terça-feira, 8 de abril de 2025

Indústria de máquinas cresce 16,9% e recupera fôlego após três anos de retração

Setor registrou um crescimento de 16,9% nas vendas no primeiro bimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior

     (Foto: Agência Brasil )

Após um período prolongado de retração, a indústria brasileira de máquinas e equipamentos volta a respirar com mais alívio. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o setor registrou um crescimento de 16,9% nas vendas no primeiro bimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. A receita alcançou R$ 43,3 bilhões, marcando uma importante retomada para um segmento formado majoritariamente por pequenas empresas.

Os resultados positivos reforçam uma tendência já apontada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que mostrou avanço de 3,3% no faturamento industrial em janeiro, em relação a dezembro. Na comparação com janeiro de 2024, o crescimento foi de 12,8%. O desempenho da indústria está associado, em parte, à atuação de políticas públicas voltadas à produtividade e à inovação, como o programa Brasil Mais Produtivo.

“O Brasil Mais Produtivo fomenta a economia verde e a descarbonização dos setores produtivos. Além disso, propõe diretrizes que aumentam a produtividade das micro e pequenas empresas, por meio do estímulo à cooperação, à organização do setor, ao desenvolvimento empresarial e territorial”, afirma Décio Lima, presidente do Sebrae. “A indústria desempenha um papel estratégico na política econômica e é fundamental para o crescimento sustentável do país ao impulsionar a inovação, a geração de emprego e renda”, acrescenta.

Entre os segmentos que mais contribuíram para a recuperação estão os de máquinas voltadas à fabricação de bens de consumo, ao setor agrícola e à construção civil. No entanto, as exportações do setor recuaram 10% no primeiro bimestre, somando US$ 1,6 bilhão. A exceção foi o mercado sul-americano, que apresentou alta de 12,4%, com destaque para a Argentina, que ampliou em 73,4% as compras de equipamentos agrícolas e de construção.

A reestruturação do setor também está atrelada à parceria entre o Sebrae e o governo federal no âmbito do Brasil Mais Produtivo, um dos pilares da estratégia Nova Indústria Brasil. Lançado em novembro de 2023 e coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o programa conta ainda com a participação do Senai e tem como meta apoiar 200 mil micro, pequenas e médias empresas até 2027.

Somente em 2024, mais de 46 mil empresas industriais já foram orientadas por meio da atuação dos Agentes Locais de Inovação (ALI), promovendo ganhos de produtividade, transformação digital e inserção tecnológica. A porta de entrada do programa é a Plataforma de Produtividade, que oferece, de forma gratuita, diagnóstico empresarial, consultorias, educação profissional e apoio financeiro para modernização e competitividade.

Fonte: Brasil 247

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