
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), criticou duramente os parlamentares aliados ao governo Lula (PT) que assinaram o requerimento de urgência para o projeto de anistia aos condenados pelos atos terroristas de 8 de janeiro.
Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, anunciou na noite de quinta-feira (10) que o requerimento de urgência alcançou 258 assinaturas — uma a mais que o mínimo necessário para protocolar a proposta. Segundo o bolsonarista, o número foi atingido por volta das 22h.
“Acho, sinceramente, nessa Casa, que as pessoas têm que se definir: quem é governo e quem não é governo. Tudo bem quem é da oposição assinar um projeto como esse, mas quem é governo assinar um projeto como esse, que coloca o país numa crise institucional, não é razoável”, afirmou Lindbergh.
Segundo Sóstenes, entre os 251 deputados que inicialmente apoiaram o requerimento estão membros de partidos com presença no governo Lula, como União Brasil (37), PP (34), Republicanos (25), PSD (23) e MDB (21). As assinaturas de mais de 100 deputados da base de Lula geraram indignação no Palácio do Planalto.
“Se a pessoa assina um projeto desse, não quer ficar deste lado (do governo). Eu tenho a lista de assinaturas. Tem gente na lista que ocupa espaço importante no governo. Cada partido tem que ser chamado à responsabilidade. Estamos ligando para alguns deputados, eu e o líder Isnaldo”, declarou Lindbergh, referindo-se ao líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL). “Esse é um bom momento para perguntar quem quer ficar aqui do nosso lado, porque, se a pessoa assina um projeto desse, com certeza não quer ficar aqui desse lado”.
O petista também afirmou que “não é justo” que pessoas que participam do governo e ocupam funções assinem o requerimento de urgência para a proposta: “Mas eu queria passar esse recado aqui, enquanto líder do PT, que a gente acha importante que cada partido assuma sua responsabilidade e defina o papel que quer ter: se querem ajudar o governo ou se querem jogar o país numa violenta crise institucional”.
No X, Lindbergh alfinetou Jair Bolsonaro (PL) e disse que o ex-presidente “está mais preocupado com ele mesmo e com seus generais golpistas do que com os condenados”. “Ele sempre quis anistia para salvar a própria pele”, disse o líder do PT na Câmara.
Fonte: DCM
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