quinta-feira, 10 de abril de 2025

Aliados tentam evitar cassação de Glauber Braga e articulam punição mais branda na Câmara

Deputado é acusado de agredir integrante do MBL. Governistas avaliam alternativa de suspensão para preservar o mandato

        Glauber Braga (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

Parlamentares aliados ao governo federal iniciaram uma ofensiva para evitar que o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) perca o mandato na Câmara dos Deputados. O objetivo do grupo, segundo a CNN Brasil, é converter o pedido de cassação aprovado no Conselho de Ética em uma punição mais branda, como a suspensão temporária do parlamentar.

Na quarta-feira (9), o Conselho de Ética aprovou, por 13 votos a 5, o parecer favorável à cassação de Glauber por quebra de decoro parlamentar. A acusação contra o deputado se refere a um episódio ocorrido em 2024, quando ele teria empurrado e retirado à força um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) das dependências do Congresso Nacional durante uma confusão

Com a decisão do Conselho, o processo segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, onde Glauber poderá apresentar um recurso. Caso o recurso seja rejeitado, a matéria será levada ao plenário da Casa, onde a cassação depende de pelo menos 257 votos favoráveis para ser confirmada.

Parlamentares ouvidos pela reportagem avaliam que as chances de o recurso prosperar na CCJ são mínimas. Diante desse cenário, aliados de Glauber buscam saídas para suavizar a punição. Entre as alternativas em discussão está a apresentação de emendas que proponham a suspensão do mandato em vez de sua extinção, ou a substituição do relator no plenário, o que permitiria reavaliar a penalidade sugerida.

Líderes da base governista afirmam que ainda é necessário analisar todas as possibilidades e medir a disposição de outros partidos em aderir à proposta de abrandamento da punição. As tratativas também devem envolver o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que é o responsável por definir a pauta de votações do plenário.

O caso remete à última cassação aprovada pela Câmara, em 2021, quando a então deputada Flordelis (PSD-RJ) perdeu o mandato após ser acusada de envolvimento na morte do marido.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

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