
Com essa declaração feita às 6h30 desta quinta, 10, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) confirmou o início de uma greve de fome como forma de protesto contra a aprovação de seu processo de cassação pela Comissão de Ética da Câmara.
A decisão, tomada após uma sessão marcada por discussões acaloradas e protestos de parlamentares e apoiadores, teve o parecer do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) aprovado por 13 votos a 5.
O caso ainda precisa ser votado no plenário da Casa. Para que a cassação seja efetivada, são necessários os votos de pelo menos 257 dos 513 deputados. A data da votação ainda não foi definida, mas o PSOL já sinalizou que, caso a perda de mandato se concretize, recorrerá ao Supremo Tribunal Federal.
Durante a sessão, o relator Magalhães rejeitou os protestos, dizendo que o “alvoroço” só reforçava sua convicção pela perda de mandato. Glauber acusou o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, de articular sua cassação em retaliação às críticas feitas ao orçamento secreto. O atraso no início da ordem do dia, que só começou às 19h02, também foi interpretado pelo deputado como parte de um conluio para garantir a votação do parecer antes do fim dos trabalhos da comissão.
“Desde o início da tarde, já era evidente que havia um acordo para segurar a pauta e permitir que a votação ocorresse”, afirmou Glauber. Ele também alegou que o relatório contra ele foi encomendado com o objetivo de silenciar sua atuação no parlamento.
Arthur Lira nega qualquer envolvimento com o processo e, por meio de nota, afirmou que Glauber responde a uma “gravíssima acusação”. Disse ainda que qualquer insinuação de irregularidade sem provas poderá ser alvo de ações judiciais. Mesmo diante da ameaça, Glauber reafirma que seguirá com a greve de fome, disposto a enfrentar sua perseguição política.
Fonte: DCM
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