Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, participou do ato e reafirmou compromisso com a reforma agrária e segurança nos assentamentos
Membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se reuniram neste sábado, em Tremembé, para um ato de homenagem aos dois moradores mortos no ataque ocorrido no assentamento Olga Benário. O crime, que chocou a comunidade, resultou na morte de Valdir Nascimento, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 27, no último dia 10. O evento contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Paulo Teixeira, e outras autoridades, incluindo o presidente do Incra, César Aldrighi.
“Queremos saber dos mandantes, todos os nomes, quanto dinheiro foi utilizado. Esse crime tem um marco, porque o esclarecimento vai servir para dizer para o Brasil que a reforma agrária será feita e não aceitaremos resistência”, afirmou o ministro, segundo o g1. Ele também mencionou a reunião com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e um encontro previsto com responsáveis pela investigação na Polícia Civil de Taubaté.
O evento foi marcado por manifestações culturais, músicas, uma celebração ecumênica e a exibição de fotos em memória dos mortos. Também foi realizada uma homenagem simbólica com o plantio de 70 mudas de árvores nativas, como símbolo de resistência e memória.
Patrícia Maria Alves, dirigente do MST, falou sobre o impacto do ataque nas famílias do assentamento: “Foi muito difícil todo esse processo. As famílias ainda estão receosas, com medo. Estamos plantando mais de 50 mudas como forma de resistência e memória”.
Em resposta à violência, o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos, já incluiu 26 moradores do assentamento em um programa de segurança, com possíveis novas inclusões conforme o acompanhamento das vítimas. Igor Martini, coordenador-geral do programa, informou que a segurança do assentamento será reforçada com a instalação de câmeras e sistemas de comunicação de alerta.
A investigação do crime segue em andamento, com a Polícia Civil de Taubaté reforçando a equipe com novos delegados e investigadores. Até o momento, um suspeito foi preso e outras quatro pessoas estão foragidas. A polícia já apreendeu veículos e armas ligadas à ação criminosa. A Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Taubaté lidera a apuração do caso.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1