São mais de 2.500 brasileiros e brasileiras que já topara, voltar e contribuir com o Brasil, diz Luciana Santos
Vermelho - A ministra da Ciência, Inovação e Tecnologia, Luciana Santos, antecipou que a pasta trabalha para publicar um novo edital chamado de Atração e Fixação de Talentos, do programa Conhecimento Brasil, para receber cientistas brasileiros que concordaram voltar dos Estados Unidos e Argentina.
Na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, Luciana explicou aos deputados que o Conhecimento Brasil é um dos dez programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
Ela diz que o programa é inovador, não existia antes. O presidente Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, coordena o projeto junto com o diretor científico do órgão, Olival Freire.
“Antecipo aqui para vocês que o Ricardo Galvão me procurou, há um pouco mais de 15 dias, junto com a presidenta da Capes, Denise Carvalho, e vamos fazer um específico para os cientistas brasileiros que estão nos Estados Unidos e na Argentina – e que estão topando voltar ao Brasil. Vamos fazer exclusivo para atrair de volta a inteligência brasileira”, anunciou sob aplausos, na última semana.
No ano passado, o ministério publicou um edital do programa para diversos países. “A resultante é extraordinária: são mais de 2.500 brasileiros e brasileiras que topam contribuir com o Brasil. Alguns deles continuarão nos países em que estão, mas vão contribuir de desafios brasileiros em pesquisa em rede, e 1.573 topam voltar ao Brasil”, disse.
De acordo com ela, a pasta já está preparando os contratos para repatriação dos cientistas. “Há engenharia, ciências da terra, biologia, medicina, também áreas dinâmicas do conhecimento, e estão topando voltar”, festejou.
Por meio do programa, os pesquisadores são chamados a atuarem no Brasil com bolsas no valor mensal de R$ 10.000 (mestres) e R$ 13.000 (doutores). Eles poderão trabalhar em empresas, universidades e institutos.
O ministério já investiu no programa R$ 200 milhões, o que significa investimento de R$ 1 bilhão de reais ao longo de 5 anos. “Já falei aqui de 2.500 que contribuirão com o Brasil”, reforçou Luciana.
Ele lembra que antes de assumir a pasta já havia essa reivindicação. “Um assunto também antigo no nosso debate do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia é o que fazer com os cérebros e a inteligência brasileira que se evadem, muitas vezes, pela instabilidade que a gente tem na política de ciência e tecnologia, pela falta de infraestrutura e pela própria força da nossa economia. Neste sentido, é um caso de sucesso. Tenho comentado isso com o presidente Lula”, revelou.
Investimento - Em dois anos, Luciana disse que o Brasil passou a investir seis vezes mais em ciência e tecnologia, se comparado aos últimos quatro anos.
“Depois de dez anos de congelamento das bolsas de mestrado e doutorado, tivemos ampliação de mais de 40% — está aqui o pessoal da ANPG [Associação Nacional de Pós-Graduandos] para ser testemunha disso — e houve um aumento de 10 mil bolsas do CNPq nesse período”, diz.
Ela também destacou ainda que a pasta tem retomado o papel da popularização e difusão da ciência para incentivar a participação e a compreensão da população. “E também para absorver o quanto a ciência, que passa pela observação, pela experimentação, por testar ideias e praticá-las e por interagir com o meio, é decisiva para salvar e transformar a vida das pessoas. Então, a ciência tem um papel também importante no combate à desinformação”, defendeu.
A ministra lembrou o quanto “foi nefasto”, por exemplo, o debate sobre a importância da vacina no país.
“Até hoje, está tendo que retomar o papel do Zé Gotinha, de estimular a participação das pessoas, de que a vacina salva e é preciso, portanto, combater a desinformação do negacionismo que impera no país, e esse é um dos papéis da própria Secretaria de Desenvolvimento Social”, disse.
Fonte: Brasil 247 coim informações do portal Vermelho
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