Ativista protesta contra a anistia no aeroporto de Brasília. Foto: Divulgação
O Partido dos Trabalhadores (PT) e o grupo jurídico Prerrogativas, ambos alinhados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preparam uma campanha nas redes sociais para expor deputados federais que apoiam a votação em regime de urgência do projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
A informação foi confirmada por Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas. Segundo ele, o objetivo é constranger publicamente os parlamentares que querem votar a proposta, utilizando inclusive vídeos dos ataques às sedes dos Três Poderes.
“A campanha é para mostrar, inclusive com vídeos daquele dia, o que aconteceu. Queremos expor ao constrangimento os deputados que querem votar a urgência da anistia, para um dos crimes mais graves que podem existir”, afirmou Carvalho.
Marco Aurélio de Carvalho, advogado. Foto: Divulgação
O coordenador do grupo jurídico também revelou que já conversou com o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), sobre a iniciativa. A ideia é mobilizar militantes e influenciadores para intensificar a pressão sobre o Congresso Nacional, principalmente sobre parlamentares que, segundo ele, estão tentando “banalizar” um episódio grave da história democrática recente do país.
“É um paradoxo que deputados eleitos democraticamente defendam anistia aos que quiseram derrubar a democracia. É uma contradição em termos”, declarou Carvalho.
Carvalho também destacou que eventuais ajustes em condenações consideradas excessivas devem partir do Judiciário, especialmente do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelos julgamentos relacionados aos atos golpistas. No entanto, ele criticou a tentativa de interferência do Congresso Nacional por meio do projeto de anistia.
“O STF poderá eventualmente fazer ajustes em penas individuais que possam ter tido punição exagerada. Mas isso deve ser uma iniciativa do Judiciário, não do Congresso. As pessoas estão querendo banalizar algo que é muito grave”, concluiu.
Fonte: DCM
Nenhum comentário:
Postar um comentário