Quadro de saúde de Bolsonaro é estável e ele não deverá passar por nova cirurgia, diz médico

Ex-mandatário sentiu fortes dores abdominais nesta sexta-feira , durante agenda no interior do Rio Grande do Norte, e foi levado para Natal de helicóptero

Ex-presidente Jair Bolsonaro na porta da sua casa em Brasília (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Jair Bolsonaro (PL) está estável e não apresenta mais dores após ser transferido para o Hospital Rio Grande, em Natal, na manhã desta sexta-feira (11), após sofrer um quadro de distensão abdominal. A transferência ocorreu após atendimento inicial em um hospital municipal no Rio Grande do Norte, onde Bolsonaro foi atendido com urgência. As informações, segundo a Folha de S. Paulo, foram divulgadas pelo médico Luiz Roberto Fonseca, responsável pelo acompanhamento do quadro clínico do ex-mandatário.

“Por enquanto, não há necessidade de cirurgia”, afirmou Fonseca, destacando que o foco agora é a recuperação das funções intestinais de Bolsonaro. De acordo com o médico, um outro especialista que acompanha a saúde de Bolsonaro está em deslocamento para Natal para reforçar o atendimento.

Fonseca explicou ainda que, clinicamente, Bolsonaro está em condição tão estável que poderia ser removido via UTI aérea, com acompanhamento médico adequado. No entanto, essa decisão será ponderada pelos familiares, conforme o andamento da recuperação.

O ex-mandatário sentiu fortes dores abdominais durante a manhã e, após atendimento inicial no Hospital Regional de Santa Cruz, foi transferido de helicóptero para uma unidade particular em Natal. Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, afirmou que as dores de Bolsonaro estão relacionadas ao evento de Juiz de Fora (MG) durante a campanha presidencial de 2018, o que gerou uma série de intervenções cirúrgicas ao longo dos anos.

Bolsonaro havia chegado a Natal na madrugada desta sexta-feira, onde foi recepcionado por apoiadores. Seu cronograma de compromissos na cidade incluía visitas em Acari, Oiticica e Pau dos Ferros, mas os atos foram suspensos devido ao quadro de saúde.

Gilson Machado, ex-ministro do Turismo e aliado de Bolsonaro, informou que o ex-mandatário se sentiu mal durante a noite no hotel onde estava hospedado em Natal, o que motivou a busca por atendimento médico.

Desde que levou a facada em 2018, Bolsonaro já passou por cinco cirurgias, sendo a última em 2023, para corrigir hérnia de hiato e desvio de septo. Em 2022, ele ficou internado por três dias devido a uma obstrução intestinal, causada por um camarão não mastigado, durante seu mandato como presidente da República.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo