sábado, 4 de janeiro de 2025

Força Nacional é enviada ao Paraná após ataques deixarem 6 indígenas feridos

Comunidade Avá-Guarani denuncia ataques constantes e atraso na atuação das autoridades

Indígena ferido após ataque no Paraná (Foto: Reprodução/Comunidade Avá Guarani)

A Força Nacional foi mobilizada para a Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá, na região de Guaíra, oeste do Paraná, após uma série de ataques que deixaram seis indígenas do povo Avá-Guarani feridos desde 29 de dezembro. A convocação, de aordo com reportagem do Uol, ocorreu a pedido do Ministério dos Povos Indígenas, que, em nota divulgada neste sábado (4), afirmou: "Condenamos os atos de violência contra o povo Avá-Guarani, ocorridos desde o fim de dezembro de 2024, na Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá".

O órgão também destacou que acompanha a situação e reforçou a necessidade de medidas para garantir a segurança da comunidade, que há décadas luta pela demarcação de seu território. Atualmente, a regularização da TI Tekoha Guasu Guavirá está paralisada devido a uma decisão judicial baseada na tese do marco temporal.

Desde novembro de 2024, os Avá-Guarani alertavam sobre possíveis ataques. Durante encontros realizados nos dias 23 e 24 daquele mês, líderes da comunidade informaram às autoridades que pistoleiros ligados ao agronegócio planejavam ações violentas para o período do Natal. No entanto, o reforço na segurança chegou apenas após os ataques serem concretizados.

De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), "pistoleiros mascarados e armados" têm atuado na área, queimando barracos, disparando armas de fogo e lançando bombas contra os indígenas. "A Força Nacional chega sempre atrasada", criticou a entidade, ressaltando que muitos dos ataques foram anunciados nas redes sociais pelos próprios autores e poderiam ter sido evitados. Em um dos casos, a comunidade ficou cercada por horas sem intervenção das autoridades.

A violência escalou nos últimos dias. Na sexta-feira (3), quatro pessoas ficaram feridas em um ataque noturno. Entre as vítimas, uma criança de 4 anos foi atingida na perna, e um jovem sofreu ferimentos nas costas. Outro indígena foi baleado no maxilar. Já na terça-feira (31), criminosos lançaram rojões e atearam fogo à terra indígena, ferindo um indígena no braço com disparo de arma de fogo.

No dia anterior, outro ataque deixou um indígena com queimaduras no pescoço. Relatos indicam que mesmo após a presença da Polícia Federal, peritos encontraram 14 cápsulas de balas calibre 38 na área, mas os ataques recomeçaram logo após a saída da equipe.

A Apib também informou que, no último dia (29), invasores incendiaram plantações e barracos na terra indígena, enquanto armas de fogo e bombas foram usadas para intimidar os moradores. Esses episódios se somam a outros registrados desde julho, quando os Avá-Guarani começaram a relatar a presença constante de milícias armadas na região.

Histórico de luta pela terra

Os Avá-Guarani enfrentam há décadas a disputa por seu território. Invadido nos anos 1930, o Tekoha Guasu Guavirá passou a ser retomado pela comunidade a partir do final da década de 1990. Contudo, a demarcação permanece travada, agravando a vulnerabilidade do povo indígena. Em 2023, a comunidade já havia sido alvo de ataques semelhantes, incluindo disparos de armas de fogo e ações de tortura contra animais.

O Ministério da Justiça, responsável pela atuação da Força Nacional, ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. A mobilização busca conter os conflitos e garantir a segurança da comunidade, mas lideranças indígenas e organizações de defesa dos povos originários criticam o atraso na resposta das autoridades.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

“Os ataques ao IBGE são intoleráveis”, diz Gleisi

Presidente do PT critica Bolsonaro e ressalta importância do instituto para a verdade e a democracia no Brasil

Gleisi Hoffmann (Foto: Lula Marques/ABr)

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, classificou como "intoleráveis" os ataques feitos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e ao economista Márcio Pochmann, presidente do órgão. Em uma postagem nas redes sociais, Gleisi destacou que o comportamento de Bolsonaro reflete sua "aversão à verdade" e relembrou episódios em que o ex-presidente sabotou instituições científicas durante seu governo.

“Bolsonaro ataca o IBGE e seu presidente, Márcio Pochmann, porque tem aversão à verdade. Em seu desgoverno, o boicote ao IBGE levou ao cancelamento do Censo Demográfico em 2021, que só aconteceu no ano seguinte por força de uma decisão do STF”, afirmou Gleisi. A líder petista também acusou o ex-presidente de "mentir sobre os dados da Covid" e de falsificar informações em fóruns internacionais, como na Assembleia Geral da ONU. “O negacionista mentiu sobre os dados da Covid e teve o desplante de falsificar os dados sobre desmatamento”, completou.

A declaração de Gleisi ocorreu em meio a uma polêmica levantada por Bolsonaro, que questionou os números recentes divulgados pelo IBGE. Segundo o instituto, o desemprego caiu a 6,1% no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a menor taxa desde o início da série histórica. Bolsonaro criticou a metodologia utilizada, mas Gleisi rebateu, explicando que os critérios não foram alterados. “A metodologia da pesquisa que aponta a queda crescente do desemprego no governo Lula é a mesma utilizada em todos os governos desde 2012, inclusive no período em que Bolsonaro e Paulo Guedes levaram o desemprego a 14%”, declarou.

