domingo, 13 de abril de 2025

Vereador quer tornar Gilmar ‘persona non grata’ em Curitiba após ministro comparar Lava Jato ao PCC

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes durante entrevista à GloboNews nesta terça (8). Foto: Reprodução
Uma fala recente do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), comparando a Operação Lava Jato ao Primeiro Comando da Capital (PCC), gerou forte reação na Câmara Municipal de Curitiba, especialmente entre os líderes identificados com o fascismo.

O vereador Guilherme Kister (Novo) apresentou um projeto de lei pedindo a cassação do título de cidadão honorário concedido ao ministro, além de declarar Gilmar persona non grata no município.

A proposta surgiu após declarações feitas por Gilmar durante a 11ª edição da Brazil Conference, realizada em Harvard, nos Estados Unidos.

Na ocasião, o ministro afirmou: “Fico muito orgulhoso de ter participado desse processo que você [interlocutor] chamou de ‘desmanche da Lava Jato’. Porque era uma organização criminosa. O que eles organizaram em Curitiba, lamentavelmente, era uma organização criminosa. […] A gente pensa que é uma conversa do PCC”.

Ainda em sua fala, Gilmar Mendes criticou os métodos utilizados na operação: “Vi que aquele momento era decisivo e passei a dizer que aquilo ia dar errado. Pelos dados, pelas más práticas que foram reveladas. Tudo aquilo que depois se revelou na chamada Vaza Jato e depois na Operação Spoofing, parece que eu já sabia. Que o juiz combinava com os procuradores as ações. E depois isso tudo ficou provado”.

Segundo o ministro, os abusos da operação começaram a se tornar visíveis com o tempo, e ele disse ter previsto os desdobramentos com base em sua experiência jurídica. Ele também afirmou que, durante os processos, muitas pessoas só eram libertadas após realizarem delações, o que considera um método coercitivo e problemático.

Fonte: DCM

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