domingo, 6 de abril de 2025

VÍDEO: Michelle mostra batom em ato na Paulista; peça vira símbolo dos golpistas

 

Michelle Bolsonaro mostra batom para manifestantes durante ato pró-anistia promovido por Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo. Foto: Reprodução
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro levantou um batom ao subir no trio elétrico durante o ato pró-anistia que ocorre neste domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo. A manifestação foi convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e tem como um de seus principais símbolos o acessório utilizado por Michelle, em alusão ao caso da cabeleireira bolsonarista Débora Rodrigues dos Santos.

Débora ficou conhecida por usar um batom para escrever a frase “Perdeu, mané” na escultura “A Justiça”, que fica em frente ao Supremo Tribunal Federal, durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.


No entanto, a acusação contra ela vai além desse gesto. De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), ela teria participado ativamente da depredação de prédios públicos e se associado aos demais envolvidos nos ataques.

A cabeleireira ficou presa por mais de dois anos e, no final de março, o ministro Alexandre de Moraes autorizou que ela cumprisse prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.

A manifestação

Atendendo ao chamado de Michelle Bolsonaro, que gravou um vídeo dias atrás, boa parte das mulheres presentes no ato na Avenida Paulista neste domingo (6) porta batons nas mãos e transformou o acessório em símbolo das manifestações pela anistia dos condenados pelos atos terroristas de 8 de janeiro.

Vários participantes também exibem cartazes e tocam músicas em referência a Débora Rodrigues. Em faixas com trechos de sertanejo e trap, cantores não identificados afirmam que a bolsonarista foi vítima de injustiça. Uma das letras diz: “Com o batom na mão, ela acordou a nação. Jogada de forma errada, 14 anos de prisão, que crime cometeu?”.

Há ainda cartazes com a frase “usar essa arma te condena a 14 anos”, sugerindo que Débora já recebeu a pena, o que não é verdade. Ela ainda não foi condenada.

O relator do caso no Supremo, ministro Alexandre de Moraes, sugeriu uma pena de 14 anos de prisão com base em cinco crimes: abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Para que a condenação se concretize, ao menos três dos cinco ministros da Primeira Turma do STF precisam concordar com o voto do relator. Até o momento, Moraes e Flávio Dino votaram nesse sentido. O julgamento foi interrompido por Luiz Fux, que pediu vista e pode levar até 90 dias para devolver o caso. Fux também sinalizou que pretende revisar a pena sugerida.

Confira alguns registros da manifestação:

Fonte: DCM

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