Gleisi também apontou a incoerência nos ataques de Bolsonaro ao IBGE, observando que o ex-presidente e seu governo, por diversas vezes, utilizaram dados da instituição para embasar políticas públicas. “Pochmann tem razão: os ataques ao IBGE são intoleráveis”, finalizou.

As críticas ao IBGE foram abordadas pelo próprio Márcio Pochmann em entrevista ao programa Boa Noite 247. O presidente do instituto defendeu a integridade da instituição e destacou sua relevância para o país. “O IBGE é uma das instituições de pesquisa mais respeitadas do mundo, que segue os parâmetros internacionais”, afirmou. Ele ressaltou que, com 88 anos de existência, o instituto é responsável por dois terços das estatísticas brasileiras e desempenha papel fundamental no combate à desinformação.

Pochmann também chamou atenção para o impacto do negacionismo político, que, segundo ele, busca desacreditar as instituições públicas quando os dados não coincidem com os interesses de certos grupos. “Quando os dados não convergem com a visão de uma certa elite, ela questiona. É como se não gostassem da mensagem e atacassem o mensageiro”, disse.

A declaração de Gleisi Hoffmann reforça o alerta sobre o uso de desinformação como estratégia política para enfraquecer instituições centrais. A presidente do PT classificou os ataques ao IBGE como parte de uma lógica negacionista recorrente no governo Bolsonaro, que também teve como alvo outros órgãos como o INPE e instituições científicas. “Os ataques às instituições públicas são um movimento para colocar em xeque a democracia. É preciso enfrentá-los com firmeza”, disse Gleisi em sua postagem.

O discurso de Hoffmann ganha relevância em um momento em que o IBGE tem sido alvo de desconfiança de setores ligados ao bolsonarismo. A postura firme da presidente do PT e do presidente do IBGE sublinha a importância de proteger os dados estatísticos como base para a formulação de políticas públicas e para o fortalecimento da democracia brasileira.

Com críticas contundentes a Bolsonaro, Gleisi reafirmou que “a metodologia do IBGE é inquestionável” e que o instituto seguirá sendo essencial para garantir o acesso à verdade no Brasil. A presidente nacional do PT também destacou que a população deve ter clareza sobre a relevância das estatísticas oficiais para combater fake news e fortalecer as instituições.

Fonte: Brasil 247

Após vídeo polêmico, comandante da Marinha é levado a reunião com Lula para esclarecimentos

Presidente ficou contrariado com material que ironizava “privilégios” em meio ao debate sobre ajuste fiscal; Múcio fez ponte

Comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e presidente Lula 23/3/23 (Foto: Tânia Rego/ABR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta sexta-feira (5), na Granja do Torto, o comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, acompanhado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para tratar da repercussão negativa de um vídeo divulgado pela Marinha. A gravação, alusiva ao Dia do Marinheiro, ironizava os chamados “privilégios” militares e foi interpretada como uma crítica ao ajuste fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que inclui mudanças nas regras para aposentadoria nas Forças Armadas, destaca o jornal O Globo.

No vídeo, intercalam-se imagens de militares em treinamento e civis em momentos de lazer, encerrando com a provocação: “Privilégios? Vem para a Marinha”. A peça gerou desconforto generalizado no governo, sendo considerada um erro por auxiliares do presidente. Irritado, Lula questionou José Múcio se ele tinha conhecimento do conteúdo. O ministro negou ter aprovado a divulgação, informando que o material foi autorizado diretamente por Olsen.

● Impacto político e mudança de postura

A divulgação do vídeo repercutiu rapidamente, levando Fernando Haddad a expressar seu descontentamento diretamente ao ministro da Defesa. O episódio também influenciou a posição de Lula sobre as negociações com os comandos das Forças Armadas acerca da transição de regras para aposentadoria. Inicialmente, o presidente havia aceitado a proposta de uma transição gradual, permitindo que a idade mínima de 55 anos fosse plenamente adotada apenas em 2043. Contudo, após o incidente, Lula optou por endurecer a posição e endossar a proposta do Ministério da Fazenda, que prevê a adoção definitiva da regra em 2032, com uma transição até o final de 2031.

A mudança abrupta de postura evidenciou a gravidade da situação. “O tom do vídeo foi inadequado e não condiz com o momento de diálogo que o governo busca estabelecer com as Forças Armadas”, avaliou um auxiliar próximo ao presidente.

● Novo protocolo para campanhas das Forças Armadas

Como resultado do incidente, o governo determinou uma nova diretriz para campanhas publicitárias das Forças Armadas. A partir de agora, todas as peças deverão ser previamente avaliadas e aprovadas pelo Ministério da Defesa antes de serem divulgadas. Até então, cada Força tinha autonomia para criar e publicar seus materiais com a autorização do respectivo comandante.

