terça-feira, 8 de abril de 2025

PF testa 10 milhões de senhas e não desbloqueia celular de bolsonarista preso no 8/1

 

Polícia Federal tentou 10 milhões de senhas, mas não conseguiu desbloquear celular de bolsonarista preso no 8 de janeiro. Foto: Reprodução
A Polícia Federal (PF) tentou desbloquear o celular do bolsonarista Renato Marchesini, preso pelos ataques de 8 de janeiro, mas não obteve sucesso mesmo após testar cerca de 10 milhões de combinações de senha, conforme informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Sem acesso ao aparelho, a PF não conseguiu extrair o conteúdo solicitado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a investigação.

A PF buscava identificar mensagens com termos como “morte ao Xandão”, “invadir os prédios”, “fora Lula” e “Bolsonaro”, além de acessar nomes e números da agenda, fotos, vídeos e dados de localização. O objetivo era apurar o grau de envolvimento de Marchesini nas depredações aos Três Poderes.
Celular Samsung Galaxy A30 do bolsonarista Renato Marchesini, preso pelos ataques de 8 de janeiro. Foto: Reprodução

Em laudo pericial, a PF relatou que utilizou o software Cellebrite Premium, ferramenta especializada em quebra de senhas, para gerar um “dicionário” de combinações com base nas informações pessoais de Marchesini. Apesar das tentativas, nenhuma senha foi eficaz.

O gabinete de Moraes determinou que a PF buscasse 36 termos no celular de Marchesini. Entre eles estavam: “golpe”, “artigo 142”, “ditadura”, “Forças Armadas”, “militar”, “exército”, “intervenção”, “intervenção militar”, “SOS Forças Armadas”, “impedir a posse”, “manifestação”, “manifestação política”, “acampamento”, “QG do Exército”, “desobediência civil”, “invasão”, “invadir”, “invadir os prédios”, “invadir os Poderes”, “limpeza dos Três Poderes”, “danificar”, “quebrar”, “destruir”, “Alexandre de Moraes”, “morte ao Xandão”, “STF”, “financiador”, “financiamento”, “Bolsonaro”, “Lula”, “fora Lula”, “eleição”, “nova eleição”, “eleitoral”, “urna” e “código-fonte”.

O policial responsável informou que apenas conseguiu identificar o modelo do aparelho, um Samsung Galaxy A30 com a tela rachada. O celular foi devolvido com o laudo ao setor da PF encarregado de cumprir as determinações do STF.

Renato Marchesini foi preso após os atos golpistas, mas foi liberado cerca de dez dias depois e passou a usar tornozeleira eletrônica por decisão de Moraes. Ele também entregou seus passaportes à Justiça, teve os documentos de porte de arma suspensos e foi proibido de usar redes sociais ou manter contato com outros envolvidos.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Nenhum comentário:

Postar um comentário