quarta-feira, 23 de abril de 2025

PF deflagra operação contra fraude de R$ 6,3 bilhões em aposentadorias do INSS

Entidades são investigadas por esquema que teria cobrado R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024

      Agente da Polícia Federal e servidor da Controladoria-Geral da União (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (23) a operação Sem Desconto, voltada ao combate de um esquema nacional de descontos associativos não autorizados aplicados a aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão em 13 estados e no Distrito Federal. As informações são do Metrópoles.

A operação investiga pessoas ligadas a entidades, operadores financeiros e servidores públicos suspeitos de envolvimento em cobranças indevidas que, segundo a PF, somam aproximadamente R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Estão sendo cumpridas também ordens judiciais de sequestro de bens que ultrapassam R$ 1 bilhão e o afastamento de seis servidores do INSS, incluindo nomes da atual gestão.

"A operação tem por objetivo desarticular uma estrutura criminosa que se aproveitava da vulnerabilidade dos beneficiários da Previdência Social", afirmou a Polícia Federal em nota oficial. Os descontos irregulares teriam sido aplicados sem o consentimento dos aposentados e pensionistas, comprometendo diretamente os rendimentos de uma parcela da população já economicamente fragilizada.

Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) participam da ofensiva, que ocorre simultaneamente nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe, além do Distrito Federal, onde a sede do INSS é um dos alvos principais da investigação.

A PF detalha que os investigados poderão ser responsabilizados por uma série de crimes, incluindo corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documentos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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