A presença de Olsen na reunião buscou demonstrar disposição em esclarecer os fatos e amenizar o desconforto. Segundo interlocutores, o comandante explicou o objetivo do vídeo e reconheceu o impacto negativo gerado. Ele e José Múcio deixaram o encontro com a percepção de que o assunto está encerrado, embora o episódio tenha deixado marcas no diálogo entre o governo e as Forças Armadas.

As mudanças nas regras de aposentadoria dos militares fazem parte de um pacote de ajuste fiscal que busca equilibrar as contas públicas. A proposta enfrenta resistências dentro das Forças Armadas, mas o governo tem defendido a necessidade de uniformizar as regras de transição para todas as categorias do funcionalismo público.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

VÍDEO: Gusttavo Lima, zombando, promete ‘Bolsa Cachaça’ aos brasileiros

Gusttavo Lima. Foto: Divulgação

O cantor Gusttavo Lima, um dos principais nomes da música sertaneja no Brasil, revelou suas intenções de se candidatar à Presidência da República em 2026. O anúncio foi feito à coluna Grande Angular, do portal Metrópoles, e reforçado durante um show na última sexta-feira (3).

No palco, o “Embaixador”, como é conhecido pelos fãs, prometeu criar o programa “Bolsa Cachaça” caso seja eleito.

“Quem votar em mim vai ganhar cenzão (R$ 100) de cachaça para beber todo mês. Já não tem desculpa mais”, afirmou, zombando e arrancando risos e aplausos do público presente.

Segundo Gusttavo Lima, o benefício seria uma forma de “alegrar” os brasileiros.

A decisão de entrar na política foi motivada, segundo o cantor, pela vontade de oferecer alternativas ao país.

“O Brasil precisa de alternativas. Estou cansado de ver o povo passar necessidade sem poder fazer muito para ajudar”, declarou.

Gusttavo Lima relembrou sua infância humilde, mencionando que chegou a perder dentes devido à falta de recursos financeiros, mas que conseguiu superar as dificuldades com as oportunidades que teve.

Ainda sem partido, ele afirmou que começa a dialogar com grupos políticos para viabilizar sua candidatura. “Chega dessa história de direita e de esquerda. Não é sobre isso, é sobre fazer um gesto para o país, no sentido de colocar o meu conhecimento em benefício de um projeto para unir a população”, afirmou.

A esposa do cantor, Andressa Suita, reagiu com humor à notícia da candidatura presidencial. “Quando eu acordo com a notícia de que meu marido quer ser presidente do Brasil”, escreveu Andressa em suas redes sociais, acompanhada de um emoji da bandeira nacional.

Embora seja um conhecido apoiador de Jair Bolsonaro (PL), Gusttavo Lima não confirmou se contará com o apoio do ex-presidente em sua campanha. “Não fui apadrinhado por ninguém. É uma decisão pessoal, baseada no que acredito ser necessário para o Brasil”, comentou.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

VÍDEO: Coronel preso pelo 8/1 armava blitzes para perseguir mulher de amigo em Brasília


O coronel Jorge Eduardo Naime. Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Jorge Eduardo Naime Barreto, está sob investigação por stalking, monitoramento ilegal, caracterizando o crime de stalking, e porte ilegal de armas. A Delegacia de Repressão à Corrupção (Drcor/Decor) apura suspeitas de que Naime teria utilizado sua influência na segurança pública para perseguir uma empresária da capital federal, a mando do ex-marido dela, em meio a uma separação litigiosa.

Documentos obtidos pela Polícia Civil apontam que ele coordenou ações estratégicas de vigilância e abordagens policiais com o objetivo de intimidar a empresária e seus associados. Um episódio emblemático ocorreu em 30 de outubro de 2024, no Lago Sul, quando o motorista da empresária foi abordado por uma viatura da PMDF enquanto transportava a filha dela, de 5 anos, e a babá.

Imagens de câmeras de segurança mostram Naime e outro homem posicionados estrategicamente antes da abordagem. Assim que o veículo passou pela viatura, os policiais o interceptaram.

Segundo o motorista, os agentes estavam armados, focaram exclusivamente na verificação de seus documentos pessoais e chegaram a confiscar seu celular temporariamente. Durante a abordagem, uma criança presenciou toda a ação.

A análise das imagens revelou que o coronel, identificado como o homem de cabelos grisalhos, estava presente no local e coordenou a ação. Ele foi flagrado dialogando com os policiais dentro da viatura antes de deixar o local.

Naime já foi investigado por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, que resultaram em sua prisão preventiva. Ele foi acusado de crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e danos ao patrimônio público. Ele teria retardado a ação da PMDF, dando tempo para os bolsonaristas invadirem e depredarem os prédios públicos.

Sua suposta colaboração nos atos que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, foi um dos casos mais emblemáticos daquele período.

Embora tenha sido liberado provisoriamente em maio de 2024, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Naime permaneceu sob medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno.

Fonte: DCM

Sobe para 14 o número de mortes em desabamento de ponte entre TO e MA

Corpo encontrado estava perto de destroços

Ponte JK, entre Tocantins e o Maranhão, após colapso de vão central (Foto: REUTERS/Mauricio Marinho)

Fabíola Sinimbú - Repórter da Agência Brasil
Mais um corpo foi resgatado na manhã deste sábado (4) no Rio Tocantins, onde desabou a Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira que ligava Aguiarnópolis (TO) a Estreito, no Maranhão. Com a localização da vítima, chegam a 14 as mortes confirmadas e três pessoas ainda permanecem desaparecidas.

