"Denúncia aqui não se refere à tentativa de homicídio”, enfatizou o magistrado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a rebater nesta terça-feira (22) o discurso de milícias digitais de que ele seria “relator, juiz e vítima” no julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a tentativa de golpe de Estado.
Ainda nesta terça-feira, a Primeira Turma da Corte decidiu, por unanimidade, tornar réus seis denunciados do núcleo 2 da trama golpista, composto por ex-integrantes do governo que, segundo a denúncia, usaram os cargos públicos de forma coordenada para desestabilizar a democracia.
Durante a sessão da Primeira Turma, Moraes enfatizou que o julgamento não analisa uma denúncia de tentativa de homicídio, mas sim de um ataque às instituições democráticas. Parte da trama golpista, o plano “Punhal Verde Amarelo” previa a execução de autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes.
“Para esclarecer algo que já foi muitas vezes esclarecido, mas principalmente porque as denominadas milícias digitais continuam insistindo que eu sou relator, o juiz e a vítima, é importante deixar muito claro que a denúncia aqui não se refere à tentativa de homicídio”, afirmou Moraes, que é o relator do caso.
“Obviamente que, se houvesse uma denúncia por tentativa de homicídio contra um magistrado do Supremo Tribunal Federal, esses fatos seriam apartados e seriam distribuídos para outro ministro do Supremo Tribunal Federal. Aqui, não. Aqui é atentado contra as instituições democráticas, e o atentado narrado pela PGR, a partir das investigações da Polícia Federal, se dá no contexto de tentar obstruir as investigações já iniciadas há mais de três anos”, ressaltou.
Fonte: Brasil 247
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