promovido a chefe da Divisão de Investigações e Operações de Contrainteligência da PF.

O discurso de Eduardo Bolsonaro foi realizado no plenário da Câmara dos Deputados, durante o qual ele criticou diretamente o delegado Fábio Shor e a atuação do ministro Alexandre de Moraes no contexto das investigações do 8 de janeiro, que envolvem invasões às sedes dos Três Poderes. Na ocasião, o deputado mostrou uma foto de Shor e usou termos agressivos para se referir ao delegado, o que gerou reações dentro e fora do Congresso.

Além de Eduardo Bolsonaro, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) também foi indiciado pela PF após um discurso similar, no qual acusava Shor de atuar de forma injusta. Ambos os parlamentares foram acusados de calúnia e difamação, e o caso segue sendo acompanhado de perto pela opinião pública.

Em sua resposta, o filho do inelegível afirmou que a corporação estaria tentando prejudicá-lo, utilizando o “poder do estado” para atacar sua honra. Além disso, o parlamentar insinuou que buscaria recorrer à justiça por abuso de autoridade, caso necessário.

Ele também mencionou que a PF tenta abrir um processo administrativo por crime contra a honra, o que, segundo ele, seria uma tentativa de penalizar sua atuação como parlamentar licenciado. A situação traz à tona as tensões políticas envolvendo o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a relação com a Polícia Federal.

Fonte: DCM

“Só joga lixo quem é corno”: prefeitura viraliza com placa contra descarte irregular

“Aqui só joga lixo quem é corno assumido!”: placa da Prefeitura de Prata (MG) viraliza ao usar humor para combater o descarte irregular de lixo – Foto: Reprodução


A Prefeitura de Prata, em Minas Gerais, usou o humor para combater o descarte irregular de lixo com um cartaz que viralizou: “Aqui só joga lixo quem é corno assumido”. O prefeito Marcel Vieira Rodrigues da Cunha, o Xéxeu, afirmou que a estratégia já trouxe resultados, reduzindo o lixo em terrenos baldios e incentivando o uso do EcoPonto Municipal.

Segundo Xéxeu, mais de 60 terrenos cheios de lixo foram identificados e limpos pela Prefeitura. Para evitar novos descartes, a população foi orientada a utilizar o EcoPonto, que funciona diariamente das 6h às 18h.

A placa gerou engajamento, com moradores monitorando terrenos para flagrar infratores. “A conscientização é essencial, mas o humor tem funcionado”, disse o prefeito.

Fonte: DCM

Estudo mostra que políticos de extrema direita são os maiores disseminadores de fake news nas redes

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
Políticos de extrema direita têm uma probabilidade significativamente maior de espalhar notícias falsas nas redes sociais do que representantes de partidos tradicionais ou da extrema esquerda. Essa é a conclusão de um estudo que aponta que a amplificação da desinformação se tornou uma estratégia central da direita radical.

“Os populistas de direita radical estão usando a desinformação como uma ferramenta para desestabilizar as democracias e obter vantagem política”, afirmou Petter Törnberg, da Universidade de Amsterdã, coautor do estudo ao lado de Juliana Chueri, da Universidade Livre de Amsterdã.

Törnberg ressaltou a necessidade urgente de que formuladores de políticas, pesquisadores e a sociedade compreendam e enfrentem a relação entre desinformação e populismo de direita radical.

A pesquisa analisou todos os posts publicados entre 2017 e 2022 por parlamentares que possuíam conta no Twitter (agora X) em 26 países. Isso incluiu 17 membros da União Europeia, como Áustria, França, Alemanha, Holanda e Suécia, além de Reino Unido, Estados Unidos e Austrália.

O estudo reuniu 32 milhões de tuítes de 8.198 deputados e cruzou essas informações com bancos de dados de ciências políticas internacionais, que detalham a posição ideológica e o nível de populismo de cada partido envolvido.

Além disso, os pesquisadores utilizaram serviços de checagem de fatos para compilar um banco de dados com 646.058 URLs, cada um com uma classificação de factualidade baseada na confiabilidade da fonte. Em seguida, compararam esses dados com os 18 milhões de links compartilhados pelos parlamentares.

Com essa análise, os pesquisadores construíram uma “pontuação de factualidade” para cada político e partido, considerando os links compartilhados. Os resultados foram claros: o populismo de extrema direita foi o fator mais forte associado à disseminação de desinformação.

Em contraste, parlamentares de partidos tradicionais, centro-esquerda e extrema esquerda não apresentaram esse padrão de comportamento.

O estudo reforça que a disseminação de fake news por políticos de extrema direita não é um fenômeno isolado, mas uma estratégia sistemática. Nos últimos anos, diversos líderes e parlamentares desse espectro ideológico foram flagrados compartilhando informações falsas. 
Alguns exemplos incluem:

    ☉ Jair Bolsonaro (Brasil): Durante a pandemia, o ex-presidente promoveu informações falsas sobre vacinas, sugerindo que elas poderiam causar AIDS—uma alegação desmentida por especialistas e que levou à remoção de seu vídeo pelo Facebook e YouTube. Além disso, espalhou fake news sobre as urnas eletrônicas, sem apresentar qualquer prova de fraude.

