domingo, 30 de março de 2025

VÍDEO: Zambelli diz se sentir traída por Bolsonaro e se arrepende de perseguição a jornalista com arma

 

Zambelli (PL-SP) aponta arma para o jornalista Luan Araújo no meio da rua em São Paulo. Foto: Reprodução
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirma estar vivendo “um momento mais difícil politicamente falando” e diz nunca ter imaginado passar por uma situação que pode levá-la à prisão. “Considero isso uma perseguição política”, declarou sobre a recente formação de maioria no Supremo Tribunal Federal (STF) para condená-la a cinco anos e três meses de reclusão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma.

Em entrevista à Folha, Zambelli se mostrou arrependida da ocasião em que perseguiu o jornalista Luan Araújo com uma arma em punho, na véspera do segundo turno das eleições de 2022. “Devia ter entrado no carro e ido embora”, disse a parlamentar, explicando que a situação saiu de controle após ela ouvir um disparo: “Eu, ouvindo um tiro, tenho como pensar que pode ter sido outra pessoa. Então, acho que foi proporcional, sim.”

Apesar de sua lealdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a deputada se sente abandonada por ele neste momento delicado. “Acho que esperava apoio. Não só eu como outras pessoas também perderam a amizade do presidente no momento que precisaram”, afirmou, acrescentando que se chateou profundamente com as críticas de Bolsonaro, que chegou a culpá-la pelo fracasso eleitoral. “Eu discordo do presidente Bolsonaro. Eu acho que atrapalhou, sim, mas não acho que tanta gente tenha mudado de opinião.”

Zambelli reforça que, desde 2013, apoiava o ex-presidente e que foi linha de frente durante todo o mandato. “Esperava ter algum tipo de retribuição em relação a isso”, lamentou. Ainda assim, mantém a disposição de defender Bolsonaro “no que achar que é certo” e não se arrepende de ter ajudado politicamente em momentos cruciais.

A parlamentar também comenta a possibilidade de voltar a ocupar um cargo eletivo caso seja cassada e fique inelegível. “Pretendo, em 2030. Não vão se livrar tão cedo de mim”, garantiu, destacando que recorrerá da decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e buscará reverter a condenação no TSE, ainda que considere as chances baixas.

Fonte: DCM

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