
As tarifas de 84% anunciadas pela China sobre produtos importados dos Estados Unidos entraram em vigor nesta quinta-feira (10). A medida foi divulgada pelo Ministério das Finanças chinês na véspera e representa uma retaliação direta às taxas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Ainda nesta quinta, a expectativa recai sobre a possível reação de Pequim à nova ofensiva do republicano, que elevou de última hora a tarifa sobre produtos chineses para 125% — anteriormente, a taxa era de 104%.
“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato”, escreveu Trump em sua rede social.
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O embate
A disputa teve início com o chamado “tarifaço”, anunciado por Trump em 2 de abril, que impôs taxas de importação entre 10% e 50% sobre produtos de 180 países e regiões. As tarifas menores passaram a valer no sábado (5), enquanto as maiores, direcionadas especialmente a países com os quais os EUA têm déficit comercial, começaram a ser cobradas nesta quinta-feira.
Entre os principais alvos das medidas está a China, que já enfrentava tarifas de 20% e, após a nova rodada, viu essa alíquota subir para 34%. Em resposta, o governo chinês também impôs uma taxa extra de 34% sobre todas as importações americanas.
Trump, por sua vez, deu um prazo até as 13h de terça-feira (8), no horário de Brasília, para que a China retirasse as tarifas. Caso contrário, haveria um acréscimo de mais 50%, totalizando 104%.
Sem recuar, a China anunciou que “revidaria até o fim” e, além de manter os 34% anteriores, elevou as tarifas para 84% sobre produtos americanos. Na sequência, Trump decidiu escalar ainda mais o conflito e aumentou a cobrança para 125%, em sua mais nova medida contra os produtos chineses.
Fonte: DCM
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