
Após virar réu na Justiça, Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de protestos durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (26) no Anexo I do Senado Federal. O ex-presidente respondia a jornalistas perguntas sobre a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado.
“Você é um covarde, você tem que ser preso, você e sua raça”, gritou um manifestante contra o golpista. Ele continuou: “Seu filho está nos Estados Unidos agora, deixou você na mão, seu filho é outro bandido. Assassino, ajudou a matar um monte de gente nesse Brasil”.
O homem também afirmou que ele colocou generais atrás das grades e que, por isso, Bolsonaro e sua raça tinham de ser presos. Aliados do ex-presidente tentaram abafar os gritos do manifestante, chamando-o de “idiota”, enquanto seguranças afastavam ele do local.
Durante a coletiva, Bolsonaro explicou sua ausência no segundo dia de julgamento no STF e sugeriu motivações pessoais por parte dos ministros.
“Eu sabia o que ia acontecer. Espero, hoje, botar um ponto final. Parece que têm algo pessoal contra mim, e a acusação é muito grave. São infundadas”, declarou, mantendo seu discurso de perseguição política.
O ex-mandatário tentou se defender alegando que seu pronunciamento pós-eleições de 2022, quando pediu que apoiadores não prejudicassem a população, seria prova de que não tinha intenções golpistas. “Esse fato não foi levado ao inquérito”, reclamou.
A Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux, aceitou por unanimidade a denúncia que acusa Bolsonaro e sete aliados de crimes como:
– Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
– Golpe de Estado
– Organização criminosa
– Dano qualificado ao patrimônio da União
– Deterioração de patrimônio tombado
O caso agora segue para fase de instrução processual, quando serão ouvidas testemunhas e analisadas as provas. Caso condenado, Bolsonaro poderá enfrentar penas de prisão.
Fonte: DCM
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