quinta-feira, 10 de abril de 2025

Alckmin e Marçal lideram para governo de SP sem Tarcísio, diz Datafolha

 

O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, e o coach Pablo Marçal. 
Foto: Divulgação
A nova pesquisa Datafolha mostra que, em um cenário eleitoral para o governo de São Paulo sem Tarcísio de Freitas (Republicanos), os nomes do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do influenciador bolsonarista Pablo Marçal (PRTB) despontam como favoritos ao Palácio dos Bandeirantes nas eleições de 2026.

Tarcísio, atual governador paulista, é cotado como um possível nome da extrema-direita para a disputa presidencial, já que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue inelegível até 2030. Apesar de negar publicamente interesse no Planalto e dizer que disputará a reeleição, o governador disse a aliados que não recusaria um pedido de Bolsonaro para entrar na corrida nacional.

No principal cenário testado sem Tarcísio, Alckmin (ex-governador do estado) lidera com 29% das intenções de voto, seguido por Marçal com 20%. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), aparece em terceiro lugar, com 12%.

Outros nomes testados pela pesquisa aparecem tecnicamente empatados. O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos) — alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (10) —, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), registram 5% das intenções de voto cada.

O deputado federal Ricardo Salles (Novo) tem 4%, enquanto os secretários estaduais Guilherme Derrite (PL), da Segurança Pública, e o ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab (PSD), de Governo, aparecem com 3% cada. Já o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado (PL), pontua com 1%.

Entre os entrevistados, 15% disseram que votariam em branco, nulo ou em nenhum dos nomes apresentados, e 3% afirmaram não saber em quem votar. A pesquisa ouviu 1.500 pessoas em 81 cidades do estado de São Paulo, entre os dias 1º e 3 de abril. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Foto: Divulgação
Caso nem Tarcísio nem Alckmin disputem, Pablo Marçal aparece em primeiro, com 21% das intenções de voto, seguido por Nunes (15%) e Márcio França (PSB), ex-governador e atual ministro do Empreendedorismo, com 11%. França aparece tecnicamente empatado com Nunes.

Apesar da liderança nesse cenário, Pablo Marçal está inelegível até 2032, após condenação por abuso de poder político e econômico. A Justiça Eleitoral entendeu que ele ofereceu apoio a candidatos em troca de dinheiro durante as eleições de 2022, o que ele nega.

Nos bastidores, há desconforto do governador Tarcísio de Freitas com a movimentação de nomes como Kassab, Derrite, André do Prado e Ricardo Nunes, que já articulam possíveis candidaturas ao governo paulista. Segundo fontes próximas, o governador não quer antecipar o debate sobre a sucessão em São Paulo.

Ainda não está claro se essas figuras disputarão de fato o cargo ou se podem vir a compor uma chapa de reeleição ao lado de Tarcísio, como candidatos a vice-governador.

Diante da possibilidade de enfrentamento com Tarcísio ou com um nome apoiado por ele, lideranças do PT paulista avaliam apoiar a candidatura de Alckmin ao governo estadual. Entretanto, aliados próximos do vice-presidente afirmam que ele não tem demonstrado interesse em retornar ao cargo.

Com isso, o nome de Márcio França ganha força como alternativa da base do presidente Lula (PT) para a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Em 2018, ele chegou ao 2º turno das eleições para governador contra João Doria, mas foi derrotado.

Fonte: DCM

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