Segundo o Comando do 4º Distrito Naval da Marinha, que integra a força-tarefa de busca e resgate no rio Tocantins, o corpo estava nas proximidades dos destroços e foi retirado do local às 10h25.

Segundo o chefe do destacamento de mergulhadores da Marinha, capitão de mar e guerra Albino Santos, os destroços no local do desabamento aumentam o desafio no trabalho de busca e resgate das vítimas, exigindo o emprego de profissionais altamente especializados e o uso de diferentes técnicas.

São realizados diariamente mergulhos para identificar e marcar os pontos de interesse, e mergulhos a ar dependente, com mais autonomia e tempo para exploração nas áreas que ultrapassam 40 metros de profundidade.

“O mergulho a ar dependente conta com uma série de aparatos próprios destinados a essa técnica. Por exemplo, a tradicional máscara é substituída por capacete. Com ele, o mergulhador consegue receber o ar que vem da superfície”, explica.

Queda - A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226, desabou no fim da tarde do dia 22 de dezembro de 2024. A operação de busca e resgate teve início ainda no mesmo dia, com o reforço de várias frentes como Corpo de Bombeiros, empresas privadas e o emprego de embarcações, helicóptero e viaturas na região.

Até o momento, o trânsito de veículos - por meio de balsas - na região ainda não foi estabelecido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). As empresas responsáveis pela manutenção da BR-226 “estão mobilizadas para atender exigências da Marinha do Brasil na execução dos acessos e do atracadouro necessários para a operação das balsas”.

Cumprida essa etapa e a liberação da outorga junto a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), as balsas deverão entrar em operação imediatamente sem custos. O serviço garantirá a travessia de carros de passeio, ambulâncias e caminhonetes.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaristas ainda creem que Trump ajudará em anistia

Ministros do STF, no entanto, não devem aliviar na condenação

Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | PR)

O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta seu momento mais difícil desde que deixou o Planalto. Indiciado em três inquéritos, sem poder se candidatar até 2030 e impedido de viajar ao exterior, o ex-presidente segue no alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) — instância que ele atacou ao longo de todo o seu mandato e que, de acordo com a Polícia Federal, seria um dos pilares de um suposto plano de golpe. Não surpreende, portanto, que os ministros da Corte não deem sinais de recuo nos processos em andamento.

Segundo reportagem da revista Veja, apoiadores próximos de Bolsonaro veem no presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, uma tábua de salvação para interromper as investigações contra o ex-presidente e articular, no Congresso Nacional brasileiro, uma anistia que o habilitaria a disputar as eleições de 2026.

“Ainda que o Congresso Nacional (americano) não faça nada, se o Executivo quiser, pode fazer várias medidas para brecar o avanço do autoritarismo no Brasil. Podem esperar: a conduta vai mudar e a cobra vai fumar.”

A fala, de Eduardo Bolsonaro, filho “Zero Três” do ex-presidente e agora secretário de Relações Internacionais do PL, foi feita em uma live no final de novembro. Segundo ele, Trump teria prometido pressionar, inclusive com sanções, as autoridades brasileiras que estariam conduzindo uma “perseguição” contra o ex-mandatário. Nesse pacote de medidas, figurariam o cancelamento de vistos de magistrados do STF, a criação de dificuldades em relações comerciais e, em um cenário extremo, o congelamento de ativos de autoridades brasileiras no exterior.

Apesar da empolgação com o suposto suporte de Washington, não está claro o quanto tais medidas poderiam realmente influenciar os rumos das investigações em Brasília. Há quem diga que as promessas de Trump, famoso por declarações polêmicas, poderiam ser simples retórica para agradar os bolsonaristas de plantão.

Fonte: Brasil 247

"Muita preocupação", diz Gleisi sobre ataques a indígenas no Oeste do Paraná

Presidente do PT critica "essa prática de violência que setores têm em relação às comunidades indígenas”

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara)

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), manifestou-se neste sábado (4) sobre os ataques violentos contra a comunidade indígena Avá-Guarani no município de Guaíra, no Oeste do Paraná. Em postagem nas redes sociais, Gleisi expressou profunda preocupação com o episódio, que incluiu disparos de armas de fogo, incêndios criminosos e denúncias de prisões ilegais.

"Acompanho com muita preocupação o que está acontecendo com os indígenas Avá-Guarani, no Oeste do Paraná, vítimas de ataques violentos, incêndios criminosos, tiros, bombas e prisões ilegais. Ministério dos Povos Indígenas, a Funai e a Força Nacional já estão mobilizados para a situação. É preciso que o caso chegue à grande imprensa, para que a sociedade tenha consciência desses crimes e ajude a mudar essa prática de violência que setores têm em relação às comunidades indígenas”, publicou a deputada.

