domingo, 13 de abril de 2025

Contra a covardia: Soraya Thronicke defende Glauber Braga e denuncia perseguição política

 

A senadora Soraya Thronicke em discurso no Congresso. Foto: reprodução

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) se manifestou nas redes sociais contra o processo de cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), classificando a ação como “nítida perseguição política” e “uma covardia”. Em seu perfil no X (antigo Twitter), Soraya anunciou que assinou uma petição em defesa de Glauber e criticou duramente o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, a quem acusou de protagonizar uma “vergonha alheia”.

O apoio de Soraya ocorre no momento em que Glauber Braga completa mais de 84 horas em greve de fome, em protesto contra o andamento do processo que pode resultar em sua cassação. O deputado está desde quinta-feira (9) sem ingerir alimentos sólidos, consumindo apenas água, água de coco e isotônicos. Segundo sua equipe, ele permanece nas dependências da Câmara dos Deputados, onde tem dormido e recebido visitas, além de manter sua rotina de trabalho parlamentar.

A decisão do Conselho de Ética, tomada na quarta-feira (9) por 13 votos a 5, refere-se a um episódio ocorrido em 2024, quando Glauber foi acusado de agredir fisicamente um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) nas dependências do Congresso. Para o PSOL, o processo é uma retaliação política articulada por aliados do então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após denúncias feitas por Glauber sobre irregularidades no chamado “orçamento secreto”. Lira nega qualquer envolvimento.

Glauber Braga: deputado acampa no plenário
A repercussão da possível cassação de Glauber tem crescido, tanto nas redes quanto em mobilizações presenciais. Nas últimas semanas, o nome do parlamentar esteve entre os mais buscados na internet, e figuras públicas de diferentes correntes políticas passaram a se posicionar sobre o caso. Para seus apoiadores, o processo revela uma tentativa de silenciar vozes combativas no Congresso, especialmente aquelas que denunciam os abusos do centrão e os acordos de bastidores.

O relator do caso, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), afirmou em seu parecer que Glauber “extrapolou dos direitos inerentes ao mandato, abusando, assim, das prerrogativas que possui”. O parlamentar ainda poderá recorrer da decisão à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso o recurso seja negado, o processo segue para o plenário da Câmara, onde são necessários ao menos 257 votos favoráveis para que a cassação seja aprovada.

Fonte: DCM

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