domingo, 6 de abril de 2025

Bolsonaro teme "morte política" enquanto aliados pressionam por indicação de nome para 2026

Réu e inelegível, líder da extrema direita busca manter influência enquanto nomes se articulam para eventual substituição

     Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Jair Bolsonaro (PL) tem enfrentado pressões crescentes de aliados políticos para que abra mão de se apresentar como candidato à Presidência em 2026. Lideranças do PL e de partidos como PP, Republicanos, União Brasil e PSD têm sugerido que o ex-mandatário de extrema direita inicie a construção de uma candidatura alternativa em seu campo político, conforme noticiado neste domingo (6) pelo jornal O Globo.

O nome mais citado nos bastidores é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado o herdeiro político mais alinhado ao ex-presidente.

Segundo o senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais articuladores do bolsonarismo no Congresso, Bolsonaro deveria escolher até o fim do ano um nome para representar seu campo político nas urnas. “Por mais que surjam outros candidatos, o escolhido por ele será o nome da direita”, afirmou Nogueira. “Não acredito em fragmentação deste campo, nem em uma perda de capital político.”

Apesar das movimentações, Bolsonaro resiste em se retirar da disputa por temer que isso simbolize sua “morte política” e acelere a desagregação do bolsonarismo como força unificada.

Nos bastidores, o ex-presidente também tem buscado reatar relações com outros líderes da direita, como os governadores Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO) e Ratinho Jr. (PSD-PR). O movimento de reaproximação também tem como foco a articulação pela aprovação da proposta de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, tema central da agenda bolsonarista no Congresso.

Bolsonaro também intensificou o diálogo com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, após um período de distanciamento. Pereira havia criticado publicamente tanto a saída de Bolsonaro para os Estados Unidos antes da posse de Lula quanto a tentativa de votar a anistia neste momento.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

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