Na noite de sexta-feira (3), por volta das 21h, um ataque a tiros deixou quatro indígenas feridos na comunidade situada próxima ao bairro Eletrosul, em Guaíra. As vítimas foram inicialmente socorridas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas, devido à gravidade dos ferimentos, foram transferidas para hospitais em Toledo.

O ataque gerou indignação entre lideranças indígenas e organizações defensoras de direitos humanos. Gleisi Hoffmann ressaltou a importância da mobilização de órgãos federais, como o Ministério dos Povos Indígenas, a Funai e a Força Nacional, para conter a violência e garantir a proteção das comunidades indígenas.

Investigação e perícia - A Polícia Federal, responsável pelas investigações, confirmou que equipes das forças de segurança federais, estaduais e municipais atuaram no local para evitar novos episódios de violência. Em nota oficial, a corporação destacou que peritos criminais federais estiveram na área para coletar evidências que possam levar à identificação dos responsáveis.

Leia a nota da Polícia Federal na íntegra: Guaíra/PR - Na data de ontem, 03/01/2025, por volta das 21 horas, foram realizados disparos em direção à comunidade indígena instalada próximo ao bairro Eletrosul.

Forças de segurança pública federais, estaduais e municipais estiveram no local a fim de evitar a ocorrência de novos episódios de violência.

Com relação aos feridos, constatou-se que, até o presente momento, quatro indígenas foram alvejados e necessitaram de atendimento hospitalar.

A Polícia Federal iniciou investigações para apurar a autoria e responsabilidade criminal dos envolvidos e, nesta manhã, (04/01/2025), Peritos Criminais Federais realizaram perícia no local do conflito.

Fonte: Brasil 247 com informações da Comunicação Social da Polícia Federal

Milei recebe González, o chama de “presidente eleito” e reforça apoio contra Maduro

Líder venezuelano, que se diz vencedor das eleições de 2024, busca respaldo internacional para enfrentar a posse de Nicolás Maduro

Javier Milei e Edmundo González (Foto: Reuters)

A Casa Rosada foi palco de fortes emoções no sábado (4), quando o presidente argentino, Javier Milei, recebeu Edmundo González Urrutia, opositor venezuelano que reivindica ter sido eleito para o cargo de presidente da Venezuela no lugar de Nicolás Maduro. Em meio a centenas de refugiados que ocuparam a Plaza de Mayo, González foi aplaudido, segundo reporta o Infomoney. González tenta formar uma coalizão de apoio na América Latina para voltar ao seu país antes da posse de Maduro, programada para 10 de janeiro.

Durante o encontro, Milei declarou publicamente apoio a González, chegando a chamá-lo de “presidente eleito”. Em suas palavras, “está fazendo o que a defesa da liberdade exige, nem mais, nem menos”. A intenção do venezuelano, que está exilado na Espanha desde setembro, é reunir-se com líderes de direita na região e, assim, fortalecer a pressão internacional contra Maduro. Na sequência de sua visita a Buenos Aires, González planeja seguir para Montevidéu, onde se encontrará com o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, e com o chanceler, Omar Paganini.

● Estratégia de apoio e países envolvidos

A estratégia de González exclui, ao menos por enquanto, uma visita ao Brasil, país que não reconhece a suposta reeleição de Maduro, mas que tem adotado uma postura cautelosa em relação à crise venezuelana. Ainda assim, segundo fontes próximas ao opositor, o objetivo é priorizar nações cujo alinhamento com seu discurso de derrubada de Maduro seja mais direto e imediato.

Nicolás Maduro deve tomar posse para um terceiro mandato na próxima semana, depois de se declarar vencedor nas eleições de julho, em um processo repleto de suspeitas de fraude. Diversos governos, incluindo o brasileiro, não reconhecem os resultados divulgados pelas autoridades eleitorais venezuelanas. Ainda assim, o Brasil será representado na cerimônia de posse pela embaixadora Glivânia Maria de Oliveira.

Para complicar ainda mais o cenário, o governo de Maduro anunciou uma recompensa de 100 mil dólares (cerca de R$ 620 mil) por qualquer informação que leve à captura de González. Apesar disso, o opositor mantém o discurso de que retornará ao país para “tomar posse” em 10 de janeiro, no lugar de Maduro.

● Asilo político e articulações europeias

Com as acusações de “conspiração” e “associação criminosa” que pesam contra ele, González obteve asilo político na Espanha em 20 de dezembro. Lá, o venezuelano teve encontros significativos com líderes europeus, como o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. Em dezembro, ele também recebeu o Prêmio Sakharov, concedido pelo Parlamento Europeu, em reconhecimento aos “esforços para restaurar a liberdade e a democracia” na Venezuela. A distinção foi entregue em conjunto à opositora Maria Corina Machado.

A tensão entre Argentina e Venezuela aumentou após a prisão de um militar argentino, Nahuel Gallo, em território venezuelano sob acusação de terrorismo. Diante disso, a Chancelaria argentina denunciou o caso ao Tribunal Penal Internacional (TPI) e solicitou medidas cautelares à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Em resposta, o chanceler venezuelano, Yván Gil, classificou a denúncia como um “espetáculo lamentável”.

