
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta quarta-feira (10) que o projeto de lei (PL) que propõe a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro provavelmente não será votado na Câmara dos Deputados. Ela ressaltou que o presidente da Casa Legislativa, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou que a matéria não será levada à votação.
A petista destacou a confiança que tem na palavra de Hugo Motta: “Eu confio muito na palavra do presidente Hugo Motta, de que esse projeto não irá a voto, até porque se for, cria uma crise institucional como ele mesmo disse”.
A ministra participou de uma reunião no Palácio da Alvorada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir a substituição de Juscelino Filho no Ministério das Comunicações. O novo titular da pasta será o líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA).
Base governista assina requerimento de urgência para PL da Anistia
De acordo com o portal Metrópoles, mais de 100 deputados da base governista assinaram o requerimento de urgência do PL da Anistia, buscando levar a proposta diretamente ao Plenário da Câmara dos Deputados.
Gleisi mencionou que muitos parlamentares que assinaram o requerimento não estavam totalmente cientes do conteúdo do projeto:
“Eu acho que as assinaturas que alguns parlamentares estão fazendo, tem muitos que estão até desavisados sobre o conteúdo do projeto. Querem realmente uma mediação com aquelas penas para quem participou daqueles atos de 8 de janeiro, mas o projeto que está lá, vou repetir aqui, é um projeto que dá anistia ao Bolsonaro e aos generais”.
Conteúdo do PL da Anistia
O PL em questão prevê anistia a todos os envolvidos em manifestações em todo o Brasil, abrangendo o período entre o segundo turno das eleições presidenciais de 2022, realizado em 30 de outubro, até a entrada em vigor da proposta. Isso inclui a anistia aos participantes dos atos de 8 de janeiro, além do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Gleisi concluiu que a discussão sobre uma possível redução de pena para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro é válida.
“Eu acho que está faltando esclarecimento sobre isso. E, de fato, falar sobre anistia ou mediação de pena ou redução de pena. Enfim, em relação a algumas pessoas do 8 de janeiro, eu acho que é plenamente defensável do ponto de vista de muitos parlamentares que estão ali. Talvez a gente até tenha que fazer essa discussão mesmo no Congresso”, afirmou.
Fonte: DCM
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