
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) afirmou neste sábado (13) que não sabe quando encerrará a greve de fome iniciada em protesto contra o processo que pode cassar seu mandato.
“Decidi quando começar, mas não sei quando vou parar. Essa resposta cabe a quem tentou me calar”, declarou nas redes sociais. Ele disse também que já está há mais de 100 horas sem se alimentar e permanece “acampado” no plenário 5 da Câmara dos Deputados.
Glauber transformou o espaço em uma espécie de acampamento desde a última quarta-feira (9), quando o Conselho de Ética aprovou o pedido de cassação. Ele dorme em um colchão improvisado no chão e afirma que seu protesto é um ato contra perseguições políticas. “Arthur Lira tem muito poder e grana, mas ele não pode tudo. O orçamento secreto não pode comprar a minha cabeça!”, disse.
A equipe do parlamentar informou que ele está ingerindo apenas líquidos, como água, isotônicos e água de coco. Uma equipe médica realiza visitas diárias para monitorar seu estado de saúde. Segundo os primeiros exames, ele está estável, apesar da perda de peso e do cansaço físico.
O médico Bernardo Ramos, responsável pelo acompanhamento do deputado, disse que Glauber apresenta certo abatimento, o que é esperado diante da ausência de alimentos sólidos. Ele passou por exames de sangue e urina e segue recebendo orientações médicas sobre a hidratação adequada.
O protesto é uma reação à abertura do processo de cassação movido contra ele desde 2024, quando expulsou o influenciador Gabriel Costenaro (MBL) das dependências da Câmara, após ataques a mãe do parlamentar, a ex-prefeita Saudade Braga, que estava doente e morreu poucos dias depois.
O deputado acusa o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de ter atuado para acelerar o julgamento como parte de um jogo político.
Fonte: DCM
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