A deterioração das relações entre Buenos Aires e Caracas se aprofundou quando Milei se recusou a reconhecer o resultado das eleições venezuelanas e reafirmou seu apoio a González. Na prática, a embaixada argentina em Caracas, sob custódia do Brasil, tornou-se refúgio para colaboradores da também opositora Maria Corina Machado, acusados de “terrorismo” pelo regime de Maduro.

● Perspectivas

Diante de um cenário cada vez mais polarizado, González segue buscando respaldo internacional para sustentar sua reivindicação de vitória e, assim, desembarcar na Venezuela com o peso do apoio de países da região. Enquanto isso, Maduro se prepara para iniciar um terceiro mandato com a “lealdade absoluta” das Forças Armadas, segundo comunicados oficiais. A crise venezuelana, que já resultou em protestos, mortes e prisões, é observada de perto pela comunidade internacional, que se divide entre o reconhecimento e a contestação do governo de Maduro.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Movimentos populares e PT convocam abraço à Praça dos Três Poderes

Ato simboliza defesa da democracia e cobra responsabilização de golpistas, a começar por Jair Bolsonaro

Gleisi Hoffmann e os atos terroristas bolsonaristas em Brasília no 8 de janeiro (Foto: ABr)

Movimentos sociais e partidos políticos das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo organizarão, na próxima quarta-feira, 8 de janeiro, um abraço coletivo à Praça dos Três Poderes, em Brasília, em sinal de apoio à democracia brasileira. O evento acontecerá logo depois de uma cerimônia convocada pela presidente Lula no Palácio do Planalto, que apresentará a restauração das obras de arte e itens históricos danificados durante os ataques golpistas de janeiro de 2022.

O PT destaca que o partido reforça seu repúdio às investidas contra as instituições nacionais e apoia a responsabilização jurídica dos envolvidos nos atos antidemocráticos. “O PT defende o processo judicial com punição de todos os golpistas, a começar por Jair Bolsonaro, que já se encontra indiciado pela Polícia Federal por seus crimes contra a democracia. Defende também o arquivamento imediato do projeto de lei que prevê a anistia aos golpistas”, aponta nota do partido.

A manifestação proposta pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo ocorre em um momento em que setores da sociedade brasileira buscam reafirmar o compromisso com as instituições, a estabilidade política e a preservação do patrimônio cultural do país. Os organizadores esperam a adesão de militantes, ativistas e representantes de diferentes correntes políticas, reforçando a importância de uma atuação conjunta em prol do Estado Democrático de Direito.

Fonte: Brasil 247

Gilmar Mendes cobra reação à "causa" dos atos golpistas de 8 de janeiro

"A presença de militares na política continua sem resposta", critica o decano do STF

Ministro do STF Gilmar Mendes (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)

A politização das Forças Armadas e a ausência de legislação que regule a atuação de militares na política permanecem como desafios fundamentais para o Brasil, especialmente após os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes atacaram a Praça dos Três Poderes em uma tentativa de golpe de Estado. A avaliação é do ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista concedida a Letícia Casado, do UOL.

Segundo Gilmar Mendes, a presença de militares na política “continua sem resposta”. Ele destacou que, mesmo dois anos após os atos antidemocráticos, não houve avanços significativos para lidar com as raízes do problema. “Até agora não houve reação devida em relação aos problemas que talvez sejam a causa dos atos de 8 de janeiro”, afirmou. O ministro também criticou a postura leniente de militares em relação às manifestações golpistas, que se concentraram em frente a quartéis. “Foi essa gente que permitiu manifestação em frente de quartel e em hospital. Se o MST [Movimento dos Sem Terra] tivesse se instalado na frente de quartéis, o que eles fariam?”, questionou.

Ainda em 2023, o governo do presidente Lula (PT) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para despolitizar as Forças Armadas. A PEC prevê que militares da ativa deixem a carreira e entrem para a reserva para disputar cargos eletivos, além de vetar que ocupem cargos de ministros, como ocorreu amplamente no governo de Jair Bolsonaro (PL). No entanto, o texto segue parado no Senado, sem perspectiva de votação.

Gilmar Mendes apontou a necessidade de avançar em discussões legislativas e políticas sobre o tema. Para ele, o próximo passo é disciplinar a relação dos militares – incluindo as polícias – com a política. Ele ainda destacou a a importância de revisar a formação militar e o conteúdo ensinado nas academias: “é uma disciplina que está faltando”.

O mito do “poder moderador” - Outro ponto levantado pelo ministro foi a interpretação equivocada do artigo 142 da Constituição, que foi usada por bolsonaristas para sugerir que as Forças Armadas teriam um papel de “poder moderador” na democracia. “O próprio [general] Villas Bôas [ex-comandante do Exército] estava pregando isso”, criticou Gilmar Mendes. Em abril, o STF julgou uma ação que esclareceu o artigo, afirmando que as Forças Armadas não têm legitimidade para intervir nos Três Poderes.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Caiado, que perderia para Lula de 54% a 20%, diz que "governo acabou"

Governador de Goiás acusa falta de reformas estruturais; pesquisa Genial/Quaest aponta ampla vantagem de Lula em eventual 2º turno

Ronaldo Caiado e Lula (Foto: ABR)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), voltou a criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que a gestão petista “acabou no segundo ano”. As declarações, divulgadas pela revista Veja, contrastam com os dados recentes da pesquisa Genial/Quaest, que indicam uma ampla vantagem de Lula em um possível segundo turno contra diversos adversários, inclusive o próprio Caiado.

