Ampliação da faixa de renda para até R$ 12 mil permitirá financiamento de imóveis de até R$ 500 mil. Medida deve beneficiar 120 mil famílias
O governo federal anunciou, nesta quinta-feira (3), a ampliação do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" para incluir famílias com renda mensal de até R$ 12 mil. Antes, o limite era de R$ 8 mil. A decisão foi comunicada durante o evento "O Brasil dando a volta por cima", que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi divulgada pelo portal G1.
Com a mudança, o programa passa a permitir o financiamento de imóveis de até R$ 500 mil, com prazos de pagamento que podem chegar a 420 meses e taxa de juros de 10,5% ao ano. A expectativa do governo é que a ampliação alcance cerca de 120 mil famílias, inserindo a classe média no escopo do programa social.
O ministro das Cidades, Jader Filho, ressaltou a importância da medida para ampliar o acesso à moradia própria. "Estamos reforçando o Minha Casa, Minha Vida, para que ele possa atender a mais brasileiros. Agora a classe média também vai ser beneficiada. A gente tem feito um longo trabalho nestes últimos dois anos. São milhares de pessoas realizando o sonho da casa própria", afirmou.
De acordo com o governo, a ampliação foi viabilizada pela inclusão de recursos do Fundo Social do Pré-Sal no orçamento das Faixas 1 e 2 do programa. Essa injeção de capital permitirá um maior subsídio para as famílias que buscam a casa própria dentro do novo limite de renda estabelecido.
A decisão ocorre em um cenário de alta nos preços dos imóveis, que tem restringido o poder de compra da população e levado a classe média a buscar unidades menores. Além disso, a medida vem em meio ao aumento das taxas de juros do financiamento imobiliário, o que pode impactar diretamente a acessibilidade ao crédito habitacional.
Nos últimos anos, o "Minha Casa, Minha Vida" passou por reformulações para ampliar seu alcance e incluir novos grupos sociais. A inclusão da classe média representa mais um passo na tentativa do governo de equilibrar o mercado habitacional e garantir que mais brasileiros tenham acesso à moradia digna.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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