terça-feira, 22 de abril de 2025

Defesas do "núcleo 2" da trama golpista citam a Bíblia, e Dino rebate com analogia religiosa

Denunciados teriam usado cargos públicos de forma coordenada para desestabilizar a democracia

       Flávio Dino (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou, nesta terça-feira (22), mais seis acusados de participação na tentativa de golpe de Estado. O grupo faz parte do chamado “núcleo 2” da trama golpista, composto por ex-integrantes do governo que, segundo a denúncia, usaram os cargos públicos de forma coordenada para desestabilizar a democracia.

Durante a sessão, as defesas dos denunciados recorreram a referências religiosas, históricas e literárias nas sustentações orais. Em resposta ao tom religioso adotado por alguns advogados, o ministro Flávio Dino também fez uso de uma metáfora bíblica durante a sessão. O magistrado mencionou o livro do Gênesis ao falar sobre os papéis de julgadores, acusados e do Ministério Público.

“Houve muitas alusões bíblicas de altíssima qualidade na tribuna e, ouvindo agora o ministro Alexandre de Moraes, lembrei de outra: as primeiras páginas do Gênesis, sobre a criação do mundo. Deus separa a terra e a água e, de fato, se os julgadores estão na terra e as partes estão na água, o Ministério Público é uma península, ou seja, está ali na transição. Isso porque o Ministério Público não julga, ele propõe uma tese”, afirmou. “Não há condições para dizer que, ao propor uma tese no tribunal, rompeu essa neutralidade técnico-científica, exatamente pela condição de zona de transição entre terra e água.”

Fonte: Brasil 247

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