De acordo com o levantamento, realizado pela Quaest entre os dias 4 e 9 de dezembro, com 8.598 pessoas entrevistadas pessoalmente, o presidente Lula derrotaria, em um eventual segundo turno em 2026, nomes como Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Pablo Marçal (PRTB) e o próprio Ronaldo Caiado (União). Neste cenário, o petista aparece com 54% das intenções de voto, enquanto o governador de Goiás registra 20%. A margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Apesar dos números, Caiado sustenta que o atual governo não entrega resultados. “Até hoje, Lula ancorou o governo no acontecimento de 8 de janeiro. Como o assunto está sendo julgado pelo Supremo, ele fica sem discurso e sem nenhuma entrega. O governo acabou no segundo ano”, declarou o governador, sem mencionar diretamente os resultados da pesquisa.

Caiado também criticou o aumento de gastos públicos e a ausência de reformas. “Já se passaram dois anos e o governo Lula só fez aumentar gastos. Reformas estruturais, nem cogitou fazê-las”, disse, reforçando o que considera como falta de ação no campo fiscal. O governador ainda ressaltou o que julga ser a falta de novos programas efetivos. “O único programa de governo que foi bem avaliado é o pé de meia, cópia do meu programa instalado desde 2021”, acrescentou.

Cenários divulgados pela Genial/Quaest

  • Lula x Bolsonaro: 51% x 35%Indecisos: 3% | Branco/nulo/não vai votar: 11%
  • Lula x Tarcísio: 52% x 26%Indecisos: 5% | Branco/nulo/não vai votar: 17%
  • Lula x Pablo Marçal: 52% x 27%Indecisos: 4% | Branco/nulo/não vai votar: 17%
  • Lula x Caiado: 54% x 20%Indecisos: 5% | Branco/nulo/não vai votar: 21%
Apesar das declarações de Caiado, o cenário político segue com o amplo favoritismo do presidente Lula.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Garro, do Corinthians, é acusado de homicídio culposo após testar positivo para álcool em acidente fatal

Rodrigo Garro aguardará julgamento em liberdade e, segundo a Justiça argentina, está proibido de dirigir

Garro, do Corinthians (Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians)

O meia do Corinthians, Rodrigo Garro, enfrenta neste sábado (4) uma grave acusação de “homicídio culposo agravado por alcoolemia”, depois de se envolver em um acidente de trânsito que resultou na morte de um motociclista em General Pico, na província de La Pampa, Argentina. A notícia foi divulgada pela CNN Brasil, que conversou com exclusividade com Armando Agüero, procurador-geral do Ministério Público local.

O caso aconteceu durante a madrugada, no cruzamento das ruas 300 e 108 de General Pico, cidade natal do atleta, localizada a aproximadamente 600 km de Buenos Aires. De acordo com as autoridades argentinas, Garro conduzia uma caminhonete Dodge RAM quando colidiu com a moto de Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos, que morreu no local do acidente.

Em entrevista à CNN, o procurador-geral explicou que Garro “testou positivo no bafômetro, com 0,5 gramas de álcool por litro de sangue”. Na província de La Pampa, a tolerância de álcool para dirigir é zero. Segundo Agüero, “o atleta chegou a ser preso preventivamente, mas já está em liberdade”, pois não apresentou risco de fuga e permaneceu em contato com as autoridades locais.

“Além disso, ele está sem veículo. Foi apreendido”, ressaltou o procurador Armando Agüero, referindo-se ao fato de Garro ter sido liberado após prestar esclarecimentos.

Ainda de acordo com o procurador, o motociclista envolvido portava drogas, não usava capacete e tinha irregularidades no farol da moto. “Ele levava cocaína, mas não [foi detectada] no sangue”, acrescentou Agüero. O jogador corintiano agora aguarda a acusação formal por parte do Ministério Público, que deve ocorrer ainda neste sábado (4). No domingo (5), deve passar por uma audiência com um juiz, mas não deverá ser preso novamente e, por enquanto, segue proibido de dirigir.

“O crime de homicídio culposo agravado por alcoolemia pode resultar em três a seis anos de prisão”, explicou o procurador-geral, lembrando que, caso seja considerado culpado, Garro pode vir a cumprir pena ao final do julgamento.

O Corinthians, clube que Garro defende desde janeiro de 2024, publicou nota oficial no final da manhã deste sábado, confirmando que o meia foi liberado e já se encontra em casa. “O executivo de futebol, Fabinho Soldado, e o diretor de negócios jurídicos, Vinicius Cascone, fizeram contato com os advogados e familiares do atleta e manterão contato para mais informações”, diz o comunicado. O clube reforçou ainda que acompanha as investigações e manifestou solidariedade à família da vítima.

