sexta-feira, 25 de abril de 2025

Débora Floriano assume interinamente o comando do INSS após operação contra fraudes

Diretora de Logística ocupa a vaga deixada por Alessandro Stefanutto, exonerado após ação da PF e CGU que apura desvios bilionários em benefícios

       Débora Floriano, presidente interina do INSS (Foto: Reprodução- TVGlobo)


A atual diretora de Operações e Logística do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Débora Floriano, foi designada para assumir interinamente a presidência do órgão. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (24), um dia após a exoneração de Alessandro Stefanutto, alvo de uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) que investiga suspeitas de fraudes em aposentadorias e outros benefícios previdenciários. As informações são do G1.

A escolha de Débora foi acertada em reunião conduzida pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, com integrantes da cúpula do INSS, incluindo diretores e superintendentes regionais. Com mais de 15 anos de carreira na autarquia, Débora ingressou no instituto em 2008 como analista de Seguro Social. Graduada em Direito, atuou em cargos técnicos e de gestão, passando pelas coordenações de Compras, Serviços, Licitações e Contratos. Desde setembro de 2023, lidera a Diretoria de Orçamento, Finanças e Logística.Antes mesmo da formalização de sua nomeação, Débora participou de uma entrevista coletiva ao lado do ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho. Na ocasião, ela afirmou que o INSS já trabalha na elaboração de um plano para ressarcir os segurados prejudicados por descontos indevidos.

"Nós traremos oportunamente um plano onde serão abordadas, tratadas todas as informações, para, em seguida, em uma força-tarefa conjunta, promovermos o integral ressarcimento dos valores irregularmente descontados dos nossos segurados", afirmou a nova presidente interina.A operação deflagrada nesta semana teve como foco associações suspeitas de realizar descontos indevidos em contracheques de aposentados e pensionistas. Segundo as investigações preliminares, esses valores podem ter chegado a R$ 6,3 bilhões desde 2019, embora ainda não esteja claro quanto desse montante foi, de fato, cobrado de forma ilegal.A CGU e o INSS informaram que os descontos indevidos serão interrompidos já nos pagamentos de maio.

A recomendação é que os beneficiários não procurem agências do INSS neste momento, uma vez que a suspensão será automática. Caso parcelas já tenham sido lançadas, elas não serão repassadas às entidades envolvidas, e sim devolvidas no mês seguinte.O governo federal confirmou que o plano de devolução deve englobar também os valores que foram bloqueados pela Justiça durante a operação, estimados até agora em cerca de R$ 2 bilhões.Até o momento, pelo menos 11 entidades associativas estão sob investigação. A operação resultou em mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas em diferentes estados do país. A expectativa do governo é que, com a nova liderança no INSS, o órgão consiga retomar a estabilidade administrativa e acelerar a apuração dos danos causados aos beneficiários da Previdência Social.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

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