    ☉ Carla Zambelli (Brasil): A deputada bolsonarista já compartilhou diversas fake news, incluindo a alegação de que as urnas eletrônicas poderiam ser fraudadas e vídeos enganosos sobre manifestações de 7 de setembro. Em 2023, foi condenada a pagar indenização por espalhar desinformação sobre o STF.

    ☉ Donald Trump (EUA): O ex-presidente norte-americano foi um dos principais disseminadores da teoria infundada de que houve fraude eleitoral em 2020, o que culminou na invasão do Capitólio em janeiro de 2021.

    ☉ Matteo Salvini (Itália): O líder da extrema direita italiana divulgou vídeos falsos sobre a imigração, alegando que o país estava sendo “invadido” por estrangeiros.

Esses são apenas alguns exemplos que reforçam o padrão global identificado pela pesquisa. Entre os partidos de extrema direita que se destacaram na disseminação de desinformação, o estudo cita:

    ☉ Alternativa para a Alemanha (AfD)
    ☉ Rassemblement National (RN), na França
    ☉ Partido da Liberdade (PVV), na Holanda

Essas legendas têm ganhado espaço na política europeia nos últimos anos e já integram governos em diversos países.

Os pesquisadores destacaram uma dificuldade crescente para expandir a análise no futuro: o Twitter (X) não oferece mais acesso a seus dados. Desde que foi adquirido pelo bilionário Elon Musk, que expressa apoio a partidos de extrema direita, a plataforma reduziu drasticamente o acesso a informações para pesquisas acadêmicas.

Fonte: DCM

Pesquisa AtlasIntel aponta queda na aprovação de Lula; evangélicos são grupo mais descontente

 

Levantamento também mostra que brasileiros estão pessimistas impacto de Trump no país

A aprovação pessoal de Lula é maior entre mulheres (53,5%), pessoas com ensino superior (53,8%) e pessoas com idade entre 45 e 59 anos (54,3%) - Evaristo Sá/AFP

Um levantamento da AtlasIntel divulgado nesta terça-feira (11) mostra que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caiu entre dezembro e janeiro. No fim do 2024, a aprovação do desempenho de Lula estava em 47,8%. Em janeiro, esse número caiu para 45,9%. Já o índice de desaprovação subiu de 49,8% para 51,4%.

A aprovação pessoal de Lula é maior entre mulheres (53,5%), pessoas com ensino superior (53,8%) e pessoas com idade entre 45 e 59 anos (54,3%).

A religião é o fator que mais pesa na desaprovação de Lula: 80,1% dos evangélicos dizem estar insatisfeitos com o presidente. Todos os outros recortes religiosos – católicos, crentes sem religião, outra religião, agnósticos e ateus – dão a Lula aprovação de Lula maior que a desaprovação.

A avaliação do governo também caiu. No levantamento de dezembro, a avaliação de que a administração federal era ótima ou boa foi de 40,8%. Em janeiro, o número chegou a 37,8%. Já aqueles que acham que o governo tem um desempenho ruim ou péssimo subiu de 44,6% para 46,5%.

O governo Lula é mais bem avaliado nas áreas "direitos humanos e igualdade racial", com 54% de ótimo ou bom; relações internacionais, com 47% de ótimo ou bom; e "políticas sociais e redução da pobreza", com 45% de ótimo ou bom.

As piores avaliações aparecem nas áreas de "transportes, estradas e aeroportos", com 51% de ruim e péssimo, e de "justiça e combate à corrupção" e "meio ambiente", ambas com 50% de desaprovação.

Quando apenas a avaliação "péssima" é considerada, as piores áreas são "justiça e combate à corrupção", com 45%, e "segurança pública", com 44%.

Entre os acertos do governo Lula aparecem a retirada dos garimpeiros das reservas indígenas e ambientais e o Desenrola, com apoio de 72% das pessoas. A isenção de Imposto de Renda para pessoas com renda mensal abaixo de R$ 5 mil tem aprovação parecida, de 71%.

Os entrevistados apontaram como equívocos o imposto sobre compras de até 50 dólares em sites do exterior (70% de desaprovação) e a tentativa de fiscalização das transações via Pix de mais de R$ 5 mil (58% de desaprovação).

◉ Pessimismo com Trump

O levantamento também mostrou qual a expectativa dos brasileiros em relação aos impactos da administração Trump no país. Os resultados mostram que 40% dos entrevistados no Brasil esperam resultados negativos em relação ao novo presidente estadunidense; 35% crê em impactos positivos e 25% não soube responder.

A despeito do receio com Trump, a maioria dos brasileiros acredita que o governo deve buscar relações mais próximas com os Estados Unidos: 61% dos entrevistados acreditam que os países devem estreitar laços, enquanto 24% acredita que esse não é o caminho. 15% não soube responder.

Além disso, 45% dos brasileiros disseram estar preocupados com o impacto de possíveis políticas econômicas e tarifárias de Trump no país; 39% disse não ter preocupação com o tema e 16% das pessoas não souberam responder. A pesquisa foi realizada antes da decisão da administração Trump de taxar as importações de aço em 25%.

Edição: Nathallia Fonseca

Fonte: Brasil de Fato