Em meio à repercussão do caso, Rodrigo Garro desativou suas redes sociais. Ele segue sem estrear oficialmente com a camisa alvinegra.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Polícia investiga ‘surubão’ de Ano Novo no Rio de Janeiro após vídeo viralizar

Prática de ato obsceno em espaço público é crime, com penas que incluem detenção de três meses a um ano, ou multa

Surubão de Ano Novo no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução / Agenda do Poder)

Da Agenda do Poder A 14ª DP (Leblon) abriu, nesta sexta-feira, uma investigação para apurar uma orgia envolvendo dezenas de homens no Arpoador, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O ato, que teve início na noite de réveillon e continuou até o amanhecer, foi registrado em vídeos que rapidamente se tornaram virais nas redes sociais, gerando grande repercussão.

De posse das gravações, as autoridades buscam identificar os participantes do evento. Segundo o Artigo 233 do Código Penal Brasileiro, a prática de ato obsceno em espaço público é crime, com penas que incluem detenção de três meses a um ano, ou multa. Contudo, até o momento, nenhum envolvido foi identificado.

A orgia, apelidada de “surubão do Arpoador” nas redes sociais, ocorreu no Skate Bowl, uma pista de skate localizada no Parque Garota de Ipanema. Há anos, o local é conhecido na comunidade gay carioca como um ponto de encontros noturnos e já foi mencionado em guias especializados como um dos principais espaços da cidade para sexo ao ar livre. No entanto, desta vez, o ato estendeu-se até o amanhecer, chamando a atenção de quem frequentava a região para atividades esportivas logo cedo.

Casos semelhantes também ocorrem em outras cidades brasileiras. Em Brasília, a Polícia Militar tem enfrentado há décadas a prática de sexo coletivo nos estacionamentos do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, um dos maiores parques urbanos do país. Mesmo após medidas como o fechamento das entradas de veículos à noite, os adeptos passaram a utilizar áreas como a chamada “floresta dos sussurros”, uma plantação de eucaliptos próxima ao estacionamento 11

Já em São Paulo, pontos como o Mirante da Lapa, o Parque Ibirapuera e a Marginal Pinheiros são frequentemente mencionados como locais de encontros sexuais a céu aberto. Essas áreas atraem frequentadores especialmente à noite, mas também geram reclamações de moradores e têm sido alvo de monitoramento pelas autoridades locais.

A investigação no Rio segue em andamento, enquanto o debate sobre a ocupação de espaços públicos para práticas obscenas reacende discussões sobre limites, segurança e o uso compartilhado das cidades.

Fonte: Brasil 247 com Agenda do Poder

Obras de arte e "Abraço da Democracia": como será o ato de 8/1 em Brasília

Cerimônia no Planalto e mobilização popular relembram os ataques antidemocráticos de 2023 e reforçam o compromisso com a democracia

Atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

Brasília será palco de um conjunto de eventos marcantes no próximo dia 8 de janeiro, quando se completam dois anos dos ataques golpistas que atingiram os Três Poderes em 2023. O Palácio do Planalto, em parceria com lideranças do governo e da militância, organizou uma programação que combina a entrega de obras de arte restauradas, uma cerimônia oficial com autoridades e um ato simbólico na Praça dos Três Poderes, batizado de “Abraço da Democracia”, segundo o Metrópoles.

● Cerimônia oficial e a entrega de obras restauradas - A programação terá início no Palácio do Planalto, onde o presidente Lula (PT) participará da entrega de peças de arte que foram depredadas durante os atos de vandalismo. Entre os destaques está o relógio histórico do século XVIII, trazido ao Brasil por dom João VI e produzido pelo relojoeiro francês Balthazar Martinot. Após ser danificado, o relógio passou por um delicado processo de restauração na Suíça.

Outro símbolo da destruição de 2023 é a obra “As mulatas”, de Di Cavalcanti, um ícone do Salão Nobre do Planalto. Avaliada em cerca de R$ 8 milhões, a peça foi recuperada por especialistas e será entregue durante a cerimônia.

Além das obras, o evento reunirá representantes dos Três Poderes, governadores e outras autoridades. Após a entrega, o presidente Lula descerá a rampa do Planalto acompanhado de lideranças políticas para participar do “Abraço da Democracia” junto ao público na Praça dos Três Poderes.

● Mobilização popular e o papel da militância - A militância, com destaque para apoiadores do PT, tem mobilizado cidadãos de todo o país para se unirem ao ato na Praça dos Três Poderes, marcado para as 10h. A manifestação tem como objetivo reforçar a importância de proteger o Estado Democrático de Direito e relembrar os episódios de 8 de janeiro, não apenas como uma tragédia, mas como um alerta para o futuro.

● O impacto dos ataques e a busca por justiça - Os ataques de 2023, protagonizados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), resultaram em destruição massiva no STF, no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. Manifestantes, insatisfeitos com o resultado das urnas que elegeram Lula, exigiam intervenção militar para reverter o processo democrático.

Segundo dados da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, os prejuízos aos cofres públicos ultrapassaram R$ 15 milhões, sendo R$ 11,4 milhões relacionados ao STF e R$ 3,5 milhões ao Senado. Até agora, mais de 200 pessoas foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal por crimes como tentativa de golpe, associação criminosa armada e danos ao patrimônio tombado

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles